Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo encoraja o leitor a fazer a própria observação, sobre sua
conduta nos ambientes aos quais está inserido e considerar a baixa imunidade
diante de situações estressantes, seja no trabalho, na família, no esporte, nas
reuniões e outros.
Você
já deve saber que a relação entre pais e filhos tem grande influência em
diversas esferas do desenvolvimento infantil, certo? Um hábito importante é a
autorregulação na Educação Infantil que, apesar de ser promovido pela escola,
também deve ser um ponto de atenção em casa. Por essa razão, é importante que
os pais, ao lidar com as crianças, busquem incentivá-lo.
Pois,
a auto regulação é importante em vários ambientes, seja escolar, organizacional,
esportivo, familiar e o que você pensar agora enquanto lê o artigo. Encontramos
em diversos ambientes adultos que não possuem o mínimo de auto regulação nas
emoções e nem tão pouco comportamentos ajustados para reações diversas.
Afinal,
se autorregular pode beneficiar a autoestima, o sucesso escolar e o
desenvolvimento cognitivo da criança. Se você quer garantir isso para os seus
filhos, confira o artigo e veja dicas para colocar em prática! A autorregulação
na educação infantil é uma competência praticada para a aprendizagem e é o processo
no qual a própria criança organiza, monitora e analisa seu aprendizado. Mas o
adulto/ e ou trabalhador também pode fazer a mesma coisa.
Para
que essa atividade seja eficiente, o estudante/trabalhador precisa ter controle
sobre seus pensamentos, motivações e comportamentos. Também é necessário
compreender os sentimentos e emoções que se manifestam antes, durante e após a
realização de uma atividade. Esse conhecimento consegue evitar situações de
crise na criança. Ao invés, por exemplo, de chorar ou jogar tudo para longe,
ela será capaz de comunicar como está se sentindo com determinada tarefa.
Ou
seja, seu filho será responsável por entender e monitorar suas motivações para
estudar, determinar estratégias para melhorar o aprendizado e identificar se
está ou não conseguindo absorver o conteúdo. Essa competência tornou-se
especialmente essencial durante a pandemia do novo coronavírus, já que as
crianças estavam em casa e contavam apenas com a companhia dos pais para o
apoio na educação. Mas alguns pais, nem sequer sabem sobre o tema e por isso
criam conflitos ainda maiores dentro do lar por se portarem de modo
desinformado, sendo as vezes um gerador ou contribuidor com seus comportamentos
para que seus filhos entrem em conflitos. O mesmo acontece nos ambientes
organizacionais.
Essa
prática traz diversos benefícios às crianças, como, exemplo, melhor retenção do
conteúdo; maior envolvimento e motivação com os estudos; melhoria na
alfabetização, no vocabulário e em habilidades matemáticas; contribuição para o
desenvolvimento social; melhor desempenho acadêmico; maior autocontrole.
A
participação ativa nos estudos e o incentivo da autoexpressão, que vêm como
consequências do resultado positivo da autorregulação na Educação Infantil,
também são formas de estimular o desenvolvimento cognitivo das crianças.
É
por esse motivo que essa competência consegue contribuir tanto para os estudos,
já que as habilidades intelectuais estão diretamente ligadas com a memória, o
raciocínio e a capacidade de planejamento.
O
primeiro passo para incentivar a autorregulação na educação infantil é ajudar
seus filhos a identificar suas emoções ao nomeá-las. Assim, os pequenos começam
a aprender a lidar com o que sentem para conseguir resolver seus problemas
relacionados ao processo de aprendizado.
Por
exemplo, se ele ficar bravo ao não conseguir fazer determinada lição, ensine-o,
desde novo, que aquilo que está sentindo naquele momento se chama raiva. Em
seguida, explique que tudo bem ter dificuldades, mas que o importante é
persistir. Quando ele souber identificar suas emoções, vale propor um exercício
com cores.
Diga
para ele determinar como está se sentindo ao realizar alguma atividade ou sobre
alguma disciplina: Vermelho: não está conseguindo desenvolver bem seu
aprendizado. Então é preciso criar novas estratégias para aprender ou ir com
mais calma;
Amarelo:
está começando a perder o controle. Portanto, é importante ficar atento ou
apoiar o ensino com jogos e brincadeiras, por exemplo, devido à importância do
lúdico para a educação infantil; verde: pode continuar no ritmo de aprendizado
que está.
Além
de ajudar a criança a identificar seu ritmo de aprendizado e a compreender se
está conseguindo ou não aproveitar o conteúdo, vale ainda incentivar que a
criança se torne mais independente e segura de si.
Para
isso, você pode incentivá-la a tomar suas próprias decisões; deixá-la programar
os horários de estudos e as disciplinas que irá estudar; interferir em suas
decisões apenas quando necessário; ensiná-la a assumir responsabilidades;
ajudá-la a desenvolver paciência e capacidade para lidar com os obstáculos do
dia a dia; ensiná-la a entender suas emoções e controlá-las com inteligência
emocional.
O
que significa autorregulação? A autorregulação é essencial para adaptar-nos às
situações e para atuar de acordo com os nossos objetivos. Em seguida, veremos
em detalhe o que é de pensamentos, emoções ações e motivação através uma série
de estratégias pessoais que permitem tanto a consecução de objetivos como a
evitação de resultados indesejados.
Da
mesma forma, a habilidade autorregulatória permite analisar o ambiente, dar uma
resposta ao mesmo tempo e uma criar uma modulação dessa reação com o fim de
promover uma adaptação ao meio. Esta capacidade tem grandes implicações no
desenvolvimento pessoal, no ajuste social e no bem-estar geral da pessoa. Por
sua vez, as dificuldades de autorregulação provocam problemas nas relações
interpessoais e são um fator de risco para o abuso de substâncias, transtornos emocionais
como depressão e ansiedade e para o desenvolvimento de comportamentos
impulsivos ou agressivos. O conceito de autorregulação é complexo, uma vez que
abarca uma série de processos e inclui numerosas funções executivas. [...]
Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a
compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem
possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram
satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Fases
da autorregulação: Quanto aos processos ou fases de autorregulação, se
identificam os seguintes: Fase de planificação, é a fase na qual se produz uma
análise da situação, um estabelecimento de objetivos e uma organização e
programação dos mesmos, assim como uma conexão com aprendizagens anteriores.
Fase
de execução, na qual se coloca em prática ou se executa o comportamento. Fase
de autorreflexão, avaliação e valoração dos resultados alcançados. Esta fase é
de grande importância, uma vez que a autorregulação se retroalimenta com base
nas experiências e consequências das mesmas.
Componentes
da autorregulação: Dentro dessas fases, interagem vários elementos ou
habilidades que possuem um papel relevante na autorregulação: Metacognição: consciência
e capacidade de refletir sobre o próprio pensamento.
Autoconhecimento:
reconhecimento da própria pessoa, das suas qualidades, forças e fraquezas.
Relacionado com a capacidade de introspeção. Autocontrolo: o autocontrolo é a
habilidade para manter o foco e direção da ação. Automonitorização: observação
e supervisão do próprio comportamento. Autoeficácia: confiança nas próprias
capacidades para atingir as metas definidas. Automotivação: impulso para
perseverar no que se pretende conseguir, mantendo o otimismo e entusiasmo de
forma autônoma.
Flexibilidade
mental: capacidade de adaptação do comportamento às condições do meio em
constante mudança. Autorregulação: exemplos, Em seguida, mostramos uma série de
exemplos que evidenciam a capacidade autorregulatória: Exemplo de
autorregulação do comportamento. Uma pessoa que pensa que devia cuidar mais da
sua saúde em geral e quer adotar hábitos mais saudáveis decide inscrever-se no
ginásio, realizar uma planificação semanal das suas refeições, não deixar
alimentos pouco saudáveis à vista e reduzir drasticamente o consumo de álcool e
tabaco.
Exemplo
de autorregulação da aprendizagem: Um aluno ou aluna que é consciente de que
tem mais dificuldade com a lição de matemática que com as demais matérias
decide dedicar mais tempo ao estudo dessa disciplina, rever cada aula quando
termina, procurar ajuda ou reforço com matemática e recompensar-se a si mesmo
cada vez que passa na prova.
Exemplo
de autorregulação emocional. Imaginemos que uma pessoa não tem um dia muito bom
e é consciente disso. No mesmo dia um amigo, conta uma piada e a pessoa se sente
incomodada com ela. Contudo, essa pessoa sabe que teve um mau dia e que, por
isso, foi particularmente afetada pela piada
e que o seu amigo não tinha más intenções. Por isso, decide não reagir de uma
forma negativa e prefere dizer ao seu amigo que não se encontra muito bem e que
seria melhor que ele não fizesse piadas.
Também
é possível definir, assim, a autorregulação como a habilidade de monitorar e
modular a emoção, a cognição e o comportamento, para atingir um objetivo e/ou
adaptar às demandas cognitivas e sociais para situações específicas.
Autorregulação emocional ou regulação emocional refere-se a um processo dinâmico
intrinsecamente ligado a esforços conscientes no controle dos comportamentos,
dos sentimentos e das emoções para que algum objetivo seja alcançado.
O
autocontrole emocional possibilita que o profissional tenha calma para lidar
com as adversidades, além de ter mais segurança, responder da melhor maneira
possível aos momentos de estresse e se relacionar de uma maneira mais positiva
e construtiva. O psicólogo inglês Paul Gilbert descreveu três principais
sistemas de regulação emocional dos seres humanos, atribuindo a cada um deles
uma cor. São eles: o sistema de perigo ou ameaça [vermelho], o sistema
executivo ou de ação [azul], e o sistema de conexão ou acalmia [verde].
A
origem do problema está no sistema nervoso, que tem dificuldade para se
autorregular. Por esse motivo, se a criança está imersa em uma situação em que
há um aumento sensorial, ela não é capaz de se autorregular e deixa suas
emoções e seus comportamentos sem controle.
Um
exemplo, o operador de caixa está registrando os itens e de repente é
questionado pelos clientes sobre o produto que o preço não está em conformidade
como anunciado. Neste caso o operador se enxerga imergido pelas contrariedades
dos clientes ocasionando um reforço sensorial negativo encaminhando sua conduta
sem ausência de controlo. Quem constata a falta de auto regulação é o psicólogo
travestido de operador de caixa no exercício da função, depois de reparar que
vivencia a compulsão a repetição dos resfriados no ambiente organizacional. [...]
Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que
começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
E
descortina que o estresse a ansiedade e o medo são desencadeadores de
resfriados, vômitos e ânsias por estar com a imunidade baixa neste local. E
consegue compreender que a auto regulação não foi ensinada no seio familiar por
tratar-se de uma família de origem destituída de informações sobre a saúdem
mental, tema não divulgado na época passada, exemplo década de 50.
Depreende
que a doença psicossomática circunda o ambiente organizacional supermercado,
porque grande maioria de colaboradores não praticam a auto regulação. Isto é,
são pessoas desinformadas, pois é possível entender que esse tema não foi
atribuído na educação infantil pelos pais. E nem o ambiente em questão propicia
o ensinamento que poderia ser atualizado pela psicologia organizacional se esta
estivesse atuando no ambiente. Por tratar-se de uma hierarquia paternalista
tradicional antiquada, onde nem a liderança conhece o tema e também não teve
esse assunto imputado nas vidas pelos pais fundadores.
A
autorregulação emocional é um processo que gerencia as emoções para inibir
impulsos e construir respostas adequadas para as diversas situações que geram
estresse, ansiedade ou exigem tomadas de decisão. Trata-se de uma técnica muito
importante para o desenvolvimento da carreira, uma vez que o ambiente
corporativo é repleto de desafios que exigem não apenas conhecimento técnico,
mas também uma elevada produtividade e conduta profissional positiva — o que
inclui saber se relacionar e lidar com conflitos.
Para
o desenvolvimento de uma carreira de sucesso, portanto, não basta apenas
entregar bons resultados é necessário ter controle emocional, já que um
profissional emocionalmente desequilibrado pode passar a apresentar um
comportamento agressivo e ter dificuldade para lidar com os imprevistos e
frustrações do dia a dia.
O
autocontrole emocional possibilita que o profissional tenha calma para lidar
com as adversidades, além de ter mais segurança, responder da melhor maneira
possível aos momentos de estresse e se relacionar de uma maneira mais positiva
e construtiva. Trata-se de um conjunto de escolhas e comportamentos que são
adquiridos por meio do desenvolvimento da inteligência emocional que levam o
indivíduo a usar o máximo de suas qualidades para alcançar o sucesso
profissional.
Como
lidar com as emoções no trabalho, pois o ambiente corporativo é composto por
vários tipos de pessoas, com diferentes personalidades e histórias de vida.
Nesse contexto, enquanto um momento de pressão pode paralisar um profissional,
a mesma situação pode servir como motivação para outro. Isso acontece porque
cada emoção é capaz de gerar uma reação e um comportamento diferente, que
variam conforme a situação e as vivências individuais. [...] Esse medo marcará nossa memória,
de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma
situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de
desamparo” (Freud, 2006, p.162).
As
respostas emocionais nem sempre são adequadas para a situação e, muitas vezes,
podem prejudicar o desenvolvimento de muitos profissionais considerados
brilhantes. Por esse motivo, é necessário que você saiba reconhecer as emoções
e entender como elas influenciam em suas ações, de modo a criar consciência
sobre a sua maneira de se comportar. Esta é uma ação que também ajuda a lidar
com as emoções de colegas, colaboradores e gestores. Autoconhecimento e o
desenvolvimento profissional.
Pessoas
que são capazes de reconhecer seus potenciais e limitações tornam-se mais
seguras e autênticas em suas atitudes. O autoconhecimento permite ter dimensão
das reações diante de cada emoção e situação, possibilitando que o indivíduo
alcance o autocontrole e conquiste a confiança dos colegas, estabelecendo
relações profissionais mais saudáveis.
O
sistema imunológico é um conjunto de órgãos, tecidos e células que atuam no
combate a agentes infecciosos como vírus, bactérias e fungos, evitando doenças.
Do mesmo jeito que ele cria mecanismos de defesa, os agentes infecciosos criam
de ataque. Ora o sistema imunológico vence, ora vencem vírus e bactérias.
E
é aí que temos um problema de saúde. Ficar doente uma vez não quer dizer que o
sistema imunológico falhou completamente ou está ruim. Ele apenas não foi capaz
de conter o vírus em primeiro momento, mas depois combate o problema —por isso
ninguém fica gripado para sempre, como explica Ekaterini Simões Goudouris,
coordenadora do Departamento Científico de Imunodeficiências da Asbai
(Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).
Quando
a pessoa fica doente com muita frequência, o sistema imunológico pode não estar
funcionando bem, diz Mônica Nunes, médica residente em infectologia do Hospital
de Doenças Tropicais da UFT (Universidade Federal do Tocantins), da Rede Ebserh
(Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). E o corpo dá alguns
"avisos" de que isso está ocorrendo.
Estes
sinais podem indicar que sua imunidade está baixa: 1. Você vive estressado 2.
Você tem herpes e outras infecções recorrentes 3. Muitas aftas estão surgindo
na sua boca 4. A gripe dura muito mais tempo do que o normal [cerca de 5 a 7
dias] 5. Seu cabelo está caindo muito [o normal é perder cerca de 100 fios por
dia] 6. Você tem candidíase de repetição 7. Ter muitas febres e calafrios 8.
Sofrer com náuseas e vômitos 9. Ter diarreia por mais de duas semanas 10.
Aparecerem manchas vermelhas ou brancas na pele.
Uma
das causas que podem indicar o sistema imunológico baixo, segundo a médica
infectologista Lina Paola Rodrigues, da BP - A Beneficência Portuguesa de São
Paulo, é o estresse. As emoções são responsáveis por sinalizar o estado interno
de cada pessoa, alertando a respeito de suas necessidades individuais e guiando
os limites comportamentais e tomadas de decisão. Saber lidar com as suas
emoções é um grande diferencial para quem busca crescer e se desenvolver como
profissional. Ao entendê-las e aprender como controlar e direcionar cada uma
delas, o indivíduo cria a capacidade para adotar uma postura mais assertiva,
equilibrada e competente.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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