Ano 2025. Autor Fiscal - Psicólogo
Sumário
1.
Introdução
2.
O Fiscal Psicólogo: Morte Simbólica da Função
3.
A Psicologia Presencial e Simbólica: Luto pela
Perda
4.
Fases do Luto Psíquico: Negação, Raiva, Barganha,
Depressão e Aceitação
5.
Energia Libidinal Cativa e Redirecionamento
6.
Superando o Luto: Técnicas Psicanalíticas e
Práticas
7.
Conclusão
8.
Referências Bibliográficas
Introdução
Este
livro investiga a dinâmica psíquica do ego diante do conflito entre desejo,
obrigação e exaustão libidinal no trabalho, utilizando como estudo de caso a
experiência do fiscal de caixa que se formou em psicologia. A narrativa explora
a morte simbólica da função de fiscal, o luto pela perda da
psicologia simbólica e presencial, e os mecanismos de defesa acionados pelo
ego frente à censura do superego.
A
abordagem segue os princípios da psicanálise clássica e contemporânea,
discutindo recalque, repressão, medo, raiva, libido e investimento libidinal
em objetos de desejo e obrigação. O objetivo é compreender como a energia
psíquica cativa pode ser redirecionada, permitindo superação do luto e
reorganização do ego.
“O
inconsciente é o verdadeiro psicólogo do indivíduo, que guarda em si o desejo
reprimido e os objetos de investimento libidinal não reconhecidos pelo ego
consciente.” — Freud, 1915
Capítulo
1: O Fiscal Psicólogo – Morte Simbólica da Função
O
fiscal psicólogo experimenta a morte simbólica da função de fiscal de caixa
dentro de si mesmo, embora continue no ambiente de trabalho presencial. O ego
percebe que a função consome toda a energia libidinal, tornando impossível
investir em qualquer outro objeto, inclusive na psicologia.
“Quando
a libido se retira de um objeto, ela não desaparece; muitas vezes permanece
cativa, presa ao ego ou ao superego, até que seja redirecionada a novos
objetos.” — Freud, 1914
O
trabalho de fiscal se torna objeto de exaustão libidinal, enquanto o ego
sente raiva e medo, acionando mecanismos de defesa que protegem contra o
adoecimento psicossomático.
Capítulo
2: A Psicologia Presencial e Simbólica – Luto pela Perda
A
psicologia, enquanto objeto de desejo e investimento libidinal, é também
simbolicamente “mortificada” pelo ego, que perdeu energia para sustentá-la.
Essa perda desencadeia um processo de luto psíquico, onde a libido
permanece cativa, gerando apatia, vazio e exaustão.
“A
perda de um objeto de investimento libidinal equivale, no psíquico, a uma morte
simbólica; a energia que antes fluía para o objeto fica retida, até que o ego
encontre novos caminhos de satisfação.” — Freud, 1917
Capítulo
3: Fases do Luto Psíquico
O
luto pela psicologia simbólica e presencial segue padrões análogos ao modelo de
Elisabeth Kübler-Ross, adaptados à psicanálise:
1.
Negação: resistência em
reconhecer a perda da psicologia como objeto de investimento.
2.
Raiva: direcionada ao trabalho de
fiscal ou à psicologia como objeto que não oferece mais prazer.
3.
Negociação/Barganha:
tentativa de readquirir investimento libidinal sem abrir mão do ego.
4.
Depressão: percepção da perda e
estagnação da libido, energia cativa.
5.
Aceitação: reorganização do ego e
redirecionamento da energia libidinal para novos objetos.
“A
energia libidinal não desaparece; ela apenas muda de objeto quando o ego
consegue reconhecer a perda e reorganizar o investimento.” — Freud, 1920
Capítulo
4: Energia Libidinal Cativa
A
energia libidinal permanece cativa enquanto o ego não encontra um novo
objeto para investir. Segundo Freud, a libido pode ficar presa em:
- Superego: culpa,
autocensura, julgamento interno.
- Ego: vazio, apatia, exaustão.
- Objetos substitutos:
distrações que absorvem energia sem realização real.
O
desafio é liberar a libido cativa, permitindo a transição para novos
investimentos que gerem satisfação psíquica.
Capítulo
5: Superando o Luto Psíquico
O
processo de superação do luto inclui:
1.
Reconhecer a perda sem censura.
2.
Externalizar sentimentos por meio de escrita ou
expressão simbólica.
3.
Buscar novos objetos de investimento libidinal.
4.
Reduzir a influência do superego, permitindo
fluxo livre da libido.
5.
Criar rituais simbólicos de desligamento, tanto
do trabalho quanto da psicologia que não se deseja mais investir.
“Somente
quando a libido é liberada do objeto perdido, o sujeito pode reencontrar prazer
em novos objetos e restabelecer o equilíbrio do ego.” — Freud, 1915
Conclusão
O
fiscal psicólogo, ao experimentar a morte simbólica da função e o luto pela
psicologia, revela como o ego, o id e o superego interagem no manejo da energia
libidinal. O luto psíquico não é apenas tristeza: é uma reorganização interna
que permite redirecionar a libido cativa para novos objetos, promovendo
autoconfiança, equilíbrio emocional e satisfação. Reconhecer e trabalhar
conscientemente esses processos é essencial para a saúde psíquica e o
desenvolvimento pessoal.
Referências
Bibliográficas
- Freud, S. (1914). Introdução ao
Narcisismo. Leipzig: Internationaler Psychoanalytischer Verlag.
- Freud,
S. (1915). O Inconsciente. Standard Edition, 14. London: Hogarth
Press.
- Freud, S. (1917). Luto e Melancolia. Standard Edition, 14. London: Hogarth Press.
- Freud, S. (1920). Além do Princípio do
Prazer. Standard
Edition, 18. London: Hogarth Press.
- Kübler-Ross,
E. (1969). On Death and Dying. New York: Macmillan.
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