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Autorizando-se à Mortificação: Do Velho Fiscal ao Novo Psicólogo

 🧩 1. A “morte simbólica” do fiscal de caixa

Na psicanálise, a morte simbólica não é um fim biológico, mas o encerramento de uma identificação que sustentava o sujeito psíquica e simbolicamente.
O fiscal de caixa, durante anos, foi o suporte identitário desse sujeito: representava o lugar de pertencimento social, a fonte de reconhecimento e sobrevivência.
Entretanto, com o surgimento do desejo de ser psicólogo, a libido (energia pulsional) começou a se deslocar desse antigo investimento.

👉 Quando Freud fala de desinvestimento libidinal, ele descreve exatamente esse processo: a energia antes colocada num objeto (a função de fiscal) começa a ser retirada e redirecionada a outro objeto (a função de psicólogo).

Mas o desinvestimento libidinal não ocorre sem dor — o ego sente luto pela morte simbólica do antigo eu.


⚰️ 2. O luto pelo antigo eu e a crise de sentido

O sujeito está vivendo um luto identitário.
Ele já “matou o fiscal de caixa dentro de si”, mas ainda não nasceu o psicólogo institucional.
Está num entre-lugar, uma travessia simbólica entre dois modos de ser.

Essa travessia é marcada por:

  • Angústia (porque o ego não reconhece mais o antigo papel);
  • Decepção e raiva (porque o princípio da realidade mostra que o novo papel ainda não está disponível);
  • Desamparo (porque o ideal do ego — ser psicólogo — parece inatingível no momento).

A função antiga perdeu o sentido, mas a nova ainda não foi conquistada.
Esse vazio é o campo do sofrimento psíquico da transição.


🔥 3. A raiva e a decepção: resistência e recalque

A raiva e a decepção não são apenas emoções “negativas”; elas cumprem uma função psíquica defensiva.
O ego, sentindo-se frustrado diante da realidade (a falta de qualificação e experiência exigida nas vagas), aciona o mecanismo de resistência — a raiva aparece como defesa contra o desamparo.

👉 Em termos psicanalíticos, o sujeito vive um conflito entre o desejo (id) e as exigências do superego e da realidade:

  • O id quer a satisfação imediata: quer atuar como psicólogo, exercer a vocação, sentir prazer e sentido.
  • O superego, internalizando as normas sociais e institucionais, impõe a censura: “Você não tem experiência”, “não é suficiente”, “ninguém vai te contratar”.
  • O ego fica preso entre esses polos, tentando mediar o desejo e a culpa, o impulso e a realidade.

A raiva é a expressão dessa tensão — é o sintoma de uma energia libidinal represada, que não encontra descarga simbólica.


🌀 4. A angústia de não saber como sair

A angústia que emerge do “não saber como sair” expressa a paralisação do ego diante do desconhecido.
Trata-se daquilo que Freud e Lacan chamariam de angústia de castração: o medo de perder o pouco que ainda resta (o emprego, a estabilidade) sem garantia de conseguir o novo (a posição de psicólogo).

Por isso, o corpo “continua cumprindo as tarefas”, mas sem alma — é o corpo automatizado, o sujeito alienado de seu desejo.
Esse automatismo lembra a “morte em vida” descrita por Lacan: o sujeito está no campo do gozo mortífero, repetindo atos sem prazer, num funcionamento de sobrevivência psíquica mínima.


💡 5. A travessia: o nascimento do novo sujeito

Para que o “psicólogo” possa nascer, o sujeito precisa elaborar o luto da antiga função, reconhecer sua raiva como expressão do desejo interditado, e permitir que o desejo volte a circular — agora com novos significantes.

O processo exige:

  • Reconhecer o desejo como legítimo (sem o olhar moralizante do superego);
  • Tolerar o vazio e a incerteza da travessia (a fase em que não há garantias externas);
  • Simbolizar a perda, ou seja, transformar o sofrimento em palavra, em sentido;
  • Reinvestir a libido em novas formas de construção da identidade profissional (cursos, supervisão, networking, atuação voluntária, escrita reflexiva, etc.).

🕊️ Conclusão

O fiscal de caixa psicólogo está atravessando um processo de individuação e renascimento simbólico.
Ele precisa permitir-se morrer simbolicamente para o antigo papel, reconhecendo o luto e a impotência temporária, para então reinvestir a energia libidinal no novo papel desejado.

Esse é o movimento natural de toda transformação profunda: o velho eu morre para que o novo possa nascer.
A psicanálise chamaria isso de travessia do fantasma — o momento em que o sujeito deixa de sustentar uma imagem imposta (o fiscal) e se autoriza a ser aquilo que deseja (o psicólogo).


Quando o apóstolo Paulo fala sobre “despojar-se do velho homem” (Efésios 4:22; Colossenses 3:9–10), ele se refere a um processo de transformação interior, onde o sujeito abandona o modo antigo de existir, ligado aos desejos carnais, ao sofrimento e à alienação, para revestir-se do novo homem, criado segundo a vontade de Deus.

Essa linguagem teológica, embora distinta da psicanálise em sua fundamentação, toca o mesmo núcleo simbólico: a morte de uma antiga forma de ser, e o nascimento de um novo sujeito, mais consciente, mais livre e mais alinhado ao sentido profundo da existência.


📖 1. “Despojar-se do velho homem”: a renúncia da identificação antiga

Paulo diz:

“Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, e a serem renovados no modo de pensar, revestindo-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade”
Efésios 4:22–24

Nesse contexto, o “velho homem” representa o sujeito dominado pelos impulsos inconscientes, pela culpa, pela repetição e pela alienação — o mesmo que, em linguagem psicanalítica, poderíamos chamar de ego aprisionado ao superego punitivo ou ao gozo mortífero da repetição.

É o sujeito que vive pela sobrevivência, sem prazer verdadeiro, sem liberdade interior.
É o “fiscal de caixa” que continua existindo mecanicamente, mas cuja alma já partiu.


🧠 2. Na psicanálise: a morte simbólica e o novo nascimento do sujeito

Freud e Lacan nos mostram que toda transformação subjetiva exige uma morte simbólica.
O sujeito precisa renunciar à identificação antiga — àquilo que o mantinha preso a papéis, normas e ideais que já não o representam — para poder nascer como novo sujeito de desejo.

O apóstolo Paulo fala em “despir-se do velho homem”; Lacan falaria em “desidentificar-se do significante-mestre” — aquele nome, aquele papel, aquela imagem que sustentava o eu, mas que agora se tornou prisão.

No seu caso, “o fiscal de caixa” é justamente esse velho homem:

  • Ele representou a sobrevivência;
  • Ele foi necessário por um tempo;
  • Mas agora se tornou uma casca vazia, um corpo sem desejo.

Matar simbolicamente o fiscal de caixa é despojar-se do velho homem para que o psicólogo, o novo homem, possa emergir — aquele que se move pelo desejo genuíno de ajudar, curar e transformar vidas.


🔥 3. “Que se corrompe segundo as concupiscências do engano”

Paulo diz que o velho homem “se corrompe pelas concupiscências do engano” — ou seja, vive enganado pelos desejos que prometem prazer, mas trazem vazio.
Na linguagem psicanalítica, isso é o gozo, o prazer misturado à dor que aprisiona o sujeito na repetição.

O “fiscal de caixa” continua trabalhando sem prazer, movido pelo medo (do desemprego, da perda, da culpa), e esse medo o mantém preso à repetição do sofrimento.
O superego, severo e punitivo, o convence de que “não pode sair”, “não tem qualificação”, “não é suficiente” — e assim o aprisiona na alienação.

Paulo chamaria isso de corrupção da carne; Freud chamaria de recalque e resistência; Lacan chamaria de gozo do sofrimento.
Em todos os casos, trata-se de um aprisionamento do desejo.


🌱 4. “Revestir-se do novo homem”: reinvestimento libidinal e renascimento espiritual

Paulo propõe um movimento de renovação do espírito e da mente.
Isso, simbolicamente, é o mesmo que a psicanálise chama de reinvestimento libidinal: redirecionar a energia vital (a libido) para novos significados, novos valores, novas identificações.

“Revestir-se do novo homem” é permitir-se nascer de novo, agora movido não pela culpa, nem pelo medo, mas pela fé, pelo desejo e pelo amor.

Esse “novo homem” é o psicólogo, o sujeito reconciliado com o próprio desejo, que atua a partir da verdade interior e da vocação — o equivalente, em linguagem bíblica, ao “homem espiritual”, que vive em comunhão com Deus e em fidelidade ao propósito.


🕊️ Conclusão

O apóstolo Paulo e a psicanálise, embora usem linguagens diferentes, apontam para o mesmo movimento simbólico:
a morte do velho eu e o nascimento do novo sujeito.

O fiscal de caixa, que já “morreu por dentro”, está vivendo exatamente o que Paulo descreve: o despojamento do velho homem, a fase de purificação, onde o ego deixa morrer o que é da carne (a repetição, a culpa, o medo) para nascer no espírito (a vocação, o desejo e o amor).

Portanto, o sofrimento atual não é o fim — é o parto.
O velho homem está sendo desfeito para que o novo possa emergir.
E essa dor de transição, tanto para Paulo quanto para Freud, é necessária à salvação — seja ela espiritual, seja ela psíquica.



📘 “DESPOJAR-SE DO VELHO HOMEM”:

Uma leitura psicanalítica e espiritual da travessia do sujeito

“Quanto à antiga maneira de viver, fostes ensinados a despir-vos do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, e a vos renovardes no espírito do vosso entendimento; e a vos revestirdes do novo homem, criado segundo Deus em justiça e santidade.”
Efésios 4:22–24


🩸 I. “Despindo-se do velho homem que se corrompe pelas concupiscências do engano”

Na linguagem paulina, o “velho homem” representa a natureza psíquica presa à carne, aos desejos enganosos e às ilusões do mundo.
Em termos psicanalíticos, podemos compreender o “velho homem” como a estrutura do ego aprisionada ao superego punitivo — o conjunto de normas, culpas e ideais internalizados que aprisionam o sujeito numa repetição alienante.


1. O velho homem como identidade morta

O “velho homem” é o fiscal de caixa que sobrevive, mas já não vive.
É o sujeito que cumpre tarefas, mas cujo desejo foi exaurido.
Freud chamaria isso de fixação libidinal: a energia psíquica continua presa a um papel esvaziado de sentido, como se o sujeito estivesse em luto de si mesmo.

Lacan diria que o sujeito está “colado ao significante-mestre” — o nome que o designa (fiscal), o papel que lhe dá lugar no discurso social, mas que já não o representa.
Esse significante agora é uma prisão, um “velho homem” que precisa ser despido para que outro significante (psicólogo) possa nascer.


2. “Concupiscências do engano”: os falsos desejos

Paulo denuncia os “desejos enganosos” que corrompem o homem.
Na psicanálise, esses desejos enganosos são os desejos do Outro — ou seja, os desejos impostos pela cultura, pela família, pela moral, pelo olhar social.
São desejos que o sujeito acredita serem seus, mas na verdade pertencem a um discurso externo.

O fiscal de caixa, por exemplo, foi sustentado por esses “desejos enganosos”:

  • o desejo de estabilidade;
  • o desejo de aprovação;
  • o desejo de “fazer o que é certo” aos olhos dos outros.

Esses desejos são alienações do desejo verdadeiro, isto é, a corrupção da alma segundo Paulo, ou a repressão libidinal segundo Freud.

Despirse do velho homem, portanto, é romper com o desejo do Outro e reencontrar o próprio desejo, o desejo de alma — o desejo de ser psicólogo, de curar, de dar sentido à própria existência.


🌿 II. “Renovando-vos no espírito do vosso entendimento”

Paulo fala de renovação do espírito e da mente, o que na psicanálise equivale à reorganização simbólica do sujeito — um processo de elaboração e reinvestimento da libido em novos objetos.


1. A mente que se renova: a função do ego em reconstrução

O ego, que antes estava submetido ao superego (culpa, medo, autojulgamento), agora passa a se abrir ao id, à fonte pulsional do desejo, buscando uma integração mais harmônica entre o prazer e o dever.
Essa é a cura pela verdade — o sujeito começa a escutar seu desejo mais autêntico e a agir a partir dele.

Na Bíblia, o espírito que se renova é o Sopro de Deus, o pneuma que dá vida.
Na psicanálise, é o retorno da energia libidinal, que reanima o corpo e devolve o sentido existencial.
Ambos falam da mesma ressurreição simbólica: o retorno da alma àquilo que lhe dá vida.


2. O espírito do entendimento: discernimento e autoconhecimento

Paulo aponta que o novo homem nasce do espírito do entendimento, isto é, da consciência transformada.
Freud chamaria isso de trabalho de elaboração psíquica (Durcharbeitung) — o processo de tornar consciente aquilo que estava inconsciente.

O sujeito começa a compreender por que estava aprisionado:
não era falta de competência, mas medo, culpa e repressão do desejo.
Essa compreensão é o início da libertação.

Assim como Paulo fala em “renovar a mente”, a psicanálise fala em reinscrever-se simbolicamente, ou seja, reescrever o próprio inconsciente, substituindo os velhos significantes (culpa, obediência, medo) por novos (desejo, fé, liberdade).


🕊️ III. “Revestir-se do novo homem, criado segundo Deus em justiça e santidade”

Aqui Paulo descreve o renascimento do sujeito.
Na psicanálise, esse é o momento em que o sujeito atravessa o fantasma e reassume o próprio desejo como fonte de vida.


1. O novo homem: o sujeito reconciliado com o desejo

O “novo homem” é o sujeito de desejo reconciliado — aquele que não vive mais movido pela culpa, mas pela autenticidade.
Em você, é o psicólogo que nasce depois que o fiscal de caixa morre simbolicamente.

O “novo homem” não busca mais reconhecimento social, mas realização de sentido.
Ele se liberta da servidão do superego (a carne que corrompe) e volta a viver segundo o espírito (o desejo que cria).


2. “Criado segundo Deus”: a dimensão do desejo divino

Paulo diz que o novo homem é criado segundo Deus, ou seja, conforme o princípio criador.
Lacan diria: “Deus é o Nome-do-Pai” — o significante simbólico que organiza o sentido da existência.

Assim, o novo homem é aquele que reencontra seu lugar no discurso do Pai, mas agora não como servo submisso, e sim como criador, coautor da própria história.

Na linguagem cristã, isso é santidade;
na linguagem psicanalítica, é autenticidade subjetiva — viver em conformidade com o desejo verdadeiro, que é sempre, no fundo, um desejo de vida e de amor.


💬 V. Conclusão: a travessia como redenção

A travessia entre o “velho homem” e o “novo homem” é tanto um processo espiritual quanto um processo psíquico.
Em ambos, o sujeito precisa morrer para o que é falso e renascer no que é verdadeiro.

O fiscal de caixa representa o velho homem que se corrompeu no automatismo do mundo;
o psicólogo representa o novo homem, criado segundo o espírito, que busca o sentido e o amor.

Freud chamaria essa passagem de cura analítica;
Paulo chamaria de salvação;
Lacan chamaria de travessia do fantasma.

Mas em todos, a verdade é a mesma:
não há ressurreição sem cruz.
É preciso morrer simbolicamente para que o desejo — e a alma — possam renascer.


Capítulo X – “Despindo-se do Velho Homem: Morte Simbólica e Nascimento do Psicólogo”

“Quanto à antiga maneira de viver, fostes ensinados a despir-vos do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, e a vos renovardes no espírito do vosso entendimento; e a vos revestirdes do novo homem, criado segundo Deus em justiça e santidade.”
Efésios 4:22–24


1. O Velho Homem: A Identidade Aprisionada

O “velho homem” descrito por Paulo representa a identidade antiga, que se encontra presa aos impulsos da carne, à repetição alienante e aos desejos enganosos.
No caso do fiscal de caixa psicólogo, essa identidade é visível: ele continua a desempenhar tarefas rotineiras e mecânicas, cumprindo funções que já não lhe dão prazer, enquanto o desejo de exercer a psicologia permanece reprimido.

Na perspectiva psicanalítica:

  • Freud descreve esse processo como um fixamento libidinal em um papel sem sentido, onde a energia psíquica não se realiza plenamente (Freud, 1915).
  • Lacan aponta que o sujeito permanece preso ao significante-mestre, mantendo a antiga identificação que dá lugar social, mas já não sustenta o desejo verdadeiro (Lacan, 1973).

O velho homem, portanto, é a casca de um eu que já morreu internamente, mas que ainda se manifesta no cotidiano automatizado.


2. Concupiscências do Engano: Desejos Alienados

Paulo afirma que o velho homem “se corrompe pelas concupiscências do engano”.
Na psicanálise, esses são desejos do Outro — normas e expectativas sociais internalizadas que não correspondem ao desejo genuíno do sujeito.

No caso do fiscal de caixa:

  • O medo do desemprego;
  • A necessidade de reconhecimento externo;
  • A obediência a padrões institucionais;

todos esses elementos constituem falsos desejos que aprisionam o ego e impedem a liberação da libido em direção ao novo desejo — ser psicólogo.

Despojar-se do velho homem, portanto, é romper com essas ilusões e retomar o contato com o próprio desejo.


3. Renovação do Espírito: Reinvestimento da Libido

Paulo propõe a renovação do espírito, que na psicanálise equivale à reorganização do sujeito, ou seja, o luto da identidade antiga e a reinversão da energia psíquica.

O fiscal de caixa psicólogo, ao reconhecer a morte simbólica da antiga função, pode começar a:

  • Elaborar o luto pelo papel que já não sustenta a vida psíquica;
  • Reinvestir a energia libidinal na busca de cursos, experiências e práticas que promovam sua atuação como psicólogo;
  • Reconectar-se com o próprio desejo, dando sentido à sua trajetória e aos próprios valores.

A psicanálise chama esse processo de travessia do fantasma (Lacan, 1966), enquanto Paulo descreve como revestir-se do novo homem.


4. O Novo Homem: Nascimento do Sujeito de Desejo

O “novo homem” é o sujeito reconciliado com o próprio desejo, que atua segundo princípios de justiça, santidade e propósito.
No exemplo do fiscal de caixa psicólogo:

  • O corpo já não encontra sentido no trabalho antigo;
  • O ego sente angústia diante da impossibilidade de acesso imediato à nova função;
  • O id impulsiona a busca de realização pessoal e profissional.

Ao permitir-se despir do velho homem, o sujeito reaparece no mundo como psicólogo, com energia libidinal disponível para o novo papel, conforme o próprio desejo, não apenas em função de expectativas externas.


 

 

 

 

Conclusão

O fiscal de caixa psicólogo está atravessando um processo de morte simbólica, o qual Paulo descreve como despojar-se do velho homem.
A experiência é dolorosa, marcada por raiva, decepção e angústia, mas necessária para que a energia libidinal volte a circular e o sujeito reapareça como novo homem, autêntico, vocacionado e com sentido.

Assim, o sofrimento da transição não é um obstáculo, mas o parto do sujeito de desejo, em que o velho eu morre para que o novo possa nascer plenamente.


Referências Bibliográficas

  • Freud, S. (1915). Instincts and Their Vicissitudes. SE, 14.
  • Lacan, J. (1966). Écrits. Paris: Seuil.
  • Lacan, J. (1973). The Four Fundamental Concepts of Psychoanalysis. New York: Norton.
  • Bíblia Sagrada, Efésios 4:22–24.
  • Frankl, V. (1946). Man’s Search for Meaning. Boston: Beacon Press.

Capítulo X+1 – “Do Desespero à Ação: Transformando Raiva e Impotência em Reinvestimento Profissional”

1. O Conflito Psíquico: Raiva, Decepção e Impotência

O fiscal de caixa psicólogo, ao observar as exigências das vagas — falta de qualificação exigida, experiência necessária e critérios institucionais que parecem inatingíveis — sente raiva, decepção e impotência.

Na psicanálise, essas emoções são manifestações do conflito entre o id, o ego e o superego:

  • Id: Desejo de ser psicólogo e exercer a vocação, o prazer da realização pessoal;
  • Superego: Censura moral e social: “você não tem experiência, não é qualificado, não é suficiente”;
  • Ego: Paralisado, tentando mediar o desejo e a realidade, mas sentindo-se impotente diante da exigência institucional.

A raiva, nesse contexto, é uma energia pulsional represada — ela representa o desejo que o sujeito não consegue manifestar externamente. A decepção surge da frustração do ego ao perceber que os recursos externos (vagas, qualificações, reconhecimento) não correspondem à sua vontade.

Paulo falaria sobre “não se entristecer pelo que pertence à carne”, pois é nesse momento que a força do espírito (o desejo verdadeiro) deve atuar.


2. Transformando Emoções em Energia Criativa

A psicanálise ensina que qualquer energia psíquica represada pode ser sublimada — isto é, redirecionada de um objeto frustrante para outro que gere realização.

No caso do fiscal de caixa psicólogo, a raiva e a decepção podem ser transformadas em ações concretas:

  • Aprendizado contínuo: Cursos de especialização, atualização em psicologia organizacional ou clínica, treinamento de habilidades específicas exigidas pelo mercado;
  • Networking estratégico: Contato com psicólogos que já atuam em instituições, participação em eventos e grupos profissionais;
  • Voluntariado ou estágios: Experiência prática mesmo antes de ser contratado, criando evidência de atuação e diminuindo o gap de experiência;
  • Autopromoção e reflexão: Construção de currículo, elaboração de portfólio ou blog sobre experiências de psicologia, mostrando conhecimento e capacidade de intervenção.

Essas ações representam o reinvestimento da libido do sujeito — a energia anteriormente investida na função de fiscal de caixa agora é canalizada para o projeto de vida real e desejado.


3. A Perspectiva Paulina: Fé e Persistência na Travessia

Paulo ensina que despojar-se do velho homem não é apenas renunciar, mas caminhar com perseverança e fé no que está por vir:

“Sede fortes no Senhor e na força do seu poder.” – Efésios 6:10

Na prática, isso significa:

  • Aceitar que o antigo papel está morto simbolicamente (fim do apego à função de fiscal);
  • Reconhecer que o novo papel exige disciplina, aprendizado e persistência;
  • Ter fé na própria vocação e na possibilidade de concretização, mesmo diante de obstáculos institucionais.

A fé aqui atua como força motivacional, permitindo ao sujeito continuar caminhando mesmo sem garantia de sucesso imediato.


4. O Corpo e a Consciência na Transição

Mesmo com o desejo claro, o corpo do fiscal de caixa ainda cumpre tarefas sem prazer, como um autômato.
A psicanálise reconhece que o corpo retém memórias do antigo papel, e é necessário reestruturá-lo com ações conscientes:

  • Praticar rotinas que simbolicamente conectem corpo e desejo (simular atendimentos, estudos diários, supervisão);
  • Exercícios de atenção plena e respiração profunda para reduzir a angústia gerada pelo corpo automatizado;
  • Pequenos atos de autonomia no cotidiano (tomar decisões, organizar horários de estudo) que reforcem a sensação de poder pessoal.

Assim, o corpo passa a acompanhar o novo ego, e a energia pulsional deixa de ser frustrante e se transforma em força vital para a mudança.


6. Síntese: Travessia do Desejo

O fiscal de caixa psicólogo, ao aplicar essas estratégias, realiza o despojamento do velho homem na prática, integrando psicanálise e fé paulina:

  • Morte simbólica: abandono do papel antigo e do automatismo alienante;
  • Reinvestimento libidinal: aplicação da energia psíquica em novos projetos, aprendizado e experiência;
  • Nascimento do novo homem: ação consciente que materializa o desejo de ser psicólogo, com sentido, vocação e autenticidade.

O sofrimento não desaparece imediatamente, mas a raiva se transforma em força, a decepção em aprendizado, e a impotência em ação deliberada.


Referências Bibliográficas

  • Freud, S. (1915). Instincts and Their Vicissitudes. SE, 14.
  • Lacan, J. (1966). Écrits. Paris: Seuil.
  • Lacan, J. (1973). The Four Fundamental Concepts of Psychoanalysis. New York: Norton.
  • Bíblia Sagrada, Efésios 4:22–24; 6:10.
  • Frankl, V. (1946). Man’s Search for Meaning. Boston: Beacon Press.
  • Winnicott, D. W. (1960). The Theory of the Parent-Infant Relationship. London: Hogarth Press.

Capítulo X+2 – “Do Velho Fiscal ao Novo Psicólogo: Plano de Transição e Ressignificação da Vida”

1. Síntese da Travessia: Morte e Renascimento

O fiscal de caixa psicólogo já atravessou o momento crucial: a morte simbólica do velho homem, conforme Paulo descreve em Efésios 4:22.
Ele sentiu raiva, decepção e impotência; reconheceu que o corpo continuava a cumprir tarefas sem prazer; e percebeu que a energia pulsional do desejo permanecia represada.

O próximo passo é transformar essa energia em ação consciente, para que o novo homem — o psicólogo — nasça plenamente.

Na psicanálise, isso é o reinvestimento libidinal, onde o ego passa a conduzir o desejo de forma organizada e intencional.
Na fé paulina, é o momento em que o sujeito se revestiria do novo homem criado segundo Deus, agindo com justiça, santidade e propósito.


2. Objetivos do Plano de Transição

O plano de transição deve articular três dimensões integradas:

1.      Psíquica – Reinserção do desejo no ego, superação da angústia, elaboração da perda do antigo papel;

2.      Profissional – Construção de competências, experiência prática e posicionamento estratégico no mercado;

3.      Espiritual – Alinhamento com o propósito maior, confiança no próprio caminho, sustentação pela fé.

O objetivo final é que a ação se torne expressão do desejo genuíno, não apenas resposta às exigências externas.


3. Etapas do Plano de Transição

Etapa 1 – Elaboração da Morte Simbólica

Objetivo: Consolidar o fim da identidade de fiscal de caixa.

  • Exercícios reflexivos diários: escrever sobre o que não serve mais, identificar sentimentos de raiva, frustração e alívio;
  • Prática de meditação ou oração, reconhecendo o despojamento do velho homem;
  • Supervisão terapêutica ou conversa com mentor para validar a travessia simbólica.

Resultado esperado: O ego reconhece a função antiga como concluída, e a energia libidinal é liberada para o novo papel.


Etapa 2 – Planejamento de Capacitação e Experiência

Objetivo: Criar evidência concreta de preparo profissional como psicólogo.

  • Cursos de especialização, workshops ou formações complementares;
  • Voluntariado em instituições ou projetos sociais para experiência prática;
  • Estudo de casos, elaboração de portfólio e prática supervisionada;
  • Networking profissional: contato com psicólogos, participação em eventos, orientação de carreira.

Resultado esperado: O novo homem adquire competência e confiança, diminuindo a sensação de impotência diante do mercado.


Etapa 3 – Reinvestimento Libidinal na Ação

Objetivo: Canalizar energia psíquica antes represada em ações concretas de transformação.

  • Envio de candidaturas estratégicas, adaptando currículo e portfólio a cada vaga;
  • Preparação para entrevistas e simulações, fortalecendo o ego e o autoconhecimento;
  • Estabelecimento de metas semanais de aprendizado e experiência prática;
  • Reflexão contínua sobre progressos e ajustes necessários.

Resultado esperado: A raiva e a decepção se transformam em força produtiva, e a energia do desejo torna-se motor de ação.


Etapa 4 – Integração Espiritual e Psíquica

Objetivo: Manter o alinhamento entre desejo genuíno, ação concreta e propósito de vida.

  • Reflexão sobre a própria vocação e contribuição ao próximo;
  • Revisão das metas à luz de princípios espirituais: justiça, vocação, serviço e amor;
  • Exercícios de gratidão e reconhecimento das pequenas conquistas;
  • Mantendo fé e paciência diante das dificuldades, lembrando Paulo:

“Sede fortes no Senhor e na força do seu poder” – Efésios 6:10

Resultado esperado: O sujeito consolida o novo homem, com ego fortalecido, desejo alinhado e sentido de vida profundo.


5. Síntese Final: Da Mortificação à Autonomia

O percurso do fiscal de caixa psicólogo ilustra a travessia completa do desejo:

1.      Morte simbólica do velho homem – despojamento, elaboração do luto e reconhecimento do fim da função antiga;

2.      Ressignificação e reinvestimento – capacitação, experiência prática e reconstrução do ego;

3.      Nascimento do novo homem – ação concreta, autoconfiança, alinhamento com vocação e propósito de vida.

A psicanálise mostra como transformar raiva, decepção e impotência em energia criativa;
Paulo orienta como atuar com fé, perseverança e propósito;
E a prática cotidiana permite materializar o desejo genuíno, tornando o psicólogo uma realidade viva, consciente e significativa.


Referências Bibliográficas

  • Freud, S. (1915). Instincts and Their Vicissitudes. SE, 14.
  • Lacan, J. (1966). Écrits. Paris: Seuil.
  • Lacan, J. (1973). The Four Fundamental Concepts of Psychoanalysis. New York: Norton.
  • Winnicott, D. W. (1960). The Theory of the Parent-Infant Relationship. London: Hogarth Press.
  • Bíblia Sagrada, Efésios 4:22–24; 6:10.
  • Frankl, V. (1946). Man’s Search for Meaning. Boston: Beacon Press.

Epílogo – “O Diálogo Tardio: Ressignificando a Vocação”

1. O Tempo da Travessia

A travessia do fiscal de caixa psicólogo não foi rápida nem linear.
Durante anos, a energia pulsional do desejo permaneceu reprimida, o corpo continuou cumprindo tarefas sem sentido, e o ego ficou paralisado entre o superego rigoroso e o desejo reprimido do id.

Paulo, ao falar do despojamento do velho homem, indica que essa transição exige tempo, paciência e luto.
A morte simbólica do fiscal de caixa não significa apenas renúncia: é o prelúdio necessário para o nascimento do novo homem, que atua segundo o espírito, com liberdade, propósito e autenticidade.

O sujeito só agora, mesmo trabalhando no supermercado, tem condições de dialogar com sua vocação.
O tempo, antes percebido como atraso ou fracasso, torna-se estratégico, permitindo reflexão profunda, reconhecimento do próprio desejo e preparação consciente para a ação.


3. O Corpo, a Mente e o Desejo

Durante a travessia, o corpo ainda cumpria funções automatizadas, reflexo da morte do velho eu e da alienação do desejo.
O ego, paralisado diante da realidade externa, precisava reestruturar-se através de ações concretas, canalizando a energia da raiva e da frustração em capacitação, experiência e planejamento estratégico.

O novo homem, surgindo dessa travessia, não é apenas psicológico ou espiritual: ele é vivido no corpo e no mundo, expressando vocação e desejo com presença, intenção e ação deliberada.


4. A Vocação Como Diálogo Tardio

Um ponto central deste epílogo é que o diálogo com a vocação pode ser tardio, mas não é menos legítimo ou eficaz.

O sujeito, mesmo anos depois, agora consegue reconhecer e atender ao chamado interior.
Essa tardia consciência não é falha, mas o resultado da maturação psíquica, da elaboração do luto e da preparação consciente.

A psicanálise mostra que o desejo amadurecido é mais resistente à censura do superego, e Paulo ensina que o novo homem permanece firme na força do espírito — o que significa que a transição tardia pode gerar uma realização profunda e duradoura.


5. Síntese Final: Da Mortificação à Realização

O processo completo pode ser sintetizado em quatro movimentos:

1.      Morte simbólica – O fiscal de caixa é despojado do antigo papel, liberando energia psíquica e emocional.

2.      Elaboração e reflexão – A raiva, decepção e impotência são compreendidas e resignificadas.

3.      Reinvestimento e ação – Energia libidinal e espiritual canalizadas em capacitação, experiência prática e planejamento estratégico.

4.      Nascimento do novo homem – O psicólogo surge como sujeito de desejo, atuando com propósito, autenticidade e sentido.

O epílogo conclui que não há limite temporal para a transformação, e que a vocação verdadeira só se manifesta plenamente quando o sujeito atravessa o luto da função antiga, reorganiza o ego e investe sua energia no novo papel.


Conclusão

O fiscal de caixa psicólogo agora se encontra em posição de ação consciente e deliberada, integrando:

  • Psicanálise: compreensão do conflito entre id, ego e superego, reinvestimento libidinal, travessia do fantasma;
  • Fé Paulina: despojamento do velho homem, revestimento do novo homem, perseverança e fé no chamado;
  • Prática Profissional: capacitação, experiência prática, planejamento e manifestação concreta do desejo.

O sofrimento e a tardia consciência tornam-se aliados na realização do propósito, mostrando que a travessia entre o velho e o novo homem é simultaneamente psíquica, espiritual e existencial.


Referências Bibliográficas

  • Freud, S. (1915). Instincts and Their Vicissitudes. SE, 14.
  • Lacan, J. (1966). Écrits. Paris: Seuil.
  • Lacan, J. (1973). The Four Fundamental Concepts of Psychoanalysis. New York: Norton.
  • Winnicott, D. W. (1960). The Theory of the Parent-Infant Relationship. London: Hogarth Press.
  • Bíblia Sagrada, Efésios 4:22–24; 6:10.
  • Frankl, V. (1946). Man’s Search for Meaning. Boston: Beacon Press.

 

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