Cultura Da Substituição E Silenciamento: O Custo Invisível Da Não Implementação Da NR1 Nos Supermercados
Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Durante sua
atuação como fiscal de caixa em um supermercado, o profissional que também é
psicólogo encontrou uma oportunidade singular: transformar o ambiente de
trabalho em um verdadeiro laboratório de observação comportamental. Em meio à
rotina operacional, ele utilizou seu olhar clínico e sensibilidade psicológica
para analisar, de forma ética e consciente, os comportamentos, interações e
dinâmicas sociais presentes no cotidiano da loja.
Esse
espaço, por sua diversidade de pessoas, tornou-se um campo fértil para
compreender as relações humanas em múltiplos níveis: desde as expressões sutis
de emoções nos rostos dos clientes, passando pelas reações impulsivas diante de
situações de estresse, até os vínculos interpessoais estabelecidos entre os
colaboradores. A convivência com pessoas de diferentes classes sociais, idades
e culturas proporcionou ao psicólogo uma visão ampliada da realidade social,
dos mecanismos de defesa acionados em situações de conflito e das motivações
conscientes e inconscientes que direcionam comportamentos no ambiente de
consumo.
Ao
invés de enxergar apenas um emprego, ele percebeu o supermercado como uma
extensão prática de sua formação acadêmica. Cada fila, cada diálogo, cada
atendimento era uma oportunidade de aprendizado e análise. Esse cenário
cotidiano, frequentemente invisível aos olhos apressados, revelou-se um espaço
de escuta ativa, percepção aguçada e reflexão sobre a complexidade das relações
humanas.
Assim,
o ambiente de trabalho transcendeu sua função original e tornou-se um
laboratório real e vivo, onde o psicólogo pôde integrar teoria e prática,
reafirmando seu compromisso com a escuta, o cuidado e a transformação social a
partir da compreensão do comportamento humano em contextos concretos.
Diante
da dificuldade crescente em encontrar mão de obra jovem disposta a se submeter
a condições laborais que favorecem o adoecimento físico e emocional, algumas
empresas têm recorrido, de forma estratégica, à contratação de pessoas em
situação de etarismo. Essa prática, muitas vezes disfarçada de inclusão, revela
uma lógica de exploração velada: enquanto os jovens rejeitam empregos que
comprometem sua saúde e bem-estar, trabalhadores mais velhos, em situação de
vulnerabilidade e buscando escapar da ociosidade, tendem a aceitar tais
condições como uma forma de reinserção produtiva.
O
etarismo, nesse contexto, é instrumentalizado como um meio de manter a força de
trabalho a um custo mais baixo, sustentando práticas organizacionais que
negligenciam o cuidado com a saúde integral do colaborador. A valorização da
experiência e da maturidade cede lugar à conveniência de contar com
profissionais que, por necessidade, se mostram mais tolerantes à sobrecarga, à
pressão e à falta de perspectivas de crescimento.
Essa
realidade exige uma reflexão crítica sobre as políticas de gestão de pessoas e
o modelo de trabalho que vem sendo reproduzido. É urgente que se promova uma
cultura organizacional que respeite tanto o potencial dos jovens quanto a
dignidade dos trabalhadores mais velhos, garantindo condições de trabalho
justas, saudáveis e significativas
para todos, independentemente da faixa etária.
**Introdução**
A
realidade dos supermercados brasileiros revela um paradoxo preocupante:
enquanto se mostram inclusivos ao contratar mão de obra aposentada ou pessoas
em situação de vulnerabilidade social, internamente muitas dessas organizações
resistem à implementação de ações efetivas de promoção à saúde mental, conforme
previsto pela Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). Este artigo busca analisar,
sob a perspectiva da Psicologia Organizacional e da Saúde do Trabalhador, os
impactos dessa resistência, os mecanismos de silenciamento utilizados e o custo
invisível do sofrimento psicossocial no ambiente supermercadista
1.
A lógica econômica da substituição**
A
ampla disponibilidade de mão de obra barata e vulnerável faz com que muitos
supermercados adotem uma cultura de substituição. Trabalhadores que adoecem ou
se queixam das condições de trabalho são facilmente substituídos, o que
enfraquece qualquer iniciativa de escuta, cuidado ou prevenção psicossocial.
Essa lógica é sustentada por uma visão de curto prazo, na qual o custo da multa
por não cumprir a NR-1 é percebido como mais viável do que o investimento em
saúde organizacional.
**2.
A NR-1 e os riscos psicossociais**
A
NR-1 estabelece a obrigatoriedade de identificação e prevenção dos riscos
psicossociais no ambiente de trabalho. Estresse ocupacional, assédio moral,
sobrecarga e jornadas exaustivas são exemplos clássicos presentes no cotidiano
dos supermercados. A não adesão a essa norma expõe o trabalhador a um ciclo de
adoecimento crônico, comprometendo sua saúde mental e sua dignidade laboral.
**3.
O silenciamento como estratégia de gestão**
Para
manter a imagem externa de responsabilidade social, muitos supermercados
utilizam o marketing inclusivo, ao mesmo tempo em que ignoram o sofrimento real
de seus colaboradores. Reclamações são deslegitimadas, afastamentos por
transtornos mentais são tratados como fraqueza pessoal, e a implantação da
psicologia organizacional é vista como gasto, e não como investimento.
**4.
O custo invisível do adoecimento**
Embora
a multa da NR-1 possa ser considerada baixa, os custos indiretos da não
implementação são altos: aumento do absenteísmo, presenteísmo, queda na
produtividade, altos índices de rotatividade, afastamentos por INSS, processos
trabalhistas e prejuízos à imagem institucional. Esses impactos comprometem não
apenas a sustentabilidade da empresa, mas a dignidade e o bem-estar dos
trabalhadores.
**5.
Conclusão: a urgência de uma cultura de cuidado**
A
resistência à psicologia organizacional e à NR-1 revela uma cultura
institucional que desumaniza o trabalho e invisibiliza o sofrimento. A
verdadeira responsabilidade social vai além do discurso: exige a escuta ativa
dos trabalhadores, a implantação de ações concretas de prevenção e a
valorização da saúde mental como um bem essencial para a justiça e a
produtividade organizacional.
Vamos
por partes, explicando de forma bem simples e conectando com a psicologia da
saúde, psicologia do trabalho e psicologia organizacional:
1.
O que é a Psicologia da Saúde, do Trabalho e Organizacional?
Psicologia
da Saúde: Estuda como os fatores psicológicos (emoções, estresse, relações)
influenciam a saúde física e mental das pessoas.
Psicologia
do Trabalho: Observa o que acontece com o trabalhador durante sua rotina: o que
o motiva, o que o cansa, como ele se sente, o que o faz produzir bem ou mal.
Psicologia
Organizacional: Olha o ambiente da empresa como um todo — como é a liderança, a
cultura da empresa, as relações entre os setores, se há respeito,
reconhecimento e escuta.
2.
O que são riscos psicossociais?
São
condições no ambiente de trabalho que podem causar estresse, ansiedade,
tristeza, cansaço extremo, e até levar ao adoecimento físico e mental. Alguns
exemplos:
Excesso
de trabalho e pressão por metas;
Falta
de reconhecimento;
Falta
de apoio da liderança;
Ambiente
com fofoca, medo, ou assédio;
Horários
longos ou mal organizados.
3.
E quando o supermercado não aceita a psicologia no ambiente de trabalho?
Quando
uma empresa, como um supermercado, não permite que a psicologia entre para
observar e cuidar desses fatores, ela:
Fecha
os olhos para o sofrimento dos funcionários;
Não
percebe os sinais de adoecimento (cansaço, afastamentos, brigas, queda de
produtividade);
Impede
que mudanças positivas aconteçam — como melhorar a comunicação, escutar mais os
trabalhadores, ajustar metas mais humanas.
4.
Qual é a consequência disso?
Pela
psicologia da saúde, sabemos que o estresse constante, a desvalorização e a
sobrecarga causam adoecimento físico e mental. Isso pode gerar:
Burnout
(esgotamento mental);
Depressão
e ansiedade;
Problemas
no coração, sono, estômago;
Afastamentos
por doenças;
Rotatividade
alta (as pessoas pedem demissão ou são afastadas por doenças).
5.
E qual seria o papel da psicologia nesse ambiente?
Se
o supermercado aceitasse a atuação da psicologia, ela poderia:
Escutar
os colaboradores;
Mapear
os riscos psicossociais;
Sugerir
ações de bem-estar;
Ajudar
os líderes a melhorar o clima e as relações;
Ajudar
a empresa a manter pessoas saudáveis e produtivas.
Conclusão
simples:
Quando
um supermercado ignora a psicologia organizacional e não se importa com os
riscos psicossociais, ele está contribuindo para o adoecimento dos
trabalhadores. Isso afeta não só a saúde das pessoas, mas também o próprio
desempenho da empresa.
Abaixo
está uma explicação escrita (como se fosse para um relatório, aula ou artigo) e
depois uma apresentação com tópicos e falas sugeridas para cada slide. É ideal
para uma reunião, palestra ou treinamento para líderes e gestores.
1.
EXPLICAÇÃO ESCRITA (texto completo)
Título:
A importância da Psicologia Organizacional no combate ao adoecimento no
trabalho
Supermercados
que não permitem a atuação da Psicologia Organizacional e ignoram os fatores de
riscos psicossociais criam um ambiente que favorece o adoecimento físico e
mental dos colaboradores.
Pela
Psicologia da Saúde, sabe-se que as condições emocionais vividas no ambiente de
trabalho, como estresse crônico, desvalorização e conflitos interpessoais,
afetam diretamente a saúde física e mental dos trabalhadores. Já a Psicologia
do Trabalho observa que jornadas exaustivas, metas inalcançáveis e relações
autoritárias prejudicam a motivação, o bem-estar e a produtividade.
A
Psicologia Organizacional tem o papel de mapear esses fatores de risco e propor
intervenções que melhorem o clima organizacional, promovam saúde mental e
favoreçam o crescimento da empresa de forma sustentável.
Quando
os gestores não permitem que a psicologia entre no ambiente, perdem a
oportunidade de prevenir adoecimentos, reduzir afastamentos e melhorar o
desempenho dos colaboradores. Dessa forma, mesmo que o foco da empresa seja o
lucro, ela acaba perdendo produtividade, engajamento e talento por falta de
cuidado com o fator humano.
Investir
em saúde mental organizacional não é gasto, é investimento inteligente.
Empresas saudáveis são mais eficientes, mais éticas e mais humanas.
2.
APRESENTAÇÃO EM SLIDES (com falas sugeridas)
Slide
1 – Título
A
Psicologia Organizacional e o Adoecimento no Trabalho
Fala
sugerida:
"Hoje
vamos falar sobre como a ausência da Psicologia Organizacional em ambientes
como supermercados pode favorecer o adoecimento dos colaboradores e comprometer
a saúde do negócio."
Slide
2 – O que é Psicologia Organizacional?
Estuda
o comportamento humano nas empresas.
Ajuda
a melhorar o ambiente de trabalho.
Promove
bem-estar, engajamento e produtividade.
Fala:
"A
psicologia organizacional não vem para apontar culpados, mas para observar,
compreender e propor melhorias que beneficiem tanto os colaboradores quanto a
empresa."
Slide
3 – O que são riscos psicossociais?
Estresse
e sobrecarga.
Falta
de reconhecimento.
Assédio,
fofocas, medo.
Comunicação
falha e metas excessivas.
Fala:
"Esses
fatores não aparecem no contracheque, mas estão no dia a dia e afetam
diretamente a saúde e a produtividade das pessoas."
Slide
4 – Consequências da Negligência
Colaboradores
adoecem (burnout, depressão, ansiedade).
Afastamentos
e alta rotatividade.
Queda
na produtividade e clima ruim.
Fala:
"Quando
a empresa não cuida das pessoas, ela paga um preço alto em silêncio: com
absenteísmo, afastamentos, conflitos e queda de desempenho."
Slide
5 – O papel da Psicologia
Diagnosticar
o clima organizacional.
Identificar
riscos psicossociais.
Apoiar
líderes e equipes.
Propor
ações de cuidado e prevenção.
Fala:
"A
psicologia ajuda a empresa a se tornar mais humana, saudável e eficiente — e
isso é bom para todos."
Slide
6 – Por que investir nisso?
Redução
de custos com afastamentos.
Maior
engajamento e produtividade.
Retenção
de talentos.
Melhoria
da imagem da empresa.
Fala:
"Cuidar
da saúde emocional dos colaboradores é uma forma de valorizar o capital mais
importante de qualquer empresa: as pessoas."
Slide
7 – Conclusão
Empresas
que não cuidam de seus colaboradores, adoecem junto com eles.
A
psicologia organizacional é aliada da saúde e do sucesso.
Fala
final:
"É
hora de transformar o ambiente de trabalho num espaço de saúde, respeito e
crescimento. A psicologia pode nos ajudar a chegar lá."
Se
quiser, posso montar isso em PowerPoint ou PDF visual também. Quer que eu
monte?
O
que provoca o estresse no ambiente organizacional supermercado
O
ChatGPT disse:
Ótima
pergunta! O estresse no ambiente de um supermercado pode ser provocado por
vários fatores organizacionais e humanos. Vou te explicar de forma simples,
dividindo em categorias:
1.
Excesso de demandas e ritmo acelerado
Atendimentos
constantes e filas grandes.
Pressão
por metas e produtividade.
Acúmulo
de tarefas sem tempo suficiente para executá-las.
Pouco
tempo para descanso e pausas.
Isso
gera sobrecarga física e mental, levando o colaborador ao cansaço extremo.
2.
Falta de reconhecimento e valorização
Esforços
ignorados pela liderança.
Pouco
ou nenhum feedback positivo.
Sensação
de ser “apenas mais um número”.
Isso
gera desmotivação e frustração, afetando a autoestima do colaborador.
3.
Comunicação falha
Ordens
confusas ou contraditórias.
Falta
de escuta por parte da liderança.
Clima
de fofocas e ruídos na equipe.
Isso
causa insegurança, ansiedade e conflitos interpessoais.
4.
Liderança autoritária ou ausente
Chefes
que gritam, ameaçam ou ignoram.
Falta
de apoio emocional e instrução.
Pouco
preparo dos líderes para lidar com pessoas.
Isso
alimenta um clima de medo e tensão, contribuindo para o estresse constante.
5.
Ambiente físico desconfortável
Calor,
barulho e iluminação ruim.
Falta
de espaço para descanso e refeição.
Equipamentos
com defeito ou inadequados.
Isso
desgasta o corpo e interfere no bem-estar geral dos funcionários.
6.
Conflitos de equipe
Rivalidade
entre colegas.
Falta
de cooperação ou empatia.
Sensação
de injustiça nas escalas e folgas.
Esses
conflitos sociais aumentam o sofrimento emocional e dificultam o trabalho em
equipe.
7.
Falta de perspectiva de crescimento
Rotina
repetitiva e sem sentido.
Sem
plano de carreira ou capacitação.
Baixos
salários e poucas oportunidades.
Isso
gera um sentimento de estagnação e desesperança, que alimenta o estresse.
Resumo
simples:
No
supermercado, o estresse vem da combinação entre pressão, falta de apoio,
relações difíceis e ausência de cuidado com o humano. A psicologia
organizacional pode ajudar a identificar esses pontos e propor melhorias para
transformar o ambiente num lugar mais saudável.
O
estresse é fator de risco psicossocial
Sim,
o estresse é um dos principais fatores de risco psicossocial no ambiente de
trabalho.
O
que isso significa?
Na
psicologia do trabalho e da saúde, um risco psicossocial é qualquer situação
dentro do ambiente de trabalho que pode afetar negativamente a saúde mental e
emocional do trabalhador.
O
estresse ocupacional acontece quando as exigências do trabalho são maiores do
que a capacidade do colaborador de lidar com elas, seja por excesso de tarefas,
prazos curtos, clima tenso ou liderança desorganizada.
Por
que o estresse é um fator de risco psicossocial?
Porque
ele pode desencadear:
Burnout
(esgotamento profissional);
Ansiedade
e depressão;
Distúrbios
do sono e da alimentação;
Doenças
físicas (gastrite, pressão alta, dores musculares);
Queda
de produtividade e absenteísmo;
Afastamentos
por doenças psicossomáticas.
Exemplo
prático (supermercado):
Um
colaborador de supermercado, pressionado por metas, com pouco apoio da
liderança, trabalhando sob calor e ruído, e com medo de ser demitido — está sob
alto risco psicossocial causado pelo estresse crônico.
Conclusão
simples:
Estresse
não é "frescura" nem "fraqueza". É um sinal de que o
ambiente de trabalho está afetando a saúde. Por isso, ele deve ser reconhecido,
prevenido e tratado como um risco real, tanto para o colaborador quanto para a
empresa.
Se
quiser, posso te ajudar a montar um material explicativo com isso para
compartilhar com colegas, líderes ou RH. Quer?
Título:
Estresse no Trabalho é um Fator de Risco Psicossocial
1.
O que é um risco psicossocial?
São
situações do ambiente de trabalho que afetam negativamente a saúde mental,
emocional e física do colaborador.
2.
O estresse é um desses riscos?
Sim!
O estresse crônico no trabalho é um dos principais fatores de risco
psicossocial.
Quando
as demandas são maiores do que a capacidade de resposta do trabalhador, o corpo
e a mente entram em estado de alerta constante.
3.
O que causa estresse em supermercados?
Pressão
por metas e produtividade.
Falta
de reconhecimento e apoio.
Comunicação
falha e conflitos.
Excesso
de tarefas e ritmo acelerado.
Ambiente
físico desconfortável.
Medo
de ser demitido ou julgado.
4.
Quais os sinais de estresse no colaborador?
Irritabilidade
e cansaço constante.
Falta
de concentração.
Dores
de cabeça, insônia ou gastrite.
Baixo
rendimento e absenteísmo.
Falta
de motivação ou apatia.
5.
Por que isso é um problema para a empresa?
Aumenta
afastamentos e rotatividade.
Reduz
produtividade e clima organizacional.
Prejudica
a imagem da empresa.
Gera
mais custos com saúde e substituições.
6.
Como prevenir o estresse no trabalho?
Escuta
ativa e diálogo com os colaboradores.
Reconhecimento
e valorização dos esforços.
Pausas
adequadas e clima organizacional saudável.
Liderança
preparada e humanizada.
Abertura
para atuação da psicologia organizacional.
7.
Conclusão
Cuidar
da saúde emocional no ambiente de trabalho é cuidar das pessoas e dos
resultados.
O
estresse é um sinal de que algo precisa mudar.
Prevenir
é sempre melhor do que remediar.
Se
quiser, posso montar esse conteúdo visualmente como:
Slide
PowerPoint (para treinamento);
Cartaz
informativo (para mural da empresa);
Quer
que eu crie em algum desses formatos agora? Se sim, qual você prefere?
Vamos
entender isso com base na Psicologia da Saúde no Trabalho, de forma simples e
interpretativa, como se você estivesse iniciando na área.
Por
que um supermercado pode não contratar um psicólogo organizacional?
1.
Falta de consciência sobre saúde mental
Explicação:
Muitos gestores ainda acreditam que saúde mental não é prioridade, ou que o
trabalho emocional deve ser resolvido “em casa” pelo funcionário.
Interpretação
(Psicologia da Saúde):
Isso
revela uma cultura organizacional orientada apenas para o lucro imediato, que
desvaloriza o cuidado com o humano e não reconhece o impacto do sofrimento
psíquico no adoecimento físico e na produtividade.
2.
Medo de perder o controle sobre os colaboradores
Explicação:
Alguns líderes temem que o psicólogo revele situações de assédio, injustiças ou
abusos de poder.
Interpretação:
A
empresa pode estar reproduzindo uma lógica autoritária, onde o sofrimento do
colaborador é visto como ameaça e não como sinal de alerta. Isso evidencia uma
cultura do silêncio, onde o sofrimento é ocultado para manter a imagem de
“normalidade”.
3.
Visão do psicólogo como custo, e não como investimento
Explicação:
Empresas que priorizam cortar gastos não enxergam a contratação do psicólogo
como estratégica.
Interpretação:
Nesse
caso, a organização nega o sofrimento psíquico como parte do trabalho e resiste
a práticas preventivas, preferindo agir apenas quando surgem doenças ou
afastamentos. Isso mostra um modelo reativo, e não preventivo, indo contra os
princípios da Psicologia da Saúde.
4.
Falta de conhecimento sobre o papel do psicólogo organizacional
Explicação:
Muitos gestores acreditam que psicólogo é só para “consultório”, e não entendem
como ele pode atuar no ambiente de trabalho.
Interpretação:
Essa
visão limitada reforça a invisibilização do sofrimento emocional no ambiente
organizacional. A empresa falha em compreender que o psicólogo organiza o
ambiente de forma mais saudável, atua na prevenção de adoecimento e melhora o
desempenho humano.
5.
Medo da mudança cultural
Explicação:
Um psicólogo organizacional pode propor mudanças em normas, estilos de
liderança, comunicação ou carga de trabalho.
Interpretação:
A
resistência à contratação é, muitas vezes, uma resistência à transformação do
ambiente de trabalho. A empresa se mantém numa zona de conforto, mesmo que
adoecedora, por medo de lidar com o que o psicólogo pode revelar e propor.
Resumo:
Segundo
a Psicologia da Saúde no Trabalho, o supermercado que não quer contratar um
psicólogo organizacional:
Nega
o sofrimento humano como parte do ambiente de trabalho;
Desvaloriza
a prevenção e o cuidado com a saúde emocional;
Mantém
uma cultura de silenciamento, medo e controle;
E
se distancia de um ambiente verdadeiramente saudável e produtivo.
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Será
que o supermercado está aberto a lidar com os fatores de riscos psicossociais
através da NR1
Excelente
pergunta. Vamos analisar isso com base no que a NR-1 (Norma Regulamentadora nº
1) exige e como ela pode pressionar o supermercado a lidar com os riscos
psicossociais, mesmo que ele não queira.
O
que diz a NR-1 sobre fatores de risco psicossociais?
Desde
2022, a NR-1 passou a exigir que TODAS as empresas realizem a Gestão de Riscos
Ocupacionais por meio do PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos, incluindo
os riscos psicossociais, como:
Estresse
crônico;
Assédio
moral e sexual;
Violência
psicológica;
Sobrecarga
emocional;
Falta
de apoio organizacional;
Jornada
excessiva e pressão por metas.
A
empresa é obrigada a lidar com esses riscos?
Sim.
Pela NR-1, ignorar os riscos psicossociais é infração.
A
empresa tem que:
Identificar
os riscos psicossociais no ambiente de trabalho;
Registrar
no inventário de riscos do PGR;
Planejar
ações de controle ou mitigação;
Acompanhar
e revisar esses riscos periodicamente.
O
supermercado está aberto? Depende. Veja dois cenários:
1.
Se a empresa cumpre a NR-1 apenas para evitar multas
Ela
pode preencher documentos de forma superficial, sem mudanças reais no ambiente.
Isso indica resistência à mudança cultural, mesmo que legalmente obrigada.
2.
Se a empresa enxerga a NR-1 como oportunidade de evolução
Nesse
caso, o supermercado pode ver o psicólogo organizacional como parceiro
estratégico para identificar e reduzir os riscos psicossociais, promovendo
bem-estar e prevenindo adoecimentos.
Conclusão
prática:
Mesmo
que o supermercado não esteja “aberto” de forma espontânea, a NR-1 obriga a
empresa a lidar com fatores psicossociais.
Se
não o fizer, está sujeita a:
Fiscalizações
e notificações do Ministério do Trabalho;
Ações
trabalhistas de colaboradores adoecidos;
Queda
de imagem organizacional.
Qual
é o valor da multa a ser paga pelo supermercado que resistir lidar com os
fatores de riscos psicossociais associado a NR1
O
descumprimento da NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1) pode resultar em multas
para o supermercado, com valores que variam conforme a gravidade da infração e
o número de funcionários. As penalidades podem oscilar entre R$ 2.396,35 e R$
6.708,08, podendo ser maiores em casos de reincidência ou resistência à
fiscalização. Além das multas, a empresa pode enfrentar interdições de
atividades, ações judiciais e danos à sua reputação.
Santé
+3
Canal
da Ética
+3
Sistema
ESO
+3
Esse
valor é insignificante para os supermercados portanto talvez séria maís viável
pagar as multas do que fazer a implantação da NR1 para lidar com os fatores de
riscos psicossociais no ambiente que talvez traria um custo anual mais alto
Você
tocou em um ponto muito realista e crítico, especialmente dentro da Psicologia
Organizacional e da Saúde no Trabalho: muitas empresas preferem pagar multas do
que investir em prevenção e cuidado com as pessoas.
Vamos
interpretar isso juntos:
1.
Custo da multa x Custo da prevenção
Multa
NR-1: varia entre R$ 2.396 a R$ 6.708 (por infração, podendo aumentar).
Custo
de prevenção psicossocial: envolve contratação de psicólogo, ações de escuta,
treinamentos, reestruturação organizacional etc.
Empresas
que pensam apenas em curto prazo fazem essa conta e concluem:
“Mais
barato pagar a multa do que mexer na estrutura.”
2.
Mas o que elas não calculam?
a)
Custos invisíveis e indiretos
Absenteísmo
(faltas frequentes).
Presenteísmo
(pessoa no posto, mas improdutiva).
Rotatividade
alta (gastos com demissão e contratação).
Afastamentos
por doenças psicológicas (INSS).
Danos
à imagem da empresa (inclusive em redes sociais).
b)
Risco jurídico aumentado
Funcionários
que adoecem e processam a empresa por negligência aos fatores psicossociais
podem gerar indenizações muito maiores do que as multas da NR-1.
3.
Interpretação pela Psicologia da Saúde
O
supermercado que escolhe pagar a multa em vez de cuidar do sofrimento humano
demonstra uma cultura organizacional adoecida, regida pela negação, pelo medo
da mudança e pela desvalorização da saúde mental.
É
uma organização que:
Não
reconhece o humano como sujeito;
Substitui
cuidado por controle;
Investe
em repressão, não em prevenção.
4.
Conclusão estratégica:
Enquanto
o custo do cuidado for percebido como gasto, e não como investimento em saúde,
produtividade e imagem, o sofrimento psicossocial continuará sendo naturalizado
e invisibilizado.
Mas,
a médio e longo prazo, isso cobra um preço muito mais alto – para os
colaboradores e para a própria empresa.
Se
quiser, posso montar essa análise como slide argumentativo, artigo ou proposta
de intervenção. Quer transformar esse conteúdo em algo prático?
Então
neste ponto de custo econômico pára os supermercados o viável é pagar multa e
não realizar investimento na NR1
Sim
— do ponto de vista puramente econômico e de curto prazo, para muitos
supermercados, pagar a multa pode parecer mais “viável” do que fazer um
investimento estruturado na implementação da NR-1 com foco nos riscos
psicossociais.
Mas
vamos entender melhor o raciocínio e também os erros estratégicos embutidos
nisso:
Por
que pagar a multa “parece” mais viável?
Multas
são pontuais, e não recorrentes (a menos que haja denúncia ou fiscalização
ativa).
Investir
em psicólogo organizacional, treinamentos, mapeamentos e ações preventivas
custa mais e envolve mudanças estruturais (o que gera medo nos gestores).
A
cultura empresarial muitas vezes valoriza resultados imediatos, e não a saúde e
sustentabilidade a longo prazo.
Mas
essa escolha tem consequências ocultas:
Consequência
Oculta Impacto Real
Adoecimento
dos trabalhadores Aumenta afastamentos e
uso do INSS
Rotatividade
de pessoal Gera custos com contratação e
treinamento
Perda
de produtividade (presenteísmo) Funcionários
“presentes”, mas improdutivos
Processos
trabalhistas Indenizações podem
superar o valor de multas
Imagem
organizacional negativa Dificuldade de
atrair bons profissionais
Interpretação
pela Psicologia da Saúde e do Trabalho:
A
empresa que prioriza pagar multa ao invés de cuidar da saúde do trabalhador
está mantendo um modelo econômico perverso, onde:
O
sofrimento humano é normalizado;
O
adoecimento é tratado como “colateral” do lucro;
E
a cultura do medo e do silêncio se instala.
Essa
lógica é contrária ao princípio da promoção da saúde organizacional, que busca
um ambiente justo, saudável, produtivo e sustentável.
Resumo:
Sim,
economicamente falando, pagar a multa pode parecer mais barato.
Mas,
psicologicamente e estrategicamente, é um custo que mina a saúde, a confiança,
a produtividade e a imagem da empresa a longo prazo.
Se
quiser, posso criar um material de apresentação com esse argumento estruturado
— para usar em conversas com RH, gestores ou em projetos de conscientização.
Quer que eu faça esse slide ou documento agora?
Parece
que a imagem da empresa não é afetada externamente na sociedade por escolher
pagar multa e não investir na saúde mental dos colaboradores por é mão de obra
barata e tem muitas pessoas que se sujeita a esse tipo de serviço e ainda agora
estão buscando pessoas no etarismo que já se aposentaram como forma de mostrar para
a sociedade que dão emprego para às pessoas que enfrentam o etarismo
Você
fez uma análise crítica e muito pertinente — revelando um mecanismo social e
organizacional sutis, porém perversos. Vamos interpretar esse cenário com base
na Psicologia Social, Organizacional e da Saúde do Trabalhador:
1.
Imagem social “limpa” vs. realidade interna adoecedora
Supermercados
muitas vezes constroem uma imagem pública positiva usando estratégias como:
Contratar
idosos e dizer que “valorizam a experiência”;
Apoiar
causas sociais pontuais (doações, campanhas de arrecadação);
Divulgar
vagas para jovens aprendizes ou pessoas com deficiência.
Mas
por trás dessa fachada, o ambiente interno pode ser:
Tóxico
emocionalmente, com metas abusivas, assédio moral e sobrecarga;
Desumanizado,
onde os trabalhadores são vistos como peças descartáveis.
2.
“Mão de obra barata” e a lógica da substituição
Quando
há grande oferta de pessoas dispostas a aceitar condições ruins (por
necessidade, aposentados, jovens sem experiência), o supermercado:
Não
sente pressão para melhorar o ambiente;
Ignora
os riscos psicossociais, pois sabe que a rotatividade é fácil e barata;
Invisibiliza
o sofrimento, já que o trabalhador é rapidamente substituído.
3.
Uso do etarismo como ferramenta de marketing moral
Contratar
pessoas que enfrentam o etarismo pode ser uma ação positiva, mas quando isso é
feito apenas como uma estratégia de imagem, a empresa:
Exibe
inclusão enquanto mantém práticas excludentes internas;
Explora
vulnerabilidades (como a aposentadoria) para pagar menos e exigir mais;
Silencia
o sofrimento dos colaboradores, pois “deveriam ser gratos” pelo emprego.
4.
Interpretação pela Psicologia da Saúde do Trabalhador
Essa
realidade mostra o uso do que a psicologia chama de mecanismos de
neutralização:
O
supermercado neutraliza o sentimento de culpa organizacional ao fazer ações
públicas “bonitas”;
Culpa
o próprio trabalhador pelo adoecimento, ao dizer que ele é “fraco” ou “não
aguenta pressão”;
Cria
um ambiente onde o sofrimento é naturalizado e invisível, mas socialmente
aplaudido.
Conclusão:
A
empresa não investe na saúde mental dos trabalhadores porque:
A
sociedade ainda não cobra isso como prioridade;
Existe
uma fila de substituição;
E
a aparência de “empresa cidadã” é mantida por ações de marketing social.
Por
isso, a mudança precisa ser cultural e política, com mais consciência coletiva,
denúncia estruturada e atuação dos psicólogos organizacionais e da saúde com
coragem ética e técnica.
Referências
-
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 1.
Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/
-
Dejours, C. (1992). "A loucura do trabalho".
-
Organização Internacional do Trabalho (OIT). "Riscos psicossociais no
trabalho".
-
Psicologia Organizacional e do Trabalho. CNPq, 2023.
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