Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Durante uma
conversa rotineira, a segurança perguntou ao fiscal de caixa há quanto tempo
ele trabalhava na empresa. O fiscal respondeu prontamente: “Dois anos.”
Imediatamente, um colega fiscal interveio, corrigindo-o com firmeza: “Você está
louco? Você entrou apenas um ano depois de mim. Já faz quatro anos que você
trabalha aqui no supermercado!”
Esse
breve diálogo, à primeira vista simples, revela um conteúdo mais profundo. O
equívoco do fiscal ao reduzir pela metade o tempo de serviço pode ser
compreendido como um ato falho — uma manifestação do inconsciente que
escapa na fala, revelando algo que ele mesmo talvez não queira admitir
plenamente. Ao dizer "dois anos", ele possivelmente expressa o
desejo inconsciente de apagar parte do tempo vivido na empresa, tempo esse
que pode estar associado a frustrações, estagnação ou ao sentimento de ter se
distanciado de seus planos e sonhos profissionais.
A
correção imediata do colega não apenas confronta a fala equivocada, mas também
traz à tona a realidade objetiva do tempo passado — quatro anos —, gerando um
possível desconforto emocional. Esse desconforto pode ser interpretado como conflito
psíquico entre o desejo de mudança e o peso da realidade vivida, onde o
fiscal talvez sinta que ainda não conseguiu realizar aquilo que gostaria.
O
encurtamento do tempo de serviço na fala, portanto, pode representar uma
tentativa inconsciente de manter viva a sensação de que “ainda há tempo para
mudar”, como se dois anos fossem um prazo mais aceitável para recomeçar,
enquanto quatro anos poderiam simbolizar uma “prisão” ou derrota diante das
frustrações profissionais.
Essa
situação revela a importância de uma escuta sensível no ambiente de trabalho,
capaz de perceber não apenas os conteúdos objetivos, mas também os sinais
subjetivos que expressam o mundo interno do colaborador.
Vamos
analisar essa situação pela abordagem da psicanálise, explicando de
forma simples, como se você estivesse começando a estudar o assunto:
1.
O que aconteceu?
- Um segurança fez uma pergunta direta
ao fiscal de caixa: “Quanto tempo você tem de empresa?”
- O fiscal respondeu: “Dois anos.”
- Imediatamente, outro fiscal corrigiu: “Você
está louco? Você tem quatro anos aqui.”
2.
Pela psicanálise, o que pode estar acontecendo na mente do fiscal que disse
"dois anos"?
Na
psicanálise, os comportamentos e falas das pessoas nem sempre são totalmente
conscientes. Muitas vezes, o que a gente diz ou faz é influenciado por
desejos inconscientes, conflitos internos e mecanismos de defesa.
3.
Possível interpretação psicanalítica:
a)
Recalque ou repressão (mecanismo de defesa):
- O fiscal pode ter recalcado (esquecido
inconscientemente) parte do tempo que trabalha na empresa, talvez
porque esse período foi marcado por sofrimentos, frustrações ou
sentimentos negativos.
- Ao dizer "dois anos", ele pode
estar, sem perceber, apagando da memória um período difícil, como
se quisesse recomeçar do zero.
b)
Negação (mecanismo de defesa):
- Ele pode estar negando para si mesmo
que já está há tanto tempo na mesma função ou no mesmo lugar, talvez
porque sente que não evoluiu ou que está insatisfeito com sua
trajetória.
c)
Desejo inconsciente de mudança:
- Talvez, no fundo, ele deseje sair da
empresa ou mudar de função, e dizer "dois anos" pode
expressar um desejo de não estar tão preso ao tempo já investido
ali.
- É como se ele tentasse diminuir o peso da
realidade, criando uma ilusão de que ainda está no início, que ainda
pode sair ou mudar sem grandes perdas.
4.
E o outro fiscal?
- Quando o outro fiscal diz "você está
louco", ele pode estar:
- Representando o superego,
que é a parte moral e crítica da mente, que quer lembrar ao colega da
realidade e dos compromissos.
- Ele está trazendo o colega de volta ao princípio
da realidade, tirando-o da negação e forçando-o a encarar os fatos.
Resumo
para iniciantes:
Pela
psicanálise, o fiscal que disse "dois anos" pode estar usando mecanismos
inconscientes para evitar um sofrimento interno. Talvez ele esteja cansado,
arrependido ou frustrado com os anos que já passou na empresa, e por isso disse
um tempo menor. O inconsciente fala através de "lapsos" como esse. Já
o colega que corrigiu pode estar representando a voz da realidade, ou seja, o
superego, que nos lembra das regras e do que é socialmente correto.
O
ato falho do fiscal de caixa foi dizer que trabalha há dois anos na empresa,
quando na verdade já está lá há quatro anos.
O
que é um ato falho na psicanálise?
Para
Freud, o ato falho é quando uma pessoa comete um “erro” aparentemente
simples — como esquecer, trocar palavras, enganar-se em datas ou números — mas
esse erro revela um desejo inconsciente ou um conflito interno.
Ou seja, não é só distração, é o inconsciente se manifestando disfarçadamente.
Análise
do ato falho do fiscal:
Ao
dizer “dois anos”, o fiscal cometeu um ato falho, pois:
- Inconscientemente, ele queria negar ou
apagar os outros dois anos vividos na empresa.
- Pode indicar que os anos anteriores foram
dolorosos, frustrantes ou insatisfatórios, e ele prefere pensar que
começou mais recentemente.
- Também pode revelar um desejo
inconsciente de recomeço ou de sair da empresa, como se dissesse: “ainda
estou no começo, posso sair ou mudar sem culpa.”
- Outra hipótese é que ele sente vergonha
ou arrependimento por estar ali há tanto tempo sem a mudança que
gostaria, e então distorce a realidade para proteger seu ego
(autoimagem).
Resumo
simples:
O
ato falho do fiscal ao dizer que trabalha há “dois anos” (quando são quatro) é
uma maneira inconsciente de fugir de uma realidade que o incomoda,
talvez por frustração, desejo de mudança ou sofrimento acumulado. Ele não
percebe o que faz, mas o inconsciente fala por meio desse erro.
Vamos
aprofundar a interpretação do ato falho com base no perfil emocional do
fiscal de caixa, ainda seguindo a abordagem psicanalítica e explicando de
forma acessível.
1.
Hipótese de perfil emocional:
Vamos
supor que o fiscal de caixa:
- Está sobrecarregado no trabalho e
sente que suas funções são repetitivas;
- Sente-se desvalorizado ou
sem perspectiva de crescimento;
- Tem um desejo reprimido de mudar de carreira,
talvez para uma área mais alinhada com seus valores (como a psicologia,
por exemplo);
- Está em conflito interno entre
permanecer por segurança financeira ou sair em busca de realização
pessoal.
2.
O ato falho como expressão desse conflito:
Ao
dizer que está há “dois anos”, ele encurta o tempo real de serviço (quatro
anos), e isso pode simbolizar:
a)
Desejo de anular uma parte da experiência:
- Os dois primeiros anos talvez tenham sido
mais duros, marcados por frustrações, conflitos, ou sensação de
estagnação.
- O inconsciente “apaga” esse período como
forma de proteger o ego do sofrimento.
b)
Desejo inconsciente de recomeço:
- Ao dizer “dois anos”, ele pode estar reconstruindo
sua história de forma mais leve, como se dissesse a si mesmo: “ainda
dá tempo de mudar, não estou aqui há tanto tempo assim.”
- Isso mostra um ego tentando se
reorganizar diante de um desejo de transformação.
c)
Superego como fonte de culpa ou censura:
- Se o fiscal já pensou em sair ou mudar, mas não
conseguiu por medo, insegurança ou culpa, o superego (parte crítica e
moral) pode estar censurando esse desejo.
- O ato falho mostra que o ego tenta
escapar da rigidez do superego, criando um lapso que simboliza uma
tentativa de “libertação”.
3.
Conflito entre princípio do prazer e princípio da realidade:
- Princípio do prazer (id):
deseja sair, mudar, buscar realização pessoal.
- Princípio da realidade (ego):
sabe que há contas a pagar, estabilidade a manter.
- Superego: critica e censura
qualquer desejo de “abandono”, chamando-o de irresponsável ou egoísta.
O
ato falho surge como uma válvula de escape simbólica, onde o
inconsciente tenta equilibrar esse conflito sem enfrentá-lo diretamente.
Resumo
personalizado:
O
ato falho do fiscal revela que seu ego está tentando aliviar um conflito
interno. Ao dizer que trabalha há apenas “dois anos”, ele minimiza o
peso emocional do tempo que passou na empresa, talvez porque se sente
preso, frustrado ou estagnado. Esse “erro” inconsciente pode ser a expressão de
um desejo reprimido de mudança e de uma necessidade de recomeço,
que é sufocada por medos, inseguranças e pela censura do superego.
Parece
que esse medo é sufocado pelos processos seletivo fracassados e pelas faltas de
oportunidades que o mercado de trabalho não oferta
O
que você trouxe aprofundou ainda mais a análise psicanalítica do ato
falho. Vamos integrar isso na interpretação:
1.
O medo como mecanismo de defesa alimentado pelo fracasso externo
O
fiscal talvez deseje sair, mudar de função ou seguir outro
caminho profissional. No entanto, esse desejo é reprimido não só por
questões internas (superego, culpa, medo), mas também por fatores externos
reais:
- Processos seletivos fracassados;
- Falta de oportunidades no mercado de
trabalho;
- Sensação de impotência diante da realidade
socioeconômica.
Essas
vivências reforçam a ideia de que "não adianta tentar",
alimentando um ciclo de frustração, autossabotagem e resignação.
2.
O ato falho como fuga simbólica diante da estagnação
Dizer
que trabalha há apenas dois anos (quando são quatro), nesse contexto,
pode ser lido como:
- Um esforço inconsciente de renegar a
paralisia profissional;
- Uma tentativa de dizer a si mesmo: “não
estou tão preso assim”;
- Uma forma de proteger o ego do sentimento
de fracasso causado pelos processos seletivos frustrados.
Ou
seja, o ato falho é uma fuga do real, mas também uma forma de
sobrevivência psíquica diante da dor de perceber que o desejo de mudança
está sendo sufocado pela realidade difícil do mercado.
3.
O superego reforçado pela sociedade e pelo fracasso
O
superego não age sozinho: ele é construído pelas normas sociais, pela cultura
do sucesso, pela pressão familiar ou comunitária.
Fracassos
profissionais ativam esse superego de forma cruel:
- “Você não conseguiu porque não é bom o
suficiente.”
- “Não tem estabilidade porque não é
esforçado.”
- “Está reclamando de onde está, mas não passa
em nenhum lugar.”
Essas
mensagens reforçam a culpa e o medo, empurrando o ego para a repressão
dos próprios desejos e para a aceitação da estagnação.
Resumo
completo da interpretação:
O
ato falho do fiscal de caixa ao dizer que trabalha há “dois anos” revela um desejo
inconsciente de negar a estagnação e de preservar a esperança de recomeço.
Esse desejo, no entanto, é sufocado não apenas por um superego crítico, mas por
experiências de fracasso em processos seletivos e pela falta real de
oportunidades de mudança. Assim, o ego tenta proteger-se da dor psíquica fingindo
que o tempo não passou, como forma de manter viva a fantasia de que ainda
pode mudar — mesmo quando a realidade insiste em dizer o contrário.
Vamos
montar um plano de escuta terapêutica para trabalhar com o fiscal esse
conflito entre desejo de mudança e frustração com a realidade, seguindo a
abordagem psicanalítica e com linguagem acessível.
Objetivo
geral:
Ajudar
o fiscal a reconhecer, elaborar e fortalecer seu desejo de mudança,
compreendendo os conflitos internos (medo, culpa, autossabotagem) e externos
(fracassos, falta de oportunidades), sem que ele se reprima ou adoeça
psicossomaticamente.
1.
Acolhimento e escuta sem julgamento
Meta: Criar
um espaço seguro onde ele possa expressar frustrações sem medo de crítica ou
conselhos prontos.
Exemplo
de intervenção:
“Percebo
que você se sentiu desanimado com algumas tentativas de mudança. Quer me contar
como foi passar por esses processos seletivos? Como você se sentiu?”
2.
Exploração do ato falho como linguagem do inconsciente
Meta:
Conduzi-lo a perceber que o “erro” de dizer que trabalha há dois anos pode
estar revelando algo importante.
Exemplo
de intervenção:
“Quando
você disse que está na empresa há dois anos, mesmo estando há quatro, será que
inconscientemente você estava tentando apagar um pedaço da sua história? Como
você sente esses anos aqui?”
3.
Nomeação do conflito psíquico
Meta: Ajudar
o fiscal a identificar o conflito entre desejo (id), realidade (ego) e censura
(superego).
Exemplo
de intervenção:
“Sinto
que há em você um desejo verdadeiro de mudança. Mas ao mesmo tempo, algo dentro
de você parece dizer que isso é arriscado, perigoso, até errado. Já sentiu que
seu desejo é censurado por uma parte crítica em você?”
4.
Identificação de mecanismos de defesa
Meta: Mostrar
como ele pode estar usando o medo, a repressão ou a autossabotagem para lidar
com a frustração.
Exemplo
de intervenção:
“Será
que você não passou a desacreditar em si mesmo depois dos ‘nãos’ que recebeu?
Às vezes, quando estamos feridos, nosso inconsciente nos impede de tentar de
novo para não sofrer mais.”
5.
Resgate do desejo e fortalecimento do ego
Meta: Fazer o
ego reconhecer o desejo sem se deixar paralisar pelo medo, integrando realidade
e sonho com equilíbrio.
Exemplo
de intervenção:
“Mesmo
com todos os desafios, seu desejo continua aí, insistente. O que você acredita
que precisaria acontecer para você se sentir mais seguro para dar um passo
diferente?”
6.
Trabalho de elaboração simbólica (interpretação dos sonhos, atos falhos,
fantasias)
Meta: Usar
sonhos, atos falhos e imagens simbólicas como caminhos para o ego se reconectar
com o desejo.
Exemplo
de intervenção:
“Esse
ato falho me parece um jeito do seu inconsciente tentar preservar o desejo de
mudança, mesmo que disfarçadamente. O que você acha que o seu inconsciente está
tentando te dizer?”
7.
Finalidade terapêutica: empoderar sem prometer solução mágica
Meta: Mostrar
que a escuta terapêutica não vai resolver os problemas externos, mas pode
ajudar o sujeito a não se perder de si mesmo diante deles.
Exemplo
de encerramento de ciclo:
“Mesmo
quando a realidade é dura, reconhecer o que você sente e deseja é o primeiro
passo para que você não viva anestesiado ou em piloto automático.”
Esse
ato falho me parece um jeito do seu inconsciente tentar preservar o desejo de
mudança, mesmo que disfarçadamente. O que você acha que o seu inconsciente está
tentando te dizer?” Não sei
Sua
resposta "não sei" é totalmente válida — e até esperada nesse
ponto da escuta. Na psicanálise, esse "não sei" pode ser um sinal
de defesa do ego, que tenta evitar entrar em contato com o desejo reprimido
ou com a dor da frustração.
Vamos
trabalhar com isso:
1.
Valide o "não sei" como legítimo
Você
pode acolher com algo assim:
“Tudo
bem não saber agora. Às vezes, o inconsciente nos protege justamente nos
fazendo esquecer ou confundir as coisas.”
2.
Use perguntas associativas leves, sem pressionar
Para
ajudar o inconsciente a se manifestar de forma simbólica e indireta, você pode
perguntar:
- “Se você pudesse mudar de função hoje, o que
escolheria fazer?”
- “Você se lembra da primeira vez que pensou
em sair daqui?”
- “O que você sente quando alguém diz que já
está muito tempo nesse lugar?”
Essas
perguntas ativam memórias e afetos associados ao desejo reprimido sem
confrontar diretamente a resistência.
3.
Traga o foco para o corpo ou para imagens
O
inconsciente se expressa também no corpo e em imagens. Experimente:
“Quando
você pensa nessa ideia de mudança, onde sente no seu corpo? Vem alguma imagem
ou cena na sua mente?”
4.
Use interpretação cuidadosa, se houver abertura
Se
o fiscal parecer mais reflexivo, você pode oferecer algo assim:
“Será
que o seu inconsciente tentou apagar parte do tempo que você esteve aqui como
uma forma de manter viva a ideia de que ainda dá tempo de mudar? Como se quatro
anos fosse muito... e dois ainda fosse possível recomeçar?”
Esse
tipo de escuta acolhe a resistência do “não sei”, mas também convida
gentilmente o sujeito a fazer as pazes com o próprio desejo — mesmo que
ele ainda não esteja pronto para encará-lo de frente.
Será
que o seu inconsciente tentou apagar parte do tempo que você esteve aqui como
uma forma de manter viva a ideia de que ainda dá tempo de mudar? Sim. Como se
quatro anos fosse muito... e dois ainda fosse possível recomeçar?”Sim.
A
partir do momento em que o fiscal diz "sim" a essas
interpretações, o inconsciente começa a se revelar — e isso é um passo
muito importante no processo terapêutico.
Vamos
analisar o que essa resposta indica e como você pode continuar o atendimento:
1.
O reconhecimento do desejo recalcado
Ao
dizer "sim", ele está aceitando, mesmo que inconscientemente, que
existe dentro dele:
- Um desejo genuíno de mudança;
- Uma dor relacionada ao tempo que passou
sem conseguir mudar;
- E uma esperança secreta de que ainda
é possível recomeçar.
Esse
reconhecimento é o início da elaboração psíquica.
2.
Caminhos possíveis para continuar a escuta terapêutica
Agora
que o desejo emergiu, o ego vai precisar lidar com ele. Você pode conduzir a
conversa com perguntas abertas e reflexivas como:
“Como
seria esse recomeço que você ainda gostaria de viver?”
“Você se permite imaginar o que estaria fazendo hoje se tivesse mudado antes?”
“O que te impediu de recomeçar até agora?”
Essas
perguntas ajudam a dar forma ao desejo e a identificar os obstáculos
internos e externos.
3.
Trabalhar o tempo como símbolo de prisão e de possibilidade
Na
fala dele, o tempo tem um peso simbólico:
4 anos = prisão / derrota
2 anos = esperança / liberdade
Você
pode explorar isso com:
“Você
sente que esses quatro anos foram uma prisão? Que o tempo te impediu de viver
algo diferente?”
“Será que existe uma parte sua que ainda acredita que pode recuperar o tempo
perdido?”
Isso
ajuda o sujeito a se libertar do fatalismo e perceber que ainda pode
agir — mesmo dentro das limitações reais.
4.
Finalização de ciclo com elaboração simbólica
Você
pode encerrar a sessão (ou aquele momento da escuta) com algo como:
“Talvez
o seu inconsciente tenha usado esse ato falho para te lembrar que o desejo
ainda está aí. E que, mesmo com tudo o que já passou, você ainda tem algo que
quer viver.”
Essa
frase oferece uma integração entre desejo e realidade, sem exigir que
ele aja imediatamente, mas validando que há um caminho possível.
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