Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Até que
ponto a emoção atrapalha na compreensão e visualização dá realidade. Me explica
e interpreta como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicologia social
Na
psicologia social, a emoção pode influenciar muito a forma como percebemos e
interpretamos a realidade. Para entender isso de maneira simples, pense na
emoção como um "óculos colorido" que muda a forma como vemos o mundo.
Como
a emoção distorce a realidade?
Atenção
seletiva – Quando estamos emocionados, tendemos a focar apenas em certos
aspectos da realidade e ignorar outros. Por exemplo, se alguém está com raiva
no trabalho, pode perceber apenas os erros dos colegas e ignorar os acertos.
Interpretação
enviesada – Nossas emoções influenciam a forma como damos significado às
situações. Se alguém está triste, pode interpretar um simples olhar de um
colega como um sinal de rejeição, quando na verdade pode não significar nada.
Memória
afetada – Lembramos mais facilmente de eventos que se alinham com nosso estado
emocional atual. Se estamos ansiosos, podemos lembrar mais dos momentos de
fracasso do que dos de sucesso, reforçando a ansiedade.
Tomada
de decisão impulsiva – Emoções intensas podem nos levar a agir sem pensar.
Alguém muito apaixonado pode ignorar sinais de alerta em um relacionamento,
enquanto alguém com medo pode evitar oportunidades importantes por insegurança.
Exemplo
prático:
Imagine
que você é um fiscal de caixa e um cliente fala com você de maneira rude. Se
você estiver com raiva ou estressado, pode interpretar que ele quis te ofender
e responder de forma grosseira. Mas se estiver calmo, pode perceber que o
cliente pode estar tendo um dia ruim e não responder da mesma maneira.
Como
evitar essa distorção?
Reconheça
suas emoções – Pergunte-se: "Estou com raiva, triste ou ansioso agora?
Isso pode estar influenciando minha percepção?"
Busque
diferentes perspectivas – Pergunte a outras pessoas como elas veem a situação
antes de tirar conclusões.
Dê
um tempo antes de reagir – Em vez de responder no calor do momento, respire
fundo e espere um pouco para ter uma visão mais racional.
Ou
seja, a emoção é importante para nos guiar, mas se for muito intensa, pode
atrapalhar nossa compreensão da realidade e levar a decisões ruins. O segredo é
equilibrar razão e emoção.
Se
um Fiscal de caixa está com medo pensando que não vai conseguir sair do
trabalho atual, Me explica e interpreta como se eu fosse um iniciante pela
abordagem da psicologia social como o medo está interferindo na sua compreensão
e visualização dá realidade
Na
psicologia social, o medo pode distorcer a forma como percebemos a realidade e
tomar decisões. Vamos entender isso passo a passo, de forma simples.
Como
o medo interfere na visão da realidade?
O
medo é uma emoção que prepara nosso corpo para se proteger de ameaças. O
problema é que, às vezes, ele nos faz ver ameaças onde elas não existem ou
exagerar riscos. No caso de um Fiscal de Caixa que tem medo de não conseguir
sair do trabalho, o medo pode influenciar sua percepção da realidade de várias
formas:
Atenção
seletiva ao negativo – O Fiscal pode focar apenas nos desafios e dificuldades
de mudar de emprego, ignorando as oportunidades e recursos que ele tem. Ele
pode pensar: "É muito difícil achar outro trabalho, eu nunca vou
conseguir", mesmo que existam oportunidades.
Interpretação
distorcida – O medo pode fazer o Fiscal enxergar a saída do trabalho como algo
muito mais arriscado do que realmente é. Ele pode acreditar que se sair, nunca
mais conseguirá um emprego ou que fracassará, quando na verdade há chances
reais de sucesso.
Efeito
da profecia autorrealizadora – Se ele acredita que não conseguirá sair, pode
acabar nem tentando de verdade, reforçando o medo. Por exemplo, pode evitar
buscar novas oportunidades, não estudar alternativas e, com isso, realmente não
sair, confirmando sua crença inicial.
Tomada
de decisão baseada no medo – Em vez de planejar uma saída estratégica, o Fiscal
pode ficar paralisado ou tomar uma decisão impulsiva, como pedir demissão sem
preparação ou continuar infeliz no trabalho por tempo indeterminado.
Exemplo
prático:
Imagine
que o Fiscal vê um anúncio de emprego para psicólogo (o que ele realmente
deseja ser). Mas, por medo, ele pensa:
"Eles
nunca vão me contratar." (generalização negativa)
"Se
eu sair do mercado agora, nunca mais vou conseguir voltar."
(catastrofização)
"É
melhor eu ficar onde estou, mesmo infeliz, do que correr o risco."
(aversão ao risco)
Esses
pensamentos podem impedir que ele sequer tente enviar um currículo.
Como
lidar com isso?
Reconhecer
o medo – Admitir que ele existe e entender que ele pode estar distorcendo a
realidade.
Buscar
fatos reais – Procurar informações concretas sobre o mercado de trabalho,
conversar com profissionais da área.
Criar
um plano gradual – Em vez de uma mudança radical, ele pode traçar pequenos
passos, como fazer networking, buscar especializações ou procurar estágio.
Usar
estratégias de enfrentamento – Técnicas como respiração profunda,
reestruturação de pensamentos e suporte social podem ajudar a reduzir o impacto
do medo.
Conclusão
O
medo pode criar uma "lente negativa" que impede o Fiscal de ver
soluções e agir com clareza. Ao identificar essas distorções e adotar uma
abordagem mais racional, ele pode superar essa barreira e tomar decisões mais
estratégicas para sair do trabalho e seguir seu verdadeiro propósito.
Um
sujeito está tentando preencher a falta de sexo carinho atenção e outras nã
busca incessante de uma mulher nos apps de relacionamento mas não está
conseguindo preencher esse espaço vazio. Me explica e interpreta como se eu
fosse um iniciante pela abordagem da psicanálise
Na
psicanálise, esse sujeito pode estar tentando preencher um vazio emocional
através da busca por uma mulher nos aplicativos de relacionamento. Vamos
entender isso passo a passo.
que está acontecendo no nível psíquico?
Desejo
do Id – O Id é a parte inconsciente da mente que busca prazer imediato. O
sujeito sente falta de sexo, carinho e atenção, então o Id impulsiona ele a
procurar esses prazeres nos aplicativos.
Censura
do Superego – O Superego representa as normas, valores e crenças que a
sociedade impõe. Se ele foi ensinado que “não se deve depender dos outros para
ser feliz” ou que “relacionamentos virtuais são superficiais”, o Superego pode
julgá-lo e gerar culpa ou frustração.
Ego
tentando equilibrar – O Ego é a parte racional que tenta conciliar o desejo do
Id e as regras do Superego. Ele usa os aplicativos como uma estratégia para
obter prazer, mas não está conseguindo preencher esse vazio porque talvez o que
ele realmente busca não seja apenas sexo, mas uma conexão mais profunda.
Por
que os aplicativos não estão funcionando?
Busca
de prazer imediato – Se ele está apenas tentando satisfazer um desejo sem
resolver a causa do vazio emocional, o prazer obtido será passageiro.
Mecanismo
de defesa da compensação – Ele pode estar tentando substituir um problema
emocional por outro comportamento (exemplo: “Se eu encontrar alguém nos apps,
meu vazio desaparecerá”).
Repetição
de padrões inconscientes – Se ele tem traumas ou carências do passado (como
rejeição ou abandono), pode estar buscando inconscientemente repetir essas
situações para tentar resolvê-las.
Exemplo
prático
Imagine
que esse sujeito teve um histórico de pouca atenção emocional na infância. Ele
pode ter aprendido que precisa da validação de outra pessoa para se sentir bem.
Ao não conseguir isso nos apps, ele sente ainda mais frustração, porque está
tentando preencher um vazio emocional com algo externo.
O
que a psicanálise sugere?
Autoconhecimento
– Entender a real origem desse vazio. O que ele sente falta de verdade?
Análise
dos padrões inconscientes – Será que ele busca pessoas que reforçam sua
frustração?
Trabalhar
a relação com ele mesmo – Se o desejo é carinho e atenção, ele pode começar a
se dar isso antes de buscar nos outros.
Conclusão
Esse
sujeito está tentando suprir uma necessidade emocional profunda com algo
superficial e imediato. A psicanálise mostra que, para realmente preencher esse
espaço vazio, ele precisa olhar para dentro e entender o que está por trás
desse desejo, em vez de apenas buscar gratificações externas.
Como
está a auto percepção do fiscal de caixa que deseja desligar se da empresa
porém não consegue enxergar o melhor caminho para seguir
A
autopercepção do Fiscal de Caixa que deseja sair da empresa, mas não consegue
enxergar o melhor caminho, está provavelmente atravessada por um conflito
interno entre desejo e medo. Vamos analisar isso pela psicologia social e pela
psicanálise.
Pela
Psicologia Social
Influência
do meio – Ele pode estar preso a normas sociais que dizem que sair de um
emprego fixo é arriscado. Colegas e familiares podem reforçar essa ideia,
tornando mais difícil para ele visualizar outras possibilidades.
Percepção
de falta de controle – Ele pode sentir que não tem poder sobre sua própria
decisão, achando que depende de fatores externos, como uma oportunidade
perfeita ou um sinal claro do que fazer.
Dissonância
cognitiva – Ele sabe que está insatisfeito e deseja sair, mas ao mesmo tempo
justifica permanecer com pensamentos como "pelo menos tenho um salário
fixo". Isso gera um desconforto mental, pois suas ações não condizem com
seu desejo.
Pela
Psicanálise
Conflito
entre Id, Ego e Superego
d
(desejo) → Quer sair, buscar algo novo, realizar um propósito.
Superego
(censura) → Diz que é perigoso, que ele deve se preocupar com estabilidade
financeira e que pode estar cometendo um erro.
Ego
(realidade) → Fica no meio do conflito, tentando equilibrar o desejo de mudança
com o medo do risco.
Mecanismos
de defesa
Repressão
– Ele pode reprimir seu desejo de sair, evitando pensar no assunto ou adiando a
decisão.
Racionalização
– Pode criar justificativas para não agir, como "o mercado está ruim
agora" ou "vou esperar mais um pouco".
Projeção
– Pode culpar fatores externos (empresa, mercado, família) pela dificuldade de
decidir, em vez de reconhecer seu próprio medo da mudança.
Como
ele enxerga a situação?
Ele
sente que está preso, sem enxergar uma saída clara. Esse bloqueio pode fazer
parecer que ele não tem opções, quando, na verdade, ele tem, mas o medo está
distorcendo sua percepção. Ele pode acreditar que:
Qualquer
escolha errada será um fracasso.
Só
pode sair se tiver certeza absoluta do que vai fazer.
O
risco é maior do que realmente é.
Caminho
para clareza
Aceitar
o conflito interno – Reconhecer que o medo é natural, mas não deve impedir a
ação.
Identificar
pequenas ações concretas – Em vez de pensar na saída como algo distante, focar
em pequenos passos (pesquisar oportunidades, conversar com profissionais da
área desejada, organizar finanças).
Trabalhar
o medo de forma racional – Perguntar-se: "O que realmente me impede? O
risco é real ou minha mente está ampliando o problema?"
Conclusão
A
autopercepção dele está nublada pelo medo e pela influência do ambiente. Ele
precisa reformular sua visão da situação, percebendo que a mudança não precisa
ser brusca e que ele tem mais controle do que imagina. Ao organizar seus
pensamentos e dar pequenos passos, ele pode começar a enxergar um caminho mais
claro.
A
auto percepção do sujeito está distorcida porque ele não tem informações
concretas de qual caminho seguir pára sair do emprego atual. A falta de Clareza
sobre às informações o impede de Tomar decisões e o risco é real
Exatamente!
A autopercepção do sujeito está distorcida porque ele não tem informações
concretas, e isso gera um ciclo de incerteza e paralisia. Vamos aprofundar essa
análise pela psicologia social e pela psicanálise.
Pela
Psicologia Social: Como a falta de clareza impacta a percepção?
Viés
da incerteza – Quando uma pessoa não tem informações suficientes, o cérebro
tende a superestimar os riscos e subestimar as possibilidades. O desconhecido
parece mais perigoso do que realmente é.
Influência
do meio – Se ele conversa com pessoas que também têm medo da mudança, esse medo
se reforça. Se ninguém ao redor dele fez essa transição, ele pode acreditar que
é impossível.
Efeito
da profecia autorrealizadora – Se ele acredita que não há saída, pode nem
procurar informações, reforçando sua crença de que está preso.
Pela
Psicanálise: Como a mente lida com essa falta de informações?
Conflito
psíquico entre Id, Ego e Superego
Id
(desejo) → Quer sair do emprego e buscar algo mais alinhado com seu propósito.
Superego
(censura) → Diz que é perigoso, que ele pode fracassar, que ele deve ser
responsável.
Ego
(realidade) → Fica preso na falta de informações e, sem clareza, não consegue
tomar decisões concretas.
Mecanismos
de defesa ativados
Repressão
→ Ele pode evitar pensar no assunto para não sentir ansiedade.
Projeção
→ Culpa a empresa, o mercado ou a economia, quando na verdade o problema está
na falta de um plano claro.
Racionalização
→ Cria justificativas como "não tem como sair agora", quando na
verdade ainda não buscou as informações necessárias para avaliar o real risco.
O
Risco é Real – O que fazer?
Sim,
o risco de sair do emprego sem um plano é real. Mas ele não pode ser avaliado
corretamente sem dados concretos. Para transformar essa percepção distorcida em
uma visão mais objetiva, ele precisa:
Buscar
informações reais → Pesquisar sobre o mercado, conversar com pessoas da área
desejada, entender suas opções.
Dividir
a decisão em pequenos passos → Em vez de focar apenas no momento da demissão,
criar um plano gradual (ex.: começar atendimentos como psicólogo
paralelamente).
Reconhecer
que o medo é normal, mas não pode ser o único fator decisivo → O medo pode ser
um alerta, mas também pode ser um bloqueio se não for analisado racionalmente.
Conclusão
A
falta de informações concretas faz com que ele veja apenas riscos e incertezas,
impedindo a tomada de decisão. O primeiro passo para sair desse ciclo é buscar
clareza sobre suas opções, diminuindo a influência da percepção distorcida
causada pelo medo.
Exatamente
ele não conhece ninguém que tenha feito essa transição que ele deseja fazer
portanto não tem referência alguma ele será sua própria referência quanto a
transição acontecendo ou não
Isso
mesmo! Como ele não tem referência externa, a incerteza se torna ainda maior,
porque o cérebro humano tende a buscar exemplos para validar decisões. Sem
alguém para seguir como modelo, ele sente que está pisando em terreno
desconhecido, o que ativa ainda mais o medo do fracasso e a paralisia na tomada
de decisão.
O
que isso significa na prática?
Ele
será sua própria referência → Se ninguém ao seu redor fez essa transição, ele
precisa construir sua própria rota e confiar em sua capacidade de aprendizado e
adaptação.
O
medo pode distorcer a percepção da realidade → Sem informações concretas, o
medo pode criar cenários catastróficos que nem sempre são reais, fazendo-o
acreditar que a mudança é impossível ou arriscada demais.
A
sensação de solidão na decisão → Como ele não tem um modelo para se inspirar,
pode se sentir isolado e duvidar de sua própria intuição.
Como
sair desse bloqueio?
Se
ele precisa ser sua própria referência, então ele pode começar a criar suas
próprias evidências. Algumas estratégias:
Buscar
informações de pessoas que fizeram transições semelhantes, mesmo que não sejam
do seu círculo pessoal
Ler
relatos, assistir entrevistas, estudar trajetórias de quem mudou de área para
psicologia.
Se
conectar com profissionais da área (redes sociais, eventos, grupos de
discussão).
Testar
a transição antes da decisão final
Começar
atendimentos paralelamente para ganhar experiência e segurança.
Fazer
pequenos experimentos para validar se o caminho é realmente o que deseja.
Mudar
o foco do medo para a construção de um plano sólido
Em
vez de se concentrar no que pode dar errado, concentrar-se em construir um
passo a passo concreto para que a transição ocorra da forma mais segura
possível.
Conclusão
O
fato de ele não ter uma referência externa torna o medo maior, mas também
significa que ele tem a oportunidade de ser a primeira referência para si mesmo
e para outros no futuro. Ele não precisa ter todas as respostas agora—apenas o
primeiro passo já é suficiente para começar a mudar sua percepção e enxergar
possibilidades onde antes só havia incerteza.
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