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Professora Assassinada Em Escola E A Pulsão DE Morte Agindo Através De Um Menor

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O sujeito e a pulsão de morte são conceitos fundamentais da psicanálise, desenvolvidos por Sigmund Freud. A pulsão de morte, também conhecida como "pulsão destrutiva", é uma das duas pulsões básicas do ser humano, ao lado da pulsão de vida.

De acordo com Freud, a pulsão de morte é uma força instintiva presente em todo ser humano, que se manifesta através de desejos destrutivos, agressivos e autodestrutivos. Esses desejos são parte do inconsciente humano e são direcionados tanto para o mundo externo quanto para o próprio indivíduo.

A relação entre o sujeito e a pulsão de morte na sociedade é complexa e multifacetada. Por um lado, a pulsão de morte pode ser vista como uma força que impulsiona ações destrutivas em indivíduos e grupos, como a violência, a guerra e o terrorismo. Por outro lado, a pulsão de morte também pode ser vista como uma fonte de energia que impulsiona a criatividade e a transformação, como na arte, no ato de escrever artigos e na tecnologia. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Alguns teóricos da psicanálise, como Herbert Marcuse, argumentam que a sociedade moderna é caracterizada por uma supressão excessiva da pulsão de morte, o que leva à repressão e à alienação dos indivíduos. Outros, como Erich Fromm, afirmam que a sociedade moderna é caracterizada por uma excessiva valorização da pulsão de morte, o que leva a uma cultura de violência e agressão.

Em resumo, a relação entre o sujeito e a pulsão de morte na sociedade é complexa e depende de vários fatores, como a cultura, a história e as condições econômicas e políticas. No entanto, é importante reconhecer a presença da pulsão de morte como uma força psicológica fundamental que influencia o comportamento humano em diversos níveis.

No entanto, a motivação para cometer assassinato pode variar muito de acordo com o indivíduo e as circunstâncias específicas envolvidas. Algumas das possíveis motivações para cometer assassinato incluem por exemplo, medo, raiva e ressentimento, pois a pessoa pode sentir-se injustiçada, ofendida ou humilhada por outra pessoa e desejar vingança, como Bullying por exemplo. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

A ganância onde o assassinato pode ser motivado por razões financeiras, como herança, seguro de vida ou dívida. O ciúme, no qual a pessoa pode sentir-se ameaçada por um relacionamento que o parceiro tem com outra pessoa e desejar eliminá-la.

Distúrbios mentais, em casos de distúrbios mentais graves, como psicose ou esquizofrenia, a pessoa pode estar convencida de que o assassinato é necessário ou justificável. O fanatismo ou extremismo, onde algumas pessoas podem cometer assassinato por causa de crenças extremistas ou fanáticas, como motivos políticos ou religiosos.

É importante lembrar que o assassinato é uma ação extremamente grave e, independentemente da motivação, é considerado um crime em todas as jurisdições. Se você estiver preocupado com seus próprios pensamentos ou desejos violentos, é importante buscar ajuda profissional imediatamente.

Assassinato é um termo que se refere à ação de matar outra pessoa de forma intencional. A pulsão de morte, por sua vez, é um conceito psicanalítico proposto por Sigmund Freud que se refere a uma força psíquica que leva os seres humanos a se autodestruir ou a destruir os outros.

Embora a relação entre assassinato e pulsão de morte possa parecer evidente, é importante lembrar que nem todos os assassinatos são motivados pela pulsão de morte.

Existem muitos outros fatores que podem levar uma pessoa a cometer um assassinato, como raiva, ciúme, vingança, humilhação entre outros. No entanto, em alguns casos, a pulsão de morte pode ser um fator que contribui para o comportamento assassino.

De acordo com a teoria psicanalítica, a pulsão de morte é uma força que está presente em todas as pessoas e que pode se manifestar de várias maneiras, como por exemplo, em fantasias destrutivas, pensamentos obsessivos sobre a morte ou em comportamentos auto lesivos.

Quando a pulsão de morte se torna muito intensa, pode levar a comportamentos violentos e agressivos, atos de terrorismo incluindo o assassinato. É importante notar, no entanto, que a pulsão de morte não é a única causa do comportamento assassino e que há muitos outros fatores psicológicos, sociais e culturais envolvidos. A pulsão de morte é um conceito psicanalítico proposto por Sigmund Freud que se refere a uma força interna que impulsiona os indivíduos em direção à destruição e ao desaparecimento.

Embora seja um conceito controverso e discutido na psicanálise, alguns teóricos acreditam que a pulsão de morte pode se manifestar na sociedade de diversas maneiras. Por exemplo, algumas formas de violência, destruição e agressão podem ser consideradas expressões da pulsão de morte.

O comportamento suicida também pode ser visto como uma manifestação dessa força interna. Além disso, algumas teorias psicanalíticas argumentam que a pulsão de morte pode estar envolvida em comportamentos autodestrutivos, como vícios, transtornos alimentares e outros comportamentos prejudiciais à saúde.

Entretanto, é importante ressaltar que a pulsão de morte é uma teoria psicanalítica que não tem comprovação científica e que é debatida por muitos estudiosos da área. Além disso, mesmo que algumas formas de comportamento violento e autodestrutivo possam ser explicadas por essa teoria, é preciso considerar outros fatores, como influências sociais, culturais e psicológicas, para entender completamente esses comportamentos na sociedade.

Sinto muito por essa tragédia terrível. A morte de uma professora em uma escola é algo que choca e entristece a todos, pois ela representa não apenas a perda de uma vida valiosa, mas também a violação de um lugar que deveria ser seguro e protegido.

A violência em ambientes escolares é um problema complexo e multifacetado, que pode ser causado por diversos fatores, como conflitos interpessoais, bullying, exclusão social, problemas familiares, distúrbios psicológicos, entre outros. Onde a compulsão a repetição opera constantemente. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

No entanto, é importante destacar que nenhum desses fatores justifica a violência, e que sempre devemos buscar soluções pacíficas e não violentas para resolver conflitos. É especialmente preocupante o fato de um menor de idade ter sido o autor desse ato violento.

Isso evidencia a presença da pulsão de morte, que é uma tendência natural e inata do ser humano para a autodestruição e a agressão. Essa pulsão pode ser exacerbada por diversos fatores, como traumas, frustrações, sentimento de impotência, entre outros.

Diante dessa situação, é importante que a sociedade como um todo reflita sobre o que pode ser feito para prevenir a violência em ambientes escolares e para ajudar aqueles que apresentam sinais de desequilíbrio emocional ou comportamental.

Isso pode incluir medidas como o fortalecimento do diálogo e da empatia entre os estudantes, a promoção de atividades que estimulem a reflexão sobre a violência e seus efeitos, o investimento em programas de apoio psicológico para estudantes e suas famílias, entre outros. Mais do que nunca, é necessário que todos nós assumamos a responsabilidade de cuidar uns dos outros e de construir uma sociedade mais pacífica e solidária.

 

Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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