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Ego e a angustia do adoecer


Agosto/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208

Conhecido como o rei dos animais por causa de sua juba, o leão não é o mamífero mais imponente da savana. Por outro lado, ele é, sem dúvidas, o mais famoso e um dos mais ameaçados. É um dos quatro grandes felinos, com alguns machos excedendo 250 quilogramas em peso, sendo o segundo maior felino recente depois do tigre. A pelagem é unicolor de coloração castanha, e os machos apresentam uma juba característica. Habita preferencialmente as savanas e pastagens abertas, mas pode ser encontrado em regiões mais arbustivas.  É um animal sociável que vive em grupos que consiste das leoas e suas crias, o macho dominante e alguns machos jovens que ainda não alcançaram a maturidade sexual. A dieta consiste principalmente de grandes ungulados e possuem hábitos noturnos e crepusculares, descansando e dormindo na maior parte do dia. Leões vivem por volta de 10-14 anos na natureza, enquanto em cativeiro eles podem viver por até 30 anos. Alguns animais desenvolveram o hábito de atacar e devorar humanos, ficando conhecidos como [devoradores de homens].
                Parece que Ego tem medo de encarar o Id raivoso e medo de sofrer a dor da raiva pelo dilaceramento da carne. Ego não sabe como reagir ao medo da dor da morte que o Id raivoso pode provocar pelo dilaceramento da carne. Ego se vê confrontado com fortes impulsos de raiva oriundo do Id e que ocasionará a morte ou doenças psicossomáticas, pois se tornam mais forte que o próprio Ego. Ego tem medo de ser dilacerado ou desfigurado pelo Id raivoso, ou seja, o Ego está em conflito com o Id que quer subjugar o Ego a todo custo.
          Origem do medo da morte: O ser humano é resultado de sua hereditariedade física e social, logo, em cada geração vivida, o homem recebeu características, hábitos e demais transformações genéticas. Todos nós sabemos que o processo de evolução física tem como base a morte e, pelo fato de muitas formas animais (inclusive o homem) vivem de devorar seres menores para sobrevivência, consideramos este um fato que também ocorreria conosco, ou seja, o medo da morte a nível celular se resume ao medo de ser comido vivo. A partir da herança social, o medo da morte vem principalmente das crenças religiosas, que pintam a passagem como uma forma assustadora e punitiva.
                Ego se sente incapaz, frágil, pequeno e inferior diante tamanho do ID que representa o leão e por tanto não consegue reagir de modo a lutar-fugir. Ego tem medo de ser dilacerado, desfigurado e morto literalmente pelo ID ou contrair uma doença psicossomática. Embora Ego consegue compreender que uma boa parte de doença é originado dos impulsos de agressão, raiva do Id que somatiza no corpo humano. Somatização: O mecanismo de defesa da somatização ocorre quando os conflitos internos entre os impulsos do Id, Ego e Superego assumem características físicas. Essa defesa envolve a transferência de sentimentos dolorosos para as partes do corpo. O sujeito tende a reagir com manifestações somáticas ao invés de psíquicas. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Ego não existe sem o ID; ao contrário, Ego extrai sua força do ID. O Ego existe para ajudar o ID e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do ID. Comparo a interação entre o Ego e o ID com o Ego  montando um Leão que fornece energia para mover o Ego pela trilha, mas a força do Leão deve ser conduzida ou refreada com as rédeas, senão acaba derrotando o Ego racional e originando doenças psicossomáticas e ou morte.
 Deve-se ressaltar que a morte é o medo mais comum de todos os seres que habitam o mundo, os animais desenvolveram uma série de técnicas para escapar dos predadores e se defender – evitando assim a morte. Medo da morte enquanto causa primária: Quando não está relacionado aos distúrbios de ansiedade citados acima, o medo da morte enquanto causa é uma fobia chamada de Tanatofobia. Lembre-se que todas as pessoas em alguma situação irão temer a morte – e isso é saudável, caso contrário, poderá se colocar em situações de perigo extremo. Porém, se o medo da morte altera o seu cotidiano, e interfere na sua vida de modo geral impedindo atividades normais, é provável que seja necessário buscar por ajuda profissional. O medo da dor de ser dilacerado ou da desfiguração, contrair uma doença psicossomática que leve a morte. Esses medos são produtos finais de pensamentos mantidos sob repressão. Muitos são resultados de um temor de punição, representantes das ameaças variadas que Freud reuniu com o nome de angústia de castração.
Alguns representam a sensação de não ter aproveitado da vida, de tê-la deixado passar sem tomar as decisões que sempre soubemos necessárias. A aflição de prazo se esgotando. Outros são temores de ser feliz deixando outras pessoas infelizes, seria a vingança dos infelizes. [...] Mecanismo de defesa o Medo; A origem o Medo a Realidade Virtual A origem de seus problemas encontra-se no seu próprio interior, já que sua tendência de mudus viventi é completamente inaceitável para os padrões de comportamento que deseja transparecer para a sociedade com a qual convive. Em certos casos essa tendência é conhecida e a luta pela dissimulação é consciente, mas em grande parte das situações essa pessoa considera a sua verdade tão perigosa que consegue dissimula-la de si mesmo, e o medo de ser por ela vencido determina a construção de uma imensa barreira psicológica na tentativa de sua completa eliminação. O medo de não conseguir resistir à tentação do seu instinto determina o esquecimento real da verdade. Para esse combate é montada uma realidade virtual onde seus valores devem ser muito rígidos, de modo a não permitir nenhuma espécie de desvio de seu próprio comportamento é a construção da barreira. O medo é usado para a autopreservação da vida podendo ser real ou imaginário/falso.
A dor, como objeto de diagnóstico e tratamento, classificada como real ou imaginária, foi, sob o ponto de vista socioeconômico, vítima do confisco técnico do sofrimento, através de uma cultura supermedicalizada. Como já descrito, a dor pode ser definida como uma experiência subjetiva que pode estar associada à lesão real ou potencial nos tecidos, podendo ser descrita tanto em termos destas lesões quanto por ambas as características. Independente da aceitação e da amplitude dessa definição, a dor é considerada como uma experiência, uma sensação, genuinamente subjetiva e pessoal.
A dor tem aspectos sensoriais, afetivos, autonômicos e comportamentais. Além disso, a sensação de dor não necessariamente necessita ser baseada em qualquer experiência prévia com ela. A despeito disso muitos estudiosos tratam a dor como uma simples dimensão variando apenas na magnitude sensorial. Mas, descrevê-la somente em termos de sua intensidade é o mesmo que especificar o mundo visual apenas em termos da intensidade luminosa, sem considerar o padrão, a cor, a textura.
Seus componentes são: dor física; dor psíquica (medo do sofrimento e da morte, tristeza, raiva, revolta, insegurança, desespero, depressão); dor social (rejeição, dependência, inutilidade); dor espiritual (falta de sentido na vida e na morte, medo dos pós morte, culpas perante Deus). Posteriormente, o autor acrescentou novas dimensões da dor: dor financeira (perdas e dificuldades); dor interpessoal (isolamento, estigma); dor familiar (mudança de papéis, perda de controle, perda de autonomia). [...] Para Parkes (1998), o desejo de não sofrer, de manter o controle, de ser lembrado pelas pessoas que amam, como eram antes, motiva alguns indivíduos a escolherem a hora da própria morte. Contudo, certamente há pessoas que jamais escolheriam o suicídio, que recebem a morte de braços abertos, pessoas para quem a morte é a libertação.
Assim, quando atendemos a dor total de um paciente em momentos finais de vida, temos que estar preparados para enfrentar a dor da morte ou a aceitação da morte, mas sempre enfrentar a dor da perda da vida. Esta vida acaba e este sentimento de finitude causa grande dor ao homem. A dor invoca emoções e fantasias, muitas vezes incapacitantes, que traduzem o sofrimento, incerteza, medo da incapacidade, medo da desfiguração e da morte, preocupação com perdas materiais e sociais são alguns dos diferentes componentes do grande contexto dos traços que descrevem a relação doente com sua dor.
A forma como respondemos à dor emocional, o enquadramento e atitude que decidimos ter, pode conduzir-nos à vitimização e consequente sofrimento, ou à capacitação e consequente conforto e bem-estar psicológicas da dor combinam-se para orientar a grande maioria dos nossos recursos internos para a detecção do perigo [real ou imaginado], fazendo soar um alarme continuo e angustiante que fornece a matéria prima para o sofrimento. Como é que Ego reage perante a dor ou a incapacidade? Já pensou nos ganhos secundários que aí poderão ter origem? Não poderá minimizar essa dor?
Ego atua na resistência de ganho secundário por não confrontar o Id: Esses ganhos secundários do Ego oriundos dos impulsos de raiva do Id são bem conhecidos sob a forma de vantagens e gratificações obtidas da condição de estar temeroso e de ser percebido como incapaz, frágil, inferior, pequeno ou sob a forma de gratificação de impulsos de estresse para com aqueles que são obrigados a compartilhar com a impaciência, irritabilidade do paciente.
Esse sentimento de incapacidade pode esconder o medo do futuro. Medo de rejeição, de nada dar certo, de ficar sozinho, de perder o emprego, de se sentir culpado pela reação de alguém, de dar a própria opinião, ou seja, medo de ser você mesmo e de se sentir culpado por algo que possa acontecer. O organismo reage com pesar sempre que sentimos a perda de algo ou de alguém, quando não conseguimos alcançar um objetivo a que nos propusemos, e saboreamos o fracasso. Esse sentimento aparece como que um mecanismo de defesa, como que um sinal para que não se continue a insistir em algo, que devido às circunstâncias já está desprovido de propósito. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
O que são doenças psicossomáticas? São doenças do foro psicológico com expressão física. a somatização é um mecanismo pelo qual um conflito psicológico passa a ser descarregado em um órgão do corpo, o que pode causar uma lesão nesse órgão, conforme a intensidade, a frequência e o tempo de duração. A angústia patológica é descarregada no órgão. Dessa forma o indivíduo não sente nem o conflito nem a angústia, mas sente dor, coceira, incômodo, LER [lesão por esforço repetitivo] etc.
Através delas o conflito passa a ser descarregado em um órgão do corpo e, com isso, a angústia patológica gerada pela exclusão do material conflitado fica também depositada no órgão. Através desta defesa o indivíduo passa a não sentir nem o conflito nem a angústia sentindo apenas os sintomas físicos produzidos pela somatização. na conversão, o sintoma aparece no órgão, mas a angústia não é descarregada nele; o indivíduo não identifica o conflito, mas sente a angústia, e não existe lesão no órgão. Hoje a psicossomática estaria mais ligada à visão ideológica desse movimento e às pesquisas que se fazem sobre essas ideias: sobre a relação corpo-mente e sobre os mecanismos de produção de enfermidades, principalmente sobre os fenômenos do estresse.
QUAL A CAUSA DE UMA DOENÇA PSICOSSOMÁTICA? Não há uma regra que prevaleça, mas sim uma predisposição pessoal orgânica de como seu corpo e o seu psicológico estão respondendo e reagindo às suas condições de vida e saúde. Em geral, mudanças significativas que passamos em nossas vidas, podem ser fatores fundamentais para análise: Problemas profissionais: seja por excesso de trabalho ou pela falta dele, em situações de desemprego, o lado profissional mexe muito com o psicológico de todos nós. Além disso, a ou transição de carreira ou insatisfação com a carreira ou o emprego, também são fatores comuns nesses casos; QUAIS OS SINTOMAS PSICOSSOMÁTICOS? Os principais sintomas psicológicos e físicos são: Sintomas Psicológicos Estresse; Ansiedade; Impaciência; Problemas de concentração.
O problema de se fazer o diagnóstico de uma doença psicossomática é que a pessoa não possui consciência de que a doença está sendo causada pelos seus próprios sentimentos.

Referência Bibliográfica
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968.
PARKES, C. M. (1998) Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. São Paulo, SP: Summus Editorial.

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