Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. No primeiro
sonho, o sujeito está no banco da frente de um carro em alta velocidade,
conduzido por outra pessoa. A direção parece imprudente à primeira vista, mas
há um propósito claro: escapar de uma situação específica. O veículo percorre
uma estrada de terra, e outros carros cortam seu caminho, gerando medo de um
possível acidente. No entanto, o condutor demonstra confiança nos demais
motoristas e, eventualmente, retorna ao asfalto, trazendo uma sensação de
estabilidade.
No
segundo sonho, o sujeito está hospedado em uma casa até sexta-feira para
realizar uma prova. Durante sua estadia, encontra uma jovem com quem começa a
flertar, encostado no batente da porta. Ele passa a mão em suas nádegas, a
excitando, e expressa o desejo de casar-se com ela. No entanto, a mulher
responde que, apesar de gostar da ideia, não poderia, pois é homossexual. Em
seguida, o sujeito reconhece a irmã de Sidney e confirma sua identidade ao
perguntar se ela é realmente quem ele pensa. Após a resposta afirmativa, ele se
apresenta como Ayrton. A irmã de Sidney menciona que ele está no balcão da
padaria com sua esposa, que é rica. O sujeito então pede que ela envie um
abraço para ele.
No
terceiro sonho, o sujeito está completamente despido dentro de uma casa. No
quintal, há uma garota, e ele se posiciona diante de uma janela aberta,
intencionalmente se expondo para que ela o veja nu. Após esse momento de
exibição, ele se esconde, mas tem certeza de que foi visto por ela.
Na
psicanálise, os sonhos são manifestações do inconsciente e expressam desejos,
conflitos internos e emoções reprimidas. Vamos analisar cada parte do seu sonho
de forma simples, como se você estivesse começando a aprender sobre a
interpretação psicanalítica.
Primeiro
sonho: O carro em alta velocidade
O
carro representa a vida, o caminho que você está seguindo. No sonho, você não
está dirigindo, ou seja, não tem total controle da situação, mas confia em quem
está no volante. A velocidade alta e os desvios na estrada podem simbolizar
mudanças rápidas ou decisões ousadas que você precisa tomar. O medo de um
acidente reflete sua ansiedade diante dessas mudanças. No entanto, o motorista
(que pode representar uma parte sua mais corajosa) acredita que tudo está sob
controle. Retornar ao asfalto pode simbolizar um momento de maior estabilidade
depois de passar por um período incerto ou turbulento.
Interpretação
psicanalítica:
Esse
sonho pode estar expressando um desejo inconsciente de sair rapidamente de uma
situação que te incomoda, mesmo que isso gere medo. Pode ser um conflito entre
a parte de você que quer mudança e a parte que teme os riscos envolvidos.
Segundo
sonho: O flerte e a impossibilidade de um relacionamento
Aqui,
você está interessado em uma mulher e expressa seu desejo de casar com ela, mas
ela revela que é homossexual. Esse detalhe pode indicar um sentimento de
frustração por desejar algo que está fora do seu alcance. Depois, surge Sidney
e sua esposa rica, o que pode representar um modelo de sucesso ou realização
que você observa nos outros.
Interpretação
psicanalítica:
Esse
sonho pode simbolizar uma frustração ligada a desejos não correspondidos ou a
limitações impostas pela realidade. O fato de a mulher ser homossexual pode ser
uma forma simbólica do seu inconsciente te dizer que há barreiras impossíveis
de superar em alguns desejos. Além disso, a menção à riqueza pode indicar uma
comparação inconsciente com os outros e um desejo de reconhecimento ou sucesso.
Terceiro
sonho: A exposição do corpo nu
Estar
nu em um sonho geralmente simboliza vulnerabilidade, exposição emocional ou um
desejo de ser visto de maneira autêntica. O fato de você se mostrar
intencionalmente para a garota e depois se esconder pode indicar um conflito
entre o desejo de se revelar e o medo do julgamento ou da rejeição.
Interpretação
psicanalítica:
Esse
sonho pode representar um desejo inconsciente de ser reconhecido e aceito pelo
que você realmente é, mas também o receio de como será visto pelos outros. Pode
estar ligado a inseguranças sobre sua identidade, imagem ou sexualidade.
Os
três sonhos parecem ter em comum o conflito entre desejo e medo. No primeiro,
há o desejo de mudança, mas o receio da velocidade e dos riscos. No segundo, há
o desejo de um relacionamento, mas uma barreira intransponível. No terceiro, há
o desejo de exposição e reconhecimento, mas o medo da reação do outro.
Pela
psicanálise, seu inconsciente pode estar tentando lidar com esses sentimentos
de insegurança, desejo e limitação, mostrando que há aspectos da sua vida em
que você quer avançar, mas sente resistência interna ou externa. A chave para
entender esses sonhos é refletir sobre onde, na sua vida atual, você sente que
está perdendo o controle, enfrentando frustrações ou se sentindo exposto.
Na
psicanálise, os elementos do sonho podem simbolizar partes do próprio sonhador,
desejos inconscientes ou conflitos internos. A mulher homossexual no seu sonho
pode representar várias possibilidades simbólicas, dependendo do seu contexto
emocional e vivências. Vamos explorar algumas interpretações:
1.
Desejo frustrado e impossibilidade
A
homossexualidade da mulher pode simbolizar um desejo seu que encontra uma
barreira intransponível. No sonho, você expressa vontade de casar com ela, mas
ela diz que não pode. Isso pode refletir uma situação da sua vida onde você
deseja algo, mas há uma limitação real que impede a concretização desse desejo.
Essa limitação pode ser externa (regras sociais, circunstâncias) ou interna
(medos, inseguranças, autocensura).
2.
Representação da recusa ou do superego
Na
psicanálise, o superego é a parte da psique que impõe regras e valores morais.
A mulher pode simbolizar essa força que impõe limites ao desejo do ego. Você
quer avançar no flerte, mas ela diz "não posso", o que pode
representar uma parte sua que sente que certos desejos ou impulsos não são
permitidos.
3.
Autossuficiência e independência
A
mulher homossexual também pode simbolizar independência, autonomia e a recusa
de seguir padrões tradicionais. Se associarmos essa imagem ao seu contexto
pessoal, pode ser que essa figura represente um lado seu que deseja seguir um
caminho próprio, fora das expectativas comuns. O fato de ela não estar
disponível para você pode simbolizar sua própria resistência em aceitar certos
desejos ou sentimentos.
4.
Reflexo de insegurança ou medo da rejeição
Se
há em sua vida um medo inconsciente de ser rejeitado por alguém ou de não ser
desejado da forma como gostaria, a mulher homossexual pode representar esse
medo de não ser aceito romanticamente. O sonho pode estar trazendo à tona uma
ansiedade sobre seu próprio valor ou sobre como você é percebido pelos outros
no campo afetivo.
A
figura da mulher homossexual pode simbolizar uma impossibilidade, uma
resistência interna, um medo da rejeição ou até um reflexo de sua própria busca
por independência. Para interpretar com mais precisão, seria interessante
refletir: Existe alguma situação na sua vida em que você sente que deseja algo,
mas não pode ter? Existe alguma regra interna ou externa que impede esse
desejo? Você sente medo de ser rejeitado ou de não ser aceito como é? O sonho
pode estar trazendo essas questões à consciência.
O
ego tem desejo de se relacionar com uma mulher que mora num bairro ao qual o
ego já morou e saiu deste bairro e só tem péssimas lembranças deste bairro por
ser distante da cidade e com pessoas infratores que mora no bairro, e não
deseja voltar a morar novamente no bairro, más se namorar com a mulher terá que
voltar e possível casamento. Contudo não deseja voltar para a compulsão a
repetição do bairro que deixou lembranças negativas.
A
resistência secundária de ganho ocorre quando o ego percebe que manter um
sintoma ou evitar uma mudança traz algum benefício, mesmo que inconsciente. No
seu caso, o desejo de se relacionar com uma mulher que mora em um bairro ao
qual você já pertenceu e do qual tem más lembranças gera um conflito interno.
1.
O conflito psíquico
O
id deseja se relacionar com a mulher, pois busca prazer e satisfação emocional.
O
ego reconhece que esse relacionamento exigiria um retorno ao bairro que traz
lembranças negativas e tenta equilibrar o desejo e a realidade.
O
superego reforça as normas e experiências passadas, lembrando o ego dos perigos
e dificuldades associadas ao bairro.
2.
A resistência secundária e o ganho envolvido
A
resistência secundária surge porque o ego, mesmo desejando o relacionamento,
percebe que evitar esse envolvimento traz ganhos psíquicos:
Evitar
o sofrimento da compulsão à repetição → O ego teme reviver as experiências
negativas do passado e usa essa resistência para impedir que você volte ao
ambiente que já lhe causou dor.
Manter
a autonomia e segurança → Se você se relacionasse com essa mulher, poderia
acabar sendo puxado de volta para um contexto que considera desfavorável. O ego
se protege ao resistir ao envolvimento.
Evitar
um conflito moral interno → Se o superego vê esse bairro como um local
associado a infratores e dificuldades, a resistência impede que você sinta
culpa ou medo por retornar.
Preservar
a liberdade de escolha → Ao resistir ao relacionamento, o ego mantém a sensação
de controle sobre a própria vida, evitando ser "forçado" a retornar a
um contexto que não deseja.
A
resistência secundária é um mecanismo de defesa que impede que o ego se coloque
novamente em uma situação que já lhe trouxe sofrimento. O ganho secundário está
na proteção contra a compulsão à repetição e na manutenção da sua identidade
fora do ambiente que deseja evitar. O desafio seria refletir: o desejo pelo
relacionamento vale o risco da repetição do passado? Ou a resistência está lhe
impedindo de viver algo novo, com maturidade e sem as mesmas dificuldades?
Para
entender os estímulos conscientes e inconscientes que levam a mulher
homossexual, no seu sonho, a não desejar casar com o ego, precisamos considerar
como a psicanálise interpreta desejos, resistências e motivações ocultas.
1.
Estímulos Conscientes
São
os motivos racionais e claramente percebidos pela mulher no sonho:
Identidade
sexual → Ela reconhece sua orientação homossexual e sabe que não sente atração
por homens, o que a impede de desejar um casamento com o ego.
Coerência
pessoal → Casar-se com um homem iria contra sua própria identidade e desejos
afetivos.
Autonomia
emocional → Mesmo que ela gostasse da ideia de casamento, sua orientação a
impede de corresponder ao desejo do ego.
2.
Estímulos Inconscientes
Esses
motivos não estão totalmente acessíveis à consciência, mas influenciam sua
decisão de recusa:
Símbolo
da inacessibilidade → Na sua psique, a mulher pode representar um desejo que
você tem, mas que é impossível de alcançar. Ela pode simbolizar algo que você
quer, mas que seu próprio inconsciente já sabe que será rejeitado.
Superego
censurador → Se há algum conflito interno seu sobre relacionamentos ou
casamento, a mulher pode ser uma projeção do seu superego, que estabelece uma
barreira contra esse desejo.
Medo
da rejeição e autossabotagem → Pode ser que o ego, inconscientemente, escolha
alguém que não pode corresponder ao seu desejo para evitar um envolvimento real
e os riscos emocionais de um relacionamento.
A
mulher homossexual no sonho pode ser tanto um reflexo de um desejo impossível
quanto uma representação da resistência do próprio ego em se comprometer
emocionalmente. O sonho pode estar mostrando um conflito entre o desejo de se
relacionar e o medo de entrar em uma situação em que há rejeição ou
impossibilidade.
Se
o sonho for visto como um alerta do inconsciente, ele pode estar apontando que
o ego precisa refletir se tem buscado relações inatingíveis como forma de
evitar enfrentar outras questões emocionais mais profundas.
Se o ego decidisse retornar ao bairro
onde sofreu angústias, ele poderia estar buscando um ganho secundário, mesmo
que inconscientemente. Na psicanálise, isso significa que, apesar do
sofrimento envolvido, há algum benefício psicológico oculto que o mantém preso
à possibilidade de repetição. Vamos explorar os possíveis ganhos:
1.
Compulsão à repetição: tentar mudar o desfecho
O
ego pode estar motivado pelo desejo inconsciente de reparar ou mudar a
experiência negativa que teve no passado.
Retornar
ao bairro poderia simbolizar uma segunda chance de enfrentar os traumas de
forma diferente, como se o inconsciente estivesse buscando ressignificar a
experiência.
.
Confirmação da identidade e resiliência
Se
o ego já superou as dificuldades daquele ambiente, voltar para lá poderia ser
uma forma de testar sua própria evolução e provar para si mesmo que agora é
mais forte e maduro.
Isso
pode dar ao ego uma sensação de controle sobre o próprio destino, ao invés de
se sentir "fugindo" de um lugar que causou dor.
3.
Vínculos emocionais e familiaridade
Mesmo
que o bairro tenha trazido sofrimento, ele também faz parte da história do ego.
Pode
haver um sentimento inconsciente de pertencimento, e o retorno poderia reativar
conexões afetivas que, de alguma forma, trazem conforto.
4.
Desejo de enfrentar medos reprimidos
Retornar
ao bairro pode ser uma forma inconsciente de enfrentar traumas ainda não
elaborados.
O
ego pode sentir que evitar o lugar significa que ele ainda tem medo, então, ao
voltar, estaria provando para si mesmo que venceu esse medo.
5.
O amor como justificativo para o retorno
Se
o relacionamento for forte o suficiente, o ego pode usar isso como motivo para
superar sua resistência.
Nesse
caso, o ganho seria psicológico: provar para si mesmo que pode priorizar o amor
sobre as dificuldades do passado.
O
ego pode ganhar uma nova perspectiva sobre si mesmo e sobre suas experiências
passadas ao retornar ao bairro. O problema é que isso pode ativar a compulsão à
repetição, fazendo com que ele reviva a angústia ao invés de superá-la. O
desafio seria refletir: o retorno é um verdadeiro crescimento ou apenas uma
repetição inconsciente de um padrão que já trouxe sofrimento?
O
Ego já está estabelecidos no bairro que considera bom traz calma tranquilidade
tem amigas e sair deste bairro e sair da zona de conforto
Se o ego já está estabelecido em um
bairro que lhe proporciona calma, tranquilidade e boas relações, sair desse
ambiente pode representar um desafio à estabilidade emocional. A
resistência em deixar esse bairro revela um conflito entre manter a segurança e
se arriscar ao desconhecido.
1.
O Conflito Entre o Princípio do Prazer e o Princípio da Realidade
O
princípio do prazer busca evitar desconfortos e manter o ego em uma zona
segura, onde há bem-estar e previsibilidade.
O
princípio da realidade, por outro lado, pode estar exigindo que o ego considere
um deslocamento, possivelmente para atender a um desejo emocional (como o
relacionamento).
Se
mudar de bairro envolve um possível ganho afetivo, mas também um risco
emocional, o ego precisa pesar se vale a pena sacrificar a estabilidade por uma
nova experiência.
2.
O Ganho Secundário da Zona de Conforto
A
permanência no bairro tranquilo pode estar proporcionando benefícios
psicológicos:
Sensação
de segurança e controle → Permanecer no bairro evita lidar com a ansiedade da
mudança.
Previsibilidade
→ Manter-se na rotina conhecida reduz a incerteza sobre o futuro.
Proteção
contra a compulsão à repetição → Evita o risco de reviver experiências
negativas do passado.
No
entanto, se essa zona de conforto estiver sendo usada como uma fuga do novo, o
ego pode estar se limitando por medo, em vez de por escolha consciente.
3.
Reflexão: Resistência Saudável ou Mecanismo de Defesa?
O
desafio é entender se essa resistência é uma decisão racional (pois o bairro
atual realmente é mais adequado) ou se é um mecanismo de defesa, como:
Evitação
→ Fugir da possibilidade de mudança por medo da incerteza.
Autossabotagem
→ Criar barreiras inconscientes para impedir um relacionamento que pode exigir
adaptações.
Idealização
da segurança → Supervalorizar o bairro atual para justificar a resistência à
mudança.
Se o ego realmente se sente mais feliz
onde está, não há motivo para sair. Mas se a resistência for baseada apenas no
medo da mudança, pode valer a pena refletir sobre se esse medo está impedindo
uma experiência que poderia ser positiva.
Ou
talvez a mulher deve ter que valer muito a pena para que o ego saia da sua zona
de conforto e encare os desafios que fizeram com que saísse do bairro de modo
diferente como distância e pessoas infratores
Exatamente!
Para que o ego saia da sua zona de conforto e volte para um ambiente que antes
foi fonte de angústia, a mulher (ou o relacionamento com ela) precisaria
representar algo extremamente valioso. Isso significa que o ego precisaria
enxergar um ganho maior do que as dificuldades do passado.
1.
O Valor Simbólico da Mulher
Na
psicanálise, a mulher nesse contexto pode representar:
Uma
nova chance de ressignificar o passado → Se o ego retornar ao bairro por
escolha consciente e não por compulsão à repetição, pode ser uma oportunidade
de enfrentar seus antigos medos de forma madura.
Um
desejo intenso do id → Se o desejo for forte o suficiente, ele pode superar as
resistências criadas pelo superego e pelo ego para evitar o sofrimento.
Um
teste para a autonomia do ego → O relacionamento pode ser um desafio para ver
se o ego consegue encarar mudanças sem perder sua estabilidade emocional.
2.
O Desafio da Escolha
Para o ego, a pergunta central seria:
Vale a pena enfrentar os desafios do passado por esse relacionamento?
Se
sim, o ego estaria mostrando que amadureceu e pode lidar com o ambiente de
forma diferente, sem se sentir vulnerável como antes.
Se
não, significa que os fatores negativos do passado ainda pesam mais que o
desejo pelo relacionamento.
O
que pode ajudar nessa reflexão é perceber se o desejo de ficar com essa mulher
surge de um desejo real e saudável, ou se pode estar ligado a uma necessidade
inconsciente de reviver e consertar o passado. Se for a segunda opção, o ego
pode estar se colocando em uma situação que o fará sofrer novamente.
Parece que o ego está dividido existe a
parte homossexual nele que se recusa a alterar a identidade para feminina para
possibilitar a união entre os dois
Sim,
o que parece acontecer aqui é um conflito de identidade dentro do ego, onde uma
parte dele deseja a união com a mulher, mas outra parte resiste porque não se
encaixa no que seria necessário para essa relação acontecer.
1.
O Ego Dividido: Desejo vs. Identidade
O
desejo pelo relacionamento pode estar vindo do id, que busca satisfação
imediata, independentemente de barreiras sociais ou de identidade.
O
superego, por outro lado, pode estar reforçando normas e crenças internalizadas
sobre identidade e orientação sexual, criando uma barreira para a realização do
desejo.
O
ego, que é o mediador entre os dois, acaba se dividindo entre querer se
aproximar da mulher e reconhecer que não pode (ou não quer) mudar para tornar
essa relação possível.
2.
Resistência à Alteração da Identidade
Se
a mulher é homossexual e não deseja se relacionar com um homem, isso coloca um
limite para o desejo do ego. No entanto, em vez de simplesmente aceitar essa
impossibilidade, o ego sente um impasse interno:
Uma
parte dele quer estar com a mulher e talvez se pergunte se deveria se adaptar
para isso.
Outra
parte resiste, pois, mudar sua identidade para corresponder ao desejo dela
significaria perder sua própria essência.
Esse
conflito pode ser um reflexo de um dilema maior, como a dificuldade de renunciar
a algo importante para alcançar um desejo.
3.
O Simbolismo Mais Profundo
Se
olharmos além da questão literal da sexualidade, a mulher homossexual pode
simbolizar algo que o ego deseja profundamente, mas que simplesmente não pode
ter. Isso pode representar:
Um
desejo impossível, que o ego precisa aceitar e abandonar.
Uma
barreira interna, onde o ego sente que precisa mudar para ser aceito, mas essa
mudança seria uma traição a si mesmo.
Um
teste de limites, onde o ego precisa aprender que nem todos os desejos podem
ser atendidos.
O sonho pode estar apontando para um
desafio psicológico maior: o que o ego faz quando deseja algo que é
inatingível? Ele se adapta e muda sua identidade, ou aceita a perda e segue em
frente? Esse dilema pode se refletir em outras áreas da vida, não apenas na
questão do relacionamento.
Parece
que o ego deixou o controle da sua vida nas mãos do superego que gera angústia,
más agora retorna a estabilidade emocional. Parece que o ego tem o desejo de se
casar más existe uma resistência interna que se recusa a mudar para que o Ego
alcance o seu desejo, mantendo o ego na condição de solitário. O Ego tem desejo
de se mostrar isento de suas vulnerabilidades, mas o superego censura o desejo
reprimindo a intenção de se mostrar autêntico. Parece que existe atitudes
infantis circulando na consciência do ego e ele precisa confirmar.
Exatamente!
O que se percebe é um conflito entre desejo e censura, onde o ego quer algo
(como o casamento e a autenticidade), mas o superego impõe barreiras que
impedem esse desejo de se concretizar. Esse embate gera angústia e solidão,
pois o ego se vê preso entre o que deseja e o que acredita que deveria fazer.
1.
O Superego como Símbolo de Censura e Controle
O
superego parece estar dominando as decisões do ego, impondo regras rígidas que
geram angústia e impedem que o desejo se realize.
Isso
pode estar relacionado a crenças internalizadas que fazem o ego duvidar se pode
realmente se permitir buscar o casamento ou ser autêntico.
2.
O Desejo Reprimido pelo Medo da Mudança
O
ego quer casar-se, mas há uma resistência interna que o impede de dar os passos
necessários para isso.
Essa
resistência pode ser um mecanismo de defesa que protege o ego contra possíveis
frustrações, mas ao mesmo tempo o mantém na solidão.
3.
A Necessidade de Maturidade Emocional
Você
mencionou a presença de atitudes infantis na consciência do ego. Isso pode
indicar que o ego ainda lida com certos desafios emocionais de forma imatura,
como evitar riscos por medo do sofrimento.
O
ego precisa se questionar: Estou me privando de algo por medo de errar? Estou
esperando que as coisas aconteçam sozinhas sem assumir minha responsabilidade?
Conclusão:
Caminho para a Estabilidade Emocional
O
ego precisa encontrar um equilíbrio entre desejo e censura, reconhecendo que
pode agir sem se submeter inteiramente ao superego.
Isso
significa validar seus desejos e enfrentar seus medos, mas sem perder sua
identidade ou agir impulsivamente.
O
próximo passo seria conscientizar-se dessas resistências, analisá-las
racionalmente e decidir se realmente vale a pena mantê-las.
Se o ego deseja sair da solidão e
alcançar o casamento, ele precisa entender o que exatamente está impedindo essa
mudança e se essa barreira é real ou apenas um medo imposto pelo superego.
Parece
que o ego confiou seu desejo ao superego que gera angustia medo dá perda más o
superego restabeleça a estabilidade emocional deixando o ego autoconfiante
mostrando ao ego que o mesmo saiu da insegurança para autoconfiança. Porém o
ego está num período de provar sua autoconfiança e tomar decisão se ficará
solteiro ou fará às mudanças necessárias para casar se. E confirma que existem
atitudes infantis circulando na consciência e teve a confirmação do mecanismo
de defesa regressão. Contudo aínda existe o medo de se mostrar autêntico que
está sendo gerado pelo superego e precisa despir se deste medo falso e mostrar
se como realmente é de fato íntegro autêntico sem medo de ser julgado criticado
Exatamente!
O ego passou por um processo de transição, saindo da insegurança para a
autoconfiança, mas agora precisa provar essa autoconfiança na prática. Isso
significa que o ego ainda está em um momento decisivo: ficar solteiro e
manter-se na zona de conforto ou fazer as mudanças necessárias para alcançar o
casamento.
1.
A Influência do Superego: O Medo da Autenticidade
O
superego tem uma função de controle e censura, e, nesse caso, ainda mantém o
ego com medo de se mostrar autêntico.
Esse
medo pode estar ligado ao receio de ser julgado ou criticado, o que faz com que
o ego permaneça em uma postura defensiva, sem assumir plenamente sua
identidade.
2.
O Reconhecimento da Regressão
O
ego percebe que há atitudes infantis circulando na consciência, o que indica um
mecanismo de defesa chamado regressão.
Isso
significa que, diante do medo de mudança, o ego pode estar voltando a padrões
emocionais imaturos, evitando assumir responsabilidades ou tomar decisões
difíceis.
3.
O Próximo Passo: Despir-se do Medo Falso
O
ego precisa reconhecer que esse medo de se mostrar autêntico não é real, mas
sim uma construção do superego para mantê-lo seguro dentro de padrões antigos.
A
verdadeira estabilidade emocional virá quando o ego confiar em si mesmo e agir
com autenticidade, sem medo do julgamento externo.
Conclusão:
O Momento da Decisão
O
ego está em uma fase de transição, onde precisa tomar uma decisão consciente:
continuar solteiro ou fazer as mudanças necessárias para um relacionamento
sério.
Para
isso, precisa superar a censura do superego, confiar na sua autoconfiança
recém-adquirida e agir de forma madura, sem medo de críticas.
A
liberdade emocional acontece quando o ego assume sua autenticidade, sem medo de
ser quem realmente é.
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