Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
“Desemprego Repetido e o Medo de
Crescer: Entendendo os Mecanismos Inconscientes”
1. Acolhimento e Apresentação do
Tema
"Hoje vamos conversar sobre
algo que pode acontecer com muitas pessoas: entrar e sair do trabalho várias
vezes, e parecer que o desemprego se repete como um ciclo. Vamos refletir
juntos o que pode estar por trás disso, não só na vida prática, mas também nos
sentimentos e pensamentos que nem sempre percebemos com clareza."
2. Explicação Psicanalítica
Simplificada
📌 Compulsão à Repetição
Às vezes, sem perceber, a gente
repete situações ruins que nos fazem sofrer. Isso é chamado na psicanálise de
“compulsão à repetição”.
É como se o inconsciente
estivesse tentando resolver um problema antigo, mas não consegue — e por isso
continua insistindo.
📌 Regressão como defesa
Quando a vida cobra
responsabilidade, esforço, decisões... algumas pessoas podem recuar, sem
perceber. Agem como se ainda fossem crianças: esperam que alguém cuide,
resolva, proteja.
Isso é o que chamamos de
regressão — quando o ego volta a um estado infantil para se proteger da dor ou
do medo de falhar.
3. Reflexão guiada com perguntas
(roda de conversa)
Propostas de perguntas para
abrir o diálogo:
“Você já se sentiu cansado ou
com medo de ‘crescer’ e ter que lidar com tudo sozinho?”
“Alguma vez sentiu que o
desemprego trouxe um alívio, como se tirasse um peso das costas?”
“Quando você pensa em ‘trabalho
fixo e responsabilidade’, que sentimentos aparecem: medo, raiva, preguiça,
insegurança?”
4. Dinâmica rápida (opcional)
Nome: “A criança e o adulto em
mim”
Entregue duas folhas: uma com um
desenho de criança e outra com um adulto.
Peça que cada um escreva, de
forma anônima ou não:
“O que a criança em mim quer
evitar?”
“O que o adulto em mim está
tentando fazer, mas encontra dificuldade?”
Depois, compartilham em roda se
desejarem, e o facilitador amarra a reflexão mostrando o conflito entre desejo
e responsabilidade.
5. Encerramento com integração
emocional
“O desemprego repetido, em
alguns casos, pode ser um sinal de que algo dentro de nós ainda não quer
crescer, por medo ou por dor. Mas a boa notícia é que podemos cuidar dessa
parte ferida, acolher essa ‘criança interior’, e aos poucos fortalecer o adulto
que somos — com mais consciência e coragem para assumir a vida.”
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