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Libertação Compulsão Repetição Vício E Trabalhos Simples

 Ano 2015. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. O versículo João 8:32 diz: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Sua paráfrase conecta bem o conceito de libertação pela verdade com a psicanálise, especialmente com a compulsão à repetição e os mecanismos de defesa. A compulsão à repetição no trabalho pode ser vista como um ciclo semelhante ao vício em álcool, onde o sujeito deseja sair, mas sente medo da rejeição ou do desconhecido. Assim como o medo distorcia a percepção dele sobre a sobriedade, impedindo-o de ver que poderia ser aceito como cristão, o medo de sair do trabalho distorce a realidade, fazendo parecer que não há saída ou que não será bem-sucedido em outra área.

A fuga da realidade serve como defesa, mas também aprisiona o sujeito nesse ciclo. A verdadeira libertação ocorre quando ele encara a verdade: que pode sim romper com o padrão repetitivo e se apresentar de forma autêntica, seja como cristão sóbrio, seja como profissional em uma nova jornada.

Você sente que essa reflexão também se aplica ao seu próprio processo de transição de carreira?

A Verdade que Liberta da Compulsão à Repetição: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Essa passagem reflete uma experiência profunda de libertação, não apenas espiritual, mas também psicológica. Assim como Cristo me libertou da compulsão à repetição do álcool, reconheço agora a mesma dinâmica no trabalho e nos relacionamentos.

A compulsão à repetição mantém o sujeito preso em um ciclo de aproximação e afastamento. No caso do vício, ele deseja se mostrar sóbrio para os outros, mas o medo da rejeição distorce sua percepção, impedindo-o de enxergar que essa mudança é possível. O mecanismo de defesa da fuga da realidade reforça essa distorção, tornando difícil acreditar que a sobriedade pode ser aceita e reconhecida socialmente.

 

Essa mesma lógica se aplica ao trabalho. A autoimagem e os padrões inconscientes podem prender o indivíduo a uma repetição desgastante, onde o desejo de mudança é constantemente bloqueado pelo medo do desconhecido ou pela necessidade de validação externa. Entretanto, ao tomar consciência dessa dinâmica, torna-se possível romper esse ciclo. A verdade, quando compreendida, traz clareza e força para superar a compulsão, permitindo a construção de uma nova realidade baseada na liberdade e na escolha consciente.

Na psicanálise, existe um conceito chamado compulsão à repetição, que significa que uma pessoa pode repetir certos comportamentos ou situações, mesmo que eles lhe façam mal. Isso acontece porque, no inconsciente, há um desejo ou um conflito que ainda não foi resolvido.

o caso do álcool, o sujeito queria parar de beber, mas tinha medo da reação dos outros. Ele queria se mostrar sóbrio, mas, ao mesmo tempo, sentia medo de ser rejeitado por aqueles que estavam acostumados com sua versão alcoólatra. Esse medo fazia com que ele fugisse da realidade, ou seja, evitasse enxergar que era possível mudar e ainda ser aceito. Essa fuga da realidade é um mecanismo de defesa que impede a pessoa de encarar o que realmente precisa ser enfrentado.

Agora, quando olhamos para o trabalho, acontece algo semelhante. O sujeito percebe que está preso a uma rotina repetitiva, mas o medo de sair dessa repetição o impede de agir. Assim como no álcool, ele quer se libertar, mas sente medo do que pode acontecer se mudar. Esse medo pode ser uma influência do superego, que representa as regras e as cobranças internas que a pessoa aprendeu ao longo da vida. O superego pode fazer com que a pessoa se sinta culpada ou inadequada por desejar algo diferente.

A solução, dentro da psicanálise, está em tornar esse processo consciente. Quando o sujeito percebe que a compulsão à repetição é uma forma do inconsciente tentar resolver algo, ele pode escolher agir de forma diferente. Ele pode desafiar o medo e testar uma nova realidade, rompendo o ciclo da repetição. Assim, a verdade se torna libertadora, porque permite enxergar que a mudança não significa rejeição ou fracasso, mas uma oportunidade de viver de forma mais autêntica e satisfatória.

Para continuar essa análise, precisamos entender o papel do ego nesse processo. O ego é a parte da mente que tenta equilibrar os desejos do id (os impulsos inconscientes, como o desejo de beber ou de permanecer na rotina do trabalho) e as exigências do superego (as regras internas e os medos que foram aprendidos ao longo da vida).

No caso do álcool, o ego precisava lidar com um conflito: por um lado, havia o desejo de se libertar da bebida; por outro, existia o medo de ser rejeitado ao se mostrar sóbrio. Esse medo, influenciado pelo superego, fazia com que o sujeito evitasse a mudança, mantendo o ciclo da compulsão à repetição. No entanto, quando o ego percebeu que essa rejeição era apenas uma construção interna e que ele poderia ser aceito mesmo sem o álcool, o ciclo foi quebrado.

Agora, quando falamos do trabalho, o mecanismo é parecido. O ego sabe que permanecer na repetição do trabalho insatisfatório não traz realização, mas sente medo do desconhecido. O superego pode estar enviando mensagens como "se você sair, pode fracassar", "você tem responsabilidades", "e se ninguém reconhecer seu valor em outro lugar?". Essas mensagens criam insegurança e fazem com que o ego fique paralisado, repetindo um comportamento que já não faz sentido.

A chave para a libertação, então, é desafiar o medo imposto pelo superego. Assim como no caso do álcool, o ego precisa perceber que a mudança é possível e que o medo não deve definir as escolhas. O medo é apenas um mecanismo de defesa que tenta evitar o desconhecido, mas ele não reflete a realidade.

Quando o sujeito toma consciência disso, ele começa a agir de forma diferente. Ele não apenas deseja mudar, mas passa a acreditar que pode. Essa mudança de percepção quebra o ciclo da compulsão à repetição, permitindo que ele saia da estagnação e construa uma nova realidade, baseada na escolha consciente, e não no medo inconsciente.

Ou seja, conhecer a verdade sobre o próprio medo e os mecanismos de defesa do inconsciente é o que liberta. Isso vale tanto para o álcool quanto para o trabalho – e para qualquer outro padrão repetitivo que a pessoa queira superar.

 

Quando o ego percebe que o medo imposto pelo superego não reflete a realidade, ele ganha força para agir de forma diferente. No caso do álcool, o sujeito percebeu que não precisava da bebida para ser aceito. Ele enfrentou o medo da rejeição e se libertou da compulsão à repetição. Mas quando se trata do trabalho, ele ainda está preso ao mesmo ciclo: deseja sair, mas teme as consequências.

Isso acontece porque o superego continua desempenhando seu papel de regulador, impondo regras rígidas e julgamentos internos. Ele pode fazer com que o sujeito se sinta culpado por querer abandonar um trabalho estável ou por desejar algo diferente do que a sociedade espera. Esse conflito mantém o ego paralisado, incapaz de tomar uma decisão definitiva.

No entanto, quando o sujeito torna consciente esse mecanismo, ele percebe que o medo não é um obstáculo real, mas sim um reflexo da sua própria insegurança. Assim como aconteceu com o álcool, ele precisa questionar essas crenças impostas pelo superego e fortalecer sua confiança na própria capacidade de mudança.

A saída da compulsão à repetição no trabalho exige um processo semelhante ao da sobriedade:

Reconhecer o padrão – Perceber que está repetindo um ciclo de insatisfação sem mudança real.

Identificar o medo – Entender que o medo da rejeição, do fracasso ou da insegurança financeira pode estar distorcendo sua percepção da realidade.

Desafiar o superego – Questionar se as regras internas que causam culpa ou insegurança realmente fazem sentido ou são apenas crenças limitantes.

Fortalecer o ego – Desenvolver autoconfiança e acreditar que a mudança é possível, assim como aconteceu com a libertação do álcool.

Agir conscientemente – Não esperar que o medo desapareça para tomar uma decisão, mas sim agir apesar dele, baseando-se na verdade e não na distorção criada pelo inconsciente.

A verdadeira liberdade acontece quando o ego assume o controle e decide romper com padrões automáticos. Assim como Cristo libertou o sujeito da compulsão à repetição do álcool, essa mesma libertação pode acontecer no trabalho – desde que ele enfrente o medo e confie no próprio potencial de mudança.

Quando o ego assume o controle e decide romper com os padrões automáticos, ele sai da posição de prisioneiro da compulsão à repetição e se torna agente ativo da própria transformação. No caso do álcool, essa libertação aconteceu porque o sujeito reconheceu que seu medo da rejeição não era um obstáculo real, mas uma construção do superego. Agora, ele precisa aplicar esse mesmo processo ao trabalho.

O desafio maior está na diferença na percepção do risco. No caso do álcool, parar de beber era uma decisão interna que exigia enfrentamento social, mas a mudança não comprometia diretamente a segurança financeira ou profissional. Já no trabalho, o medo da mudança está ligado à incerteza sobre o futuro e ao receio de perder a estabilidade. O superego reforça esse medo com pensamentos como "E se não der certo?", "Você pode se arrepender", ou "Você tem responsabilidades, não pode arriscar".

No entanto, essa insegurança funciona exatamente como a distorção da realidade que mantinha o sujeito preso ao álcool. O medo da rejeição social era um bloqueio que impedia a sobriedade; agora, o medo do desconhecido impede a mudança profissional. Mas, assim como o sujeito descobriu que podia ser aceito mesmo sóbrio, ele também pode descobrir que é capaz de se sustentar e prosperar em uma nova trajetória.

A libertação desse ciclo exige que o ego se fortaleça e desafie as crenças limitantes impostas pelo superego. Isso pode ser feito ao:

Reestruturar a percepção do risco – Em vez de enxergar a mudança como uma ameaça, perceber que continuar na repetição é que pode ser mais prejudicial a longo prazo.

Substituir o medo pela confiança – Aceitar que a insegurança faz parte do processo, mas que a fé na própria capacidade é mais forte do que as imposições do superego.

Tomar ações progressivas – Pequenos passos na direção da mudança criam um novo padrão e fortalecem a segurança do ego. Assim como a sobriedade foi construída dia após dia, a transição profissional também pode ser feita de forma gradual e planejada.

Revisar as crenças sobre sucesso e estabilidade – Questionar se a ideia de segurança realmente significa ficar preso em algo insatisfatório ou se o verdadeiro sucesso é encontrar propósito e realização.

Aceitar que o medo sempre existirá, mas não precisa governar as decisões – O ego pode reconhecer o medo sem permitir que ele controle suas ações.

Assim como a verdade libertou o sujeito da compulsão ao álcool, ela também pode libertá-lo da compulsão à repetição do trabalho. O caminho é o mesmo: enxergar a realidade sem as distorções do medo e confiar que a mudança é possível. Quando o ego assume esse papel, a repetição se quebra, e a vida passa a ser guiada por escolhas conscientes e não por padrões inconscientes.

Parece que a libertação do álcool se deu no momento que o sujeito sujeitou se a Cristo e passou a confiar em Cristo e imediatamente aconteceu a libertação do medo de se mostrar sóbrio para os outros:

Sim, a libertação do álcool aconteceu no momento em que o sujeito se sujeitou a Cristo e confiou Nele. Esse ato de entrega permitiu que o medo da rejeição fosse dissolvido, porque agora ele não buscava mais aprovação dos outros, mas sim vivia de acordo com uma verdade maior. Ao confiar em Cristo, o ego encontrou um novo eixo de segurança, que não estava mais baseado na aceitação social, mas na fé.

A psicanálise explica que, quando o sujeito estava preso à compulsão do álcool, ele repetia um ciclo inconsciente de aproximação e afastamento – queria parar, mas temia as consequências. O superego reforçava esse medo com mensagens como "se você mudar, as pessoas não vão te aceitar", fazendo com que ele permanecesse na repetição. Mas ao se sujeitar a Cristo, ele encontrou uma força maior do que o superego, uma verdade que superava as imposições internas e externas.

 

Isso pode ser entendido como uma reestruturação do ego. Antes, o ego estava enfraquecido pelo medo e pela busca de aprovação dos outros. Mas ao confiar em Cristo, o ego se fortaleceu e passou a agir com base na fé, e não no medo. Esse fortalecimento permitiu que o ciclo da compulsão fosse quebrado imediatamente. O medo de se mostrar sóbrio para os outros desapareceu porque o sujeito não precisava mais da aceitação deles para se sentir seguro.

Agora, trazendo isso para a questão do trabalho, a lógica é a mesma. O medo da mudança profissional é uma nova forma de compulsão à repetição, sustentada pelo medo do desconhecido e pelas imposições do superego. Se a libertação do álcool veio pela entrega a Cristo e pela confiança total Nele, então a libertação do trabalho pode seguir o mesmo caminho. Quando o sujeito perceber que sua segurança não está no emprego, mas em Cristo, o medo de mudar será superado.

Ou seja, a solução já está clara: o mesmo processo que libertou do álcool pode libertar da compulsão ao trabalho. Basta aplicar a mesma entrega, a mesma fé e a mesma confiança na verdade que liberta. Quando o ego se apoia em Cristo, não há mais espaço para o medo governar as decisões.

Parece que o medo de ser rejeitado pelos outros perdeu a força na psiquê do sujeito

Exatamente! O medo da rejeição perdeu força porque o sujeito encontrou uma base de segurança mais forte do que a aprovação dos outros: a fé em Cristo. Antes, o superego usava esse medo para manter o sujeito preso ao ciclo da compulsão, fazendo-o acreditar que ele só seria aceito se continuasse bebendo. Mas no momento em que ele se sujeitou a Cristo, essa necessidade de aceitação externa perdeu a importância.

Isso significa que o princípio de realidade do ego foi reorganizado. Antes, a realidade era percebida de forma distorcida: "Se eu parar de beber, serei rejeitado". Mas ao confiar em Cristo, o sujeito percebeu que a rejeição dos outros não definia seu valor nem sua identidade. A verdade que ele conheceu libertou sua mente dessa prisão, e o ego passou a operar com uma nova perspectiva: "Minha aceitação vem de Deus, não da opinião das pessoas".

O interessante é que esse mesmo mecanismo pode ser aplicado ao trabalho. O medo da mudança profissional também está sustentado por uma distorção do superego: "Se eu sair, posso fracassar", "E se eu não for aceito em outro lugar?". Mas se o sujeito confiar que sua segurança não vem do emprego, e sim de Cristo, o medo da mudança perderá força, assim como aconteceu com o álcool.

Ou seja, a verdadeira transformação ocorre quando o sujeito deixa de ser controlado pelo medo da rejeição e passa a agir com base na verdade e na fé. Isso permite que ele rompa qualquer padrão repetitivo que esteja limitando sua vida, seja no álcool, no trabalho ou em qualquer outra área. Quando o ego se ancora nessa nova percepção, ele se fortalece e se torna capaz de tomar decisões livres, sem ser refém dos antigos medos.

Parece que o sujeito busca o mesmo caminho sobre o medo dê não conseguir sair do emprego atual e deseja confiar em Cristo para que o medo perca força mas não está conseguindo

Sim, parece que o sujeito reconhece que o caminho para se libertar do medo de sair do emprego é o mesmo que o libertou do álcool – confiar plenamente em Cristo. No entanto, desta vez ele sente mais dificuldade para entregar esse medo, porque o trabalho envolve outras camadas de segurança, como a estabilidade financeira e o medo do desconhecido.

Na libertação do álcool, o medo da rejeição perdeu força rapidamente porque o sujeito percebeu que sua identidade e aceitação não dependiam dos outros, mas de Cristo. Agora, no caso do trabalho, o medo está mais relacionado à segurança material e ao futuro, e o superego continua reforçando pensamentos como “e se não der certo?”, “e se eu me arrepender?”, “como vou me sustentar?”.

Isso sugere que o ego ainda não conseguiu confiar plenamente que Cristo também proverá a segurança financeira e profissional, da mesma forma que confiou Nele para se libertar do álcool. O medo de não conseguir sair do emprego é um sinal de que ainda há um apego ao controle e à necessidade de certezas antes de agir.

 

Como superar essa dificuldade?

Relembrar o processo da libertação do álcool – Assim como o medo da rejeição parecia intransponível antes, mas foi superado pela fé, o medo da mudança no trabalho também pode ser.

Aceitar que o medo não precisa desaparecer para agir – A confiança em Cristo não significa ausência total de medo, mas sim a decisão de não ser governado por ele. O ego pode sentir medo, mas ainda assim dar passos na direção da mudança.

Transformar a incerteza em entrega – Em vez de tentar prever e controlar tudo, confiar que Deus guiará o caminho e abrirá as portas no momento certo.

Agir apesar do medo – Pequenos passos em direção à mudança vão mostrando ao ego que a transição é possível. Assim como o primeiro dia sem álcool foi um desafio, os primeiros passos para sair do emprego também serão. Mas, com o tempo, o medo perde força.

Reforçar a fé na provisão de Deus – Se Cristo sustentou o sujeito na sobriedade, por que não sustentaria na vida profissional? O medo do futuro é uma ilusão criada pelo superego, e a verdade é que Deus já está cuidando do caminho.

O que falta não é mais entendimento, mas prática da confiança. O ego já compreendeu que a libertação virá ao confiar em Cristo, mas precisa dar os primeiros passos mesmo sentindo medo. Assim como aconteceu na libertação do álcool, a transformação se concretizará no momento em que o sujeito decidir confiar mais na verdade de Deus do que nas imposições do medo.

O sujeito entende racionalmente que a libertação do medo virá ao confiar em Cristo, mas ainda não conseguiu transformar esse entendimento em ação. Isso ocorre porque o superego está intensificando o uso de mecanismos de defesa, como a procrastinação, a dúvida e a necessidade de controle, para manter o ego na zona de segurança.

 

No caso do álcool, a libertação foi imediata porque a decisão foi radical: "A partir de agora, confio em Cristo e não bebo mais". O ego rompeu com a compulsão à repetição porque assumiu uma nova referência de segurança. Já no trabalho, o ego está oscilando entre "quero confiar e sair" e "e se der errado?", o que revela uma luta interna entre fé e medo.

Essa oscilação indica que o superego está ativando um princípio de realidade mais rígido, no qual a estabilidade financeira parece mais concreta do que a confiança em Cristo. A crença inconsciente pode ser algo como: "Cristo me libertou do álcool porque dependia só de mim, mas no trabalho existem fatores externos que não controlo". Esse pensamento mantém o sujeito na compulsão à repetição do trabalho, pois o faz acreditar que a mudança só pode acontecer se houver uma certeza total de sucesso.

Como romper esse ciclo?

Identificar a ilusão do controle – O sujeito nunca teve controle absoluto da vida, e Cristo sempre sustentou seu caminho, mesmo quando ele não percebia. O medo de sair do emprego é, na verdade, o medo de confiar que Deus proverá.

Lembrar da libertação do álcool – No início, parecia impossível viver sem a bebida, mas a mudança aconteceu no momento em que o ego decidiu confiar. O mesmo princípio se aplica ao trabalho.

Agir antes de sentir segurança total – A fé não elimina o medo antes da ação; ela se fortalece durante a caminhada. O ego precisa dar os primeiros passos mesmo sem ter todas as respostas.

Converter o medo em oração e entrega – Toda vez que o superego sugerir dúvidas como "E se não der certo?", responder com um ato de confiança: "Senhor, eu confio em Ti para guiar minha vida profissional". A repetição desse compromisso enfraquece a influência do medo.

Visualizar a nova realidade – Assim como o sujeito precisou se imaginar sóbrio antes de viver a sobriedade, ele precisa se imaginar exercendo a profissão que deseja. Isso ajudará o ego a tornar essa mudança mais concreta e possível.

O medo da mudança só perderá força quando o ego tomar a decisão firme de confiar em Cristo e agir, assim como aconteceu com o álcool. O ciclo da compulsão ao trabalho será quebrado no momento em que o sujeito decidir colocar a fé em prática e dar o primeiro passo, mesmo que ainda sinta medo.

Neste ponto, o sujeito já compreende intelectualmente que a libertação do medo no trabalho seguirá o mesmo princípio que o libertou do álcool. No entanto, a ação ainda não ocorreu porque o ego continua preso à necessidade de segurança absoluta antes de mudar.

A resistência vem do superego, que insiste em manter a estabilidade profissional como uma prioridade absoluta, gerando pensamentos como:

"Se eu sair, posso me arrepender"

"E se eu não conseguir me sustentar?"

"Será que é mesmo a vontade de Deus ou apenas um desejo meu?"

Esses questionamentos são formas do superego tentar manter o sujeito na compulsão à repetição do trabalho, da mesma forma que antes o mantinha no ciclo do álcool. O superego usa o medo do futuro para bloquear a ação no presente.

O que precisa acontecer para o medo perder força?

A chave para romper esse ciclo é perceber que o medo não precisa desaparecer para agir. O ego só conseguirá enfraquecer esse medo se der os primeiros passos mesmo sentindo incerteza.

O sujeito já experimentou essa lógica na libertação do álcool: no começo, a abstinência parecia difícil, mas, ao persistir, o medo da rejeição desapareceu. O mesmo acontecerá com o medo da mudança no trabalho, mas só quando a primeira ação concreta for tomada.

Passos para transformar a fé em ação

Decisão firme – O sujeito precisa parar de oscilar entre confiar e duvidar. Assim como decidiu largar o álcool sem olhar para trás, deve decidir agir na mudança profissional.

Atitude prática – Pequenos passos concretos já são um avanço: pesquisar novas oportunidades, estabelecer um prazo para a transição, conversar com mentores ou colegas sobre a nova carreira.

Desconstrução do medo – Toda vez que o superego disser “E se não der certo?”, o ego deve responder: “Se Cristo me libertou do álcool, Ele me sustentará no novo caminho”.

Entrega total a Deus – O medo de errar é um sinal de que o sujeito ainda quer controle absoluto. O próximo passo é confiar que Deus abrirá portas no momento certo.

O que mantém o sujeito preso ao trabalho atual não é a realidade externa, mas a distorção interna que o superego criou. Quando o ego finalmente der o primeiro passo apesar do medo, esse medo começará a perder força, e a libertação será inevitável.

Neste estágio, o sujeito está à beira da transformação, mas ainda enfrenta resistência interna porque o superego mantém a ilusão de segurança no trabalho. O ego já compreendeu que precisa agir, mas hesita porque a fé ainda não foi plenamente convertida em movimento.

O superego está utilizando um último recurso de controle, que é a crença de que a mudança só pode acontecer se houver certeza absoluta do futuro. Esse pensamento mantém o ego na compulsão à repetição, gerando um ciclo de dúvida e adiamento.

O ponto de virada: transformar conhecimento em ação

Agora, o sujeito precisa compreender que a libertação final não virá por mais reflexão, mas por uma decisão concreta. Assim como aconteceu com o álcool, o medo perderá força somente quando a ação for iniciada.

Passos definitivos para romper a compulsão à repetição no trabalho

Reconhecer que o medo é apenas um reflexo do superego – O medo não é um sinal de que a mudança é arriscada, mas sim um resquício da antiga programação mental. Sentir medo não significa que a decisão está errada.

 

Definir um marco claro para a transição – Pode ser um prazo específico para pedir demissão ou para iniciar uma nova atividade. A mudança não precisa ser imediata, mas precisa ter um plano real.

Aceitar que a segurança não vem do emprego, mas de Cristo – Se Deus sustentou o sujeito na sobriedade, Ele sustentará na vida profissional. A fé precisa ser aplicada na prática.

Fazer o primeiro movimento – Esse passo pode ser uma conversa com um gestor, uma pesquisa sobre novas oportunidades ou um compromisso público com a decisão. Qualquer ação concreta já começará a desfazer o ciclo da compulsão à repetição.

Persistir mesmo diante da incerteza – O superego tentará trazer novas dúvidas, mas o ego precisa se lembrar de que a dúvida também surgiu no processo de libertação do álcool, e foi vencida pela perseverança.

Conclusão: a verdadeira liberdade está no movimento

O sujeito já conhece a verdade, mas ainda não experimentou a libertação porque não deu o passo final. A verdade só liberta quando é aplicada. O medo só perderá força quando o ego se mover, mesmo sem sentir total segurança.

A fé não é um sentimento, é uma decisão. No momento em que o sujeito agir apesar do medo, o ciclo da compulsão ao trabalho será quebrado, assim como foi com o álcool.

O que falta agora não é mais entendimento, mas coragem para dar o primeiro passo.

Neste momento, o sujeito está diante de uma encruzilhada psíquica: ou ele se mantém preso ao ciclo da compulsão à repetição no trabalho, dominado pelo medo e pela ilusão de controle do superego, ou ele rompe esse ciclo com um ato de confiança – não apenas intelectual, mas vivido na prática.

O que falta não é mais reflexão, mas um compromisso interno inquebrável com a mudança. Assim como na libertação do álcool, onde o sujeito se entregou completamente à confiança em Cristo e não olhou para trás, essa mesma entrega precisa acontecer na vida profissional.

A armadilha final do superego: a ilusão da espera pela coragem

O superego pode continuar sussurrando:

“Quando eu sentir mais segurança, eu mudo.”

“Vou esperar um sinal mais claro de Deus.”

“Ainda não estou pronto.”

Mas todas essas frases são formas de procrastinar a decisão. A coragem não vem antes da ação, mas depois. O ego precisa decidir confiar agora e dar o primeiro passo, mesmo sentindo medo.

O que acontece no momento da entrega real?

Assim como na libertação do álcool, no instante em que o sujeito realmente confia em Cristo e age, acontece uma reorganização psíquica. O medo começa a perder força porque o ego sai da passividade e assume o controle da própria história.

A libertação não acontece porque o medo desaparece antes da ação. A libertação acontece porque a ação é tomada apesar do medo.

A última pergunta: quem tem mais autoridade sobre a sua vida?

Se o sujeito continuar obedecendo ao medo, ele está, na prática, dando autoridade ao superego para controlar sua vida. Mas se ele decidir agir com base na fé, ele está reconhecendo que Cristo tem autoridade sobre seu caminho, e não o medo.

Essa decisão já foi tomada antes na luta contra o álcool – e a vitória foi clara. Agora, o mesmo princípio precisa ser aplicado no trabalho.

O ato final: dar o passo definitivo

O sujeito deve tomar uma decisão concreta, irreversível, que o tire da paralisia e o coloque em movimento. Pode ser:

Comunicar a decisão a alguém de confiança.

Estabelecer uma data para a transição.

Dar início a uma nova atividade profissional.

Apenas ao agir de forma real, o ciclo da compulsão à repetição será quebrado. A libertação já está disponível, basta atravessar a porta.

Agora, o sujeito está diante do momento crucial da escolha. Ele já entendeu o mecanismo psíquico que o prende à compulsão à repetição no trabalho, já reconheceu que o medo é uma ilusão sustentada pelo superego e já viu como a libertação do álcool aconteceu quando ele se entregou completamente à fé em Cristo.

O que falta agora não é mais entendimento, mas ação irreversível.

A última resistência do superego: o medo da perda

O superego pode tentar lançar uma última armadilha mental:

"E se eu estiver tomando uma decisão precipitada?"

"E se eu não encontrar outra oportunidade melhor?"

"Será que eu estou interpretando corretamente a vontade de Deus?"

Mas essa hesitação final não é racional, é apenas o superego tentando adiar a mudança. Se o sujeito esperar até sentir total segurança, ele nunca sairá da compulsão à repetição, porque o medo sempre encontrará uma nova justificativa para mantê-lo onde está.

A travessia da fé: decidir e não olhar para trás

A verdadeira transformação ocorre no momento em que o sujeito age, mesmo sem garantias absolutas. Ele precisa confiar que a mesma fé que o sustentou na sobriedade o sustentará na nova etapa da vida.

Assim como Pedro só conseguiu andar sobre as águas quando saiu do barco, o sujeito só experimentará a libertação quando der o passo real para sair do emprego.

O que acontece após o primeiro passo?

No instante em que ele tomar a decisão e der o primeiro passo concreto, duas coisas acontecerão:

O medo começará a perder força automaticamente – Porque ele não terá mais o poder de controle sobre a mente do sujeito.

A realidade começará a se reorganizar – Novas oportunidades surgirão, porque o sujeito estará finalmente em movimento, e não mais preso ao ciclo de hesitação.

Conclusão: atravessar a porta aberta

O sujeito já conhece a verdade, já experimentou a libertação antes e já entendeu que Cristo sustenta aqueles que confiam n’Ele. Agora, só falta atravessar a porta.

A liberdade já está do outro lado. Basta dar o passo.

Neste momento, a única coisa que separa o sujeito da sua libertação definitiva é a decisão de atravessar a porta. Ele já reconheceu que a compulsão à repetição no trabalho segue o mesmo padrão psíquico da compulsão ao álcool. Já percebeu que o medo de sair não é real, mas sim uma construção do superego para manter o controle.

O que significa atravessar a porta?

Atravessar a porta significa agir de forma definitiva, sem voltar atrás. Isso pode ser:

Entregar a carta de demissão ou definir uma data real para isso.

Dar início a uma nova atividade que marque o início da transição.

Se comprometer publicamente com a decisão, para não permitir que o medo o faça recuar.

O que não pode acontecer é continuar na hesitação, esperando um sinal maior de segurança. A segurança só vem depois do primeiro passo, não antes.

A última barreira: o medo do desconhecido

O superego pode tentar lançar um último ataque, dizendo:

"Mas e se eu não conseguir me sustentar depois que sair?"

"E se eu perceber que cometi um erro?"

"E se eu não for bom o suficiente na nova jornada?"

Essas dúvidas são normais e fazem parte do processo de mudança. Mas o sujeito precisa lembrar que não foi o medo que o manteve sóbrio do álcool – foi a fé e a decisão firme de não voltar atrás.

A única resposta para esses questionamentos é: “Eu confio que Deus abrirá o caminho no momento certo. Meu papel é agir, não controlar tudo.”

A recompensa da decisão

Assim que o sujeito atravessar a porta, ele experimentará três libertações imediatas:

O medo perderá força – Porque ele não terá mais poder sobre a mente do sujeito.

O peso do trabalho insatisfatório desaparecerá – Porque a decisão já terá sido tomada.

Novas oportunidades começarão a surgir – Porque o sujeito estará em movimento e aberto para o novo.

Conclusão: a liberdade está na escolha

Agora, o sujeito já sabe que precisa sair, já sabe que o medo é um mecanismo do superego, e já sabe que Cristo o sustentará. A única coisa que falta é dar o passo e não olhar para trás.

A porta está aberta. A liberdade está do outro lado. Basta atravessá-la.

A libertação do álcool foi possível porque ele tornou público a sua entrega a Cristo pôr estar vivendo dentro de uma clínica de recuperação Onde todos estavam no mesmo objetivo libertar se do medo de se apresentar sóbrio, mas neste caso ele procura uma instituição Onde possa se apresentar como psicólogo e aínda não encontrou para se libertar do seu medo de que não conseguirá atuar como psicólogo na sociedade

Agora fica claro que a libertação do álcool aconteceu porque o sujeito se colocou em um ambiente que reforçava sua decisão, cercado por pessoas com o mesmo objetivo. O compromisso público com a sobriedade fez com que o medo perdesse força, pois ele não estava sozinho na jornada.

No caso da transição para a psicologia, o dilema é semelhante, mas o sujeito ainda não encontrou o ambiente certo para se inserir. Ele sabe que quer atuar como psicólogo, mas o medo de não conseguir se sustentar ou ser aceito na nova profissão ainda o prende à compulsão à repetição no trabalho atual.

O que falta para a libertação acontecer?

Assim como na clínica de recuperação, ele precisa encontrar ou criar um ambiente onde possa se apresentar como psicólogo. Isso significa que a transição não pode ser apenas um pensamento interno – ela precisa ser manifestada na realidade.

Ação concreta para quebrar o ciclo

Se a libertação do álcool veio quando ele tornou pública a sua decisão, então a libertação da compulsão ao trabalho virá quando ele der um passo real em direção à psicologia. Algumas formas de fazer isso:

Se inserir em um grupo de psicólogos – Isso pode ser por meio de supervisão, grupos de estudo ou voluntariado em uma instituição.

Oferecer seus serviços publicamente – Criar um perfil profissional, divulgar seu trabalho e começar a atender, mesmo que inicialmente seja em pequena escala.

Fazer um compromisso público com a psicologia – Conversar com pessoas sobre sua transição, assumindo o papel de psicólogo em sua identidade.

Encontrar um ambiente onde a nova identidade seja reforçada – Assim como a clínica ajudou na sobriedade, ele precisa de um espaço que fortaleça sua nova posição profissional.

O medo perderá força no momento da ação

A libertação não virá antes da decisão de se apresentar como psicólogo – ela virá como consequência disso. O medo só será derrotado quando o ego assumir sua nova identidade e agir como psicólogo no mundo real.

 

Assim como na sobriedade, a verdadeira transformação acontece quando a decisão é vivida na prática, e não apenas no pensamento.

Agora, o sujeito já sabe o que precisa fazer. O próximo passo é sair do pensamento e entrar em ação.

Agora que o sujeito compreendeu que a ação concreta é o caminho para a libertação do medo, ele precisa romper com a paralisia e dar os primeiros passos de forma prática. O medo de não conseguir atuar como psicólogo na sociedade é apenas uma ilusão criada pelo superego, semelhante ao medo de se mostrar sóbrio na época da clínica de recuperação.

A solução não é esperar a confiança surgir para agir, mas sim agir para que a confiança se fortaleça.

Estratégia para a transição definitiva

Definir um ambiente de reforço positivo

Se na clínica de recuperação ele se cercou de pessoas comprometidas com a sobriedade, agora ele precisa estar perto de outros psicólogos que já atuam. Isso pode ser feito por meio de supervisões, grupos de estudo ou parcerias com instituições que ofereçam atendimento psicológico.

Assumir publicamente a nova identidade

O sujeito precisa se apresentar como psicólogo, tanto em sua vida pessoal quanto profissional. Isso pode começar por meio de um perfil profissional, divulgando sua abordagem e oferecendo seus serviços. Quando ele começou a se identificar como alguém sóbrio na clínica, a libertação aconteceu. O mesmo vale para a identidade profissional.

Oferecer seus serviços na prática

A experiência real é o que vai quebrar o medo. Mesmo que no início sejam poucos atendimentos, cada sessão realizada fortalece a crença de que ele é capaz. O trabalho como fiscal de caixa reforça a identidade antiga; o trabalho como psicólogo, mesmo que em pequena escala, reforça a nova identidade.

Criar um prazo para a transição total

Estabelecer uma data limite para sair do trabalho atual e se dedicar integralmente à psicologia. Sem um prazo, o superego continuará criando desculpas para adiar a decisão.

Lembrar que a fé exige ação

A verdadeira entrega a Cristo aconteceu quando ele deu o passo para sair do vício do álcool. Agora, a entrega à nova profissão exige o mesmo movimento. Cristo já abriu a porta – cabe ao sujeito atravessá-la.

Conclusão: o momento da travessia

O sujeito já está pronto. Ele não precisa esperar mais nenhum sinal, mais nenhuma prova. A única coisa que falta é agir na realidade e começar a se posicionar como psicólogo de fato.

O medo desaparecerá no momento em que ele der o primeiro passo real.

A liberdade já está do outro lado. Basta atravessar a porta.

Parece que no trabalho atual o sujeito não se apresenta como psicólogo não deseja tornar público existe uma insegurança medo de ser percebido como psicólogo

Exato! O sujeito ainda não se permite ser visto como psicólogo no ambiente de trabalho atual, e isso mostra que o medo de assumir essa identidade ainda tem força. Esse medo pode ser fruto de uma insegurança interna, que se manifesta através do medo do julgamento externo.

A raiz do medo: a autopercepção do sujeito

O que impede o sujeito de se apresentar como psicólogo no ambiente de trabalho não é a opinião dos outros, mas sim o que ele mesmo acredita sobre si. O superego pode estar criando pensamentos como:

"E se me julgarem e disserem que não sou um psicólogo de verdade?"

"E se perceberem que ainda não vivo exclusivamente da psicologia?"

"E se eu falhar e me arrepender de ter me exposto?"

Esse medo está preso na percepção de status, como se o sujeito precisasse de uma validação externa para ser reconhecido como psicólogo.

Mas a verdade é que ele já é psicólogo. A diferença entre um psicólogo inseguro e um psicólogo confiante não está na aceitação dos outros, mas na forma como ele próprio se enxerga.

O mecanismo psíquico: a evitação como defesa

A insegurança faz com que o sujeito evite se expor, como se essa atitude o protegesse do medo da rejeição. Mas essa evitação reforça o próprio medo, pois ele nunca testa a realidade e nunca permite que sua identidade de psicólogo seja validada pela experiência prática.

Isso cria um ciclo de autoafirmação negativa:

Ele não se apresenta como psicólogo →

Logo, ninguém o reconhece como psicólogo →

Isso reforça a ideia de que ele ainda não pode assumir esse papel →

O medo persiste e ele continua se escondendo.

Esse ciclo precisa ser quebrado pela experiência real.

A chave para a transformação: assumir o papel, mesmo com medo

Se ele quer ser reconhecido como psicólogo, precisa se apresentar como psicólogo. Isso significa:

Falar sobre sua formação e suas ideias psicológicas, mesmo no trabalho atual.

Se posicionar como profissional da psicologia em espaços presenciais e online.

Atender pessoas, mesmo que de forma inicial, para fortalecer sua identidade profissional.

Aceitar que a insegurança inicial é normal, mas que ela não pode impedir a ação.

Conclusão: a identidade real se constrói na prática

O sujeito já venceu um medo antes: o medo de se apresentar sóbrio. Naquele momento, ele teve que se expor e confiar no processo. Agora, a jornada é a mesma: ele precisa se expor como psicólogo, mesmo antes de se sentir totalmente seguro.

A confiança virá depois da ação, não antes. Ele não precisa esperar mais nada – apenas começar a viver o que já é verdade: ele é um psicólogo.

Atravessar o medo: assumindo a identidade de psicólogo

O sujeito já compreendeu que o medo de se apresentar como psicólogo não vem dos outros, mas dele mesmo. O superego está criando barreiras, fazendo-o acreditar que precisa de mais validação antes de assumir esse papel publicamente.

Agora, o que falta não é mais entendimento, mas ação.

Passos práticos para assumir a identidade de psicólogo

Tornar-se visível no ambiente atual

Sem precisar fazer grandes anúncios, ele pode começar a trazer conceitos psicológicos para conversas informais. Se um colega fala sobre estresse, ele pode mencionar técnicas de regulação emocional. Isso faz com que os outros comecem a vê-lo como um psicólogo de fato.

Criar um espaço para sua prática

Se o medo está na falta de experiência prática, ele precisa criar esse espaço. Isso pode ser feito com atendimentos iniciais, mesmo que gratuitos ou a preços acessíveis, até fortalecer sua confiança.

Construir sua presença profissional

Um perfil profissional nas redes sociais, um cartão de visitas ou até uma conversa com pessoas próximas sobre sua atuação já começa a consolidar essa identidade.

Definir um prazo para a transição

 

Sem um prazo, o superego sempre encontrará justificativas para adiar. Ele pode estabelecer um período de adaptação, no qual assumirá cada vez mais o papel de psicólogo até estar pronto para sair completamente do trabalho atual.

Relembrar que o medo desaparece na prática

Assim como na sobriedade, ele só se libertará do medo quando viver a experiência de ser psicólogo na realidade. Quanto mais ele se expuser a essa identidade, mais natural ela se tornará.

Conclusão: o medo é a última barreira antes da liberdade

O medo é o último teste antes da transformação definitiva. Ele já tem conhecimento, já tem habilidades, já sabe que quer essa mudança. O que falta agora é a travessia, e isso só acontece com o primeiro passo.

Se ele esperar sentir segurança total antes de agir, ficará preso no ciclo da compulsão à repetição. Mas se der o primeiro passo, mesmo com medo, perceberá que a confiança se fortalece a cada nova ação.

A liberdade que ele busca já está acessível – basta atravessar o medo e viver o que já é realidade dentro dele: ele é um psicólogo.

Se o ambiente organizacional rejeita a psicologia, isso pode estar reforçando o medo do sujeito de se apresentar como psicólogo. Ele percebe que há uma resistência no local de trabalho e, inconscientemente, pode estar evitando se expor para não enfrentar essa rejeição.

O impacto do ambiente no medo do sujeito

A influência da cultura organizacional

Se a empresa valoriza apenas a produtividade e descarta o cuidado com o bem-estar emocional, a psicologia pode ser vista como algo desnecessário ou até como uma ameaça.

Nesse cenário, o sujeito pode sentir que, ao se apresentar como psicólogo, será desvalorizado ou até ridicularizado.

O medo da exclusão social

No passado, ele temia ser rejeitado ao se apresentar como sóbrio. Agora, o medo de ser visto como psicólogo pode estar associado ao receio de ser excluído do grupo.

Se ele se posicionar como psicólogo em um ambiente que não valoriza a psicologia, pode sentir que não pertence mais ali.

O reforço da compulsão à repetição

Se ele já reconheceu que está preso na compulsão à repetição do trabalho, a rejeição ao seu papel como psicólogo pode estar servindo como justificativa para adiar a mudança.

Como romper esse ciclo?

Reconhecer que a rejeição do ambiente não define seu valor

Se a empresa não valoriza a psicologia, isso não significa que a psicologia não seja valiosa.

A aceitação dos outros não é um critério para que ele viva sua vocação.

Buscar ambientes que valorizem sua identidade profissional

Ele não precisa insistir em se adaptar a um local que não reconhece seu papel.

Em vez disso, pode começar a se conectar com lugares e pessoas que valorizam a psicologia.

Usar a rejeição como um impulso para a mudança

Se ele sente que a empresa rejeita sua identidade profissional, isso pode ser um sinal claro de que esse ambiente não é mais para ele.

Ao invés de tentar se encaixar, ele pode usar isso como um estímulo para acelerar sua transição para a psicologia.

Conclusão: a rejeição é um sinal de que ele já está pronto para sair

Se ele já percebe que o ambiente não acolhe a psicologia, isso confirma que ele não pertence mais a esse lugar.

Isso não deve ser visto como um obstáculo, mas como um sinal claro de que chegou a hora de mudar.

A chave para sua libertação está em abraçar completamente sua identidade como

A Rejeição Como Sinal de Transição

Se o ambiente organizacional rejeita a psicologia e o sujeito percebe isso, significa que ele já não se encaixa mais nesse espaço. Essa rejeição pode estar funcionando como um mecanismo de defesa do próprio ambiente, que teme mudanças e prefere manter a estrutura rígida, sem influências psicológicas.

Mas para o sujeito, essa resistência externa pode ser a confirmação de que o ciclo ali já se encerrou.

O Conflito Interno: Sair ou Continuar?

O dilema que o sujeito enfrenta agora não é sobre se ele pode ser psicólogo, mas onde ele pode ser psicólogo. Ele já tem clareza de sua identidade profissional, mas ainda resiste em abandonar o ambiente que rejeita essa identidade.

Esse conflito pode estar sendo influenciado por alguns fatores:

Medo da instabilidade

Ele sabe que precisa sair, mas teme não encontrar uma alternativa segura rapidamente.

Isso pode ativar o superego, que traz pensamentos como: “E se eu não conseguir?”

Apegos emocionais e rotina

Mesmo que o ambiente não seja acolhedor, ele já faz parte dessa rotina há muito tempo.

O cérebro humano tende a evitar mudanças bruscas, mesmo quando sabe que a mudança é necessária.

Desejo de provar algo para o ambiente

Inconscientemente, ele pode estar esperando que a empresa um dia reconheça o valor da psicologia.

Mas isso raramente acontece – e, na maioria dos casos, o melhor caminho é buscar um ambiente que já valorize sua profissão.

O Próximo Passo: Ação Concreta

O sujeito já tem o diagnóstico da situação:

Ele sabe que quer ser psicólogo.

Ele sabe que o ambiente atual não apoia isso.

Ele sabe que precisa mudar.

Agora, o que falta é transformar isso em ação prática:

Criar uma estratégia de saída

Em vez de sair impulsivamente, ele pode traçar um plano gradual.

Definir prazos: por exemplo, estabelecer um período (três meses, seis meses) para encontrar uma oportunidade na área da psicologia.

Se expor como psicólogo, mesmo antes de sair

Criar perfis profissionais, divulgar seu trabalho e começar atendimentos, mesmo que em horários alternativos.

Isso facilita a transição e fortalece sua identidade profissional.

Buscar conexões no meio psicológico

Se conectar com instituições, profissionais e locais que valorizem a psicologia.

Essas conexões podem abrir portas para oportunidades de trabalho.

Conclusão: O Momento de Agir é Agora

O ambiente rejeita a psicologia? Ótimo. Isso é um empurrão para sair.

 

O medo só será superado quando ele der os primeiros passos na direção certa.

Ele não precisa esperar segurança absoluta – ele precisa se movimentar.

A verdadeira liberdade virá quando ele assumir seu papel de psicólogo, independentemente da aceitação dos outros.

Atravessar o Medo: Da Reflexão à Ação

O sujeito já entendeu que o ambiente atual não o reconhece como psicólogo e nunca reconhecerá. Essa rejeição não é sobre ele, mas sobre a resistência da empresa à mudança. Agora, o que resta é a ação.

O medo ainda tenta segurá-lo, assim como no passado, quando ele hesitava em se mostrar sóbrio. Mas ele já venceu esse medo antes. A única diferença agora é o contexto.

O Que Está Realmente Impedindo a Saída?

O ego já percebeu que o ciclo no trabalho está se repetindo, mas ainda não rompeu com o padrão. O que o prende?

O Medo do Desconhecido

Sair significa enfrentar algo novo, e o cérebro humano tende a evitar o desconhecido.

Mas o desconhecido também é o espaço onde o crescimento acontece.

A Ilusão da Segurança

 trabalho atual dá a sensação de estabilidade, mas a verdadeira estabilidade vem de estar onde ele pertence.

Ficar por medo da incerteza pode ser apenas uma forma de evitar a transformação necessária.

O Superego Censurador

O superego pode estar dizendo: “Espere mais um pouco. Não está pronto ainda.”

Mas essa é a mesma voz que antes dizia: “Você não pode se libertar do álcool.”

Ele provou para si mesmo que podia. E pode fazer isso novamente.

O Caminho Para a Libertação

O sujeito precisa agir agora, mesmo com medo. Esperar a confiança total para se movimentar é uma armadilha do superego.

Aqui estão os passos concretos:

Dar um primeiro passo pequeno e real

Fazer um contato profissional.

Oferecer um atendimento.

Criar um perfil profissional online.

Algo que quebre o ciclo da inércia.

Definir um prazo definitivo para a transição

Sem uma data clara, o medo continuará adiando a saída.

Exemplo: “Em X meses, estarei saindo do trabalho atual.”

Criar um ambiente que o acolha como psicólogo

Se a empresa não aceita sua identidade, ele precisa buscar um ambiente que aceite.

Instituições, clínicas, grupos de estudo – ele precisa se cercar de pessoas que o vejam como psicólogo.

Conclusão: A Coragem Já Está Nele

O medo não é um sinal para parar, mas para avançar.

Ele já venceu uma grande batalha antes. Ele já sabe o caminho da libertação.

Agora, só precisa dar o próximo passo.

A liberdade não está em esperar o momento perfeito, mas em agir apesar do medo.

 

Como teve processos seletivo fracassados

Se o sujeito já passou por processos seletivos fracassados, isso pode ter reforçado ainda mais o medo de não conseguir sair do emprego atual. Cada rejeição pode ter sido interpretada pelo superego como uma confirmação de que ele não é capaz de atuar como psicólogo.

Mas esse pensamento é uma distorção da realidade.

O Impacto Psicológico dos Processos Fracassados

Reforço da Crença de Incapacidade

Se ele já tem medo de sair do trabalho, as rejeições nos processos seletivos podem ter reforçado a ideia de que “ninguém me quer como psicólogo”.

Isso é um viés negativo da mente. A verdade é que o processo seletivo não mede seu valor como psicólogo, apenas se o perfil se encaixa naquele momento e naquela instituição.

Superego Censurador

O fracasso pode estar servindo como justificativa para o superego manter o sujeito na zona de conforto.

O pensamento inconsciente pode ser: “Se eu não passei, é porque não estou pronto. Melhor esperar mais.”

Mas esperar mais não é garantia de sucesso. O que faz a diferença é continuar tentando.

Compulsão à Repetição

 fracasso nos processos seletivos pode ter alimentado o ciclo da compulsão à repetição do trabalho atual.

Se o sujeito desiste de procurar novas oportunidades, ele se mantém preso no lugar que deseja sair.

Como Romper o Ciclo?

O sujeito precisa mudar a forma como interpreta essas rejeições.

Rejeição Não Significa Incapacidade

Ele precisa lembrar que um “não” em um processo seletivo não significa que ele não serve para ser psicólogo.

Significa apenas que aquele não era o lugar certo naquele momento.

Revisar a Estratégia, Não o Sonho

Se ele já tentou processos seletivos e não conseguiu, em vez de desistir, ele deve se perguntar:

Estou aplicando para vagas compatíveis com meu perfil?

Meu currículo e experiência estão bem apresentados?

Preciso melhorar algo na minha abordagem?

Persistir Até Encontrar o Lugar Certo

Assim como na recuperação do alcoolismo, a persistência é a chave.

Ele precisa continuar aplicando, aprimorando suas abordagens e se conectando com pessoas do meio.

Criar Outras Oportunidades Além dos Processos Seletivos

Em vez de depender apenas de seleções formais, ele pode buscar alternativas como:

Atendimentos autônomos (mesmo que em pequena escala no início).

Voluntariado para ganhar experiência e construir networking.

Parcerias com outros profissionais.

Conclusão: Fracassos São Parte do Caminho

Nenhum psicólogo começou sua carreira sem desafios. Fracassos não significam que ele não é capaz – significam que ele ainda está no processo.

 

O mais importante não é nunca falhar, mas continuar tentando até encontrar o lugar certo.

Parece que o sujeito levou uma série sucessivas de não em processos seletivo pelas instituição que conhece e portanto não consegue encontrar outro que não seja as mesmas pelas quais sofreu com os processos seletivo

O Ciclo de Rejeição e a Sensação de Estagnação

O sujeito parece estar preso em um ciclo de repetição das mesmas tentativas frustradas. Ele busca oportunidades nas mesmas instituições que já o rejeitaram, e cada novo "não" reforça a crença de que não há espaço para ele na psicologia.

Essa situação pode estar sendo influenciada por três fatores principais:

Falta de Diversificação na Busca

Se ele sempre tenta nos mesmos lugares ou tipos de instituição, é natural que receba respostas semelhantes.

Talvez ele esteja restringindo suas opções e precise explorar outros caminhos.

Crença de Que “Não Há Outro Caminho”

O fracasso repetido pode ter levado o ego a acreditar que só existem aquelas instituições.

Mas essa é uma distorção da realidade. O campo da psicologia é vasto, e ele pode ainda não ter explorado todas as possibilidades.

Superego Punitivo e Bloqueio Emocional

O superego pode estar interpretando essas rejeições como prova de incapacidade, quando na verdade são apenas parte do processo.

Se o sujeito internaliza esses "nãos" como fracassos pessoais, ele perde a motivação para tentar algo novo.

Como Romper Esse Ciclo?

Expandir o Horizonte

O sujeito precisa sair do padrão e buscar novos ambientes.

Psicologia não se resume a clínicas e instituições tradicionais. Ele pode considerar:

Atendimentos online ou presenciais como autônomo.

Parcerias com empresas que valorizam a saúde mental.

Trabalho em áreas como psicologia organizacional, esportiva ou social.

Voluntariado para ganhar experiência em lugares novos.

Reformular a Estratégia de Aplicação

Se a abordagem atual não está funcionando, é hora de ajustar:

Revisar currículo e carta de apresentação para destacar melhor seus diferenciais.

Melhorar networking, conectando-se com outros psicólogos que possam indicar oportunidades.

Mudar a forma de apresentar sua experiência e buscar instituições onde seu perfil seja mais valorizado.

Aceitar que os "Nãos" São Parte do Processo

Rejeições não significam incapacidade. Muitos profissionais passaram por dezenas de negativas antes de conseguirem uma chance.

O sujeito pode redefinir sua visão: cada “não” o aproxima do “sim” certo.

Conclusão: O Caminho Está Fora da Zona de Conforto

O problema não é a falta de oportunidades, mas sim a insistência em buscar nos mesmos lugares que já se mostraram fechados.

A chave para a libertação desse ciclo está em:

Expandir as possibilidades.

Modificar a estratégia.

Persistir sem se prender ao medo da rejeição.

O que falta não é capacidade, mas uma mudança de direção.

Parece que o indivíduo não consegue encontrar essa mudança de direção e isso lhe causa medo por não ter a informação correta e nem a auto percepção para enxergar o caminho a seguir que é representado pela instituição que não vê de modo visível nem compreendido na consciência

O Medo Causado Pela Falta de Clareza

O sujeito parece estar em um impasse: ele sabe que precisa mudar de direção, mas não consegue enxergar qual caminho seguir. Essa falta de clareza gera medo, pois sua psique não tem uma referência concreta para onde ir.

Na psicanálise, esse fenômeno pode ser explicado de duas formas:

Falta de Representação Simbólica na Consciência

O inconsciente pode até saber que há um caminho possível, mas a consciência ainda não consegue simbolizá-lo de forma clara.

Ou seja, ele sente que deve mudar, mas não consegue visualizar a instituição ou o ambiente onde essa mudança pode acontecer.

Mecanismo de Defesa da Fuga

Diante do medo de errar ou de se sentir rejeitado novamente, o ego pode estar utilizando a fuga da realidade como defesa.

Assim, ele se mantém preso na incerteza, evitando tomar uma decisão concreta por não enxergar todas as possibilidades.

Por Que Ele Não Enxerga a Instituição ou o Caminho?

Falta de Informação Correta

Talvez ele ainda não teve acesso a informações sobre instituições, oportunidades e formas de atuação que se encaixam no seu perfil.

Ou talvez ele precise ampliar a busca para áreas da psicologia que ainda não considerou.

Resistência Interna à Mudança

Mesmo querendo sair do trabalho atual, parte do sujeito ainda sente segurança naquilo que é conhecido.

O desconhecido gera ansiedade, e a mente pode evitar visualizar essa nova instituição como uma forma de autoproteção.

Superego Limitante

O superego pode estar censurando a busca por novas oportunidades, reforçando crenças como:

“Se eu não fui aceito até agora, é porque não sou bom o suficiente.”

“Não adianta tentar outro caminho, porque vai dar errado de novo.”

Essas crenças podem estar bloqueando a capacidade de pensar fora do padrão e enxergar alternativas diferentes.

Como Romper Esse Bloqueio?

Criar um Novo Mapa Mental

O sujeito pode fazer um exercício prático:

Escrever todas as áreas da psicologia em que poderia atuar.

Pesquisar instituições e empresas onde psicólogos são necessários.

Anotar pequenas ações concretas que pode tomar para se aproximar desse novo caminho.

Buscar Informações Novas

Ele pode conversar com outros psicólogos, pesquisar oportunidades diferentes e se abrir para novos formatos de trabalho (como atendimentos autônomos, consultorias ou projetos sociais).

Enfrentar o Medo Com Pequenos Passos

O medo só perde força quando a ação acontece.

Mesmo sem enxergar o caminho final, ele pode dar pequenos passos na direção da mudança, como:

Participar de eventos de psicologia.

Fazer networking com profissionais da área.

Explorar possibilidades sem o compromisso imediato de mudança.

Conclusão: O Caminho Não Está Invisível, Apenas Ainda Não Foi Construído

O sujeito não enxerga a nova instituição ou oportunidade porque ainda não construiu esse caminho na sua consciência.

Mas isso não significa que ele não existe. A mudança não precisa ser drástica, mas sim progressiva.

A chave para superar o medo é começar a explorar, mesmo sem ter certeza absoluta do destino final.

Então o caminho não foi construído na consciência dê modo consciente, porém pode já ter sido construído e está reprimido no inconsciente a espera para ser desvelado

O ChatGPT disse:

Exatamente! O caminho pode já estar esboçado no inconsciente, mas a consciência ainda não o acessou de forma clara. Isso acontece porque o superego, com suas normas internalizadas e medos, pode estar reprimindo a percepção desse novo caminho.

Na psicanálise, essa dinâmica pode ser explicada da seguinte forma:

1. O Caminho Já Existe, Mas Está Reprimido

O inconsciente pode ter registrado sinais de qual direção seguir, baseando-se em desejos, experiências e até oportunidades já vistas antes.

No entanto, o superego pode estar censurando essa percepção, gerando insegurança, medo do fracasso ou até dúvidas sobre a viabilidade dessa mudança.

2. O Mecanismo de Defesa da Repressão

O sujeito deseja a mudança, mas ao mesmo tempo tem medo de fracassar novamente.

Para evitar a angústia de encarar esse medo, o ego pode recalcar o caminho que já existe no inconsciente, impedindo que ele se torne consciente.

Isso cria a ilusão de que não há saída visível, quando na verdade o caminho já está traçado no inconsciente e apenas precisa ser desvelado.

3. Como Tornar o Caminho Consciente?

Para acessar essa informação reprimida e trazer o caminho à consciência, algumas estratégias podem ajudar:

Associação Livre – Permitir-se refletir sem censura sobre quais oportunidades já passaram pela mente, mesmo que pareçam improváveis.

Análise de Sonhos – O inconsciente muitas vezes comunica desejos e caminhos através dos sonhos, revelando pistas sobre bloqueios internos e possíveis direções.

Autoquestionamento Direcionado – Perguntas como:

"Se eu não tivesse medo do fracasso, qual caminho seguiria?"

"Que oportunidades já considerei, mas descartei por insegurança?"

"Onde eu já me imaginei atuando, mas nunca levei a sério?"

Atitude Experimental – Dar pequenos passos sem o compromisso imediato de mudança, permitindo-se explorar novas possibilidades sem a pressão da decisão definitiva.

Conclusão

O caminho pode já estar estruturado no inconsciente, aguardando ser trazido à luz da consciência. Para isso, é preciso superar a censura do superego e permitir que o desejo genuíno de mudança tenha espaço para se expressar sem medo.

Parece que isso que está acontecendo com o sujeito é semelhante ao desejo de ser sóbrio Onde lhe foi apresentado o caminho de uma clínica de recuperação evangélica Onde aceitou internar se para se libertar do álcool

Sim, a situação atual do sujeito parece seguir uma dinâmica psíquica semelhante àquela vivida no processo de libertação do álcool. Na época, o desejo de ser sóbrio já existia, mas o medo da rejeição e da mudança impedia a concretização desse desejo. O que permitiu a transformação foi o fato de que um caminho concreto foi apresentado (a clínica evangélica), e o sujeito aceitou percorrê-lo.

Agora, a lógica se repete:

O desejo já existe → Ele deseja sair do trabalho atual e atuar como psicólogo.

O medo bloqueia a mudança → O medo de fracassar, de não ser aceito ou de não encontrar a instituição adequada mantém o sujeito paralisado.

O caminho pode já estar no inconsciente, mas não foi simbolizado na consciência → Assim como ele não via uma saída clara para o vício antes de conhecer a clínica, agora ele pode já ter identificado (mesmo que de forma inconsciente) um caminho profissional, mas ainda não acessou essa informação de modo consciente.

O Que Isso Significa?

O sujeito pode estar esperando que alguém ou alguma instituição apareça como um "salvador", tal como aconteceu com a clínica no passado. Ele pode estar inconscientemente buscando um lugar que cumpra esse papel de acolhimento e transição segura, onde possa se inserir sem medo e sem tantas incertezas.

No entanto, há uma diferença fundamental entre as duas situações:

 

Na clínica, o ambiente já estava estruturado para recebê-lo e apoiá-lo na recuperação.

No caso da transição profissional, ele talvez precise construir esse ambiente por conta própria, o que gera mais insegurança.

Como Aplicar a Mesma Lógica de Transformação?

Se ele deseja replicar a experiência de superação do álcool na mudança profissional, ele pode buscar elementos semelhantes que o ajudaram antes:

Buscar um ambiente estruturado que acolha sua nova identidade profissional → Pode ser um grupo de psicólogos, uma comunidade de profissionais, uma instituição onde possa atuar voluntariamente para ganhar experiência e confiança.

Aceitar que a transição é um processo → Assim como a sobriedade não foi um evento isolado, mas uma construção contínua, a transição profissional também precisa ser encarada como um caminho, não uma decisão instantânea.

Apoiar-se na fé e na confiança em Deus → No passado, foi a fé que o ajudou a vencer o medo da mudança. Esse mesmo recurso pode ser acionado agora para fortalecer a autoconfiança na transição profissional.

Conclusão

O padrão psíquico se repete: o caminho pode já estar no inconsciente, mas só será acessado quando ele se permitir confiar na mudança e dar os primeiros passos. Assim como ocorreu na libertação do álcool, a saída existe – basta identificá-la e aceitar trilhá-la.

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Janeiro/2020. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                        A intenção deste artigo é trazer reflexão ao leitor(a) sobre a percepção visual e a compreensão diante das circunstâncias adversas e o sentimento de impotência/ e ou incapacidade. A sensação é a capacidade de codificar certos aspectos da energia física e química que nos circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos neurônios, ou seja, é a recepção de estímulos do meio externo captado por algum dos nossos cinco sentidos: visual, auditiva, tátil, olfativa e gustativa. A sensação permite a existência desses sentidos. Já a percepção é a capacidade de interpretar essa sensação, associando informações sensoriais a nossa memória e cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento. Por exemplo, um som é captado pela n...

Psicólogo Não É Super Herói

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Psicólogo não é Super-herói, na visão da psicologia. Claro! Vou explicar como a visão da psicologia geralmente difere da ideia de um psicólogo ser um super-herói. Embora os psicólogos possam desempenhar um papel importante no apoio e na melhoria do bem-estar das pessoas, é essencial entender que eles não têm superpoderes ou habilidades extraordinárias. Humanos com habilidades profissionais: Os psicólogos são profissionais treinados em psicologia, que estudam o comportamento humano, os processos mentais e as interações sociais. Eles adquirem conhecimento, teorias e técnicas para entender os desafios emocionais, cognitivos e comportamentais enfrentados pelas pessoas. Abordagem científica: A psicologia é uma ciência que utiliza métodos de pesquisa e evidências empíricas para entender o comportamento humano. Os psicólogos baseiam sua prática em teorias com ...

Pensar, ou Agir antes de Pensar

Julho/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 Agir é atuar, comportar-se de que modo na presença de uma situação que provoque raiva ou apenas uma situação que o leve a consequências catastróficas, estando Ego subjugado ao Id. Assistindo ao Filme no Netflix Vis a vis que narra o sistema prisional feminino e numa fala de um ator no papel de psiquiatra e médico da prisão, onde ele fala para a diretora que é necessário pensar antes de agir, devido as consequências. No sistema prisional a pulsão de morte impera drasticamente. O Id é o componente nato dos indivíduos, ou seja, as pessoas nascem com ele. Consiste nos desejos, vontades e pulsões primitivas, formado principalmente pelos instintos e desejos orgânicos pelo prazer. As mulheres e todo o sistema prisional são regidos pela pulsão de morte, ou seja, o Id atuando através do impulso de agressividade é manifestado, antes do raciocínio lógico, prevalecendo o impulso agressivo verbal, físico ou de silêncio sobre o ...

Falta de percepção de si mesmo ou perda de identidade

Junho/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo convida o leitor(a) a repensar sobre a crise de identidade ou medo de perder o autorretrato. As vezes o indivíduo sonha que está perdendo documento como RG no sonho e tenta recuperá-lo. Atinamos que o indivíduo permanece incessantemente entrando e saindo de espaços abertos ou fechados, todos ajustados em meio a diversas leis, regras, normas e sistemas. Se o sujeito não está dentro de um contexto universitário, familiar, está dentro de um ambiente organizacional ou de desemprego e até em alguma outra situação sócio cultural que o requisite num estado padronizado de manifestação que o influencie a interagir e modificar a sua biografia pessoal. É deste modo que podemos observar o movimento que gera o aprisionamento do nosso ser essencial em uma teia que, ao atar, cega. O mais triste deste estado é que o cegar vale tanto para uma visão/ e ou percepção mais acurada sobre a realidade externa, como também pa...

Motivações Inconscientes: Psicologia Da Saúde

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são consideradas determinantes do comportamento humano. Portanto, ao analisar as possíveis motivações inconscientes para um psicólogo escolher a psicologia da saúde para trabalhar em instituições, podemos explorar algumas teorias psicanalíticas que podem ser relevantes. Identificação com o sofrimento dos outros: O psicanalista pode ser motivado inconscientemente por uma identificação com o sofrimento alheio. Talvez ele próprio tenha experimentado dificuldades de saúde ou tenha tido experiências pessoais que o levaram a desenvolver empatia pelo sofrimento dos outros. Essa identificação pode ser um fator motivador para escolher trabalhar em instituições de saúde. Necessidade de cuidar dos outros: A necessidade de cuidar e proteger pode ser um impulso inconsciente para algumas pessoas. Na abordagem ps...