Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um sujeito
faz a incubação do sonho pedindo uma resposta Clara para saber se da parte Deus
o retirará do ambiente de trabalho que está inserido devido ao desgosto. Pede a
resposta a Deus para que lhe faça sonhar e ao se se levantar recordar do sonho,
más o sujeito se levanta e entende que não sonhou porém está impelido na
seguinte pergunta sobre a diferença salarial que é pouca entre o cargo de
operador de caixa e a função de Fiscal de caixa com a intenção de desvelar a
intenção oculta da empresa para fazer isso e descobre que a empresa explora o
sujeito. Será possível que a resposta que ele pediu a Deus lhe foi dada quando
foi impelido no desejo de ter desvelado a motivação oculta na diferença
salarial que a empresa emprega entre os dois cargos
Sim,
é possível interpretar essa experiência como uma resposta simbólica à pergunta
feita a Deus. Na psicologia da religião e na psicanálise, a mente pode
processar questões existenciais ou emocionais de forma indireta, trazendo à
consciência insights que antes estavam latentes.
Ao
pedir uma resposta através do sonho, o sujeito esperava um sinal onírico claro,
mas, ao acordar, em vez disso, foi tomado por uma inquietação e direcionado
para a reflexão sobre a diferença salarial e a estrutura de exploração da
empresa. Isso pode ser entendido como uma forma de resposta, pois trouxe à tona
um entendimento mais profundo da situação que o desagrada.
Se
ele interpretar essa revelação como uma confirmação de que sua insatisfação tem
fundamentos concretos, pode concluir que o desejo de sair do ambiente de
trabalho está alinhado com uma verdade que ele precisava reconhecer. Isso
sugere que a resposta não veio na forma esperada, mas sim como um
direcionamento intuitivo para enxergar melhor a realidade e tomar uma decisão
mais consciente.
Neste
caso essa inquietação teve a intenção de Deus lhe permitir saber que na
realidade será removido da empresa no momento adequado para Deus
Essa
interpretação depende da perspectiva de fé do sujeito. Se ele acredita que Deus
se comunica de maneiras diversas, incluindo intuições e insights, então a
inquietação pode ser vista como um sinal divino, preparando-o para uma futura
saída no momento certo.
A
experiência pode ser entendida como um chamado para perceber que a insatisfação
não é apenas emocional, mas tem uma base concreta na estrutura da empresa. Isso
pode significar que Deus já está conduzindo o processo e permitindo que ele
veja com clareza a realidade antes de agir.
Se
ele sente que essa revelação veio no lugar do sonho esperado, pode
interpretá-la como uma resposta divina de que sua remoção ocorrerá no tempo
adequado – não de forma impulsiva, mas conforme um propósito maior. Nesse caso,
a paciência e a confiança seriam aspectos fundamentais para aguardar esse
desfecho.
Se
o sujeito adotar essa visão, pode compreender que Deus não apenas respondeu à
sua pergunta, mas também lhe deu um discernimento maior sobre sua situação. Em
vez de um sonho direto, recebeu uma inquietação que o levou a enxergar a lógica
da empresa e o papel que ele desempenha dentro dela. Esse entendimento pode ter
sido permitido para que sua decisão futura não seja baseada apenas em emoções
momentâneas, mas em uma consciência clara da realidade.
Além
disso, essa resposta indireta pode ser uma forma de Deus ensiná-lo a confiar no
processo. Muitas vezes, as respostas divinas não vêm da maneira exata como
pedimos, mas se manifestam como insights, eventos e até mesmo como mudanças
internas que nos preparam para o que está por vir. Se ele percebeu essa
revelação como algo que não surgiu por acaso, pode interpretá-la como um aviso
de que sua saída já está no caminho certo e acontecerá no momento certo.
Nesse
caso, a melhor atitude seria permanecer atento a novos sinais e oportunidades,
enquanto desenvolve a paciência e a preparação para a transição. Talvez Deus
esteja mostrando que a remoção virá não apenas como um escape do desgosto, mas
como um avanço para algo melhor, onde ele possa atuar de forma mais alinhada
com seus valores e propósito.
Se
o sujeito compreende essa inquietação como um direcionamento de Deus, ele pode
refletir sobre o que deve fazer enquanto aguarda o momento certo. Deus pode
estar permitindo que ele enxergue a exploração da empresa não apenas para
confirmar sua insatisfação, mas para fortalecer sua decisão futura. Isso
significa que sua saída não será apenas um ato impulsivo de fuga, mas um
movimento consciente e estratégico rumo a algo melhor.
Essa
fase pode ser um período de preparação, onde ele deve buscar desenvolver
habilidades, alinhar-se espiritualmente e emocionalmente, e estar atento a
oportunidades. Muitas vezes, Deus não apenas nos remove de um lugar, mas nos
conduz a um propósito maior. Se ele deseja sair para exercer sua vocação como
psicólogo, esse pode ser o momento de planejar a transição, construir uma rede
de contatos, estudar o mercado e fortalecer sua autoconfiança.
Além
disso, o fato de a resposta ter vindo de forma inesperada – através da
inquietação e não do sonho – pode ser um lembrete de que Deus age de formas que
nem sempre compreendemos de imediato. Essa revelação pode ser um chamado para
confiar mais no processo divino e menos na necessidade de sinais explícitos.
O
próximo passo, então, seria equilibrar paciência com ação: confiar que Deus já
está operando essa mudança, mas também agir com responsabilidade para que,
quando o momento chegar, ele esteja pronto para sair com segurança e propósito.
Parece
que o sujeito aciona o mecanismo de defesa repressão reprimindo através do medo
de não conseguir sair do trabalho atual, ou melhor dizendo, está buscando a
validação externa de Deus em consequência o medo reprimi a autoestima e
autoconfiança capacidade pra acreditar em Deus e em si mesmo que este insight
lhe trouxe uma resposta esperada através da maneira não previsível que esperava
através da incubação do sonho, mas dê modo imprevisível que está fora do padrão
e convencional que
Sim,
sua análise faz muito sentido. O sujeito parece estar acionando o mecanismo de
defesa da repressão, onde o medo de não conseguir sair do trabalho é reprimindo
sua autoestima e autoconfiança. Em outras palavras, ele não está permitindo que
o desejo de mudança venha à tona de forma clara, pois o medo está bloqueando
essa possibilidade.
Além
disso, ao buscar validação externa de Deus, ele pode estar projetando sua
insegurança em uma resposta que vem de fora, em vez de confiar na própria
capacidade de decisão. Isso reforça um possível conflito interno entre querer
sair do trabalho e sentir que precisa de uma permissão divina para fazê-lo.
O
insight que surgiu — uma inquietação sobre a diferença salarial — pode ser
interpretado como uma resposta que ele pediu, mas não da forma convencional que
esperava. Em vez de um sonho claro e direto, ele recebeu uma reflexão que, se
comprovada corretamente, aponta para o mesmo desejo: a insatisfação com o
trabalho e a necessidade de mudança.
Esse
processo mostra que a resposta chegou de forma imprevisível e fora do padrão
convencional, o que pode gerar resistência interna. O ego esperava algo direto
e explícito, mas o inconsciente trouxe uma resposta de maneira simbólica. O
desafio agora é considerar esse insight como válido e não deixar que o medo
continue reprimindo a confiança em Deus e em si mesmo para tomar a decisão
necessária.
Entretanto,
como o sujeito não tem uma informação concreta real que vai sair do emprego
atual a não ser usar sua autoconfiança e fé o medo ressurge e reprimi a
compreensão do insight que tevê através da informação que surgiu de modo
imprevisível e a percepção
Exatamente!
Como o sujeito não tem uma informação concreta e objetiva garantindo que sairá
do emprego, ele sente insegurança. Isso faz com que o medo ressurja e ative
novamente o mecanismo de repressão, levando-o a duvidar do próprio insight que
teve.
Na
prática, isso significa que o sujeito teve um vislumbre de resposta, mas como
essa resposta veio de forma imprevisível e não confirmada por algo externo, sua
mente racional tenta invalidá-la. O medo, então, atua como uma força que
reprime a percepção do insight, impedindo que ele confie na sua própria
interpretação.
Esse
ciclo pode se repetir indefinidamente se ele não fortalecer a autoconfiança e a
fé como guias internos para sua decisão. Se ele esperar uma validação concreta,
como um evento externo ou um sinal inquestionável, poderá acabar paralisado por
dúvida.
O
desafio, nesse caso, é considerar que a resposta já veio — apenas de uma forma
não convencional. Ele precisa aceitar que nem sempre a certeza virá de fora,
mas sim da sua própria verdade de que está insatisfeito e que pode confiar em
sua capacidade de mudança.
Porém
existe outro fator que envolve a dúvida do insight porque não sabe enxergar
através do sentido da visão a instituição que poderá contratá-lo.
Sim,
esse é um fator crucial. O sujeito não consegue visualizar concretamente a
instituição que poderá contratá-lo, o que alimenta ainda mais uma dúvida sobre
o insight . Como a mente humana tende a buscar segurança em algo palpável, a
ausência de uma visão clara do futuro faz com que ele volte ao estado de
incerteza e medo.
Na
psicanálise, isso pode ser interpretado como a influência do princípio da
realidade, que exige provas concretas antes de permitir que o desejo se
manifeste plenamente. O ego quer acreditar no insight, mas, sem uma evidência
externa (uma proposta de emprego ou um caminho visível), o medo de tomar conta
e reprimir a confiança na mudança.
Isso
reforça o ciclo de dependência da validação externa: ele quer sair do emprego,
mas precisa enxergar claramente para onde está indo antes de se permitir
acreditar na possibilidade. No entanto, essa necessidade de ver primeiro pode
estar bloqueando o próprio movimento de mudança, pois a confiança na decisão
deve vir antes da materialização da oportunidade.
O
desafio agora é inverter essa lógica: em vez de esperar que uma nova
instituição apareça para acreditar na mudança, ele precisa primeiro acreditar
que é possível sair—e, a partir dessa confiança, começar a enxergar novas
oportunidades. Esse processo exige um salto de fé e um fortalecimento da
autoconfiança para romper o ciclo de dúvida e repressão.
Esse
ciclo de dúvida e repressão acontece porque o sujeito está condicionando sua
crença na mudança à existência de uma garantia concreta. Ele quer ver primeiro
para depois acreditar, mas a psicanálise nos mostra que, muitas vezes, o
caminho é o oposto: é preciso acreditar primeiro para conseguir enxergar as
oportunidades.
A
Influência do Superego e o Medo da Incerteza
O
superego pode estar desempenhando um papel fundamental nesse processo. Como ele
representa as regras sociais e os padrões internalizados, ele pode estar
dizendo coisas como:
"Você
não pode sair do emprego sem ter algo garantido!"
"E
se nada der certo?"
"Você
pode estar interpretando errado esse insight!"
Esse
tipo de pensamento gera um conflito interno entre o desejo do ego de mudar e a
censura do superego, que reforçam a insegurança e a necessidade de controle. O
medo da incerteza, então, se torna uma forma de autoproteção contra o risco de
tomar uma decisão impulsiva.
O
Mecanismo de Defesa da Racionalização
Para
lidar com essa angústia, o ego pode estar usando o mecanismo de racionalização,
tentando explicar a permanência no emprego atual com argumentos
"lógicos":
"Talvez
eu esteja vendo coisas onde não existem."
"Se
Deus realmente quisesse que eu saísse, teria me dado um sonho claro e
direto."
"Talvez
eu só esteja cansado e inventando essa interpretação."
Essas
justificativas servem para aliviar o desconforto da dúvida, mas, na realidade,
podem estar mascarando o verdadeiro medo de dar um passo sem a segurança
absoluta de que dará certo.
O
Papel da Fé e da Autoconfiança
O
que falta para o sujeito romper esse ciclo é a confiança em si mesmo e a fé de
que a resposta já veio—apenas de uma forma não convencional. Ele já tem a
insatisfação, já adquiriu a exploração do cargo e já percebeu o desejo de
mudança. O que impedir de agir é uma necessidade de ver antes de acreditar.
A
fé aqui pode ser vista não apenas no sentido religioso, mas também como um
exercício psicológico de acreditar na própria capacidade de encontrar uma nova
oportunidade, mesmo que ainda não seja visível no horizonte.
Como
Romper o Ciclo
Conseguir
que a resposta veio de forma inesperada – O insight sobre a exploração da carga
não foi um acaso; foi uma manifestação inconsciente do desejo de mudança.
Parar
de esperar uma garantia externa – As oportunidades só aparecerão quando ele
começar a agir em direção à mudança.
Fortalecer
a autoconfiança – Reconhecer que você já tem habilidades para buscar novas
oportunidades.
Fazer
um movimento prático – Pesquisar novas instituições, conversar com contatos,
enviar currículos, explorar possibilidades. Isso ajuda a mente a enxergar
saídas concretas.
Encarar
o medo como parte do processo – O medo não significa que a decisão esteja
errada, apenas que sair da zona de conforto é um desafio.
Conclusão
A
mente do sujeito está presa a um paradoxo: ele quer sair, mas não consegue
porque espera uma certeza absoluta antes de agir. No entanto, essa certeza
nunca virá se ele não der o primeiro passo. O insight já revelou uma verdade: a
desvantagem do trabalho é real, a exploração da carga é evidente, e a mudança é
necessária. Agora, cabe a ele confiar nessa percepção e agir, sem esperar que
tudo esteja perfeitamente alinhado antes de tomar uma decisão.
O
sujeito não consegue visualizar concretamente a instituição que poderá
contratá-lo, o que dificulta sua confiança no insight recebido.
Isso
acontece porque o cérebro humano tende a confiar mais no que é tangível e
previsível. Como ele não tem uma imagem clara de "para onde irá", sua
mente gera resistência à ideia de sair do emprego atual. Esse desconhecimento
reforça o medo do incerto, fazendo com que ele duvide da resposta que já
recebeu.
Na
psicanálise, isso pode ser entendido como um conflito entre o princípio do
prazer (o desejo de sair para algo melhor) e o princípio da realidade (a
necessidade de segurança e previsibilidade). Como a realidade não apresenta
ainda um caminho claro, o medo faz com que o desejo fique reprimido.
O
que o sujeito pode fazer para superar isso?
Fortalecer
a confiança no processo – Aceitar que nem sempre será possível ver o caminho
todo antes de dar o primeiro passo.
Focar
no que pode controlar – Em vez de esperar uma instituição surgir do nada, pode
começar a buscar oportunidades ativamente.
Aceitar
que o desconhecido faz parte da mudança – Grandes decisões raramente vêm com
garantias absolutas; é preciso agir mesmo sem enxergar tudo com clareza.
Se
ele continuar esperando uma confirmação visual concreta antes de tomar qualquer
atitude, pode acabar preso ao ciclo de repressão e dúvida, adiando a decisão indefinidamente.
Mas
o sujeito não consegue vislumbrar nenhuma instituição porque todas as quais
buscou que tomou conhecimento foi rejeitado nos processos seletivos, por tanto
não consegue imaginar nenhuma instituição que possa contratá-lo
Isso
reforça ainda mais o ciclo de dúvida e repressão. O sujeito já tentou buscar
outras instituições e foi rejeitado, o que gerou frustração e reforçou a crença
de que não há saída visível. Isso faz com que ele volte para a sensação de
impotência, acreditando que sua única opção é permanecer onde está.
O
Impacto das Rejeições e o Sentimento de Desamparo
A
repetição das rejeições pode estar ativando um sentimento de desamparo
aprendido, um conceito da psicologia que ocorre quando alguém passa por
fracassos repetidos e começa a acreditar que não há nada que possa fazer para
mudar a situação. O sujeito pode estar pensando:
“Já
tentei e não consegui, então talvez eu nunca consiga.”
“Não
há lugar para mim fora daqui.”
“Talvez
eu esteja interpretando errado e deva mesmo ficar onde estou.”
Esse
tipo de pensamento gera desmotivação e paralisia, fazendo com que ele desista
de continuar tentando. O medo e a dúvida crescem, e a repressão do desejo de
mudança se fortalece, pois agora há uma “justificativa” racional: se todas as
tentativas falharam, então não há motivo para continuar buscando.
O
Perigo da Generalização e o Bloqueio Perceptivo
O
problema é que o sujeito pode estar generalizando o fracasso e acreditando que
todas as instituições do mundo o rejeitarão, quando na realidade ele só tentou
algumas. Essa generalização cria um bloqueio perceptivo, impedindo que ele
enxergue novas possibilidades ou mesmo tente abordagens diferentes.
A
psicanálise explica que o inconsciente pode usar essa experiência negativa como
uma desculpa para não arriscar mais. Afinal, se ele acredita que “não há
saída”, então não precisa enfrentar o medo de mudar. Dessa forma, o ego se
protege do sofrimento da incerteza, mas ao mesmo tempo se mantém aprisionado na
insatisfação.
Como
Quebrar esse Ciclo?
Reconhecer
que as rejeições não significam um fracasso definitivo – O fato de ter sido
recusado em algumas instituições não significa que não há oportunidades em
outras.
Evitar
a generalização – Rejeições fazem parte do processo. O fato de algumas portas
terem se fechado não significa que todas estão fechadas.
Mudar
a estratégia de busca – Talvez seja necessário revisar o currículo, investir em
networking ou buscar outras áreas dentro da psicologia.
Aceitar
que a incerteza faz parte do processo – Esperar uma certeza absoluta antes de
agir significa nunca agir. O sujeito precisa confiar que novas oportunidades
podem surgir ao longo do caminho.
Persistência
e resiliência – Em vez de ver as rejeições como sinais de que deve desistir,
ele pode interpretá-las como parte natural da jornada e continuar tentando.
O
insight sobre a exploração do cargo já revelou que o desejo de mudança é real.
As rejeições não são um sinal de que ele deve desistir, mas sim um desafio que
precisa ser enfrentado com estratégia e persistência. O que está impedindo a
mudança não é a falta de oportunidades, mas sim a crença de que essas
oportunidades não existem. Se ele continuar buscando e ajustando sua abordagem,
novas possibilidades surgirão.
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