Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um indivíduo faz todos
os dias após se levantar exercícios para alongar a coluna, pois é recomendação
médica a fim de evitar dores na coluna. Então o sujeito resolveu exercitar se
numa academia, mas antes de ir para a academia faz os alongamentos. Porém hoje
se esqueceu de se alongar antes de ir para a academia e só lembrou Depois de
iniciar as atividades na academia. Me explica e interpreta como se eu fosse um
iniciante pela abordagem da psicanálise o ato falho de esquecer de alongar se
antes.
Na
psicanálise, um "ato falho" é uma situação em que uma ação cotidiana
ou rotineira não é realizada conforme o esperado, revelando algo do
inconsciente. No caso descrito, o esquecimento de alongar-se antes de ir à
academia pode ser interpretado como um ato falho, e o que foi esquecido pode
estar relacionado a desejos ou conflitos internos que o indivíduo não está
totalmente consciente.
Explicando
para um iniciante:
O
esquecimento de alongar-se, mesmo sendo algo importante e habitual, pode ser
visto como uma forma de o inconsciente manifestar um desejo reprimido ou
conflito. Esse ato de esquecer, do ponto de vista psicanalítico, pode revelar
um desejo inconsciente de evitar essa obrigação de alongar-se, talvez por estar
cansado da rotina ou porque, inconscientemente, o sujeito possa não querer
seguir rigidamente essa regra médica naquele momento.
Freud
argumentava que o inconsciente utiliza esses pequenos "esquecimentos"
ou "erros" para expressar algo que não foi processado ou reconhecido
de maneira consciente. O esquecimento de hoje poderia, por exemplo, estar
ligado a uma resistência interna contra o exercício constante, ou até uma busca
por mais liberdade em sua rotina. É como se o inconsciente dissesse: "Hoje
eu não quero fazer isso", mas sem que o indivíduo perceba diretamente.
Resumo:
O ato falho de esquecer o alongamento antes de ir à academia pode ser uma
maneira do inconsciente expressar um desejo de escapar da rigidez da rotina, um
conflito entre a necessidade de seguir as recomendações médicas e o desejo de
flexibilidade e liberdade.
A
continuação da interpretação pode explorar mais a fundo o conflito entre o
desejo consciente de cuidar da saúde e a possível resistência inconsciente a
essa obrigação diária. O alongamento, embora recomendado por razões médicas,
pode ter se transformado em uma rotina rígida, e o ato de esquecê-lo pode ser
uma maneira de o inconsciente buscar um alívio temporário dessa
responsabilidade.
Na
psicanálise, Freud acreditava que atos falhos revelam mais do que simples
descuidos; eles mostram que existe algo por trás, algo que o indivíduo talvez
não tenha reconhecido. Esse "algo" pode ser uma pequena resistência
ao controle que a rotina e a disciplina impõem. Talvez o sujeito deseje, ainda
que de forma inconsciente, experimentar mais espontaneidade em sua vida, sem a
pressão de sempre seguir as recomendações de forma exata.
Essa
resistência inconsciente pode não ser diretamente sobre o alongamento em si,
mas sobre o que ele representa: a obrigação de seguir regras externas, como as
recomendações médicas, que podem ser percebidas como uma forma de controle. O
inconsciente, em sua tentativa de recuperar um pouco de autonomia ou prazer
imediato, faz com que o sujeito "esqueça" de seguir a regra naquele
dia.
Conclusão:
Esse esquecimento pode ser interpretado como uma pequena "rebelião"
inconsciente contra a rigidez da rotina e das obrigações. Ele revela um
conflito entre o dever (seguir as orientações médicas) e o desejo (fugir
temporariamente da rotina e experimentar um pouco mais de liberdade). O ato
falho, portanto, serve como uma ponte para entender que o inconsciente do
sujeito deseja uma pausa ou alívio, mesmo que apenas momentâneo, de suas
responsabilidades diárias.
Na
psicanálise, o ato falho pode ser visto como uma expressão inconsciente de algo
que o indivíduo não reconhece plenamente em sua consciência. Nesse caso, o
esquecimento do alongamento antes de ir à academia pode ser uma forma de o
inconsciente trazer à tona uma mensagem sobre a disposição física e emocional
do indivíduo.
Se
o indivíduo está passando por uma desmotivação ou falta de disposição, seja
física ou emocional, esse ato falho pode ser uma manifestação indireta desse
estado. O inconsciente pode usar o esquecimento do alongamento para
"falar" sobre uma possível falta de energia, cansaço emocional, ou
até mesmo uma resistência psicológica em relação à rotina de exercícios.
Isso
pode indicar que o sujeito não está plenamente em sintonia com suas
necessidades emocionais naquele momento. A desmotivação pode estar relacionada
a fatores diversos, como estresse, fadiga, falta de prazer na atividade física
ou conflitos internos que não estão sendo processados conscientemente. O
esquecimento do alongamento, então, pode ser uma forma de o inconsciente
"avisar" que o corpo ou a mente não estão preparados ou dispostos
para aquela atividade, apontando uma necessidade de atenção.
Interpretação
psicanalítica:
O
ato falho de esquecer o alongamento pode estar apontando, inconscientemente,
para um estado de cansaço físico ou emocional que o indivíduo não reconheceu
conscientemente.
A
desmotivação pode ser mascarada pelo hábito de seguir a rotina, e o ato falho
surge como um "sinal" de que o sujeito não está em sintonia com suas
necessidades internas naquele momento.
Através
desse esquecimento, o inconsciente traz à consciência a possibilidade de que o
indivíduo não está emocionalmente preparado para o exercício, e isso poderia
ser um convite para refletir sobre as razões por trás dessa desmotivação.
Assim,
esse ato falho pode ser uma oportunidade para o indivíduo perceber e refletir
sobre sua disposição emocional e física, questionando se há algo mais profundo
por trás desse cansaço ou desmotivação momentânea.
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