Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do Leitor para um excelente tópico. No passado
o indivíduo era casado e teve uma discussão com a esposa e agrediu- a fisicamente
e foram morar por um tempo na casa de uma psicóloga transpessoal e a mãe da
psicóloga tinha algumas estatuetas dê santo. Então uma psicóloga ordenou que o
indivíduo urinasse em rodas como estatuetas e o indivíduo urinasse nelas.
Essa
situação pode ser comprovada pela psicanálise com foco nos conflitos internos
do indivíduo e na possível relação entre o inconsciente, o superego, o ego e o
id. Vamos por partes:
Contexto
Psicanalítico
Agressão
Física à Esposa
A
agressão pode ser entendida como uma manifestação do id, que é parte impulsiva
e instintiva da mente, movida por desejos agressivos ou sexuais reprimidos. O
ego, responsável por mediar os impulsos do id com a realidade, pode ter falhado
em conter o impulso, levando à ação violenta. O superego, que representa as
normas e valores internalizados, provavelmente gerou culpa e vergonha após o
ato.
Urinar
nas Estatuetas
Esse
ato pode ser interpretado como uma forma de expressão simbólica de raiva,
rebeldia ou humilhação. Urinar em objetos que representem valores espirituais
ou culturais (como estatuetas de santos) pode simbolizar uma tentativa
inconsciente de:
Rebeldia
contra o superego: Desafiar normas ou acreditar que ele seja considerado
repressivo ou que associe à censura.
Afirmação
de poder: Ao urinar, o indivíduo expressa domínio ou desprezo por algo que
talvez represente autoridades ou opiniões que ele rejeitou.
Descarga
de culpa ou vergonha: Ele pode ter projetado seus sentimentos internos de culpa
ou inadequação em objetos externos.
A
Psicóloga Transpessoal
A
orientação da psicóloga para urinar nas estatuetas poderia ser interpretada, do
ponto de vista psicanalítico, como uma tentativa de levá-lo a confrontar tabus,
normas sociais ou associações que ele internalizou como repressoras. No
entanto, isso também pode ser entendido como uma forma de expor o conflito
interno entre os valores do superego e os desejos do id.
Interpretação
Psicanalítica Simples
Id:
O ato de urinar simboliza os impulsos mais básicos e instintivos, como a
agressividade ou a necessidade de desafiar regras.
Ego:
Permitiu que o id agisse de maneira impulsiva, mas dentro de um contexto que
parecia autorizado (a orientação da psicóloga). Isso impedirá a censura do
superego naquele momento.
Superego:
O superego pode ter sentimento de desconforto e culpa após o ato, dependendo de
quão forte eram as implicações ou valores internalizados do indivíduo em
relação aos santos e às normas sociais.
Possível
Significado Simbólico
Esse
episódio pode revelar:
Conflito
com figuras de autoridade: As estatuetas podem simbolizar figuras ou normas que
o indivíduo percebeu como opressivas.
Desejo
de libertação: Urinar pode representar uma tentativa simbólica de se libertar
de sentimento de culpa, vergonha ou submissão.
Repressão
e catarse: O ato, incentivado pela psicóloga, pode ter sido uma forma de
liberar emoções reprimidas, como raiva ou frustração.
Em
resumo, pela abordagem psicanalítica, esse reflete um conflito entre impulsos
inconscientes e valores internalizados, mediado por situações externas que
diminuíram a censura do superego. O ato pode ter servido como uma forma
simbólica de resolução, mesmo que temporariamente, esses conflitos.
A
intenção da psicóloga ao sugerir que o indivíduo urina nas estatuetas pode ser
interpretada de várias maneiras, dependendo do seu ponto de vista profissional
e pessoal. Vamos considerar a situação pela abordagem psicanalítica e tentar
identificar possíveis motivações conscientes e inconscientes:
1.
Quebra de Tabus e Normas
Um
psicólogo pode ter tido a intenção de ajudar o indivíduo a:
Confrontar
tabus: As estatuetas podem representar figuras de autoridade ou internalizadas
que, para o indivíduo, simbolizam repressão. A ação de urinar nelas poderia ser
uma tentativa de fazê-lo desafiar esses símbolos e liberar impulsos reprimidos.
Desafiar
o superego: Esse ato pode ter sido proposto como uma forma de enfraquecer a
censura interna do superego, permitindo que ele entre em contato com seu id e
confronte impulsos primitivos.
2.
Projeção Pessoal da Psicóloga
Se
as estatuetas transmitidas à mãe da psicóloga, pode haver um conflito
inconsciente na própria terapeuta, que poderia ter projetado suas próprias
emoções na dinâmica terapêutica. Por exemplo:
Conflito
com a mãe: Uma psicóloga pode estar simbolicamente desafiando ou rejeitando as
opiniões ou valores de sua mãe ao usar as estatuetas nesse contexto.
Desejo
de transgressão: Ao permitir que um ato que possa ser considerado
desrespeitoso, ela pode estar inconscientemente expressando uma raiva ou desejo
de se rebelar contra a autoridade materna.
3.
Catarse Simbólica para o Paciente
Ela
pode ter visto o ato como um ritual simbólico que permite ao paciente liberar
emoções reprimidas, como raiva ou culpa. O uso das estatuetas pode ter sido
escolhido como um meio de externalizar o conflito interno do indivíduo com
figuras de autoridade ou normas sociais.
4.
Deslocamento e Experimentação
Um
psicólogo pode ter considerado que o paciente deslocaria seus impulsos
agressivos ou frustrados para as estatuetas, oferecendo um contexto controlado
para explorar esses sentimentos sem causar dano real a outras pessoas.
Interpretação
Psicanalítica do Contexto
Do
lado da psicóloga: A ação pode indicar que ela estava lidando com seus próprios
conflitos inconscientes, possivelmente relacionados à autoridade da mãe ou à
exclusão de valores tradicionais. Sua sugestão pode ter sido uma tentativa de
transferência ou dramatização desses conflitos através do paciente.
Do
lado do paciente: A ação proposta pela psicóloga permitiu que ele expressasse
impulsos inconscientes de rebeldia e agressividade de forma
"permitida", sem censura direta ao superego.
Se
as estatuetas pertencem à mãe da psicóloga, a sugestão dela pode refletir tanto
uma intenção terapêutica quanto questões pessoais inconscientes. A prática em
si levanta questionamentos éticos e metodológicos, já que o simbolismo pode ter
mais significado para um psicólogo do que para o paciente, misturando os
conflitos internos de ambos.
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