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Energia realocada em outro Objeto


Julho/2019.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 

Mediante este texto pretendo desnudar a construção em análise e interpretação de um sonho. Para Freud, o sonho constitui “uma realização (disfarçada) de um desejo (reprimido)”. Possui um conteúdo manifesto, que é a experiência consciente durante o sono, e ainda um conteúdo latente, considerado inconsciente. Este é composto por 3 elementos: as impressões sensoriais noturnas (por exemplo, a sensação de sede durante o sono), os restos diurnos (registros dos acontecimentos da véspera) e as pulsões do id (relacionadas a fantasias de natureza sexual ou agressiva). Esses elementos do sonho latente tendem a fazer o indivíduo despertar. E, durante o sono, em função da completa cessação da atividade motora voluntária, a repressão está enfraquecida, o que aumenta a possibilidade de as pulsões terem acesso à consciência.
Todavia o sonho atua como “o guardião do sono”. Em função de uma solução de compromisso entre o id e o ego – que é a instância que exerce a repressão –, é permitida uma gratificação parcial das pulsões, diminuindo a força delas e, consequentemente, possibilitando que o indivíduo continue a dormir. Essa gratificação se dá através de uma fantasia visual (o conteúdo manifesto do sonho), que é o resultado de um processo regressivo: o fluxo da energia psíquica, ao invés de seguir em direção às vias motoras, retorna às vias sensoriais.
O sonho é considerado o fenômeno da vida psíquica pelo qual os processos do inconsciente são revelados de uma forma clara e acessível ao estudo. Para Freud, o sonho é produto da atividade do inconsciente e sempre tem sentido intencional, ou seja, a realização, ou não, de um desejo reprimido. Assim eles vão revelando a natureza do homem e são meios os quais podemos ter acesso ao conhecimento do interior oculto da mente.
Um sujeito sonha que, está falando com o seu primo e iria trabalhar com ele dentro da empresa, entretanto deseja sair da empresa, contudo seu primo lhe diz: fica aqui com a gente. Então o sujeito, pensa vou ficar e ajuda-lo no serviço; e de repente observa seu primo correr atrás de três cavalos dentro da empresa multinacional correndo por entre os maquinários para apanha-los.
        
Elementos do sonho: 1. Sujeito: representa o Ego com formação Técnico em Mecânica, Teologia e Psicologia 2. Empresa multinacional: representa a consciência 3. Primo: representa o Superego 4. A quantia de 03Cavalos: representa três catexia; a primeira de narcisismo; a segunda de fantasia e a terceira de objeto 5. Maquinários: representa transforma a angustia em energia libido para movimento. Interpretação do sonho: Ego tem desejo de sair da angustia, entretanto se submete ao Superego a fim de que a catexia de narcisimo, de fantasia e de objeto, seja redirecionada e realocada em outro local fora da consciência, evitando que a energia libidinal fique circulando na consciência e continue a causar desprazer ao Ego.
Os sonhos se dão em dois registros: o sonho lembrado e contado pelo sonhador [conteúdo manifesto], e outro oculto e inconsciente [conteúdo latente], no qual se pretende chegar através da interpretação. Encontrar o sentido de um sonho é percorrer o caminho que dá acesso aos desejos inconscientemente recalcados.
Na deformação do sonho Freud observou os mecanismos de deslocamento, condensação e figuração. A condensação seria uma estrutura de superposição e o deslocamento um meio adequado para despistar a censura. O desejo, tendo sofrido o deslocamento e a condensação, aparece disfarçado na figuração do sonho. A censura do sonho tem como efeito a desfiguração do conteúdo do sonho, ou seja, a deformação onírica. O paciente resiste por força da censura. A resistência aparece, então, como fenômeno clínico apontando para o recalcado, para aquilo que o paciente não suporta lembrar.
Através dos mecanismos de figuração (stellbarbrit), deslocamento (verchiebrung) e condensação (verdichtung) que ocorrem no pensamento do sonho, o autor nos mostra o que se passa no psiquismo humano. Os sonhos são uma formação do inconsciente e a partir de sua decifração é possível sabermos algo sobre o sujeito. O sujeito endereça ao outro sua verdade. O sujeito está interessado em se enunciar, insiste em se enunciar, e o faz através dos sonhos.
O sonho descrito acima é classificado pelo paciente como algo que suscita imensa angústia e expectativa de saber o que vai acontecer. [...] Em Além do princípio do prazer”, Freud (1920/1996) indaga-se sobre o problema da predominância ou não do princípio do prazer sobre a vida psíquica. Este é entendido aqui como o princípio psíquico que visa à redução de tensão que tem, comumente, ocorrência na dinâmica do aparato psíquico. Esta redução equivale à produção do prazer ou à evitação do desprazer, isto é, à diminuição de excitação no psiquismo.
Construção em análise e interpretação, da configuração da libido que às vezes fica estagnada, isto é, não segue seu fluxo natural. Isso ocorre quando há algum tipo de fixação que impede que tudo progrida como deveria. Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidades e interesses diversos. Tudo isso está compreendido no conceito de libido.
A libido é uma energia humana que faz os indivíduos buscarem a realização de suas necessidades básicas, como a fome, por exemplo, e também as prazerosas. Parte da libido é reprimida a partir do complexo de Édipo, parte é deslocada para outros atos humanos como estudar, fazer arte, escrever textos, escrever livros, praticar artes márcias, esportes, trabalhar e outras atividades que temos ao longo de nossas vidas, e uma última parte fica disponível para o prazer sexual.
A libido é a energia que move o homem a se relacionar com os objetos. Se não fosse pela libido o homem não iniciaria sua relação com o mundo. É esta energia que garante que as crianças comecem a brincar, locomoverem-se e explorar a realidade à sua volta. A capacidade de canalizar a libido para o mundo exterior é fundamental para o equilíbrio do ser humano.
Problemas nesta canalização podem ocasionar falhas na socialização, como o autismo, autoagressão, masturbação compulsiva e outros distúrbios de comportamento. Na linguagem comum, a libido pode ser entendida como [vontade] e para entender melhor este conceito podemos nos remeter a nossas expressões quotidianas: “não estou com vontade de competir em processos seletivos”; “sem vontade não há solução”. Estas formas de expressão sinalizam a importância da libido em todas as nossas ações. Libido é um termo que significa vontade e desejo.
A energia então, armazenada no Ego, está sempre focada em algo bom – direta ou indiretamente. Ao observar um comportamento, principalmente aqueles de repetição, o sujeito está buscando algo que, em um determinado momento, lhe foi bom. Este comportamento pode demonstrar que o presente momento de vida não está agradável, pois está sendo buscado algo do passado para ser retomado. O que será que o paciente busca no passado que haja necessidade em ser retomado aqui, agora, que foi objetivo do Ego?
Em clínica, o processo de resistência se intensifica quando o passado não gera algo prazeroso, pelo contrário, traz de volta a dor – já que é necessário recordar, repetir e elaborar eventos passados como se acontecessem no momento atual, para que então possa acontecer a devida elaboração, com o auxílio do terapeuta, ressignificando e curando esta ferida do passado, podendo olhar para ela como algo resolvido, por mais doloroso que tenha sido. A análise busca identificar onde está alocada esta energia – libidinal – do paciente. Ela está, até ser focada em um determinado objeto, armazenada no Ego – então, toda a energia está, inicialmente, ligada a libido, mesmo que posteriormente seja dessexualizada. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Quando a energia está então focada em um objeto ela passou pelo processo de catexia. Cabe ao terapeuta, junto do paciente, descobrir, quebrando as repressões e recalques, qual prazer, qual finalidade esta energia está buscando. A energia catexizada em algo não pode ser utilizada em outra atividade, ela está ali, presa, até ser realocada, direcionada corretamente, ou então conseguir alcançar seu objetivo que é a explosão de prazer que busca através daquele ponto desejado.
Além de buscar um direcionamento que não gere transtornos, neuroses e desprazeres, além de enfraquecimento do indivíduo, a analise busca manter esta energia estabilizada, o mais baixa possível, para que a excitação não tome conta do organismo, deixando ele exausto físico e mentalmente.
Já a catexia é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida na representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa. A libido que não foi catexizada. A libido que foi catexizada perde sua mobilidade original e não pode mais mover-se em direção a novos objetos. Está enraizada em qualquer parte da psique que a atraiu e segurou. A catexia diz respeito à carga de ‘Energia Psíquica’ numa imagem psíquica e o investimento de sentimento e significância nesta imagem. Em outras palavras, a raiva que se sente contra uma pessoa é uma catexia ou fixação de energia na representação mental dessa pessoa [e não nela como objeto externo]. Uma vez que a libido foi catexizada, ela perde sua mobilidade original e não pode mais ser alternada para novos objetos, como normalmente seria possível, ficando enraizada na parte da psiquê que a atraiu e reteve [Ego].
Quando a energia psíquica se liga à divisão consciente do ego: (1) Daí ter surgido a expressão libido do ego ou narcisismo. Alguns usam o termo libido do eu ou auto libido, em contraposição à libido do objeto. (2) Catexia da fantasia, quando a energia psíquica é investida em formações de desejos ou fantasias, ou às suas fontes originais no inconsciente. Tanto a catexia do ego como a catexia da fantasia estão associadas ao narcisismo primário. (3) Catexia do objeto; a expressão é empregada quando se refere à energia psíquica que está conectada com algum objeto fora do próprio sujeito, ou à representação desse objeto na mente do sujeito. A catexia do objeto é menos estável ou fixa do que as outras formas, porque está associada às manifestações do narcisismo secundário, que por sua vez, são menos duradouras do que as do gênero primário.
Freud acreditava que as pessoas continuamente geram energia psíquica, mas apenas uma certa quantidade está disponível para uso em qualquer ponto no tempo. Esta energia psíquica é então utilizada pelos três componentes da personalidade: o id, o ego, superego. O ID é o primeiro local onde toda esta energia psíquica pode ser encontrada. O ID é responsável por satisfazer as necessidades básicas e desejos e opera através do processo primário.
Esta energia se move através, eventualmente, de outros aspectos da personalidade – o ego e do superego. O ego é capaz de capturar um pouco da energia dispersada pelo id. Quando essa energia se torna associada com uma atividade relacionada com ego, torna-se conhecida como uma catexia do ego. Esta dispersão de energia pode envolver a procura de atividades que estão relacionadas com a necessidade. Por exemplo, uma pessoa pode comprar um livro de receitas ou assistir a um programa de culinária na televisão quando está com fome. Pode procurar um emprego por estar sem dinheiro e sem aplicar o conhecimento, habilidade e atitude profissional.
Interpretando as três catexias. (1) a de Narcisimo Secundário, podendo indicar que a energia libidinal está catexizada no narcisimo intelectual. O homem narcísico não busca impor seus pontos de vista aos outros, mas procura incansavelmente um sentido para sua vida. O narcisismo pode ser dividido em duas etapas: narcisismo primário [fase auto erótica] e o narcisismo secundário [quando o indivíduo desenvolve o ego e consegue se diferenciar - os seus desejos e o que o atrai - do resto do mundo]. Freud denominou de narcisismo do ego ou narcisismo secundário, porque foi retirado dos objetos a partir dos processos de identificação com as figuras parentais ou seus representantes.
O narcisismo secundário, ocorrendo na fase adulta, seria um retorno ao ego da energia psíquica investida nos objetos, ou seja, retirada dos seus investimentos objetais, fazendo-o sentir mais prazer pelo retorno recebido ao narcisismo primário ao invés de sentir desejo sexual pelos objetos [...]Quando o indivíduo não consegue realizar-se, tende a fazer grandes investimentos naquilo “que possui a excelência que falta ao ego para torná-lo ideal” (FREUD, 1914/1974, p.18).
Agora (2) na catexia de fantasia. [...] Mecanismo de defesa da fantasia. É um processo psíquico em que o indivíduo concebe uma situação em sua mente, que satisfaz uma necessidade ou desejo, que não pode ser, na vida real, satisfeito. É um roteiro imaginário em que o sujeito está presente e que representa, de modo mais ou menos deformado pelos processos defensivos, a realização de um desejo e, em última análise, de um desejo inconsciente.
Já (3) catexia de objeto; a expressão é empregada quando se refere à energia psíquica que está conectada com algum objeto fora do próprio sujeito, ou à representação desse objeto na mente do sujeito. [...] Freud afirma que, os objetos e as relações objetais são importantes primariamente como meios e veículos de descartes de pulsões libidinais e agressivas. A esse respeito, os primeiros na verdade têm um status secundário e derivado [...] nós não desenvolveríamos nenhum interesse por objetos ou relações objetais e nenhuma das funções de ego de teste de realidade se os objetos não fossem necessários para gratificação das pulsões e se a gratificação imediata fosse possível [...] somos forçados a nos relacionar com objetos. Mas [...] o nosso interesse pelos objetos e o nosso relacionamento com eles continuam direta ou indiretamente ligados ao seu uso e à relevância na gratificação pulsional. (EAGLE apud HALL, LINDZEY E CAMPBELL, 2000, p. 158).
Depreendendo de maneira intelectual através da construção em análise e interpretação do sonho, a energia libidinal se move através, eventualmente, de outros aspectos da personalidade – o Ego e do Superego. No caso do sonho citado acima, enxergamos o Superego na intenção de comandar realocando as três catexias de energias de narcisismo primário/ e ou secundário, a catexia de fantasia e a catexia de objeto para algum local específico fora da consciência para atingir o objetivo do próprio Superego.
Revelo de forma e evidente que o Ego tem desejo de sair da angustia narcísica, que  é a conversão da libido não satisfeita, ou é o afeto que revela a falta de autonomia do sujeito, que se encontra, nesse caso, impedido de responder diante de um Outro cujo querer é enigmático para ele; entretanto se submete ao Superego a fim de que a energia libidinal catexia de narcisimo secundário se mova, através dos seus desejos e o que o atrai do resto do mundo, e não o influencie a retirar a energia libidinal dos seus investimentos objetais, fazendo-o sentir mais prazer pelo retorno recebido não narcisismo primário ao invés de sentir desejo sexual pelos objetos [psicologia e teologia]. Ou seja, Ego direcionava este afeto de objeto de volta a si mesmos. Isto é, após a libido já ter sido projetada para fora, para outros objetos além de si mesmo. O resultado é que um Ego se tornava “cortado” da sociedade e desinteressado em outros. O narcisismo é um mecanismo de defesa que funciona como um instinto de conservação, onde numa condição de perigo, salva o Ego da pessoa
Agora na catexia de fantasia o Superego concebe uma situação em sua mente, que satisfaz uma necessidade ou desejo, que ainda não pode ser, na vida real, satisfeito como [ser pastor/ e ou psicólogo na igreja do Nazareno], e já na catexia do objeto a expressão é empregada quando se refere à energia psíquica que está conectada com algum objeto fora do próprio Superego, ou à representação desse objeto [psicólogo] na mente do sujeito. O Superego tem a intenção de redirecionar as três catexias e realoca-las em outro local fora da consciência, evitando que as três catexias fiquem circulando na consciência e continue a causar desprazer ao Ego.
A energia não está então focada em nenhum objeto ainda, por tanto ela não passou pelo processo de catexia, mas sim está catexizada na consciência, embora o Superego realocará em outro objeto. Cabe ao terapeuta, junto do paciente, descobrir, quebrando as repressões e recalques, qual prazer, qual finalidade esta energia está buscando, pois o Superego decidiu-se por realoca-la fora da consciência em algum objeto.
Se não for encontrado um valor [intensidade] psíquico que seja substituído por outro, como por exemplo: o interesse por algo que não encontra oportunidade de adquirir ou fazer, essa energia que alimenta esse interesse tomará outros caminhos, podendo transformar-se em manifestações somáticas, pois está catexizada no Ego mediante a catexia de narcisimo primário/ e ou secundário, a catexia de fantasia e a catexia de objeto.
Este comportamento pode demonstrar que o presente momento de vida do Ego não está agradável, pois está sendo buscado algo do passado para ser retomado. O que será que o paciente busca no passado que haja necessidade em ser retomado aqui, agora, que foi objetivo do Ego? “Atuar como pastor/ e ou psicólogo na Igreja do Nazareno”.

Referência Bibliográfica
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD, S. [1914]. Sobre o narcisismo: uma introdução. In:____. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. 1. ed. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1974, v. XIV, p. 85-119.
FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968.
GREENBERG, Jay R; MITCHELL, Stephen A. Relações Objetais na Teoria Psicanalítica. Tradução Emilia de Oliveira Diehl. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

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