Pular para o conteúdo principal

Desejo De Atuar Em Locais De sofrimento

 Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Na série Dr. House, acompanhamos Dr. Gregory House, um médico brilhante, mas com uma personalidade complexa e frequentemente conflituosa. Ele é cínico, sarcástico, e tem um comportamento autossabotador, além de lutar contra a dor crônica e o vício em analgésicos. Pela psicanálise, podemos entender alguns aspectos de sua personalidade e comportamento.

O Id: Esse é o sistema psíquico que representa nossos impulsos e desejos básicos, agindo sem considerar consequências, apenas buscando satisfação imediata. Dr. House demonstra muitos desses impulsos do id. Ele se entrega ao sarcasmo, ao uso de drogas e, muitas vezes, faz o que quer, sem se preocupar com as normas sociais ou com os sentimentos dos outros. Essa busca por prazer imediato pode ser vista em suas atitudes impulsivas, como fazer piadas em momentos inadequados e dizer verdades duras sem qualquer filtro.

O Superego: Enquanto o id busca satisfação, o superego é como uma "consciência moral". Ele regula nossos impulsos e nos faz considerar o certo e o errado, de acordo com as normas sociais. House parece ter um superego enfraquecido, pois ignora convenções sociais e age contra o que a sociedade espera de um médico. No entanto, ele sente culpa e sofrimento – o que indica que seu superego existe, mas é constantemente ignorado ou sufocado por seus outros impulsos.

O Ego: O ego é o mediador entre o id e o superego, equilibrando nossos desejos e as normas da realidade. Dr. House possui um ego que tenta satisfazer o id, mas também busca manter alguma funcionalidade no trabalho. Por exemplo, ele sabe que precisa resolver os casos médicos para justificar sua posição no hospital. No entanto, ele frequentemente fica sobrecarregado pelo id, e seu ego cede aos impulsos de prazer, como o vício em analgésicos.

 

Mecanismos de Defesa: House utiliza diversos mecanismos de defesa para lidar com seu sofrimento e frustrações. O sarcasmo e o cinismo são defesas típicas de quem quer evitar o contato com suas próprias dores emocionais. Ele também pode estar reprimindo emoções como empatia e amor, o que seria uma maneira de evitar se sentir vulnerável. Ao se afastar emocionalmente dos outros, ele evita enfrentar suas próprias inseguranças e o medo da rejeição.

Vício e Compulsão à Repetição: O uso de analgésicos pode ser visto como uma tentativa de aliviar o sofrimento psíquico. Na psicanálise, isso também pode ser considerado uma “compulsão à repetição” – um padrão repetitivo de comportamento autodestrutivo. Dr. House parece estar preso a esse ciclo, usando a droga para fugir de sentimentos que ele provavelmente evita encarar diretamente.

Transferência e Contratransferência: House apresenta uma relação conflituosa com colegas e pacientes. Na psicanálise, transferência é o processo pelo qual alguém projeta sentimentos antigos em outra pessoa (como figuras parentais em seus relacionamentos atuais). House pode transferir seus sentimentos de desconfiança ou desapego para seus pacientes e colegas, tratando-os de forma dura. Já os colegas, ao interagir com ele, também experimentam a contratransferência, ou seja, têm suas próprias emoções evocadas e projetadas, muitas vezes como frustração, compaixão ou mesmo raiva.

Assim, pela lente da psicanálise, Dr. House é uma figura complexa que luta com um id intenso e impulsivo, um superego enfraquecido e um ego sobrecarregado, que usa mecanismos de defesa para evitar o contato com seu sofrimento. Isso faz dele um personagem cheio de camadas, cuja autossabotagem e conflito interno atraem o espectador para entender melhor o sofrimento humano e os conflitos psíquicos.

 

 

 

 

 

 

Para um psicólogo, a série Dr. House pode evocar estímulos conscientes e inconscientes, que podem ser entendidos da seguinte forma:

Estímulos Conscientes

Interesse profissional: O psicólogo pode ser atraído pela série por curiosidade em observar comportamentos complexos, diagnósticos desafiadores e como traços psicológicos afetam as relações entre médicos, pacientes e colegas de trabalho.

Análise de personalidade: Dr. House oferece um "laboratório psicológico" para estudar características como narcisismo, cinismo, e uso de mecanismos de defesa, sendo uma forma de aplicar seus conhecimentos em psicologia.

Reflexão ética e moral: As decisões éticas e a relação do protagonista com os pacientes suscitam questões sobre empatia, compaixão e moralidade. Assistir a série permite ao psicólogo refletir sobre esses aspectos em um ambiente fictício, mas próximo da realidade clínica.

Entretenimento com valor analítico: Além de ser um entretenimento, a série fornece um conteúdo que um psicólogo pode apreciar intelectualmente, observando como situações clínicas e éticas complexas são resolvidas.

Estímulos Inconscientes

Identificação com o personagem: Dr. House, com sua inteligência e dilemas internos, pode despertar um processo de identificação inconsciente. Para alguns psicólogos, isso pode ressoar com seus próprios conflitos ou frustrações, especialmente no que diz respeito a ajudar os outros enquanto lidam com suas próprias dificuldades emocionais.

Fascínio pelo "anti-herói": House representa o arquétipo do "anti-herói" – alguém que age fora das normas sociais, mas possui qualidades redentoras. Psicologicamente, isso pode atrair alguém que, inconscientemente, deseja explorar seu próprio lado menos idealizado ou que tem uma fascinação inconsciente pela rebeldia e pelo desafio às normas sociais.

Projeção de impulsos reprimidos: O personagem de House, com sua falta de filtros e sarcasmo, pode simbolizar impulsos reprimidos de quem sente que precisa moderar suas próprias respostas no trabalho. A série, então, funciona como uma “válvula de escape” para que o psicólogo explore, ainda que de forma indireta, seu lado mais impulsivo.

Compulsão pela compreensão do sofrimento humano: O desejo inconsciente de entender a complexidade do sofrimento humano e seus mecanismos é comum em psicólogos. A série, ao expor dilemas médicos e psicológicos, serve como um meio para explorar o lado sombrio da psique humana e as formas de lidar com o sofrimento, tanto físico quanto psicológico.

Busca de resolução para seus próprios dilemas internos: House enfrenta dilemas morais e emocionais que, de certa forma, podem refletir as tensões que um psicólogo vive entre o profissionalismo e suas próprias questões pessoais. Assistir a série pode trazer insights inconscientes sobre como o psicólogo lida com sua própria dor, frustrações e desejos reprimidos.

Esses estímulos mostram que, para um psicólogo, assistir a Dr. House é mais do que entretenimento: é uma oportunidade de explorar suas próprias motivações, observar o comportamento humano, e refletir sobre dilemas que ressoam em seu inconsciente e em sua prática profissional.

A associação livre de ideias é uma técnica em que o psicólogo permite que os pensamentos fluam sem censura, dizendo tudo o que vem à mente. Assistindo a Dr. House, o psicólogo pode utilizar essa técnica para explorar associações pessoais, refletir sobre as dinâmicas observadas e acessar conteúdos inconscientes. Aqui estão algumas maneiras de acionar a associação livre:

Observando os personagens e relacionando com experiências pessoais: O psicólogo pode observar os comportamentos e características de House e de outros personagens, como seu sarcasmo, ceticismo e rebeldia, e deixar fluir associações. Por exemplo, pode se perguntar: "Que tipo de paciente ou colega me lembra o Dr. House? Como reajo a esse tipo de personalidade na prática clínica?"

Explorando sentimentos espontâneos: A série desperta diversas reações emocionais. Durante ou após cada episódio, o psicólogo pode verbalizar o que sente — irritação, empatia, frustração ou até admiração. Anotar essas reações pode levar a associações com vivências passadas, relacionamentos ou casos que provocaram sentimentos semelhantes.

Refletindo sobre dilemas éticos e morais: Os dilemas enfrentados por House podem evocar reflexões inconscientes sobre como o psicólogo lida com questões éticas na sua prática. Ele pode deixar que pensamentos livres surjam ao se perguntar: "Como eu resolveria um conflito entre meu dever profissional e minhas emoções pessoais? Já me senti dividido entre a lógica e a compaixão?"

Associando características do personagem com traços próprios: Ao observar traços como o perfeccionismo e a autossabotagem de House, o psicólogo pode pensar: "Esses traços se parecem comigo em alguma medida? Em que momento sinto que minha autocrítica ou perfeccionismo interfere no meu trabalho?"

Explorando temas de dor e sofrimento: Dr. House vive em constante dor física e emocional, algo que o psicólogo pode associar a situações em que ele mesmo sentiu sofrimento ou precisou ajudar alguém com esse tipo de dor. Ao verbalizar pensamentos como "Essa dor parece familiar?", ele pode descobrir associações profundas que refletem sua própria experiência com dor, resiliência ou resistência emocional.

Questionando-se sobre a "função do anti-herói": O psicólogo pode se perguntar o que a figura do anti-herói representa para ele, como o fascínio pelo "lado sombrio" ou pela complexidade moral. Pensar em ideias livres como "Por que me sinto atraído por personagens que desafiam normas?" pode revelar reflexões inconscientes sobre rebeldia e os próprios conflitos com a autoridade ou com normas sociais.

 

Através dessas associações livres, o psicólogo não só reflete sobre a série, mas também explora seu próprio inconsciente, transformando a experiência de assistir a Dr. House em um processo de autoconhecimento e descoberta, onde os personagens e as histórias revelam muito sobre suas próprias dinâmicas internas.

É possível que, ao assistir a Dr. House, o psicólogo experimente a ativação de desejos reprimidos que estavam adormecidos no inconsciente. A personalidade complexa e contraditória de House, que desafia regras, expressa impulsos sem filtros e vive em um constante estado de autossabotagem, pode evocar no psicólogo desejos ou impulsos que ele tenha suprimido em nome do profissionalismo ou das expectativas sociais.

Aqui estão alguns exemplos de desejos reprimidos que podem emergir:

Desejo de expressar-se sem censura: Como House é direto e sarcástico, o psicólogo pode sentir o despertar de um desejo reprimido de ser mais franco e expressivo, sem o peso das normas sociais e profissionais. Na prática, o psicólogo muitas vezes precisa ser cuidadoso e ético, o que pode levar a um acúmulo de emoções e pensamentos que ele gostaria de expressar livremente, mas reprime.

Impulso de desafiar normas e convenções: Dr. House age sem se preocupar em seguir as normas de conduta tradicionais, o que pode tocar em um desejo reprimido no psicólogo de também desafiar certas convenções e padrões. Esse desejo pode ter sido reprimido pela necessidade de se adequar aos valores éticos e sociais da profissão, mas ao ver House romper essas regras, ele pode sentir esse impulso ressurgir.

Desejo de experimentar o próprio lado "sombrio": A série explora o lado sombrio do personagem, incluindo traços como o ceticismo extremo, a falta de empatia aparente e o sarcasmo. Isso pode ativar no psicólogo a curiosidade ou mesmo o desejo de explorar e entender seu próprio "lado sombrio", sentimentos que ele geralmente evita ou reprime. Esse desejo de explorar os próprios impulsos menos aceitos pode agora se tornar latente, buscando expressão consciente.

 

Desejo de resolver a dor através de meios alternativos: Dr. House usa o vício em analgésicos para lidar com a dor, o que pode despertar no psicólogo o desejo reprimido de enfrentar a própria dor emocional de forma mais “direta” ou menos ortodoxa. Talvez o psicólogo, em sua prática, acostumou-se a buscar soluções convencionais para as dores emocionais, mas o comportamento de House pode ativar o desejo de explorar outras formas de aliviar o próprio sofrimento.

Impulso de assumir riscos e ser menos “perfeito”: Dr. House é imperfeito e errático, o que pode acionar um desejo latente de se afastar da imagem idealizada de perfeição que o psicólogo tenta manter. Em vez de ser sempre equilibrado, talvez o psicólogo sinta o desejo de se permitir mais falhas e assumir mais riscos, experimentando o próprio lado menos idealizado.

Esses desejos, ao emergirem para a consciência, podem oferecer uma oportunidade de autoconhecimento. Observar a série, então, pode servir como um espaço seguro onde esses impulsos reprimidos se tornam latentes e permitem ao psicólogo refletir sobre como esses desejos se relacionam com sua identidade, vida pessoal e prática profissional.

Assistir à série Dr. House pode, de fato, despertar no psicólogo uma visão ou inspiração para atuar em um ambiente específico, ou com certos perfis de pacientes. A série, ao explorar dilemas médicos, éticos e psicológicos, cria uma atmosfera que pode revelar ao psicólogo uma afinidade com contextos de trabalho que envolvem desafios complexos, decisões rápidas e compreensão aprofundada dos comportamentos humanos.

Ambientes Específicos e Inspirações Possíveis

Ambiente hospitalar ou de emergência: Dr. House se passa em um hospital, onde os casos urgentes exigem ação rápida e compreensão profunda dos sintomas dos pacientes. O psicólogo, ao observar esses cenários, pode se sentir motivado a atuar em hospitais ou unidades de emergência, onde o apoio psicológico aos pacientes e equipes médicas pode fazer uma diferença imediata e significativa. Esse ambiente pode atrair o psicólogo pelo desafio de lidar com situações de crise e sofrimento intenso.

 

Psicologia de pacientes com doenças crônicas ou terminais: Dr. House frequentemente trabalha com casos de doenças graves e complexas. Isso pode despertar no psicólogo o desejo de apoiar pessoas que vivem com condições crônicas ou terminais. Ele poderia ajudar esses pacientes a enfrentar o sofrimento emocional e os dilemas psicológicos que acompanham o diagnóstico e o tratamento de doenças graves, proporcionando um amparo profundo em momentos de vulnerabilidade.

Trabalho em centros de reabilitação e tratamento de dependência: A série apresenta o próprio Dr. House lidando com o vício em analgésicos. Essa temática pode inspirar o psicólogo a atuar em centros de reabilitação, onde ele poderia trabalhar com pacientes que enfrentam dependência química ou outros comportamentos compulsivos. Esse ambiente, que exige um olhar sensível e técnicas de intervenção específicas, pode ser uma área onde o psicólogo perceba que sua ajuda é necessária e onde poderia se sentir realizado.

Consultoria em ética e suporte a profissionais de saúde: O psicólogo pode se ver interessado em um papel de apoio ético e psicológico para outros profissionais de saúde, ajudando médicos, enfermeiros e equipes de saúde a lidar com o desgaste emocional e os dilemas éticos de suas funções. Esse campo, conhecido como healthcare counseling, é ideal para um psicólogo que entende a pressão enfrentada pelos profissionais de saúde e deseja fornecer um espaço seguro para que eles processem suas próprias frustrações e conflitos internos.

Psicologia em ambientes de pesquisa clínica: A série mostra constantemente a busca por diagnósticos difíceis e experimentações médicas. Isso pode inspirar o psicólogo a considerar a psicologia clínica ou a pesquisa psicológica, áreas que exploram comportamentos, diagnósticos psicológicos complexos e intervenções inovadoras. Ele poderia atuar, por exemplo, em um centro de pesquisa para desenvolver métodos de diagnóstico psicológico mais eficientes ou em estudos sobre o impacto de doenças físicas na saúde mental.

A exposição contínua aos dilemas e desafios na série pode agir como um “gatilho” para o psicólogo acessar desejos latentes de ajudar de maneira mais especializada. Ele pode, então, perceber que deseja trabalhar em cenários que permitam maior contato com o sofrimento humano e o apoio em momentos críticos, inspirando-o a buscar um ambiente onde ele possa atuar intensivamente e dar sentido à sua prática.

Ao mesmo tempo, assistir à série pode ajudar o psicólogo a visualizar cenários e pacientes que ele talvez não tivesse considerado antes, expandindo sua visão sobre as áreas da psicologia onde pode atuar e contribuir com mais propósito e significado.

 

Comentários

Postagens mais visitadas

Supervisão Causa Conflitos Desnecessários

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O que motiva uma coordenadora ao elaborar o cronograma de horário dos colaboradores a cometer o erro de trocar colaboradores em determinado horário e gerando descontentamento nos demais. Existem várias razões pelas quais uma coordenadora pode cometer o erro de trocar colaboradores em um horário específico, gerando descontentamento nos demais. Algumas dessas razões podem incluir: Falta de atenção: A coordenadora pode estar distraída ou sobrecarregada e não prestar atenção suficiente ao elaborar o cronograma. Isso pode resultar em erros ao atribuir tarefas ou horários aos colaboradores. Falta de comunicação: A coordenadora pode não ter comunicado adequadamente aos colaboradores sobre o cronograma de horários ou as mudanças que ocorreram nele. Isso pode resultar em confusão e descontentamento quando os colaboradores são atribuídos a tarefas ou horários dif...

Psicólogo Fracassa Carreira Busca Academia Psicologia Social

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo fracassa na carreira de psicologia, então se decidi ir para academia para alterar a imagem corporal. É possivel estar fazendo academia para compensar a perda da imagem idealizada de psicólogo. Me explique como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicologia Social. A psicologia social estuda como as pessoas pensam, sentem e se comportam em contextos sociais. Ela examina como as interações sociais e as normas culturais influenciam nossas percepções, atitudes e comportamentos. No caso específico de alguém que decide ir para a academia para alterar a imagem corporal após um fracasso na carreira de psicologia, podemos analisar isso sob a perspectiva da teoria da autopercepção e da teoria da compensação. A teoria da autopercepção sugere que as pessoas podem inferir seus próprios estados internos e traços de personalidade observando seu pró...

Onde, Está Meu Trabalho? Orientação Para Realidade

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo informa o leitor a levar em conta a desorientação que se trata da capacidade da pessoa em situar-se com relação a si mesma e ao ambiente, no tempo e no espaço. Orientação alo psíquica, diz respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, isto é, quanto ao espaço [orientação espacial] e quanto ao tempo [orientação temporal]. E se está acionando inconscientemente alguma estratégia de enfrentamento adaptativa ou desadaptativa. Quando estamos trabalhando manuseamos as estratégias de enfrentamento alicerçadas no saber da profissão, isto é, baseada em todos os conhecimentos adquiridos no curso e experiência. Mas, ao depararmos com situações que causam conflitos emocionais originados no ambiente organizacional por supervisores, colegas de trabalho, colaboradores a tendência é fugir por entre o mecanismo defesa fuga, por falta de recursos de enfrentamento de competências socioemocionais. As vezes...

Oportunidades De Emprego São Criadas Por [...]

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para compreender. Cono são gerados os empregos no mercado de trabalho. As condições econômicas, como o crescimento ou recessão da economia, podem afetar a capacidade das empresas de contratar novos funcionários. E as políticas governamentais, como impostos e regulamentações, também podem afetar a criação de empregos em determinadas indústrias.   Por tanto, a criação de oportunidades de emprego é um processo complexo que é influenciado por muitos fatores diferentes, e a conjuntura do mercado de trabalho e a demanda por serviços específicos são apenas alguns deles. Além disso, é importante considerar que as oportunidades de emprego não são distribuídas igualmente em todas as regiões ou setores da economia. Algumas áreas podem ter uma demanda maior por determinados tipos de trabalhadores, enquanto outras podem ter um mercado de trabalho mais limitado. Por exemplo, uma cid...

Gênero E Relacionamento Amoroso

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um indivíduo acredita que, após o surgimento de uma amizade, não é possível desenvolver um relacionamento amoroso, pois entende que, se não houver atração física desde o início, não há base para um namoro. Em contraste, uma mulher defende que, por meio da convivência e do fortalecimento da amizade, pode surgir o amor romântico. Essa diferença de perspectiva revela contrastes importantes: enquanto o homem valoriza inicialmente o desejo sexual como condição para o envolvimento amoroso, a mulher prioriza o vínculo afetivo e a conexão emocional como alicerces de um possível relacionamento. Essa divergência ilustra duas formas distintas de interpretar o início de um vínculo amoroso. De um lado, está a visão imediatista e sensorial, centrada no erotismo como porta de entrada. Do outro, uma perspectiva mais relacional e subjetiva, que vê na amizade a possibili...

Fiscal De Caixa Controladora

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. O fiscal do sexo masculino estáva auxiliando a operadora de caixa no fechamento. De repente chegou a fiscal de caixa do sexo feminino e falou bruptamente com o fiscal dizendo que ele não deve ajudar a operadora de caixa mas sim apagar às luzes quando solicitado na frente do Caixa. O fiscal não falou nada e deixou a operadora de caixa. Na psicanálise, podemos entender o comportamento da fiscal de caixa do sexo feminino analisando os possíveis desejos, medos e mecanismos de defesa envolvidos na situação. Vamos interpretar passo a passo, como se você fosse um iniciante. 1. O que aconteceu? O fiscal do sexo masculino estava ajudando a operadora de caixa a fechar o caixa. De repente, a fiscal do sexo feminino interveio de forma abrupta, dizendo que ele não deveria ajudar, mas sim apagar as luzes quando solicitado. O fiscal não reagiu verbalmente e s...

Ônibus Lotado – Comportamento Por Conformidade

  Ano 205. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Ônibus lotado, pessoas agasalhadas, janelas fechadas. O ambiente torna-se abafado, desconfortável e com odor desagradável, consequência da falta de ventilação e, em alguns casos, da ausência de cuidados básicos com a higiene pessoal, como banho e escovação dos dentes. Essa situação compromete o bem-estar coletivo e evidencia a necessidade de consciência social. Quando todos compartilham o mesmo espaço, é fundamental que cada um colabore para manter um ambiente minimamente saudável e respeitoso. Cuidar da própria higiene, usar roupas adequadas à temperatura e permitir a circulação de ar abrindo as janelas são atitudes simples que demonstram consideração com o outro. Em um transporte coletivo, o desconforto de um pode se transformar em sofrimento para todos. Portanto, é essencial que cada passageiro assuma sua parte na responsabilidade coletiva. ...

Reter Colaboradores – Administração – Gestão De Pessoas

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Para reter colaboradores na organização utilizando exclusivamente o conhecimento administrativo, é fundamental aplicar estratégias que promovam a valorização do capital humano, a eficiência dos processos internos e a construção de um ambiente organizacional coerente com os objetivos institucionais. A retenção não deve ser tratada como um evento isolado, mas como um processo contínuo de gestão estratégica de pessoas. O primeiro passo é estabelecer uma estrutura organizacional clara, com papéis e responsabilidades bem definidos. Quando o colaborador compreende sua função e a importância de seu trabalho no alcance das metas organizacionais, ele tende a se engajar e a permanecer mais tempo na empresa. A gestão eficiente da comunicação interna é outro ponto essencial. O colaborador precisa ser informado, escutado e reconhecido. Uma liderança assertiva...

Sexo, Afeto e Compromisso: O Que a Psicologia e a Teologia Têm a Dizer

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Título: Sexo, Afeto e Compromisso: O Que a Psicologia e a Bíblia Têm a Dizer Introdução Em um mundo acelerado, onde as conexões nas redes sociais são instantâneas e muitas vezes superficiais, os relacionamentos também tendem a seguir esse ritmo. Porém, há um caminho mais profundo e significativo para se conectar com o outro: construir um vínculo afetivo verdadeiro. Neste artigo, vamos explorar, de forma simples e direta, como a psicologia social, a psicanálise e a visão bíblica nos ajudam a entender esse processo. O início da intimidade: escuta e troca toda construção emocional começa pela escuta verdadeira. Quando somos ouvidos com atenção e respeito, sem julgamentos, criamos um espaço seguro para nos expressar. A psicologia social mostra que a escuta empática é a base do vínculo interpessoal. Do ponto de vista psicanalítico, é nesse momento que o ego ...

Dinâmica De Poder Nas Instituições – Psicologia Organizacional

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. A dinâmica de poder em uma organização refere-se à distribuição e ao exercício do poder entre os membros e diferentes níveis hierárquicos dentro da empresa. O poder é uma influência que permite que um indivíduo ou grupo afete o comportamento ou as decisões dos outros. Existem diferentes teorias e abordagens para entender a dinâmica de poder em uma organização. Vou apresentar alguns dos principais através da psicologia organizacional. Teoria das bases de poder: Essa teoria, proposta por French e Raven, identifica cinco bases de poder que uma pessoa pode ter na organização. São elas: Poder coercitivo: baseia-se no medo de punição ou consequências negativas. Poder de recompensa: baseia-se na capacidade de recompensar ou oferecer incentivos. Poder legítimo: baseia-se na autoridade formal concedida pela posição hierárquica. Poder de especialista: bas...