Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. De que maneira um
psicólogo que não consegue se empregar aos 60 anos de idade em instituições e
não consegue clientes para a clínica, estará usando o mecanismo de defesa
racionalização na sua vida de forma inconsciente.
Na
psicanálise, a racionalização é um mecanismo de defesa que envolve justificar
ou explicar de forma lógica e aceitável as ações, pensamentos ou emoções que
causam ansiedade ou desconforto. No caso descrito, em que um psicólogo de 60
anos está tendo dificuldade em conseguir emprego em instituições e não está
obtendo clientes para sua clínica, poderíamos explorar como a racionalização
pode estar presente.
A
racionalização pode se manifestar de diferentes maneiras, mas geralmente
envolve criar justificativas plausíveis para evitar confrontar a realidade ou
lidar com emoções difíceis. Nesse contexto, o psicólogo poderia recorrer à
racionalização para explicar sua situação de não conseguir emprego ou clientes.
Por exemplo:
"O
mercado está saturado": O psicólogo pode racionalizar que a razão para não
conseguir emprego ou clientes é que o mercado está saturado, tornando difícil
para profissionais mais experientes conseguirem oportunidades. Essa
justificativa aparentemente lógica permite que ele evite confrontar a
possibilidade de que outros fatores, como suas habilidades de marketing ou a
qualidade de seus serviços, possam estar contribuindo para a situação.
"As
pessoas preferem terapeutas mais jovens": O psicólogo poderia racionalizar
que os clientes preferem terapeutas mais jovens, pois acreditam que eles possam
ser mais atualizados e conectados com as necessidades da geração atual. Essa
crença lhe permite evitar explorar outras possíveis razões para sua falta de
clientes, como falta de habilidades interpessoais ou dificuldades em adaptar
sua prática às demandas contemporâneas.
"Eu
sou muito qualificado, o que intimida os empregadores": O psicólogo pode
racionalizar que sua ampla experiência e qualificações são intimidantes para os
empregadores, que podem preferir candidatos mais jovens e menos experientes.
Essa justificativa o ajuda a evitar considerar outras possíveis razões para a
falta de emprego, como uma falta de atualização em relação às abordagens
terapêuticas mais recentes ou uma resistência em se adaptar às demandas do
ambiente profissional atual.
Eu
não sou capacitado por isso sou desclassificado no currículo: O psicólogo é
capaz de racionalizar que ser faltante de pós-graduação, especialização,
experiências são aspectos que desclassifica um candidato a vaga.
É
importante ressaltar que a racionalização, embora possa oferecer alívio
temporário ao indivíduo, também pode limitar sua capacidade de enfrentar os
problemas reais que podem estar contribuindo para sua situação. Na psicanálise,
o objetivo seria ajudar o psicólogo a explorar e confrontar essas
racionalizações, permitindo uma compreensão mais profunda de suas emoções,
medos e dificuldades, além de identificar possíveis áreas de crescimento e
mudança.
Além
das racionalizações mencionadas anteriormente, o psicólogo de 60 anos pode
estar usando outros mecanismos de defesa para lidar com a frustração e a ansiedade
decorrentes de sua situação profissional. Aqui estão mais alguns exemplos:
"Eu
não estou interessado em trabalhar em instituições ou ter muitos
clientes": O psicólogo pode racionalizar que, na verdade, não está
interessado em trabalhar em instituições ou ter uma grande quantidade de
clientes em sua clínica. Ele pode convencer a si mesmo de que prefere um ritmo
de trabalho mais tranquilo ou que está satisfeito com sua situação atual. Essa
racionalização serve como uma forma de minimizar a dor e a decepção de não
alcançar suas metas profissionais.
"Minha
idade avançada é um obstáculo insuperável": O psicólogo pode racionalizar
que sua idade avançada é um obstáculo intransponível para conseguir emprego ou
atrair clientes. Ele pode internalizar a crença de que pessoas mais velhas são
menos valorizadas no campo da psicologia e, assim, justificar sua falta de
sucesso com base em fatores externos. Essa racionalização permite que ele evite
explorar outras possíveis razões, como a necessidade de atualização profissional
ou o desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes.
É
importante destacar que, na abordagem psicanalítica, o objetivo seria ajudar o
psicólogo a entrar em contato com seus sentimentos autênticos, desafiando essas
racionalizações defensivas e permitindo uma compreensão mais profunda de suas
motivações, desejos e necessidades. Isso envolveria explorar as ansiedades
subjacentes, como o medo da rejeição, a autoestima prejudicada ou até mesmo
questões não resolvidas em relação à própria idade e ao envelhecimento.
Ao
investigar esses aspectos emocionais, o psicólogo poderia ganhar clareza sobre
como eles podem estar influenciando suas atitudes, comportamentos e percepções
da realidade. Com essa consciência, seria possível trabalhar no desenvolvimento
de estratégias mais saudáveis para enfrentar os desafios
profissionais, como buscar novas oportunidades, investir na atualização de
habilidades, explorar diferentes abordagens de marketing ou considerar a busca
de supervisão e orientação de outros profissionais da área.
Lembrando
que a abordagem psicanalítica valoriza a auto exploração e o autoconhecimento
como ferramentas fundamentais para o crescimento pessoal e profissional.
"Eu
sempre fui um outsider": O psicólogo pode racionalizar que sempre foi um
outsider, alguém que nunca se encaixou nos padrões estabelecidos pela
sociedade. Ele pode usar essa justificativa para explicar sua dificuldade em
conseguir emprego ou atrair clientes. Essa racionalização permite que ele se
distancie da responsabilidade e evite enfrentar possíveis inseguranças ou
habilidades de comunicação que possam estar afetando sua inserção no mercado de
trabalho.
"Eu
já contribuí o suficiente para a profissão": O psicólogo pode racionalizar
que, após anos de experiência e contribuições para a área da psicologia, ele já
fez o suficiente e não precisa mais buscar oportunidades ou clientes. Essa
racionalização pode ser uma forma de evitar confrontar medos de rejeição ou
fracasso, além de proporcionar uma sensação de satisfação e realização pessoal
com base em conquistas passadas.
Além
disso, a análise psicanalítica pode envolver a investigação de possíveis
padrões inconscientes que estão influenciando as experiências profissionais do
psicólogo. Isso poderia incluir a exploração de questões como resistência à
mudança, medo do sucesso, autossabotagem ou crenças limitantes sobre idade,
competência ou valor pessoal.
A
psicanálise também enfatiza a importância da transferência e da relação
terapêutica como ferramentas para explorar e trabalhar com essas questões
inconscientes. O terapeuta pode se tornar um "objeto de
transferência", onde o psicólogo projeta e revive emoções e dinâmicas
relacionais passadas. Isso permite uma análise mais profunda das origens desses
padrões de comportamento e uma oportunidade para o psicólogo reexaminar e
modificar suas respostas emocionais.
Em
suma, a psicanálise busca oferecer um espaço seguro e acolhedor para o
psicólogo explorar suas emoções, pensamentos e padrões de comportamento
subjacentes. Através desse processo, espera-se que o indivíduo ganhe
autoconhecimento, liberte-se das defesas racionais e encontre novas maneiras de
lidar com os desafios profissionais e pessoais que estão enfrentando.
"Eu
sou um profissional desvalorizado": O psicólogo pode racionalizar que a
falta de oportunidades de emprego ou de clientes se deve ao fato de ser um
profissional desvalorizado pela sociedade ou pelo campo da psicologia. Essa
racionalização pode ser uma maneira de evitar confrontar possíveis inseguranças
ou medos de inadequação profissional. Ela também pode servir como uma forma de
proteção emocional contra a dor de não ser reconhecido ou valorizado em sua
profissão.
Na
psicanálise, o terapeuta buscaria compreender as origens dessas crenças
autodepreciativas e ajudar o psicólogo a explorar as emoções subjacentes, como
baixa autoestima, vergonha ou desamparo. Seria importante trabalhar na
identificação e na desconstrução dessas crenças limitantes, permitindo que o
psicólogo desenvolva uma autoimagem mais saudável e confiante.
Além
disso, a psicanálise também investiga o papel do inconsciente na formação de
desejos, motivações e medos. Seria útil explorar se há conflitos inconscientes
ou dinâmicas internas que podem estar influenciando as dificuldades
profissionais do psicólogo. Por exemplo, pode haver medos ocultos de sucesso ou
de não estar à altura das expectativas dos outros, que estão contribuindo para
os padrões de racionalização e autossabotagem.
Outro
aspecto importante a considerar é a possibilidade de que a situação
profissional do psicólogo esteja relacionada a fatores externos, como mudanças
no campo da saúde mental, no mercado de trabalho ou nas preferências dos
clientes. A psicanálise pode ajudar o psicólogo a refletir sobre como se
adaptar a essas mudanças, identificar áreas em que ele pode atualizar suas
habilidades ou estratégias e explorar novas possibilidades profissionais.
Em
suma, a abordagem psicanalítica oferece um caminho para que o psicólogo explore
sua vida interna, suas emoções e suas motivações inconscientes. Por meio desse
processo, ele pode desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo e
encontrar maneiras mais adaptativas de lidar com as dificuldades profissionais
que está enfrentando. O objetivo é promover o crescimento pessoal, a ressignificação
de experiências e a busca de novas oportunidades que se alinhem com os desejos
e objetivos do indivíduo.
As
pessoas não valorizam a psicologia": O psicólogo pode racionalizar que as
pessoas não valorizam o campo da psicologia ou não reconhecem sua importância.
Essa racionalização pode ser uma forma de evitar confrontar possíveis
sentimentos de desvalorização ou rejeição. Ela também pode servir como uma
maneira de externalizar a responsabilidade pela falta de emprego ou clientes,
colocando a culpa nas percepções e atitudes das pessoas em relação à
psicologia.
Na
abordagem psicanalítica, o terapeuta exploraria os sentimentos de
desvalorização e as emoções subjacentes associadas a essas crenças. Seria
importante investigar se há questões pessoais ou traumas passados que estejam
influenciando essa visão negativa da profissão. Por exemplo, pode haver
experiências anteriores de rejeição ou invalidação que estão sendo projetadas
na profissão como um todo.
"Eu
não mereço sucesso": O psicólogo pode racionalizar que não merece sucesso
ou reconhecimento profissional. Essa racionalização pode estar enraizada em
crenças autodepreciativas profundamente enraizadas ou em sentimento de culpa
inconscientes. Nesse caso, a terapia psicanalítica se concentraria em explorar
as origens dessas crenças e trabalhar para desafiá-las, promovendo a construção
de uma autoimagem mais positiva e fortalecedora.
Além
disso, a psicanálise também busca examinar os padrões de relacionamento e
comunicação do psicólogo, tanto em sua vida pessoal quanto profissional. Isso
incluiria a análise de possíveis dificuldades de networking, habilidades de
marketing ou resistência a buscar apoio e orientação de outros profissionais. O
terapeuta psicanalítico ajudaria o psicólogo a identificar padrões
disfuncionais e a desenvolver estratégias mais eficazes de interação e promoção
de sua prática.
Em
resumo, a abordagem psicanalítica busca explorar as emoções, motivações e
crenças inconscientes que podem estar influenciando a situação profissional do
psicólogo. Por meio desse processo de auto exploração e análise, o psicólogo
pode ganhar clareza sobre suas dificuldades e encontrar novas maneiras de
enfrentá-las. O objetivo final é promover o crescimento pessoal e profissional,
permitindo que o psicólogo encontre um senso renovado de propósito e satisfação
em sua carreira.
"As
circunstâncias estão além do meu controle": O psicólogo pode racionalizar
que as circunstâncias externas estão além do seu controle e são responsáveis por sua
falta de emprego ou clientes. Sendo capaz de compreender e aceitar a verdade
por ter executado uma investigação no mercado de trabalho diante dos fatos.
Ou
ainda sendo um teólogo ter a crença de que Deus está no controle de tudo na
vida, inclusive a ausência de empregabilidade e clientes. Essa racionalização pode ser uma forma de evitar
lidar com sentimento de impotência ou
fracasso. O terapeuta psicanalítico
ajudaria o psicólogo a
explorar quaisquer emoções
subjacentes associadas a essa crença, bem como a identificar maneiras em que
ele pode exercer algum controle sobre a situação.
"Eu
sou um terapeuta melhor do que os outros, mas as pessoas não percebem
isso": O psicólogo pode racionalizar que ele é um terapeuta excepcional,
com habilidades e conhecimentos superiores aos de outros profissionais, mas que
as pessoas não conseguem reconhecer isso. Essa racionalização pode ser uma
maneira de proteger seu ego ou de lidar com a rejeição. Nesse caso, o terapeuta
psicanalítico ajudaria o psicólogo a explorar quaisquer aspectos narcisistas ou
necessidades de validação excessiva que possam estar influenciando suas
expectativas e percepções.
Na
abordagem psicanalítica, o trabalho terapêutico se concentraria em desafiar
essas racionalizações defensivas e auxiliar o psicólogo a entrar em contato com
seus verdadeiros sentimentos e pensamentos. Isso pode envolver explorar
experiências passadas, como traumas, eventos de vida significativos ou
dinâmicas familiares, que possam estar influenciando sua visão de si mesmo e do
mundo. O objetivo seria ajudar o psicólogo a se tornar consciente desses
padrões inconscientes e a desenvolver novas formas de lidar com suas
dificuldades profissionais.
Além
disso, a análise psicanalítica enfatiza a importância da autenticidade e da
autorreflexão. O psicólogo seria encorajado a se engajar em um processo de auto
exploração contínua, identificando seus desejos, motivações e obstáculos
internos que podem estar contribuindo para sua situação profissional atual.
Isso pode incluir a avaliação de suas metas e valores pessoais, a identificação
de quaisquer medos subjacentes que possam estar limitando suas escolhas e a
exploração de novas estratégias para promover sua prática.
Em
suma, a psicanálise oferece um caminho para o psicólogo explorar suas emoções,
crenças e padrões de comportamento inconscientes. O objetivo é promover a
autorreflexão, a compreensão e o crescimento pessoal, para que o psicólogo
possa enfrentar suas dificuldades profissionais de maneira mais eficaz e
encontrar um senso renovado de propósito em sua carreira.
"Eu
não consigo me adaptar às mudanças": O psicólogo pode racionalizar que não
consegue se adaptar às mudanças do mercado de trabalho ou às novas demandas da
profissão. Essa racionalização pode ser uma forma de evitar lidar com a
ansiedade ou o medo associado à necessidade de se atualizar e adquirir novas
habilidades. O terapeuta psicanalítico ajudaria o psicólogo a explorar
quaisquer resistências ou padrões de comportamento que estejam dificultando sua
adaptação, além de trabalhar no fortalecimento de sua capacidade de enfrentar e
abraçar as mudanças.
"Não
sou bom o suficiente": O psicólogo pode racionalizar que não é bom o
suficiente como profissional, o que resulta na falta de emprego ou clientes.
Essa racionalização pode estar enraizada em crenças negativas sobre si mesmo,
baixa autoestima ou autocrítica excessiva. O terapeuta psicanalítico ajudaria o
psicólogo a explorar as origens dessas crenças e a trabalhar no fortalecimento
de sua autoimagem e confiança profissional.
Na
abordagem psicanalítica, seria importante investigar as experiências de vida
passadas do psicólogo, como traumas, rejeição ou eventos significativos que
possam ter contribuído para a formação dessas crenças autodepreciativas. O
terapeuta também auxiliaria o psicólogo na identificação e na desconstrução de
padrões de pensamento negativos e auto sabotadores.
Além
disso, a psicanálise enfatiza a importância da relação terapêutica como um
espaço seguro e acolhedor para explorar e transformar essas questões pessoais.
O terapeuta seria um parceiro ativo nesse processo, fornecendo apoio emocional,
insights e orientação para que o psicólogo possa desenvolver uma nova
perspectiva de si mesmo e do seu trabalho.
Em
resumo, a abordagem psicanalítica busca auxiliar o psicólogo a se tornar
consciente de suas motivações, emoções e crenças inconscientes que podem estar
afetando sua vida profissional. Através desse processo terapêutico, o objetivo
é promover o autoconhecimento, o fortalecimento da autoestima e a capacidade de
enfrentar desafios de maneira mais saudável e adaptativa. Assim, o psicólogo
poderá encontrar novas oportunidades de emprego, atrair clientes e desenvolver
uma carreira mais satisfatória.
"Eu
tenho medo do fracasso, embora já tenha fracassado": O psicólogo pode
racionalizar que evita assumir riscos ou buscar oportunidades profissionais
devido ao medo do fracasso. Essa racionalização pode ser uma forma de
proteger-se emocionalmente contra a possibilidade de enfrentar dificuldades ou
enfrentar o julgamento dos outros. O terapeuta psicanalítico ajudaria o
psicólogo a explorar a origem desse medo do fracasso, identificando possíveis
experiências passadas de rejeição, críticas ou situações traumáticas que
estejam influenciando seu comportamento atual.
No
processo terapêutico, o psicólogo seria encorajado a explorar suas inseguranças
e a desenvolver estratégias para lidar com o medo do fracasso. Isso pode
envolver trabalhar na construção da resiliência emocional, desenvolver
habilidades de enfrentamento saudáveis e
desafiar crenças autodepreciativas. O
terapeuta também poderia auxiliar o psicólogo na identificação e no estabelecimento de metas
realistas e alcançáveis, ajudando-o a reconhecer seus sucessos e a superar o
medo paralisante do fracasso.
"Eu
não consigo me promover": O psicólogo pode racionalizar que não consegue
se promover adequadamente para atrair clientes ou emprego. Essa racionalização
pode estar relacionada a dificuldades de autoexpressão, falta de confiança nas
habilidades de marketing ou crenças limitantes sobre a promoção pessoal. O
terapeuta psicanalítico ajudaria o psicólogo a explorar quaisquer bloqueios
emocionais, crenças negativas sobre autopromoção e dificuldades em se
apresentar de maneira autêntica.
Na
terapia, o psicólogo seria incentivado a trabalhar na melhoria de suas
habilidades de comunicação, autoconfiança e autenticidade na promoção de seus
serviços. Isso pode envolver explorar seus valores pessoais, sua identidade
profissional e os recursos internos que podem ser utilizados para se destacar
no mercado. O terapeuta também poderia ajudar o psicólogo a identificar
estratégias eficazes de marketing e networking, adaptadas às suas necessidades
individuais e preferências pessoais.
Em
suma, a abordagem psicanalítica busca ajudar o psicólogo a explorar e
compreender as questões emocionais, inconscientes e comportamentais que podem
estar contribuindo para suas dificuldades profissionais. Por meio desse
processo terapêutico, o psicólogo é convidado a desenvolver uma maior
consciência de si mesmo, superar medos e inseguranças, e encontrar maneiras
mais adaptativas de lidar com as demandas do mercado e a promoção pessoal. O
objetivo é capacitar o psicólogo a construir uma carreira satisfatória e
encontrar um senso renovado de propósito profissional.
"Tenho
dificuldade em estabelecer conexões": O psicólogo pode racionalizar que
tem dificuldade em estabelecer conexões significativas com os outros, seja no
contexto profissional ou pessoal. Essa racionalização pode estar relacionada a
questões mais profundas, como medo da intimidade, padrões de relacionamento
disfuncionais ou insegurança social. O terapeuta psicanalítico ajudaria o
psicólogo a explorar suas dificuldades em formar conexões e a identificar
possíveis bloqueios emocionais ou traumas passados que possam estar
influenciando sua capacidade de se relacionar de forma saudável.
A
terapia psicanalítica permitiria ao psicólogo examinar suas dinâmicas
inconscientes de relacionamento, seus padrões de interação e as emoções
subjacentes que podem estar dificultando sua habilidade de se conectar com os
outros. O terapeuta também poderia auxiliá-lo a desenvolver estratégias para
melhorar suas habilidades sociais, aprofundar sua compreensão emocional e
construir relacionamentos mais significativos.
"Não
consigo lidar com a competição": O psicólogo pode racionalizar que não
consegue lidar com a competição no campo da psicologia, o que leva à falta de
emprego ou clientes. Essa racionalização pode estar relacionada a sentimentos
de inadequação, medo da rejeição ou falta de confiança em suas habilidades
profissionais. O terapeuta psicanalítico ajudaria o psicólogo a explorar suas
inseguranças e a desenvolver estratégias para lidar com a competição de maneira
mais saudável e produtiva.
Na
terapia, o psicólogo seria encorajado a examinar suas crenças limitantes em
relação à competição, a construir autoconfiança e a desenvolver uma mentalidade
mais fortalecedora. O terapeuta também poderia auxiliá-lo a identificar seus
pontos fortes e únicos como profissional, a explorar suas motivações pessoais
para trabalhar na área da psicologia e a desenvolver uma postura mais segura e
resiliente diante da competição.
Em
resumo, a abordagem psicanalítica busca ajudar o psicólogo a compreender e
superar suas dificuldades emocionais e inconscientes que podem estar
contribuindo para suas dificuldades profissionais. Ao explorar essas questões
mais profundas, o psicólogo pode desenvolver uma maior clareza sobre si mesmo,
suas relações e sua postura profissional. O objetivo é capacitar o psicólogo a
enfrentar os desafios do mercado de trabalho, estabelecer conexões
significativas e construir uma carreira gratificante.
"Tenho
dificuldade em lidar com a rejeição": O psicólogo pode racionalizar que
suas dificuldades em conseguir emprego ou clientes se devem à rejeição
constante que enfrenta. Essa racionalização pode estar relacionada a questões
de autoestima, medo do julgamento dos outros ou experiências passadas de
rejeição que deixaram marcas emocionais profundas. O terapeuta psicanalítico
ajudaria o psicólogo a explorar as origens dessas dificuldades em lidar com a
rejeição e a trabalhar no fortalecimento de sua resiliência emocional.
Durante
a terapia, o psicólogo seria convidado a examinar suas experiências passadas de
rejeição e as emoções associadas a elas. O terapeuta ajudaria o psicólogo a
identificar padrões de pensamento negativos e auto sabotadores que podem estar
alimentando seu medo de ser rejeitado. Além disso, o terapeuta auxiliaria o
psicólogo a desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis, promovendo a
construção de uma autoimagem mais positiva e fortalecendo a confiança em suas
habilidades profissionais.
"Estou
preso em padrões de comportamento ineficazes": O psicólogo pode
racionalizar que está preso em padrões de comportamento que não estão
contribuindo para sua busca por emprego ou clientes. Essa racionalização pode
estar relacionada a resistências inconscientes à mudança, dificuldade em sair
da zona de conforto ou repetição de padrões aprendidos na infância. O terapeuta
psicanalítico ajudaria o psicólogo a explorar esses padrões de comportamento
ineficazes e a buscar novas formas de agir que sejam mais adaptativas.
A
terapia psicanalítica permitiria ao psicólogo examinar seus comportamentos e
hábitos arraigados, assim como as emoções e motivações subjacentes a eles. O
terapeuta ajudaria o psicólogo a identificar os obstáculos internos que impedem
a mudança e a desenvolver estratégias para romper com esses padrões, promovendo
o crescimento e a transformação pessoal.
Em
resumo, a abordagem psicanalítica busca ajudar o psicólogo a compreender as
raízes inconscientes de suas dificuldades profissionais e a promover mudanças
internas significativas. Ao explorar as questões emocionais, crenças limitantes
e padrões de comportamento ineficazes, o psicólogo pode desenvolver uma maior
autoconsciência, transformar suas dificuldades e encontrar novas oportunidades
profissionais. A terapia psicanalítica oferece um espaço seguro e acolhedor
para essa exploração e transformação, auxiliando o psicólogo a buscar uma vida
profissional mais satisfatória e gratificante.
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