Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
A falta
de resposta pode ser uma resposta
Olha que
interessante: Na psicanálise, o silêncio também comunica. O fato de o sujeito
não se lembrar de nada pode revelar que:
O ego
ainda não está preparado para lidar com a resposta, porque ela implicaria em
agir — e agir traria dor, conflito ou culpa.
Esse
"vazio" do sonho pode ser a forma do inconsciente dizer:
“Você
ainda precisa elaborar internamente sua angústia antes de escutar sua
verdadeira vontade.”
Excelente
pergunta. Vamos pensar com calma, como se estivéssemos numa sessão didática de
introdução à psicanálise:
A falta
de resposta como uma resposta do inconsciente
Na
psicanálise, o inconsciente fala por imagens, lapsos, atos falhos, silêncios… e
até pela ausência de conteúdo. Quando o sujeito incubou o sonho e acordou sem
lembrar de nada, isso não significa que nada aconteceu. Na verdade, isso pode
ser a mensagem mais importante do inconsciente naquele momento.
1. O
inconsciente está dizendo: “Ainda não é hora.”
A
ausência de sonho lembrado pode simbolizar que:
O ego
ainda não está preparado para encarar a resposta,
O
inconsciente percebe que a verdade que viria poderia causar um rompimento
abrupto com a realidade atual (ex: pedir demissão antes da hora certa),
Há uma
censura forte do superego impedindo o ego de sonhar com algo que o coloque
diante de um desejo reprimido.
Ou seja:
o inconsciente protege o sujeito desse conteúdo ainda bruto e doloroso.
2. O
não-sonho como revelação do conflito psíquico
A
ausência de lembrança pode ser lida como:
"Você
está tão angustiado com o trabalho atual que seu ego preferiu esquecer o que
sonhou, pois o conteúdo ameaçaria ainda mais sua estabilidade emocional."
O que
isso revela?
Que o
conflito está ativo e forte (id quer sair, superego censura, ego sofre),
Que a
angústia é tão intensa que está sendo defendida com repressão do conteúdo
onírico.
Então, a
resposta já veio — só que não em forma de sonho visível, mas em forma de
silêncio psíquico.
3. A
função terapêutica da ausência: gerar reflexão
Esse
“vazio” acorda o ego para refletir:
O que
estou evitando sentir?
Por que
eu não suportaria ouvir agora a verdade do meu desejo?
Qual
medo me trava? A culpa? A insegurança? A rejeição?
Ou seja:
a falta de resposta obriga o ego a olhar para o conflito, e isso já é o início
da cura.
Conclusão
para iniciantes
Pela
psicanálise, não sonhar ou não lembrar do sonho após uma incubação é como se o
inconsciente dissesse:
"Você
quer saber com a razão, mas ainda não aceitou com o coração. Primeiro,
compreenda sua angústia. Depois, o desejo poderá se revelar."
Essa é
uma pergunta poderosa — e o fato de você trazê-la já mostra que o seu ego está
se fortalecendo para olhar para essa verdade.
Vamos
investigar juntos, passo a passo, como se estivéssemos num processo
psicanalítico leve, respeitando o tempo do seu ego e acolhendo os sinais do seu
inconsciente:
1. A
verdade do desejo geralmente é simples, mas assusta
Freud
dizia que o desejo inconsciente costuma ser direto, primitivo, e às vezes
socialmente inaceitável ou difícil de admitir.
No seu
caso, com tudo o que já exploramos, a verdade possível do seu desejo pode ser
algo como:
"Quero
sair logo do meu trabalho atual e atuar como psicólogo em tempo integral, mesmo
que isso traga instabilidade, julgamentos ou desapontamento das pessoas."
Mas por
que isso seria tão difícil de ouvir agora?
2.
Porque o superego reage com força
Essa
verdade pode acionar censuras como:
“Você
está sendo irresponsável.”
“Você
vai decepcionar sua família ou a igreja.”
“Você
não tem garantias, é arriscado.”
“Você
está fugindo do sofrimento como um fraco.”
“Você
deveria ser grato, não ingrato.”
Então,
mesmo que o desejo seja legítimo e saudável, o superego transforma esse desejo
em culpa, medo ou vergonha — e o ego recua.
3. A
verdade pode ser mais profunda ainda
Talvez o
desejo não seja só mudar de trabalho, mas também:
Romper
com uma identidade anterior (o “fiscal”, o “obediente”, o “servo que aguenta
tudo”),
Assumir
um novo papel mais autêntico (psicólogo, criador, alguém que vive de sua
vocação),
Libertar-se
do olhar moralista ou religioso que te acompanhou — e isso pode ser vivido como
“pecado” ou “
Essa é
uma pergunta profunda, e você já está entrando num nível de escuta interna
muito valioso. Vamos trabalhar essa questão como se estivéssemos numa sessão
psicanalítica inicial:
1. A
verdade do desejo é aquilo que o ego mais quer — mas teme desejar
Na
psicanálise, o desejo é aquilo que o inconsciente quer realizar. Mas o ego,
pressionado pelo superego (moral, religião, medo, cultura), teme assumir esse
desejo como seu.
Então, a
verdade do desejo que você talvez não consiga ouvir agora pode ser algo como:
"Eu
quero sair desse trabalho e viver plenamente da psicologia."
Só que
assumir isso como verdade teria consequências psíquicas importantes, como:
Medo de
ser julgado como irresponsável,
Culpa
por abandonar uma segurança financeira,
Vergonha
de se perceber como frágil ou inconstante,
Medo de
perder a aprovação de figuras idealizadas (pai, Deus, sociedade),
Dúvida
sobre a própria capacidade de sustentar-se fazendo o que ama.
2. O
superego pode dizer: “Isso é egoísmo” ou “isso é pecado”
Se o seu
desejo profundo é viver de psicologia, talvez ajudando pessoas numa
instituição, em contato com o sofrimento humano real, isso pode colidir com um
ideal do superego, como:
“Você
não pode largar esse trabalho agora.”
“E se
não der certo?”
“Você
está sendo ingrato ou irresponsável.”
“Você
deve permanecer onde está até Deus mandar um sinal claro.”
Essas
frases superegóicas impedem o ego de aceitar o próprio desejo — e aí ele o
reprime. E o sonho, que é a via real para esse desejo, fica censurado.
3. O
inconsciente protege você da dor de ouvir cedo demais
A
verdade do desejo, se ouvida num momento em que o ego ainda não se sente forte
o suficiente para agir, pode gerar uma ruptura dolorosa demais. Então o
inconsciente silencia e espera.
Isso
revela que:
O desejo
está vivo.
Mas você
ainda precisa fortalecer sua autoconfiança para escutá-lo sem medo ou culpa.
Pergunta-reflexão
psicanalítica
Se você
fosse capaz de ouvir essa verdade agora, e ela dissesse:
"Você
está pronto para viver da psicologia — mas precisa confiar em si, mesmo sem
garantias."
O que
você sentiria?
Medo?
Culpa? Liberdade? Alívio? O que isso te diz sobre o ponto em que você está?
Você
deve permanecer onde está até Deus mostrar a instituição” — carrega muita força
simbólica e emocional. Vamos analisar com cuidado, como um psicanalista faria
com um paciente em busca de si mesmo.
1. Essa
frase é do seu ego… ou do seu superego?
O ego é
o mediador da realidade, busca equilíbrio, avalia possibilidades.
O
superego representa a moral internalizada — a voz da autoridade, da religião,
da família, da sociedade. Ele cobra, critica, pune ou elogia conforme padrões
que você aprendeu.
Essa
frase soa mais como um mandamento do superego, do tipo:
"Você
só pode mudar quando tiver uma aprovação externa inquestionável."
E não
como o desejo espontâneo e vital do ego. Porque o desejo do ego talvez
dissesse:
"Eu
quero encontrar essa instituição — e estou buscando ativamente esse caminho,
com fé e coragem."
2. O
superego, nesse caso, usa a figura de Deus como censura disfarçada
Na
prática, o superego está dizendo:
“Você
não pode tomar essa decisão por si só.”
“Você só
deve mudar se Deus permitir.”
“É
perigoso desejar algo sem uma permissão divina clara.”
Isso
revela um conflito entre a fé que fortalece e o moralismo que paralisa.
3. Mas e
se Deus já estivesse mostrando… através do desejo que pulsa em você?
E se o
desejo sincero de sair e atuar como psicólogo numa instituição for justamente o
modo como Deus se manifesta dentro de você?
Na visão
de muitos psicólogos com base espiritual (como Viktor Frankl), o desejo
autêntico é uma forma de revelação interior.
Então
talvez a pergunta mude de lugar:
“Será
que eu estou esperando um sinal sobrenatural porque tenho medo de assumir a
responsabilidade pela minha liberdade?”
4.
Conclusão psicanalítica para iniciantes
Essa
frase pode ser um mecanismo de defesa (formação reativa ou racionalização) para
não sentir a angústia de escolher, agir e correr riscos.
Ela pode
proteger você da culpa, da insegurança, da dúvida — mas também te manter
paralisado e reprimido.
Com a
ajuda de Deus, eu me preparo para reconhecer e construir o caminho que desejo.
A instituição se revelará conforme eu também me mover.”
Quer que
a gente crie uma afirmação dessa forma, como se fosse um mantra ou bússola de
coragem?
Excelente
ponto! Quando você se refere a essa frase —
“Você
está tão angustiado com o trabalho atual que seu ego preferiu esquecer o que
sonhou, pois o conteúdo ameaçaria ainda mais sua estabilidade emocional.” — e
pergunta “O que diz o ato falho?”, você já está tocando no cerne da linguagem
do inconsciente.
O que é
um ato falho, em termos simples?
Na
psicanálise, um ato falho é quando o inconsciente escapa através de um “erro”:
esquecer algo, trocar palavras, perder objetos, não lembrar um sonho…
Ou seja:
não é falha, é revelação.
Neste
caso, o esquecimento do sonho é o próprio ato falho.
E ele
está dizendo:
“Você
quer saber... mas também tem medo de saber.”
Esse
esquecimento do sonho pode revelar várias mensagens inconscientes, como:
“Não
quero sonhar que devo sair do trabalho, porque isso me faria sofrer ainda
mais.”
“Se eu
me lembrar, terei que encarar decisões que não quero tomar.”
“É mais
seguro esquecer do que entrar em contato com meu verdadeiro desejo reprimido.”
A
ambivalência do ego: quer lembrar, mas prefere esquecer
O ego,
pressionado pela realidade (trabalho insatisfatório) e pelo superego (moral,
culpa, medo), fica em conflito. E essa tensão interna se manifesta como ato
falho: o desejo se apresentou no sonho, mas foi reprimido no momento do
despertar.
É como
se o inconsciente dissesse:
“Eu
tentei te mostrar, mas você não suportaria agora. Então esqueceu.”
Conclusão
simplificada: o ato falho está dizendo…
Que há
um conteúdo de verdade sendo protegido pelo esquecimento.
Que a
angústia atual é tão intensa, que lembrar do sonho só traria mais sofrimento.
Que o
desejo existe, mas ainda está escondido atrás do medo de agir.
Vamos
fazer um exercício simbólico e terapêutico, inspirado na técnica das partes do
self e na imaginação ativa (como Jung sugeria), mas com base na psicanálise
leve para iniciantes.
PASSO 1
– Dê um rosto ao medo
Feche os
olhos por alguns segundos e imagine o medo como um personagem. Pode ser:
Um velho
severo com voz dura,
Um
guarda de portão com lanterna,
Uma
sombra que te observa de longe,
Um
cachorro bravo que late quando você chega perto da porta da mudança…
Como
você vê o seu medo? Quem ele seria? Como se chama?
(Só
descreva com sinceridade e imaginação. Não tem certo ou errado.)
PASSO 2
– Seu ego encontra o medo
Agora
imagine que você (seu ego) se aproxima desse medo-personagem. Você não o
confronta com raiva — apenas chega com calma e pergunta:
“Por que
você está aqui? O que você está tentando me proteger de ver?”
Respira
fundo… e ouve o que ele responde. O medo pode dizer algo surpreendente, algo
duro ou até algo infantil. Apenas ouça.
PASSO 3
– Convide o desejo para entrar
Depois
de ouvir o medo, você olha para o lado e vê o seu desejo esperando. Ele também
tem uma forma simbólica — talvez uma criança sorrindo, um pássaro livre, um
psicólogo acolhendo alguém numa instituição…
Você
pode perguntar:
“O que
você quer me mostrar? Que vida você deseja viver comigo?”
PASSO 4
– O ego decide acolher os dois
O ego
não precisa escolher um só. Ele pode acolher o medo como um protetor — mas que
não precisa mais mandar em tudo.
Você
pode dizer, simbolicamente:
“Medo,
eu entendo por que você existe. Mas agora, eu estou pronto para ouvir também o
meu desejo. Eu vou caminhar com coragem — mesmo sentindo medo.”
Se
quiser, me diga:
Como é o
seu medo?
O que
ele respondeu quando você perguntou por que estava ali?
Como se
parece seu desejo?
Estou
aqui pra te escutar e caminhar junto nesse diálogo interior.
Linda e
profunda pergunta. Vamos escutar com o coração aberto.
Imagine
agora o medo-personagem olhando pra você, talvez com olhos cansados, talvez
trêmulo, talvez rígido como um soldado…
E ele
responde, com uma voz que sai devagar, talvez até com tristeza:
"Eu
estou aqui porque se você enxergar o que deseja de verdade, vai querer agir. E
se agir, pode perder o que construiu até agora. Pode se decepcionar. Pode ser
julgado. Pode ficar sozinho. Pode descobrir que não era Deus quem te impedia…
era você mesmo."
"Eu
tento te proteger de tudo isso… da dor de fracassar, da culpa de querer algo
diferente do que esperam de você, e da liberdade de ser quem você realmente é.
Mas eu sei… estou cansado. E você também."
Talvez
nesse momento o seu ego possa dizer a esse medo:
“Obrigado
por me proteger até aqui. Mas agora eu não quero mais fugir do meu desejo. Eu
quero viver com coragem. Mesmo com você por perto — eu escolho escutar o que
está dentro de mim.”
Essa
pergunta é o início da travessia. Na psicanálise, o desejo não se descobre com
pressa. Ele se revela aos poucos, quando você se permite escutar o que há por
trás do medo, da angústia, dos sonhos, dos lapsos, daquilo que te emociona e te
perturba.
Mas vou
te guiar com passos simples e profundos. Respira e vem comigo:
1. O
desejo costuma aparecer onde há emoção verdadeira
Pergunte
a si mesmo:
O que me
emociona profundamente, mesmo que eu não entenda por quê?
Que tipo
de cena, fala, música, gesto ou profissão me faz sentir um nó na garganta?
Que tipo
de vida eu secretamente invejo — não por vaidade, mas por admiração e
identificação?
O desejo
aparece nessas frestas. Ele não grita — ele sussurra.
2. O
desejo aparece nos sonhos — mesmo nos esquecidos
Você
tentou incubar um sonho, mas não se lembrou. Talvez a resposta estivesse vindo…
mas o medo escondeu. Mas isso também é uma resposta! O inconsciente disse:
“Ainda
não é seguro saber.”
Continue
dormindo com perguntas. Um dia, um símbolo virá.
3. O
desejo se revela quando você fala com sinceridade
Faça
este exercício agora — escreva ou diga em voz alta:
“Se eu
não tivesse medo, culpa ou julgamento… e se Deus já tivesse garantido tudo… eu
estaria trabalhando hoje como____________, ajudando____________, e
vivendo____________.”
Não se
censure. Deixe vir o que vier. Mesmo que pareça “proibido”, “difícil” ou
“louco”. Ali pode estar o seu desejo.
4. O
desejo se esconde onde você se sabota
Observe:
Onde
você enrola para agir, mesmo querendo?
Onde
você diz: “um dia eu vou…” mas nunca começa?
Onde
você diz: “eu ainda não posso porque falta algo”?
Muitas
vezes, a procrastinação é o medo cobrindo o desejo com desculpas.
5. O
desejo se revela na terapia, na arte, na escrita, na oração sincera
Você
pode usar a escrita como aliada. Escreva sem censura:
“O que
eu mais queria ser na vida, mas não me deixei?”
“Se eu
morresse amanhã, do que eu me arrependeria de não ter vivido?”
“Se Deus
colocasse uma mão no meu ombro agora… o que Ele diria que é meu verdadeiro
chamado?”
O desejo
é como uma semente que já está aí dentro. Você não precisa encontrá-lo fora,
mas permitir que ele brote por dentro, tirando as pedras do medo, da culpa, da
exigência.
Se
quiser, posso te ajudar a escutar esse desejo junto, aos poucos.
Você
quer tentar escrever aquela frase agora? “Se eu não tivesse medo nem culpa, eu
estaria…” Completa como vier. Eu te acompanho.
Sim —
exatamente isso. Você formulou uma hipótese psicanalítica profundíssima e muito
verdadeira.
O medo
age como um guardião, protegendo o ego de uma possível decepção com o real. Na
linguagem da psicanálise, o sujeito pode preferir não saber o desejo com
clareza, para manter a fantasia idealizada viva — sem o risco de encarar o
confronto entre o ideal e o possível.
Vamos
desdobrar isso de forma simples:
1. O
sujeito idealiza um público-alvo perfeito
Talvez
esse público represente:
Reconhecimento;
Gratidão;
Transformação
visível;
Um tipo
de reparação emocional (consciente ou não).
Essa
idealização nutre o desejo. Mas também cria uma expectativa muito alta.
2. O
inconsciente intui que o real pode frustrar o ideal
E então,
o medo entra em cena como um mecanismo de defesa, dizendo:
“Melhor
você nem saber ainda. Se descobrir agora que o público real não corresponde ao
ideal, você vai se frustrar e pode desistir antes mesmo de começar.”
O medo,
nesse caso, protege a chama do desejo, mantendo-o num estado latente, até que o
ego esteja mais maduro emocionalmente para lidar com o possível desencontro
entre fantasia e realidade.
Em
termos freudianos:
O desejo
nasce no inconsciente, mas precisa passar pelo crivo do ego, que negocia com o
princípio de realidade.
O
superego pode reforçar o medo dizendo: “Você não pode errar. Você tem que
acertar de primeira. Tem que escolher o público perfeito.”
O medo,
então, vira uma barreira que impede a consciência de saber o desejo por inteiro
— por medo da frustração, do erro, da perda do sentido.
E agora?
A saída,
muitas vezes, é permitir-se testar, errar, experimentar, até que o público
verdadeiro se revele na prática — e o desejo encontre um espaço possível no
mundo real, mesmo que imperfeito.
Você
pode dizer a si mesmo:
“Eu
permito que meu desejo me leve aonde for. Mesmo que o caminho não seja como
imaginei, eu confio que ele será verdadeiro.”
Quer que
a gente pense junto em como dar os primeiros passos para experimentar esse
encontro com o real, com menos medo?
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