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Hoje, igual ao amanhã


Hoje, “igual ao amanhã”

Setembro/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208      


A intenção de escrever o texto é para alertar sobre o Sentimento de Desesperança como sendo o hoje para o sujeito, igual ao amanhã, ou seja, tudo que se repetiu no hoje acontecerá no amanhã na percepção do indivíduo. Para entendermos a desesperança é necessário compreender a esperança que é o sentimento que se refere a um bem que está por chegar, mas inda não chegou. Essa ilusão está no futuro que se materializa por meio de um desejo concreto em um plano de ação em função de um objetivo. Contudo o ser humano pode experimentar o sentimento oposto a esperança que é a desesperança. A desesperança pode surgir em vários e em diferentes contextos. Exemplo, uma pessoa pode se sentir desesperançada em sua relação conjugal quando atravessa uma crise no casamento; um sujeito que sofre um período de desemprego de longa duração pode perder a esperança de encontrar um novo trabalho entre outros, um sujeito que perdeu a moradia e família devido a catástrofes do rompimento da usina de minério na cidade de Brumadinho, uma pessoa com quadro clinico de personalidade Borderline ou limítrofe  com síndrome de pânico, depressão e automutilação junto bulimia nervosa, vítimas de furacão no Estados Unidos e outros.
O sujeito passa a ter a visão negativa da realidade e mostra uma visão negativa da realidade para cada contexto. E esta visão negativa pode trazer tristeza, influência de forma negativa a autoestima, traz solidão, raiva por causa da falta de esperança, cansaço psicológico e esgotamento físico [a conexão corpo e mente são constantes], tendência para o ato suicida, desenvolver doenças psicossomáticas. O sentimento da desesperança causa uma dor interior, a pessoa se fecha para o mundo. A desesperança se mostra no pensamento negativo recorrente, que por sua vez, traz sentimentos desagradáveis. [...] De acordo com Yalom (2006), os pacientes que tiverem sofrido uma longa série de perdas, eles enxergarão o mundo através dos óculos da perda. E é exatamente assim que a referida paciente vê o mundo - através das lentes da perda, da falta, do desabrigo... Poder perceber que o belo também faz parte da vida, é o que pode propiciar com que o paciente veja o mundo com uma lente, não mais em preto e branco, mas colorida.
Do ponto de vista vital, é muito importante lembrar que a desesperança não é um ponto definitivo, mas que é essencial alimentar esperança. O indivíduo não consegue enxergar o amanhã diferente no seu olhar com possibilidades de novos acontecimentos, pois vive a rigidez da percepção em função de seus sentimentos de desesperança, desamparo, desconsolação, desespero, descontentamento induzindo-o a compulsão a repetição do hoje igual ao amanhã, onde nada acontece diferente de seu olhar perceptivo. Esse indivíduo não consegue se aperceber com esperança, por tanto o amanhã nunca será diferente do hoje devido ao seu aspecto negativo vivenciado no hoje, ou seja, percepção negativa da vida. Como psicólogos precisamos perceber com o olhar que perpassa o hoje, igual ao amanhã prevendo a possibilidade do ato suicida ou não, oriundo de outros sintomas, se somente uma tristeza apenas e outros.
O indivíduo que está dentro desta perspectiva do hoje, igual ao amanhã olha para sua vida como uma rotina diária com perda de sentidos, não falo dos sentidos da audição, visão, olfato, tato e paladar e sim do sentido que dá um significado que possa leva-lo a conseguir compreender, que através das adversidades é possível encontrar um significado em algum objeto, embora isto não acontece de imediato o sujeito age alienado inconscientemente na repetição de seus sentimentos na compulsão a repetição vivendo e experienciando o hoje, igual ao amanhã. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
A energia libidinal foi catexizada em alguma parte da psiquê, ou seja, foi retirada dos objetos externos e catexizada pelo Ego. Em qualquer situação de sofrimento é muito importante evitar o papel de vítima para ser sempre o protagonista único e exclusivo de sua própria história pessoal. Esse papel de vítima leva à autocompaixão enquanto que o papel de protagonista nutre o amor próprio. O sofrimento machuca, no entanto, é muito importante buscar um sentido concreto a esse sofrimento com o objetivo de suavizar a dor.
O estado de angústia e tristeza profunda, aliado a situações como perdas de moradia, saber do médico que está com doença terminal, o filho que casou-se e saiu de casa, a filha que foi morar em outro país, desemprego e o luto, podem desencadear quadro que exige atenção de familiares e amigos. Sem alarde, mas com o alerta de responsabilidade por parte de parentes e pessoas próximas, é no silêncio da tristeza profunda que quem está em sofrimento pode gerar novas tragédias, inclusive para dar cabo à vida.
O acúmulo de questões negativas com o País Brasil, a corrupção de nossos governantes políticos, a crise de desemprego e a crise econômica, mais questões pessoais e familiares. E, de outro lado, vem a perda da referência da vida em família, o sentimento mais emotivo, de olhar pra dentro de si, e ver que essas eventualidades alimentam e parecem não ter fim. E a dificuldade em lidar com as frustrações ganha dimensão que o indivíduo não suporta. O quadro de tristeza, desesperança, avança ainda mais se a pessoa não conseguiu realizar planos aos quais de empenhou para tal ou sofreu outro revés da vida. Há uma tristeza em curso pela não realização de ações nesses sujeitos e visivelmente o momento social e do País Brasil junto com as frustrações pessoais potencializam a negativar tudo, redirecionando inconsciente a energia libidinal dos objetos externos para o Eu. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
É preciso que os familiares, as pessoas próximas estejam atentas a esse modelo de comportamento ancorado na frustração, na tristeza, para poder ajudar e evitar o pior. Perdas estão presentes em qualquer etapa da vida das pessoas. As perdas, de qualquer natureza, fazem parte das etapas da vida, mas as pessoas não estão acostumadas a refletir e nem a lidar com elas. Por sinal, a perda mais presente na trajetória humana é a morte. A vida é permeada de perdas, mas as pessoas costumam se situar apenas em relação à perda associada à morte. O ser humano perde a infância, perde a adolescência, perde os brinquedos, perde o aconchego com os estudantes de classe depois de formado e em determinada fase perde seu quarto na casa de seus pais ao se casarem ou optarem por morar e trabalhar fora do Brasil por um período.
São perdas significativas, mas que passam pela vida das pessoas de forma diferente. Todos esses aspectos, associados ao perfil do próprio paciente, abrem precedente para um quadro sobre qualquer síndrome ou psicossomática. Apresentam-se a anergia [perda de energia para agir], anedonia [perda de vontade de fazer algo], isolamento social e, com frequência, choro fácil ou disperso. Quem é da família deve observar e buscar ajuda, porque quem está no furacão demora a perceber que está enfiada na crise, na desesperança. Há riscos sérios em questão, como o suicídio, e isso precisa ser levado em conta.
A desesperança poderia estar relacionada às percepções negativas e a um sentimento de fracasso e derrota em relação a si próprio. Atualmente e de acordo com a abordagem da psicologia positiva, parte-se do princípio de que um estado de abatimento duradouro advém da experiência de uma situação desagradável e incapacitante para a qual e apesar de a pessoa se ter esforçado, não foi encontrada uma solução satisfatória. Já na óptica da psicanálise a pessoa aprendeu por meio da compulsão a repetição que, independentemente dos seus esforços para combater a situação todas as suas ações obtêm o mesmo resultado negativo, por tanto o hoje será igual ao amanhã para o indivíduo.
Através de experiências particularmente frustrantes ou traumáticas, uma pessoa poderia aprender que seus comportamentos são insuficientes ou inúteis para mudar ou controlar os fenómenos a que se vê exposto. Tal estado de desamparo levaria a pessoa à desmotivação, passividade ou resignação, falta de agressividade, deficiências sociais e sexuais e apatia geral. Na realidade, a coragem e a vontade de viver dependem muito mais do modo como avaliamos uma situação do que da situação propriamente dita. São as nossas crenças que determinam o que sentimos e como vamos agir em determinada situação. É modificando estas crenças que podemos mudar o nosso estilo explicativo para um estilo mais optimista.
Com tudo ruim e sem esperança no futuro ou no próprio país Brasil, sem emprego ou com o luto pela perda de um ente querido, essa pessoa tende a acionar compensações emocionais graves, como o suicídio, as separações entre casais, a violência, o vício. Suicídio e Transtornos Psicológicos a Atenção aos 4 D: Depressão, Desesperança, Desamparo e Desespero. Aqui vou chamar a atenção do leitor(a) para alguns aspectos psicológicos predisponentes ao suicídio: • perdas recentes. • perdas de figuras parentais na infância. • dinâmica familiar conturbada. • datas importantes. • reações de aniversário. • personalidade com traços significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil, Borderline, depressão entre outros.
A desesperança é altamente limitante, pois não se baseia em realidade, contudo sobre o que as pessoas pensam, que é uma incapacidade de conseguir o que querem. Poderia dizer que é um estado que estão enfraquecidos ou extinta o amor, confiança, alegria, entusiasmo e fé. É um estado de desamparo em que a pessoa é percebida preso, oprimido e indefeso. Cada um comete o ato suicida por razões singulares; vingança, raiva, autopunição, culpa, desesperança, vergonha, humilhação, inferioridade são estados afetivos comumente narrados pelas pessoas com ideias suicidas, mas sob estes subjazem outros que no momento não estão acessíveis à percepção da pessoa. Esses afetos vão se tornando intoleráveis, as ideias suicidas vão aparecendo, preparações para o ato começam a ser construídas e em determinado momento o controle egóico entra em falência e o ato ocorre.
A coisa mais importante aqui é entender que a grande maioria do tempo estamos sofrendo, a causa não é tanto os eventos, mas os modos de leitura mental e interpretação que assumimos ante ao evento. As emoções não vêm de lá, fora, está na mente e pode ser modificada ou removida de lá, se você mudar seus pensamentos. Tente, tente outra vez, tente outra maneira em outro tempo. E se nada funciona, aceitar e seguir em frente.


Referência Bibliográfica
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
YALOM, I. D. (2006). Os desafios da terapia: reflexões para pacientes e terapeutas. Rio de Janeiro: Ediouro

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