Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Seguir o caminho
que os outros esperam de você nem sempre é a melhor opção. É importante lembrar
que a sua vida é sua e você deve tomar as decisões que acredita serem melhores
para você, com base em seus valores, interesses e objetivos pessoais. E as
vezes por medo acabamos seguindo as expectativas de Outros e não a que nos
interessa de fato. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma
desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de
perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud,
2006, p.162).
Muitas
vezes, os outros podem ter expectativas em relação a nós por uma variedade de
razões, como tradições culturais, pressões sociais ou familiares, ou
simplesmente porque acham que sabem o que é melhor para nós. No entanto, isso não significa que essas
expectativas sejam sempre realistas, justas ou adequadas para você.
É
importante que você tome tempo para refletir sobre o que realmente quer para
sua vida e estabeleça metas que o ajudem a alcançar seus objetivos. Você pode
precisar conversar com as pessoas próximas a você para explicar suas decisões e
pedir seu apoio, mas lembre-se de que você é a pessoa que vive a sua vida e,
portanto, deve ter a palavra final.
Seguir
seu próprio caminho pode não ser fácil, especialmente se você sentir pressão ou
desaprovação dos outros, mas é importante lembrar que sua felicidade e
realização pessoal são muito mais importantes do quando seguir as expectativas
dos outros. Seja fiel a si mesmo e tome as decisões que o farão feliz e
satisfeito a longo prazo. É compreensível sentir-se desanimado ou insatisfeito
ao seguir um caminho que não é o que você esperava ou que não corresponde às
suas ambições e habilidades. [...] Em sua obra “Além do Princípio do
Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do
passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos
instintuais que foram reprimidos.
Exemplo
estar trabalhando em subemprego, apenas para sobreviver na sociedade porque é
desejo de muitos que não permaneça desempregado para que familiares não se
sintam na obrigação de custeá-lo economicamente.
No
entanto, é importante lembrar que a vida profissional é uma jornada que muitas
vezes envolve experiências variadas e nem sempre lineares. Se você está
trabalhando em um subemprego e não está feliz, pode ser útil avaliar suas
opções e definir seus objetivos de carreira a longo prazo. Pense sobre o que
você gostaria de fazer no futuro e o que é necessário para alcançar esses
objetivos para conseguir demover-se da compulsão a repetição de seguir caminhos
que esperam de você. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e
elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à
repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro
de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior
for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que
esse passado recalcado desperta em nós.
É
possível que você precise adquirir novas habilidades ou buscar uma educação
adicional para se preparar para uma carreira diferente. Enquanto isso, tente
encontrar maneiras de tornar seu trabalho atual mais agradável e desafiador.
Fale
com seu supervisor ou colegas de trabalho sobre suas expectativas e como você
pode contribuir de maneira mais significativa para a empresa. Considere também
participar de treinamentos ou programas de desenvolvimento profissional para
aprimorar suas habilidades e aumentar sua empregabilidade.
Lembre-se de que o trabalho em um subemprego
não define quem você é ou o que você pode alcançar no futuro. Mantenha-se
motivado e comprometido com seus objetivos de carreira, e continue buscando
oportunidades que possam ajudá-lo a alcançá-los.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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