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Série Netflix Dia Zero

 Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. “Dia Zero” é uma minissérie de suspense político disponível na Netflix, estrelada por Robert De Niro no papel do ex-presidente dos Estados Unidos, George Mullen. A trama gira em torno de um ataque cibernético devastador que mergulha no país no caos, levando Mullen a sair da aposentadoria para investigar a origem do ataque e desmantelar uma complexa rede de mentiras e conspirações.

Do ponto de vista da psicologia social, a série aborda temas como manipulação da informação, influência social e comportamento coletivo. A manipulação da informação é evidente na forma como diferentes atores políticos e midiáticos distorcem os fatos para moldar a opinião pública, criando narrativas que servem a seus próprios interesses. Isso reflete o conceito de “controle da informação”, onde aqueles que têm o poder sobre os meios de comunicação podem influenciar percepções e comportamentos em larga escala.

A influência social é explorada através das interações entre personagens que representam diversas esferas de poder, incluindo políticos, jornalistas e líderes empresariais. As decisões e ações de indivíduos são frequentemente moldadas pelas pressões e expectativas do grupo, ilustrando questões como conformidade e obediência à autoridade. Essas dinâmicas destacam como o comportamento individual pode ser influenciado pelo contexto social e pelas relações de poder.

O comportamento coletivo é outro aspecto central, especialmente na representação de como a sociedade reage ao ataque cibernético. A série retrata o pânico e a desordem que se espalha entre a população, exemplificando conceitos como "comportamento de massa" e "psicologia das multidões". Essas respostas coletivas podem levar a decisões irracionais e à propagação de rumores, exacerbando uma crise.

 

Além disso, “Dia Zero” levanta questões sobre segurança digital, corrupção política e manipulação da mídia, indicando que, mesmo com a revelação da verdade, os jogos de poder começam. Isso reforça uma visão cínica sobre o funcionamento das democracias modernas e destaca a complexidade das relações de poder na sociedade contemporânea.

Para uma análise mais detalhada sobre os aspectos políticos e cibernéticos da série, você pode assistir ao vídeo abaixo:

Na série "Dia Zero" , o arma Proteus é um sofisticado sistema de ataque cibernético projetado para desestabilizar sociedades ao manipular informações e redes digitais críticas.

Como a arma Proteus funciona e causa danos à sociedade:

Manipulação de Informação e Fake News

Proteus espalhou desinformação em massa, criando narrativas falsas que influenciam a opinião pública e alimentam divisões sociais.

Isso leva ao aumento da desconfiança nas instituições, afetando a coesão social e provocando pânico coletivo.

Psicologia social : Esse específico se relaciona ao efeito de desinformação , onde a exposição a informações falsas relacionadas à memória e ao julgamento das pessoas.

Ataques a Infraestruturas Críticas

O armamento envolve sistemas essenciais, como energia elétrica, bancos e hospitais, levando ao colapso dos serviços públicos.

O resultado é o caos social, com pessoas entrando em pânico, escassez de recursos e aumento da criminalidade.

Psicologia social : Isso ativa o comportamento coletivo de pânico , onde as reações emocionais extremas em massa dificultam respostas racionais.

Desestabilização Política

 

Proteus expõe segredos políticos e manipula eleições ao hackear sistemas governamentais, minando a legitimidade dos líderes.

Isso gera protestos, revoltas e polarização extrema.

Psicologia social : Ilustra o conceito de desindividuação , no qual o indivíduo em um grande grupo perde a autoconsciência e idade de acordo com o comportamento coletivo, muitas vezes irracional.

Criação de Conflitos Internacionais

O ataque é orquestrado de forma a incriminar outros países, aumentando as geopolíticas e ameaçando a paz mundial.

Psicologia social : Relaciona-se ao processo de categorização social , onde um grupo externo é visto como ameaça, reforçando preconceitos e hostilidades.

Impacto psicológico geral de Proteus:

Medo generalizado : A incerteza e a falta de controle geram ansiedade em massa.

Quebra de confiança social : As pessoas passam a duvidar umas das outras e das instituições.

Obediência cega à autoridade : Em meio ao caos, muitos se submetem a líderes autoritários em busca de segurança.

Assim, Proteus não venceu fisicamente, mas corrói o tecido social à exploração de vulnerabilidades humanas, manipulando comportamentos e opiniões em larga escala.

Na minissérie "Dia Zero", uma arma neurológica conhecida como Proteus é utilizada para desestabilizar mentalmente o ex-presidente George Mullen, interpretada por Robert De Niro. Inicialmente, Mullen apresenta sintomas como alucinações e lapsos de memória, indicando um quadro de demência. Contudo, ao longo da trama, é revelado que esses sintomas são, na verdade, resultantes da exposição ao Proteus, uma arma secreta desenvolvida para causar doenças neurológicas.

 

A responsabilidade pelo uso do Proteus contra Mullen recai sobre um grupo de altos funcionários do governo dos Estados Unidos. Este grupo inclui o presidente da Câmara dos Deputados, Richard Dreyer, e a filha de Mullen, a deputada Alexandra Mullen. Eles orquestraram um ataque cibernético devastador, conhecido como “Dia Zero”, com o objetivo de desestabilizar o país e redefinir a estrutura política. Para garantir que George Mullen não interferisse em seus planos, eles recorreram ao Proteus para comprometer sua saúde mental e, assim, minar sua reposição e capacidade de ação.

Essa revelação adicionou uma camada profunda de intriga narrativa, levantando questões sobre lealdade, ética e as complexas dinâmicas de poder dentro do governo. A utilização do Proteus contra Mullen não apenas evidencia as táticas extremas empregadas por aqueles em posições de autoridade para alcançar seus objetivos, mas também destaca as vulnerabilidades internas mesmo às figuras mais influentes quando confrontadas com conspirações internas.

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