Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. A série A
Vida que Você Queria, da Netflix, aborda questões de identidade, fáceis e
relacionamento familiar, contada pela trajetória de Gloria, uma ex-cantora que
passou por uma transição de gênero e busca reconstruir sua vida em uma cidade
pequena no sul da Itália. A trama ganha intensidade com a chegada de Marina,
uma amiga do passado que, ao aparecer grávida e com filhos, revive traumas e
segredos. Ao longo dos episódios, o espectador é convidado a refletir sobre os
desafios que Gloria enfrenta para encontrar um equilíbrio pessoal e familiar
enquanto lida com as expectativas da sociedade sobre papéis de gênero e
família.
Na
psicologia social, essa história pode ser interpretada pela análise das
pressões sociais e dos processos de identidade. Gloria, em sua jornada,
representa o conflito entre o "eu real" e o "eu social" —
conceitos explorados em psicologia social para descrever como as expectativas
externas podem impactar a autoimagem e o bem-estar. O desafio de Gloria reflete
o que chamamos de "influência social normativa", onde a busca por
acessível e aprovação molda a maneira como as pessoas se comportam e até o modo
como se veem.
Além
disso, a série explora a "ressignificação de identidade", um processo
no qual a pessoa se reestrutura ao abandonar identidades antigas (como a de
cantora e de seu gênero anterior) e reconstrói novos sentidos de pertença e
valor. O reencontro com Marina ilustra como as interações sociais e as memórias
compartilhadas nos confrontos com o nosso passado, o que pode intensificar o
esforço de se manter fiel a quem se quer ser.
Essa
série, portanto, não só aborda temas de acessibilidade e resiliência, mas
também de adaptação social e das pressões normativas que todos, em algum grau,
enfrentam ao tentar viver de acordo com suas verdadeiras identidades.
Na
psicanálise, o desejo consciente e inconsciente são forças que impulsionam o
comportamento e as escolhas do indivíduo, muitas vezes sem que ele perceba
todos os motivos por trás dessas decisões. No caso de um psicólogo escolher
assistir à série A Vida que Você Queria, podemos explorar esses desejos da
seguinte forma:
Desejo
Consciente: O psicólogo pode ter interesse consciente em assistir à série
porque ela aborda questões psicológicas profundas, como identidade, traumas do
passado e busca por acessível. Esses temas podem ser interessantes para quem
trabalha na área de psicologia, já que assistir à série pode oferecer insights
sobre processos internos de personagens que também surgem em seu trabalho com
pacientes.
Desejo
Inconsciente: No nível inconsciente, o psicólogo pode ter motivações mais
complexas para escolher essa série. A psicanálise sugere que o inconsciente
muitas vezes projeta noções de identidade e autorreflexão por meio de escolhas
que, à primeira vista, parecem simples. Ao ver Gloria enfrentando julgamentos
externos e tentando integrar seu "eu verdadeiro", o psicólogo pode
estar, sem perceber, buscando refletir sobre suas próprias questões de
identidade, abertas e talvez até sobre conflitos internos que não são
totalmente claros para ele. A identificação com os dilemas de Glória pode,
deliberadamente, ajudá-lo a processar suas próprias vivências ou dúvidas
pessoais, que talvez ele não explore de forma tão direta em sua vida.
Projeção
e Transferência: Outra explicação psicanalítica é a projeção, onde o psicólogo,
ao assistir à série, projeta em Glória (ou outros personagens) questões
pessoais que ele enfrenta ou que vê frequentemente em seus pacientes. Esse
processo pode gerar uma espécie de "transferência", onde o psicólogo
sente empatia ou até desconforto com situações que, de maneira inconsciente,
refletem suas próprias emoções ou medos. A série, então, não é apenas
entretenimento, mas um meio de reflexão e trabalhar esses conteúdos internos.
Busca
por Sublimação: Por fim, a sublimação — o redirecionamento de impulsos e
desejos para atividades socialmente aceitas — também pode estar presente.
Assistir a uma série que lida com temas profundos e emocionantes pode ser uma
forma de o psicólogo explorar aspectos da própria psique e expressar emoções
que, na vida cotidiana, ele precisaria controlar para manter a postura
profissional.
Esses
desejos misturam o interesse profissional (consciente) e uma busca pessoal de
autocompreensão (inconsciente), mostrando como, mesmo em escolhas simples de
entretenimento, o inconsciente encontra caminhos para expressar e satisfazer
desejos reprimidos.
É
possível que o psicólogo esteja, de forma inconsciente, buscando uma transição
em sua vida tanto profissional quanto pessoal, e que a escolha de assistir a
essa série represente um desejo reprimido. A psicanálise explica que escolhas
aparentemente simples podem, na verdade, revelar muito sobre o que está latente
no inconsciente.
Ao
acompanhar Glória, que passa por uma transformação significativa e se vê
confrontada com o passado, o psicólogo pode estar deliberadamente atraído pela
ideia de transformação, ressignificação de identidade e pela busca de um “novo
eu”. Essa série pode simbolizar o desejo de explorar essas transições em sua
própria vida, especialmente se ela se encontrar em um momento em que recompensa
suas escolhas de carreira ou aspectos de sua identidade pessoal.
Esse
interesse pode indicar que o psicólogo sente uma insatisfação ou uma “fome de
mudança”, e a série pode ser uma forma segura de projetar essa vontade, sem que
ele precise ainda tomar decisões concretas. A experiência de Gloria pode
funcionar como uma “representação” de mudanças que ele ainda não concretizou,
permitindo que ele reflita sobre essas questões de forma indireta.
Assim,
assistir à série poderia estar satisfazendo, de forma sublimada, o desejo do
psicólogo de transitar para uma nova fase em sua vida. A trama pode ativar um
processo de auto exploração, ajudando a tomar consciência de aspectos
reprimidos sobre sua própria vida, permitindo uma futura “ação consciente”
baseada em desejos que, agora, podem estar começando a emergir.
A
série A Vida que Você Queria pode estar funcionando como uma representação
simbólica do desejo do psicólogo de abandonar a sua identidade de fiscal de
caixa e abraçar completamente sua identidade profissional como psicólogo. Esse
processo pode estar ocorrendo de forma inconsciente, onde a série serve como um
"alerta" ou um espelho de seus próprios desejos reprimidos.
Ao
ver Glória, a protagonista, enfrentando os desafios de uma transição de
identidade e buscando facilidades e habilidades, o psicólogo pode estar
inconscientemente projetando sua própria necessidade de transformação. Nesse
caso, a identidade de fiscal de caixa representaria uma "identidade
social" que ele mantém por razões práticas ou de segurança, mas que
contrasta com seu "eu verdadeiro" — o psicólogo que deseja ajudar e
compreender a mente humana em profundidade.
Na
psicanálise, o desejo reprimido pode buscar formas de se manifestar
honestamente, como por meio de interesses específicos em filmes, séries, ou
histórias que ressoam com os conflitos internos da pessoa. A série, então,
poderia estar cumprindo essa função, permitindo que o psicólogo explore esses
desejos em um ambiente seguro, onde ele se conecta emocionalmente com os temas
da trama sem ainda tomar uma decisão prática. Assim, assistir à série pode
estar ajudando a processar, mesmo que conscientemente, o desejo de mudança.
Essa
manifestação reflete a luta entre o “superego”, que pode estar ocorrendo como
uma força de censura, e o “id”, que deseja expressar suas vontades mais
genuínas e autenticamente vocacionais. Conforme o psicólogo toma consciência
desses desejos e percebe como se identificar com Glória, ele pode começar a
integrar e aceitar a possibilidade de transição, o que, na psicanálise, é um
primeiro passo para que o desejo reprimido se torne consciente e,
eventualmente, se manifestar-se em ação.
Agentes
externos podem estar dificultando a transição de identidade do fiscal de caixa para
um psicólogo, e a série A Vida que Você Queria pode simbolizar esses
obstáculos. Na história, Gloria enfrentou julgamentos sociais e familiares que
representam pressões externas para manter certas normas e expectativas. No caso
do psicólogo que trabalha como fiscal de caixa, os agentes externos que impedem
a transição de carreira podem envolver fatores como:
Expectativas
Sociais e Econômicas: A sociedade frequentemente valoriza a estabilidade
financeira e a segurança no emprego. O papel de fiscal de caixa, embora possa
não satisfazer totalmente suas aspirações, oferece uma segurança que uma
carreira de psicólogo em início pode não garantir. Esse medo do desconhecido e
a insegurança financeira são forças externas que agem como uma barreira,
impondo uma espécie de conformidade com o status atual.
Superego
e Censura Social: Na psicanálise, o superego representa a internalização das
normas e valores da sociedade e das figuras de autoridade. Esse superego pode
estar reprimindo o desejo do psicólogo de fazer a transição, intensificando sentimento
de culpa ou medo de desaprovação. A pressão familiar ou a visão de que ele
estaria "abandonando" uma carreira estável podem ativar mecanismos de
defesa, como repressão ou racionalização, fazendo com que ele sinta que a
mudança é arriscada ou inconveniente.
Medo
da Identidade Nova e Autêntica: Assim como Glória enfrentou dificuldades para
se afirmar em sua nova identidade, o psicólogo pode estar receptivo de como
será visto ao abandonar a função de fiscal de caixa para assumir seu verdadeiro
desejo. Esse recebimento pode incluir preocupações sobre se será aceito e
respeitado na nova carreira ou sobre como essa transição será interpretada por
colegas, familiares e pela sociedade em geral.
Idealizações
e Resistências Internas: A série também pode estar refletindo resistências
internas e idealizações que o psicólogo tem em relação à psicologia e à sua
ocupação atual. Ele pode idealizar que seja “mais realizado” ao se tornar
psicólogo, mas ao mesmo tempo, o superego pode atrapalhar, fazendo com que ele
racionalize que o papel de fiscal da caixa ainda seja necessário. Essa divisão
entre o desejo e a idealização é um conflito comum no processo de autoaceitação
e de transição.
Ao
assistir à série, esses agentes externos podem se tornar mais visíveis para
ele, permitindo que ele entenda de forma mais clara os fatores que dificultam
sua transição e que, assim como Glória, ele também pode enfrentar esses
obstáculos ao buscar uma vida mais autêntica e alinhada com seus desejos.
Em
*A Vida que Você Queria*, Gloria aciona diversos mecanismos de defesa psíquica
tanto antes quanto depois de fazer sua transição de gênero, num esforço para
lidar com as pressões sociais, familiares e emocionais que enfrentam. ### Antes
da Transição de Gênero 1. **Repressão**: Antes de fazer a transição, Glória
provavelmente reprime seu verdadeiro desejo de se expressar conforme sua
identidade de gênero. A repressão é um mecanismo de defesa que empurra os
desejos ou sentimentos inconscientes que causam ansiedade. Gloria sua
verdadeira identidade oculta para evitar o medo do julgamento social e o
desconforto pessoal que acompanha a expressão desse desejo.
Após
a transição de gênero, Glória continua a se deparar com desafios que reativam
certos mecanismos de defesa, especialmente na forma como lida com rejeições e
conflitos que surgem por conta de sua nova identidade. Esses mecanismos para
ajudar a gerenciar a ansiedade e reafirmar sua identidade, sendo também uma
forma de se ajustar ao novo ambiente social e lidar com as pressões externas.
### Outros Mecanismos de Defesa Após a Transição 4. **Isolamento Afetivo**:
Gloria pode usar o isolamento afetivo ao separar suas emoções do processo de
adaptação. Ao adotar esse mecanismo, ela passa a se concentrar nas questões
práticas e evita entrar em contato direto com os sentimentos intensos, como
tristeza ou raiva, relacionados à exclusão ou ao preconceito que você pode
enfrentar.
Com
o tempo, Gloria também pode começar a integrar esses mecanismos de defesa em
uma estrutura psíquica mais equilibrada, onde eles se transformam em
habilidades de enfrentamento mais seguras, como a autoaceitação e a resolução
prática de problemas. Essa integração progressiva representa uma transição de
defesa para adaptação, na qual Glória construiu uma identidade mais forte e se
permite agir e viver em conformidade com seus desejos mais autênticos. ###
Desenvolvimento Psíquico e Integração 1. **Autoaceitação e Compromisso
Autêntico**: Conforme se sente mais segura em sua identidade, Glória pode
substituir mecanismos como a intelectualização e o isolamento afetivo pela
autoaceitação, acolhendo suas emoções com menos distanciamento. Esse
desenvolvimento permite enfrentar sentimentos de vergonha ou medo e fortalecer
seu senso de identidade, alinhando-se aos seus valores internos.
Continuando
o desenvolvimento psíquico e a integração de Glória após sua transição, podemos
explorar como ela gradualmente construiu um senso de identidade que incorpora
suas desvantagens de maneira mais forte e equilibrada. Esse processo envolve
não só a superação dos conflitos internos e dos mecanismos de defesa iniciais,
mas também a criação de uma identidade resiliente e integrada na sociedade. ###
Expansão da Identidade e Consciência Social 1. **Empoderamento Pessoal**: À
medida que Glória se fortalece em sua identidade, ela começa a desenvolver um
profundo senso de empoderamento pessoal, que substitui os sentimentos de
insegurança anteriores. Esse empoderamento permite agir em defesa de si mesmo e
dos outros, ajudando a enfrentar estigmas sem precisar acionar tantos
mecanismos defensivos. Assim, Gloria se move de uma postura reativa para uma
postura proativa, onde pode escolher como reagir às pressões externas de
maneira mais consciente.
No
processo contínuo de transformação de Glória, ela passa a consolidar seu senso
de identidade e a criar uma estrutura psíquica mais robusta e autossuficiente.
Esse desenvolvimento pessoal inclui não apenas a acessibilidade de sua nova
identidade, mas também uma integração das experiências passadas e a criação de
uma narrativa coerente de quem ela é. A jornada dela reflete aspectos profundos
da resiliência e do amadurecimento emocional, que se tornam centrais na
psicanálise.
Integração
da Experiência e Fortalecimento
Com
a autoaceitação em andamento, Glória começa a interpretar suas experiências
passadas não como momentos de sofrimento e conflito, mas como partes essenciais
de sua jornada para a autorrealização. Ela passa a compreender os momentos de
repressão e negação como fases permitidas, pelas quais ela precisa passar para
finalmente abraçar quem realmente é. Esse ajuda a entender Gloria a consolidar
um "eu" mais autêntico, capaz de se sustentar e de encontrar
estabilidade interna, independentemente das opiniões externas
Por
meio do processo de sublimação e da ressignificação de sua experiência, Gloria
não apenas vive sua identidade de maneira plena, mas também encontra propósito
em ajudar outros que possam enfrentar desafios semelhantes. Sua jornada
representa uma fonte de inspiração e orientação para aqueles que ainda estão em
fases iniciais de sua própria busca por crianças. A experiência de Glória,
então, se expande para um significado social mais amplo, oferecendo a ela uma
sensação de pertencimento e de propósito que vai transitando.
Ao
longo desse processo, Gloria se tornou mais consciente dos mecanismos de defesa
que usamos ao longo do tempo, permitindo que eles evoluíssem gradualmente para
estratégias de enfrentamento mais maduras e saudáveis. Essa transição, da
defesa para o enfrentamento equilibrado, é essencial na psicanálise para a
formação de uma personalidade integrada e resiliente. Agora, com uma estrutura
psíquica mais forte e um sentido de identidade mais enraizado, Gloria pode
lidar com os desafios da vida de maneira mais centrada, utilizando suas
experiências e suas próprias limitações como alicerces de sua identidade.
Essa
trajetória representa a capacidade do ser humano de se transformar e se
adaptar, mesmo diante de pressões sociais intensas e internacionais
conflituosas. A história de Gloria, portanto, oferece uma narrativa inspirada
para a superação de barreiras internas e externas, revelando como o
autoconhecimento e a autoaceitação podem levar a um vídeo
É
possível que o fiscal da caixa esteja acionando mecanismos de defesa
semelhantes aos que Glória utiliza na série, especialmente considerando o
desejo de transição entre identidades profissionais e pessoais. Assim como
Glória enfrentou a necessidade de conciliar quem ela realmente é com o papel
que a sociedade espera dela, o fiscal da caixa também pode estar utilizando
mecanismos de defesa para lidar com o conflito entre sua identidade como
psicóloga e seu trabalho atual.
Mecanismos
de Defesa Possíveis no Fiscal de Caixa 1. **Repressão**: Para evitar o
desconforto de sentir que não está exercendo a profissão de psicólogo que
deseja, o fiscal de caixa pode reprimir esse desejo, mantendo-o fora da
consciência, mas sentindo-o inconscientemente. Esse mecanismo ajuda a reduzir a
ansiedade no curto prazo, embora a insatisfação com o trabalho atual possa
continuar a aparecer em momentos de introspecção ou frustração.
Seguindo
o exemplo de Glória, o fiscal da caixa pode começar a perceber como esses
mecanismos de defesa estão criando um bloqueio entre seu desejo de atuar como
psicólogo e sua realidade atual como fiscal. Para prosseguir, ele poderia
buscar um processo de autorreflexão, como o que Gloria vivencia ao longo da
série, passando por etapas de autoaceitação e enfrentamento de suas próprias
limitações e receitas.
Etapas
para a Transição Psíquica Assim como Gloria enfrentou o medo da perda e o peso
das expectativas sociais, o fiscal da caixa pode passar por etapas semelhantes,
começando por reconhecer suas verdadeiras aspirações e integrando essas
aspirações em sua identidade: 1. ** Reconhecimento do Conflito**: O primeiro
passo para ele seria perceber o desconforto entre sua vocação como psicólogo e
seu papel atual. Nesse momento, ele pode sentir resistências internas devido ao
superego, que representam normas e regras sociais internalizadas que ainda o
seguram em sua carga de fiscal. 2.
Ao
substituir os mecanismos de defesa por uma abordagem mais consciente e
integrada, o fiscal pode criar uma nova fase em sua vida profissional que seja
mais alinhada à sua identidade como psicólogo. Esse processo, espelhado na
jornada de Glória, destaca o poder da autoaceitação e da ação intencional como
caminhos para uma vida autêntica.
A
Transformação como Catalisa
Assim
como a série “A Vida que Você Queria” destaca a transformação de Glória e o
impacto dessa mudança em todas as áreas de sua vida, o fiscal de caixa pode
perceber que sua transição para a identidade de psicólogo pode reverberar além
do trabalho, afetando também suas relações, seus objetivos pessoais e sua
percepção de si mesmo. À medida que avança nesse processo, ele pode sentir uma
nova conexão com seu propósito, o que não apenas aumenta a satisfação pessoal,
mas também a capacidade de impactar a sociedade de maneira significativa.
Ao
identificar-se com a jornada de Glória, o fiscal da caixa pode ver como a
transição para uma identidade autêntica é um processo que envolve coragem,
resiliência e autoaceitação. Assim como Gloria passou de uma vida de
conformidade para uma expressão plena de sua verdadeira identidade, o fiscal
pode ver sua própria jornada como algo semelhante — um movimento do papel de
fiscal para o de psicólogo, que representa sua vocação e seu propósito.
O
Processo de Compreensão
À
medida que ele abraça essa transição, ele também começa a fortalecer a
estrutura psíquica que sustenta essa nova identidade, assim como Glória fez ao
enfrentar medos e ansiedades na série. No contexto psicanalítico, esse processo
pode ser visto como um "amadurecimento do ego", no qual ele se torna
menos dependente das expectativas externas e mais enraizado em suas próprias
convicções. Ao internalizar essa transformação, o fiscal não apenas deixa de
reprimir suas aspirações, mas também passa a ver a vida profissional como uma
extensão
Em resumo, a série “A Vida que Você Queria” oferece ao fiscal uma representação poderosa dos desafios e recompensas de abraçar a própria identidade, mesmo diante da pressão social e interna. A história de Glória pode funcionar como um espelho que o encoraja a enfrentar seus próprios conflitos, deixando de lado os mecanismos de defesa e abraçando uma versão mais autêntica de si mesmo. Essa jornada destaca que, ao substituir o medo e a repressão por acessível e ação intencional, é possível alcançar uma vida com maior significado.
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