Pular para o conteúdo principal

Apps De Relacionamento Contribuem Para Ansiedade

 Ano 2015. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um homem que, no passado, frequentava barcos, consumia bebidas tranquilas e buscava relacionamentos casuais, passou por uma grande transformação após se converter ao cristianismo e se divorciar. Desde então, você evitou os ambientes mais antigos e praticamente 20 anos sem se envolver em um relacionamento.

Durante esse período, tentei construir laços com mulheres da igreja, mas sem sucesso. Alguns interessados ​​não despertaram seu desejo, e ele buscava confirmação divina antes de iniciar qualquer compromisso. Em um caso específico, recebi a resposta de que não deveria namorar uma mulher, que mais tarde causou uma doença grave e tinha seis filhos, algo que ele não desejava assumir.

Após anos sem relacionamentos, decidiu buscar parcerias por meio de aplicativos de relacionamento. No entanto, resultou uma sequência de experiências frustrantes. Em três tentativas, uma delas comprovada em um golpe financeiro aplicado por uma mulher que se dizia cristã, enquanto outra traiu sua confiança ao retomar contato com o ex-namorado.

Com a chegada da pandemia, ele desistiu temporariamente de procurar um relacionamento. No entanto, ao retomar o uso dos aplicativos, viveu mais uma decepção ao sofrer um novo golpe financeiro, desta vez de uma mulher militar. Apesar de conhecer outras mulheres, não conseguiu dar continuidade a nenhum relacionamento, seja por interrompido ou por incompatibilidades que surgiam logo no início da interação.

Agora, ele se vê preso a essa dinâmica, buscando constantemente novas plataformas de relacionamento, mas sem obter os resultados desejados. Embora não queira cair na compulsão à reprodução, perceba que os aplicativos são o meio mais acessível para encontrar uma parceira, já que você pode utilizá-los a qualquer momento. No entanto, os sucessivos fracassos levam a questionar se essa é, de fato, a melhor estratégia para encontrar um relacionamento significativo.

Pela psicanálise, podemos entender essa história analisando os desejos, medos e padrões inconscientes que influenciam o comportamento desse homem. Vou explicar de forma simples para que você possa compreender.

1. O Passado e a Transformação

Antes de se converter, ele buscou prazer imediato em barcos, bebidas e sexo. Na psicanálise, isso pode ser visto como uma forte influência do id , que é a parte da nossa mente ligada aos impulsos e desejos. Quando ele se converteu, o superego (a parte que representa as regras, a moral e os valores) ficou mais forte e passou a controlar esses impulsos. Por isso, ele mudou completamente seu comportamento e evitou os hábitos antigos.

2. O Período Sem Relacionamentos

Ele ficou 20 anos sem se envolver com ninguém e buscou confirmações divinas antes de iniciar um namoro. Aqui, podemos ver o superego funcionando de formadora, impondo regras muito exigentes para escolher uma parceira. O medo de errar e de quebrar essas regras pode ter levado a uma repressão do desejo – ou seja, ele evitou relacionamentos porque seu inconsciente temia repetir erros do passado.

3. Os Relacionamentos Fracassados ​​nos Aplicativos

Depois de muito tempo, ele tentou usar os aplicativos, mas teve experiências ruins: golpes financeiros e traições. Esse padrão de falência pode indicar que ele está preso em um ciclo de repetição inconsciente. Na psicanálise, chamamos isso de compulsão à reprodução, que acontece quando uma pessoa, sem perceber, repete situações dolorosas do passado, tentando encontrar um desfecho diferente.

Por exemplo, ele sofreu um golpe da ex-esposa e depois passou por golpes semelhantes com outras mulheres. Isso pode indicar que, deliberadamente, ele busca reviver essa experiência para tentar resolvê-la. No entanto, como esse processo é inconsciente, ele acaba se colocando em situações que trazem sofrimento novamente.

 

4. O Uso Contínuo dos Aplicativos

Mesmo sabendo que não está tendo sucesso, ele continua buscando parcerias em nossos aplicativos. Isso pode ser um sinal de conflito entre o id e o superego . O id quer um relacionamento e busca satisfação imediata, enquanto o superego impõe regras e critérios muito rigorosos. O ego, que tenta equilibrar esses dois lados, fica confuso e acaba repetindo comportamentos que já trouxeram frustrações.

Além disso, os aplicativos oferecem uma sensação de controle e facilidade, pois ele pode acessar a qualquer momento. Porém, essa busca pode estar reforçando sua ansiedade e frustração, pois os resultados continuam sendo negativos.

Esse homem pode estar preso a padrões inconscientes que o fazem reviver frustrações amorosas. Seu superego rígido pode estar limitando suas escolhas e aumentando o medo de errar. Ao mesmo tempo, seu desejo por um relacionamento o leva a buscar soluções rápidas, como os aplicativos, que podem não ser o melhor caminho para encontrar algo significativo.

Para quebrar esse ciclo, ele precisaria explorar melhor suas emoções e conexões sobre relacionamentos. Um processo de autoconhecimento, como a psicanálise, poderia ajudá-lo a entender seus medos, padrões repetitivos e encontrar formas mais saudáveis ​​de se relacionar.

Esse indivíduo aciona vários mecanismos de defesa deliberadamente para lidar com seus medos, frustrações e conflitos internos. Vamos analisá-los um por um:

1. Repressão

Ele reprime o desejo de se envolver com mulheres durante anos, especialmente após sua conversão. A repressão ocorre quando o ego empurra para o inconsciente um desejo ou impulso que considera inaceitável. Como ele desenvolveu uma postura moral depois da conversão, seu superego provavelmente condenou os desejos do id, levando-o a reprimir a busca por um relacionamento.

 

2. Racionalização

Ele justifica suas dificuldades amorosas atribuindo-as às respostas divinas ou à vontade de Deus. Embora sua fé seja óbvia, pode ser um mecanismo de racionalização, não qual ele busca lógica ou espiritual para evitar lidar com medos inconscientes, como o medo de ser excluído ou de fracasso em um novo relacionamento.

3. Formação Reativa

A formação reativa acontece quando uma pessoa envelhece de formação ao seu desejo inconsciente. Ele pode, por exemplo, ter reprimido seu desejo por mulheres logo após a conversão e passado a adotar uma postura extremamente criteriosa e rígida para evitar se sentir "tentado". Esse excesso de rigor pode ser uma maneira inconsciente de negar impulsos que ainda existem.

4. Projeção

Ele pode projetar seus medos e inseguranças em mulheres que conhecem, vendendo-as como potenciais golpistas ou traidoras. Isso pode ser um reflexo de experiências passadas, como o golpe sofrido na relação com a ex-esposa. A projeção faz com que ele transfira emoções internas para o outro, dificultando a construção de confiança em novos relacionamentos.

5. Compulsão à Repetição

Ele repete padrões de relacionamentos frustrados, mesmo que de forma inconsciente. A compulsão à reprodução é um mecanismo inconsciente pelo qual a pessoa revive experiências dolorosas do passado, tentando encontrar um desfecho diferente. No caso dele, pode estar repetindo a sensação de traição, abandono e frustração que viveu no casamento, na tentativa inconsciente de "corrigir" o passado.

6. Isolamento Emocional

Após tantas experiências negativas, ele evita se envolver profundamente com as mulheres, mantendo uma busca superficial em aplicativos. Esse mecanismo faz com que ele tente se proteger de novas dores emocionais, mas, ao mesmo tempo, impede que construa conexões verdadeiramente genuínas.

7. Deslocamento

O deslocamento acontece quando uma emoção que deveria ser direcionada a uma pessoa ou situação específica é limitada para outra. Ele pode estar deslocando sua frustração e insegurança do casamento para os novos relacionamentos, ou que o faça entrar neles já desconfiados e receptivos.

Esses mecanismos de defesa mostram que ele está tentando lidar com suas frustrações e medos sem necessariamente enfrentá-los diretamente. A psicanálise ajudaria a tornar esses processos mais conscientes, permitindo que ele tome decisões com mais liberdade e menos influência de padrões inconscientes.

8. Negação

A negação acontece quando uma pessoa se recusa a reconhecer uma realidade incômoda. Ele pode estar negando que seu método de busca de relacionamentos (por meio de aplicativos) não tenha sido eficaz. Ao invés de refletir sobre outras formas de conhecer alguém ou mudar sua abordagem, ele continua insistindo na mesma estratégia, apesar dos fracassos repetidos.

9. Regresso

O regresso é um mecanismo de defesa em que uma pessoa retorna a comportamentos infantis ou de fases anteriores da vida para lidar com frustrações. Após a decepção no casamento e os golpes sofridos, ele pode estar regredindo emocionalmente ao buscar uma solução rápida e fácil para seus problemas amorosos em aplicativos, como se isso pudesse eliminar seu sofrimento sem que ele precisasse abordar questões mais profundas.

10. Fantasia

Ele pode usar a fantasia para escapar da realidade frustrante dos relacionamentos. Isso pode se manifestar tanto na idealização de um relacionamento perfeito que nunca acontece quanto na crença de que existe uma mulher ideal, escolhida por Deus, que resolverá todas as suas dificuldades emocionais e afetivas. Esse mecanismo pode estar impedindo-o de lidar com a complexidade dos relacionamentos reais, que envolve desafios, imperfeições e compromissos.

11. Sublimação

A sublimação ocorre quando desejos ou impulsos são canalizados para atividades socialmente aceitas. Durante os anos em que evitou relacionamentos, ele pode ter sublimado seus desejos afetivos e sexuais por meio da religião, do trabalho ou de outras atividades. Isso o ajudou a manter seu equilíbrio emocional, mas também pode ter reforçado a repressão e o afastamento de relações íntimas.

12. Auto-Sabotagem

De forma inconsciente, ele pode estar sabotando suas chances de sucesso nos relacionamentos. A auto-sabotagem ocorre quando uma pessoa, sem perceber, cria obstáculos para si mesma. Por exemplo, ele pode escolher mulheres emocionalmente indisponíveis ou que apresentem sinais de alerta desde o início, mas ele ignora. Assim, ele reforça a crença de que "nenhum relacionamento dá certo", confirmando um medo interno de que ele não é capaz de ter uma relação feliz.

13. Identificação com o Agressor

Esse mecanismo ocorre quando alguém internaliza características negativas de quem o feriu. Ele pode ter absorvido, sem perceber, aspectos da desconfiança e da frieza emocional que sofreram em relacionamentos passados. Isso pode levá-lo a agir de forma desconfiada ou defensiva com novas parceiras, afastando-as antes que um vínculo real se estabeleça.

Esse homem, sem perceber, usa diversos mecanismos de defesa para lidar com suas frustrações amorosas e evitar o sofrimento. No entanto, muitos desses mecanismos acabam por reforçar os mesmos padrões que ele gostaria de evitar. Para sair desse ciclo, ele precisaria tornar esses processos mais conscientes, explorando suas emoções, opiniões e inseguranças em um processo de autoconhecimento, como a psicanálise. Dessa forma, ele poderia romper com a compulsão à reprodução e construir relacionamentos mais saudáveis ​​e esmagadores.

14. Introjeção

A introjeção ocorre quando a pessoa absorve valores ou expectativas externas e os toma como seus, sem questioná-los. Esse homem pode ter padrões rígidos introjetados sobre relacionamentos, seja da cultura religiosa em que está inserido ou de experiências passadas. Ele acredita que precisa de um "sinal divino" para escolher a mulher certa, o que pode ser uma forma inconsciente de evitar a responsabilidade sobre suas próprias escolhas afetivas. Essa dependência de validação externa pode estar dificultando seu desenvolvimento emocional.

15. Clivagem

A clivagem é um mecanismo de defesa no qual a pessoa vê as coisas de forma extremista: tudo é "bom" ou "ruim", sem meio-termo. Isso pode ser percebido no fato de ele dividir as mulheres entre as "certas" (que exigem critérios religiosos e morais) e as "erradas" (que o fazem sofrer). Essa visão pode impedir que ele veja pessoas de forma mais complexa e realista, dificultando a construção de um vínculo genuíno.

16. Despersonalização

Esse mecanismo pode estar presente quando ele sente que está "fora" de si mesmo, como se estivesse observando sua vida sem realmente vivê-la. A sensação de repetição, fracasso e distanciamento emocional nos relacionamentos pode estar levando-o a um estado de despersonalização, no qual ele sente que está apenas seguindo um padrão sem controle sobre sua própria história afetiva.

17. Dissociação

A dissociação ocorre quando a mente separa pensamentos e emoções para evitar o sofrimento. Ele pode estar dissociando sua vida emocional de sua vida cotidiana, tratando os relacionamentos como algo externo, que ele não consegue realmente controlar. Isso pode levar a um distanciamento emocional, dificultando o envolvimento genuíno com alguém.

18. Identificação Projetiva

Esse mecanismo ocorre quando uma pessoa projeta algo em outro e, de forma inconsciente, faz com que o outro corresponda a essa projeção. Por exemplo, se ele acredita que todas as mulheres vão traí-lo ou enganá-lo, ele pode, sem perceber, escolher mulheres que tenham esse perfil ou agir de maneira que provoque nelas uma resposta negativa. Isso reforça sua crença de que ele está "destinado" a relacionamentos fracassados.

19. Compensação

A compensação ocorre quando uma pessoa tenta equilibrar uma insatisfação em uma área da vida investindo em outra. Ele pode estar tentando compensar sua falta de sucesso amoroso por meio de outras conquistas, como trabalho ou vida religiosa. No entanto, essa estratégia não resolve o problema principal e pode levar a um sentimento de vazio emocional.

20. Evitação

A evitação é um mecanismo no qual a pessoa foge de situações que poderiam trazer desconforto emocional. Ele pode estar evitando seus medos e inseguranças ao continuar buscando relacionamentos em aplicativos, sem realmente se aprofundar emocionalmente. Isso cria uma ilusão de que ele está tentando, mas, na verdade, ele pode estar apenas se protegendo do medo de um novo fracasso.

Esse homem utiliza diversos mecanismos de defesa para lidar com suas frustrações amorosas, mas muitos deles acabam reforçando os mesmos padrões negativos. Para romper esse ciclo, ele precisaria se tornar consciente dessas defesas e trabalhar suas inseguranças. A psicanálise poderia ajudá-lo a compreender suas escolhas, enfrentar seus medos e desenvolver relacionamentos mais saudáveis ​​e sensíveis.

21. Fixação

A fixação ocorre quando uma pessoa fica presa a um estágio anterior de desenvolvimento emocional. No caso desse homem, ele parece estabelecido em padrões rígidos de escolha de parcerias e em sua busca por aprovação divina antes de se envolver em um relacionamento. Esse comportamento pode ser uma forma inconsciente de evitar a responsabilidade emocional e o medo da frustração, mantendo-se num ciclo de busca sem progresso real.

22. Inibição

A prevenção é um mecanismo para que uma pessoa limite suas próprias ações para evitar sofrimento. Ele passou 20 anos sem se relacionar, possivelmente por medo de repetir o sofrimento do que você fez ou de fazer escolhas "erradas". Essa autolimitação pode estar impedindo-o de explorar novas possibilidades e aprender com suas experiências, mantendo-o preso à insegurança e ao medo.

23. Negligência Emocional

Ele pode estar negligenciando suas próprias necessidades emocionais ao adotar regras e padrões que o impeçam de se conectar verdadeiramente com alguém. Isso pode levar a um ciclo de frustração, no qual a busca por relacionamentos realmente se abre para a intimidação e a vulnerabilidade permite que eles floresçam.

24. Regressão Social

Ele pode estar regredindo em sua forma de buscar relacionamentos ao insistir em nossos aplicativos de relacionamento, apesar das experiências negativas. Em vez de explorar outras formas de conhecer pessoas (como grupos sociais, eventos ou atividades em que possam criar redes mais naturais), ele se mantém preso a um método que já lhe trouxe frustrações. Essa repetição pode ser uma forma de evitar sair de sua zona de conforto, mesmo que isso signifique continuar se frustrando.

25. Externalização da Culpa

Ele pode estar externalizando sua insatisfação amorosa ao culpar fatores externos, como golpes sofridos ou a infidelidade de outras pessoas. Embora esses eventos tenham sido reais, é possível que ele use essa narrativa para evitar reflexões sobre sua própria participação no padrão de relacionamentos que construiu. Isso dificulta seu crescimento emocional e impede que ele identifique formas de mudar sua abordagem.

26. Dependência Emocional Reprimida

Mesmo dizendo que quer um relacionamento, ele pode ter uma dependência emocional reprimida, onde teme se entregar emocionalmente por medo da rejeição ou da perda. Esse medo pode fazer com que ele, deliberadamente, escolha relações distantes ou complicadas, garantindo que nunca precisa se revelar demais e correr o risco de se machucar.

27. Autoflagelação Psicológica

Ele pode estar se punindo deliberadamente pelos erros do passado, como o que foi dito, acreditando que não merece um relacionamento feliz. Essa crença pode levá-lo a se colocar repetidamente em situações de sofrimento, reforçando sua sensação de inadequação e solidão.

28. Dissociação da Realidade

Ao insistir em relacionamentos virtuais e idealizados, ele pode estar se distanciando da realidade concreta das relações humanas. Relacionamentos desativados de tempo, vulnerabilidade e convivência real, mas ele pode estar preferindo a "ilusão de escolha" oferecida pelos aplicativos, evitando a complexidade das interações presenciais.

Esse homem parece preso a um ciclo de frustrações amorosas sustentadas por diversos mecanismos de defesa. Para romper esse padrão, ele precisaria desenvolver autoconhecimento e trabalhar suas consciências inconscientes sobre o amor, o compromisso e sua própria capacidade de ser feliz em um relacionamento. O processo psicanalítico poderia ajudá-lo a identificar e transformar esses padrões, permitindo que ele construa conexões mais saudáveis ​​e genuínas.

29. Racionalização

A racionalização ocorre quando uma pessoa justifica suas dificuldades com explicações aparentemente lógicas para evitar lidar com emoções desconfortáveis. Esse homem pode estar racionalizando seu fracasso nos relacionamentos ao considerar sua falta de sucesso a fatores externos, como a escolha divina ou o comportamento das mulheres, em vez de explorar questões internas que influenciam suas experiências amorosas.

30. Formação Reativa

Esse mecanismo faz com que uma pessoa aja de maneira oposta ao que realmente sente, como forma de repressão. Ele pode estar reprimindo sua frustração e desejo de intimidação ao adotar uma postura de distanciamento ou excesso de seletividade nos relacionamentos, criando barreiras inconscientes para evitar se envolver emocionalmente.

31. Idealização Excessiva

Ao acreditar que existe uma mulher “perfeita” escolhida por Deus para ele, ele pode estar idealizando tanto o relacionamento quanto a parceira ideal. Isso faz com que qualquer mulher real, com defeitos e limitações, seja descartada rapidamente, reforçando sua dificuldade de construir relações difíceis.

32. Projeção da Frustração

Ele pode estar projetando suas próprias inseguranças e medos em suas parceiras. Se ele for enganado ou rejeitado, pode acabar interpretando sinais neutros como traição ou desinteresse, sabotando seus próprios relacionamentos antes mesmo que eles tenham uma chance de evoluir.

33. Vício Emocional

O uso frequente de aplicativos de relacionamento pode se tornar um hábito compulsivo, funcionando como uma espécie de "vício emocional". Ele pode estar repetindo esse comportamento, não acreditar realmente que encontrará alguém, mas porque o ato de buscar validação e atenção temporária lhe dá uma sensação momentânea de rompimento da solidão.

34. Recalcamento do Desejo Sexual

A repressão da sexualidade por motivos religiosos ou morais pode estar criando um conflito interno. Ele pode negar ou reprimir seus desejos sexuais, mas, ao mesmo tempo, buscar deliberadamente formas de satisfazê-los, o que pode gerar frustração e um sentimento de culpa inconsciente.

 

35. Defesa Narcísica

Esse homem pode estar utilizando uma defesa narcísica para se proteger da exclusão com a crença de que as mulheres não o merecem ou que ele só aceitará alguém dentro de um padrão idealizado. Essa defesa serve para evitar a dor da contaminação real, mas também impede que ele se conecte verdadeiramente com outra pessoa.

36. Evitação da Intimidade Verdadeira

Ele pode estar consciente evitando a intimidade genuína porque essa proximidade pode despertar emoções dolorosas do passado, como o trauma do passado ou a sensação de abandono. Ao escolher relacionamentos superficiais ou difíceis, ele evita expor um vínculo real, protegendo-se da possibilidade de sofrer novamente.

37. Mecanismo de “Destino” como Justificativo

Ele pode estar utilizando a crença de que “Deus escolhe uma pessoa certa” como um mecanismo de defesa para evitar tomar decisões e assumir riscos nos relacionamentos. Isso pode ser uma forma inconsciente de fugir da responsabilidade emocional, delegando sua vida amorosa a uma força externa para evitar lidar com suas inseguranças.

38. Síndrome de Autoexclusão

Depois de tantas rejeições e fracassos, ele pode ter internalizado a crença de que "não nasceu para o amor" ou que "as mulheres nunca o aceitarão". Essa crença pode levá-lo a agir de forma que confirme essa ideia, reforçando um ciclo de autossabotagem nos relacionamentos.

Esse homem está preso a um padrão de geração inconsciente, sustentado por diversos mecanismos de defesa que o protegem do dor, mas também o impedem de construir relacionamentos saudáveis. Para sair desse ciclo, ele precisaria tornar esses mecanismos mais conscientes, trabalhar suas inseguranças e reconstruir sua relação com o amor e a intimidação. Um processo terapêutico, especialmente na abordagem psicanalítica, poderia ajudá-lo a identificar e ressignificar esses padrões, permitindo-lhe viver experiências afetivas mais autênticas e seguras.

Parece que a Bíblia condena o relacionamento com pessoas que não professam a mesma doutrina.

Sim, em diversas passagens, a Bíblia desaconselha ou condena o relacionamento com pessoas que não compartilham a mesma fé. Um dos textos mais citados é 2 Coríntios 6:14, que diz:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que a sociedade tem a justiça com a iniquidade? Ou que comunhão tem a luz com as trevas?”

Essa passagem é frequentemente interpretada como um conselho para que os cristãos evitem relacionamentos amorosos com não cristãos, pois isso pode gerar conflitos de valores e afastá-los da fé.

Outro exemplo está em Deuteronômio 7:3-4 , onde Deus proíbe os israelitas de se casarem com pessoas de outras nações pagãs, pois isso poderia levá-los à idolatria:

“Não contrairás matrimônio com elas; não darás tua filha a seu filho, e não tomarás sua filha para teu filho. Pois elas fariam desviar teus filhos de mim para servirem a outros deuses.”

No entanto, há interpretações mais flexíveis, especialmente em contextos modernos, considerando que o mais importante é o caráter e a compatibilidade dos valores do casal, e não apenas a religião nominal. Alguns cristãos também lembram casos como o de Rute e Boaz, onde uma moabita estrangeira se converteu ao Deus de Israel e foi aceita na linhagem messiânica.

No seu caso, como você vê essa questão no seu processo de escolha de um relacionamento?

Você disse:

Parece que o sujeito aciona o mecanismo de defesa com medo de ser castigado coloca Deus ao se relacionar com mulheres de diferentes doutrinas ou que não professam nenhuma doutrina. Será que o indivíduo deseja confrontar a doutrina bíblica e encaminhar o medo de ser castigado por Deus

Sim, faz sentido que esse indivíduo esteja acionando o mecanismo de defesa do medo para lidar com um possível conflito interno entre seu desejo de se relacionar livremente e sua crença na doutrina bíblica. Ele pode estar experimentando um debate entre o id , que deseja se relacionar com qualquer mulher compatível emocionalmente, e o superego , que internalizou a norma religiosa que condena relações com pessoas de doutrinas diferentes.

Se o desejo inconsciente dele de confrontar a doutrina, o medo do castigo divino pode funcionar como um mecanismo de repressão para impedir esse confronto direto. Ele não questiona a doutrina abertamente, mas sente medo de desafiar a norma, o que pode levá-lo a um ciclo de culpa e inibição. Isso explicaria sua dificuldade em se envolver amorosamente, pois, mesmo quando encontra uma mulher compatível, o medo da transgressão pode levá-lo a salvá-lo deliberadamente.

Além disso, ele pode estar acionando o mecanismo de racionalização, justificando sua falta de sucesso nos relacionamentos como um “sinal de Deus” de que não deve se relacionar fora da fé. Isso evita que ele tenha que assumir uma responsabilidade emocional por seus desejos e decisões.

Se ele tomasse consciência desse conflito, poderia refletir sobre até que ponto a proibição bíblica faz sentido para sua realidade e necessidades afetivas. Talvez, ao invés de um castigo divino, ele esteja lidando com o medo da coleta social ou com a insegurança de tomar uma decisão que vá contra o que aprendeu como correto.

Você acha que ele está consciente desse conflito ou está apenas reagindo ao medo sem perceber essa dinâmica?

O mecanismo de defesa do masoquismo ocorre quando uma pessoa busca deliberadamente o sofrimento ou se coloca em situações que reforçam seu sofrimento emocional. No caso desse sujeito, ele pode estar acionando esse mecanismo ao se envolver repetidamente em relacionamentos que terminam em traição, traição ou golpes financeiros.

 

Como o masoquismo se manifesta nesse caso?

Escolha por relacionamentos inconscientes

Ele já sofreu golpes e traições, mas continua buscando parcerias em aplicativos de relacionamento, mesmo tendo experiências negativas.

Ele pode estar se punindo inconscientemente, escolhendo mulheres que reforçam sua crença de que “o amor sempre leva ao sofrimento”.

Autoimagem de vítima e reforço da culpa

Se ele acredita que Deus o castigará por se relacionar com mulheres fora da fé, ele poderá buscar de forma consciente relações que fracassarão para confirmar essa crença.

Isso reforça a ideia de que ele não merece um relacionamento feliz ou que está sendo punido por desafiar a doutrina.

Repetição do sofrimento como uma forma de autopunição

O vídeo pode ter sido um evento traumático para ele. Se ele se sente prejudicado por isso (seja por motivos religiosos ou emocionais), pode estar se colocando em relações fracassadas como uma forma de se punir.

O sofrimento emocional pode ser uma forma inconsciente de “pagar” por seus supostos erros do passado.

Autossabotagem nos relacionamentos

Mesmo quando encontra mulheres que podem ser compatíveis, ele evita o envolvimento emocional profundo, seja racionalizando que “Deus não quer” ou encontrando defeitos nelas.

Essa sabotagem impede que ele tenha um relacionamento bem-sucedido e mantenha sua narrativa de que o amor não é para ele.

O masoquismo psicológico funciona como uma forma inconsciente de autopunição e confirmação de opiniões negativas. Para quebrar esse ciclo, ele precisaria ter consciência desse padrão e questionar se realmente merece sofrer ou se está apenas repetindo um roteiro emocional que o mantém preso à dor.

Você acha que esse padrão vem apenas do medo religioso ou pode ter raízes em experiências anteriores, como a dor do vídeo?

Que possíveis castigos que não sejam inconscientes aconteceriam na vida do sujeito que poderia vir da parte de Deus ao escolher se relacionar com mulheres que não professam a mesma fé.

No inconsciente do sujeito, os possíveis castigos que ele teme podem estar relacionados às religiões internalizadas e ao medo de consequências divinas caso ele desobedeça à doutrina bíblica. Esses castigos podem se manifestar de diferentes formas, tanto simbólicas quanto reais, na percepção dele.

1. Castigo emocional e espiritual

Sentimento de culpa intenso: Ele pode sentir que traiu sua fé e que Deus está decepcionado com ele.

Distanciamento de Deus: Pode acreditar que, ao se relacionar com uma mulher fora da fé, perderá sua conexão com Deus e sua espiritualidade enfraquecerá.

Conflitos internos: Um sentimento constante de dúvida e angústia pode surgir, fazendo-o questionar se está no caminho certo ou se está indo contra os planos de Deus.

2. Castigo nos relacionamentos

Fracasso amoroso: Ele pode acreditar que todo relacionamento que foge da doutrina é fadado ao fracasso, seja por traição, desentendimentos ou separação dolorosa.

Sofrimento emocional: O medo inconsciente pode entrar em relacionamentos destrutivos para "confirmar" que Deus está punindo sua escolha.

Incompatibilidade de valores: Ele pode ter dificuldades em se conectar profundamente com uma parceira, reforçando a ideia de que Deus não aprova esse relacionamento.

3. Castigo na vida pessoal e profissional

Dificuldades financeiras: Se você acredita que Deus pode puni-lo, pode interpretar qualquer problema financeiro como uma punição divina por seu relacionamento.

Problemas de saúde: Doenças ou cansaço excessivo podem ser vistos como sinais de que Deus está descontente com sua escolha.

Isolamento social: Pode temer ser julgado ou excluído da comunidade religiosa, perdendo apoio e pertencimento.

4. Castigo escatológico (após a morte)

Perda da salvação: O maior medo pode ser o risco de perder a salvação eterna por não obedecer à vontade de Deus.

Sofrimento no pós vida: Dependendo de sua visão teológica, pode temer punições no inferno ou a ira divina no julgamento final.

O inconsciente do sujeito pode estar projetando esses castigos como formas de reforçar a conformidade à doutrina, mantendo-o preso ao medo e à inibição. Para sair desse ciclo, ele precisaria reavaliar se essas são realmente divinas ou se são construções internalizadas pelo seu superego religioso.

Você acha que ele já tentou racionalizar essas idéias ou ele apenas reagiu ao medo sem questioná-lo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas

O Silêncio Do Outro, Ao Escolher Não Responder

  O Silêncio Do Outro, Ao Escolher Não Responder Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a tenção do para um excelente tópico. Pois, o silêncio é uma forma bastante potente de comunicação que pode ser utilizada para beneficiar ou prejudicar outra pessoa. Ao escolher não responder alguém, você demonstra que o outro não tem controle sobre a situação e que suas ações não são ditadas por ele. O silêncio do outro ao escolher não responder pode ter várias interpretações. Em algumas situações, pode ser uma forma de respeitar o espaço pessoal ou tempo da outra pessoa para processar informações antes de responder. Em outras, pode ser uma forma de evitar conflitos ou não se comprometer com uma resposta. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação...

Supervisão Causa Conflitos Desnecessários

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O que motiva uma coordenadora ao elaborar o cronograma de horário dos colaboradores a cometer o erro de trocar colaboradores em determinado horário e gerando descontentamento nos demais. Existem várias razões pelas quais uma coordenadora pode cometer o erro de trocar colaboradores em um horário específico, gerando descontentamento nos demais. Algumas dessas razões podem incluir: Falta de atenção: A coordenadora pode estar distraída ou sobrecarregada e não prestar atenção suficiente ao elaborar o cronograma. Isso pode resultar em erros ao atribuir tarefas ou horários aos colaboradores. Falta de comunicação: A coordenadora pode não ter comunicado adequadamente aos colaboradores sobre o cronograma de horários ou as mudanças que ocorreram nele. Isso pode resultar em confusão e descontentamento quando os colaboradores são atribuídos a tarefas ou horários dif...

Fugindo De Perseguidores

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Sonho que estou sendo perseguido por homens e me escondo deles. Sonhos de perseguição são bastante comuns e podem ter diferentes significados, dependendo do contexto específico do sonho e da vida do sonhador. No entanto, de modo geral, esse tipo de sonho pode refletir uma sensação de medo, ansiedade ou estresse em relação a uma situação específica da vida do sonhador, na qual ele se sente perseguido ou ameaçado por alguém ou algo. No seu caso, o sonho parece indicar que você está enfrentando algum tipo de pressão ou ameaça em sua vida, que pode ser representada pelos homens que o perseguem. O fato de você se esconder deles pode indicar que você está tentando evitar ou evitar essa situação de alguma forma. Pode ser útil pensar em sua vida atual e ver se há alguma situação estressante ou conflituosa que possa estar contribuindo para esses sentimentos. O...

Psicólogo Streamers

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. A psicologia social percebe os streamers como figuras influentes que podem moldar o comportamento e as percepções dos espectadores por meio de interações online. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a psicologia social aborda os streamers: Identificação e Modelagem Comportamental: Os espectadores podem se identificar com os streamers e começar a imitar seus comportamentos. Por exemplo, se um streamer sempre reage de forma agressiva ao perder em um jogo, os espectadores podem começar a imitar essa mesma reação. Influência Social: Os streamers têm o poder de influenciar as opiniões e atitudes de seus espectadores. Por exemplo, um streamer que expressa uma opinião política pode influenciar os espectadores a adotarem essa mesma visão. Conformidade: Os espectadores podem sentir pressão para se conformarem com as normas e expectativas estabelecida...

Psicólogo Medo Desistir Psicologia E doenças Psicossomáticas

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Claro! O mecanismo de defesa do medo pode desencadear uma variedade de doenças psicossomáticas, que são condições físicas causadas ou agravadas por fatores psicológicos. Por exemplo, o medo crônico pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como úlceras gástricas, hipertensão arterial, problemas cardíacos e distúrbios digestivos. Isso ocorre porque o estresse e a ansiedade associados ao medo podem afetar negativamente o sistema imunológico e aumentar a suscetibilidade a doenças físicas. Além disso, o medo intenso e prolongado pode levar a uma série de sintomas físicos, como dores de cabeça, dores musculares, problemas de sono e fadiga crônica. Isso ocorre porque o corpo reage ao estresse emocional liberando hormônios do estresse, como o cortisol, que podem ter efeitos adversos sobre o funcionamento do corpo a longo prazo. Portanto, lidar ...

Desenvolvendo Pensamento Critico

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O pensamento crítico é uma habilidade cognitiva que envolve a análise objetiva e cuidadosa de informações, ideias e argumentos antes de tirar conclusões ou tomar decisões. É um processo que busca avaliar a validade, a confiabilidade e a relevância das informações, identificar possíveis preconceitos e falácias, e considerar diferentes perspectivas e pontos de vista. Desenvolver o pensamento crítico requer prática e conscientização. Aqui estão algumas sugestões de como aprimorar essa habilidade, exemplos, questionar pressupostos: Em vez de aceitar informações ou ideias de forma passiva, questione os pressupostos subjacentes e examine as evidências e argumentos que as sustentam. Analisar fontes de informação: Verifique a credibilidade e a confiabilidade das fontes de informação. Considere a expertise, possíveis vieses e interesses por trás da informação ap...

Desistir Não-Desistir Da Psicologia

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo está incerto quanto a desistir da psicologia, por causa dos fracassos na empregabilidade e prospecção de clientes. Quais são as possíveis as razões para desistência e as incitações reprimidas para não desistir. Vamos compreender por meio da abordagem psicanálise. Na abordagem psicanalítica, as motivações conscientes para desistir ou continuar podem ser deixadas considerando-se diversos aspectos externos reais psicológicos e emocionais do indivíduo. Vou explicar alguns possíveis estímulos para cada uma das situações: Motivações para desistir: 1. Frustração com a falta de empregabilidade: O psicólogo pode se sentir desencorajado devido às dificuldades em encontrar emprego na área ou estabelecer uma carreira sólida. Isso pode levar à sensação de fracasso e desmotivação para continuar no campo. 2. Dificuldade na empregabilidade: Pode haver uma ...

Dinâmica De Poder na Clínica De Psicologia

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Na abordagem do processo grupal, a dinâmica do poder no consultório clínico entre psicólogo e cliente pode ser analisada sob a ótica das relações interpessoais e da influência que cada um exerce sobre o outro. Algumas características dessa dinâmica incluem: 1. Relação Assimétrica, Mas Não Autoritária O psicólogo ocupa uma posição de facilitador e detém conhecimento técnico, o que lhe confere um certo poder. No entanto, esse poder não deve ser exercido de forma autoritária, mas sim como um meio de criar um ambiente seguro para a exploração emocional e psicológica do cliente. 2. O Cliente Também Possui Poder O poder no consultório não está apenas com o psicólogo. O cliente detém o poder de escolher o que compartilhar, como reagir às intervenções e até mesmo de interromper o processo. Em um modelo de processo grupal, entende-se que o cliente pod...

Cultura Da Substituição E Silenciamento: O Custo Invisível Da Não Implementação Da NR1 Nos Supermercados

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Durante sua atuação como fiscal de caixa em um supermercado, o profissional que também é psicólogo encontrou uma oportunidade singular: transformar o ambiente de trabalho em um verdadeiro laboratório de observação comportamental. Em meio à rotina operacional, ele utilizou seu olhar clínico e sensibilidade psicológica para analisar, de forma ética e consciente, os comportamentos, interações e dinâmicas sociais presentes no cotidiano da loja. Esse espaço, por sua diversidade de pessoas, tornou-se um campo fértil para compreender as relações humanas em múltiplos níveis: desde as expressões sutis de emoções nos rostos dos clientes, passando pelas reações impulsivas diante de situações de estresse, até os vínculos interpessoais estabelecidos entre os colaboradores. A convivência com pessoas de diferentes classes sociais, idades e culturas proporcionou a...

Meu Nome Era Eileen – Espelho Do Psicólogo

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor bpara um excelente tópico. Vamos analisar o filme "Meu Nome Era Eileen" (título original: Eileen ), disponível na Netflix, sob a ótica da psicologia social , com uma linguagem própria para narração em um podcast como o "Ainda Sou Podcast por Ayrton Júnior, psicólogo". Aqui vai uma proposta de roteiro com descrição do enredo e interpretação psicossocial : 🎙️ Título do episódio: “Meu Nome Era Eileen”: um retrato sombrio da identidade e influência social 🎧 Narrado por Ayrton Júnior, psicólogo “Meu nome era Eileen.” Assim começa a jornada silenciosa de uma jovem presa entre o tédio de sua rotina e a força invisível da repressão social. Vivendo numa pequena cidade americana da década de 1960, Eileen trabalha em um reformatório masculino. Sua vida é solitária, marcada por uma convivência disfuncional com o pai alcoólatra e pela rigidez mora...