Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo tem a intenção de expor para o leitor que existem situações que
se colocam na vida de um profissional com a intenção evidenciada de provocar o
silencio o esgotamento físico e emocional ou síndrome de Burnout. Um chefe de
família é capaz de desenvolver silenciosamente a exaustão física e emocional dentro
do meio familiar e ou organizacional sem se dar conta do ocorrido estando
trabalhando ou desempregado.
Pois,
no ambiente familiar exerce o papel de provedor e delega funções aos membros
para que a família funcione de modo estável e harmonioso. O sujeito exerce o
papel de liderança, esposo, pai e implicitamente o papel de uma profissão que
se situa reprimida no inconsciente enquanto procura por emprego no mercado de
trabalho.
Cito
algumas causas do desemprego, onde o indivíduo precisa se avaliar se se
enquadra em alguma causa, como primeiro a baixa qualificação do trabalhador:
muitas vezes há emprego para a vaga que o trabalhador está procurando, porém, o
mesmo não possui formação adequada para exercer aquela função.
Em
segundo a substituição de mão de obra por máquinas: nas últimas décadas, muitas
vagas de empregos foram fechadas, pois muitas indústrias passaram a usar
máquinas na linha de produção. No setor bancário, por exemplo, o uso de caixas
eletrônicos e desenvolvimento do sistema Bankline [serviços bancários pela
Internet] também gerou o fechamento de milhares de vagas.
E
terceiro a crise econômica, quando um país passa por uma crise econômica, o
consumo de bens e serviços tende a diminuir. Muitas empresas demitem
funcionários como forma de diminuir custos para enfrentar a crise. Quarta causa
é o custo elevado [impostos e outros encargos] para as empresas contratarem com
carteira assinada, este caso é típico do Brasil, pois os custos de contratação
de empregados são muito elevados. Muitas empresas optam por aumentar as horas
extras de seus colaboradores a contratar mais mão de obra.
Quinta
causa é fatores climáticos, por exemplo, chuvas em excesso, secas prolongadas,
geadas e outros fatores climáticos podem gerar grandes perdas financeiras no
campo. Muitos empresários do setor agrícola costumam demitir trabalhadores
rurais para enfrentarem situações deste tipo. E a sexta causa que não é citada
como causa para um desempregado não conseguir inserir-se no mercado de trabalho
e que tem um peso enorme é, se está na meia-idade ou acima dela.
Mas
o que é o desemprego? Parece lugar comum a confusão entre emprego e trabalho. O
trabalho é uma atividade social, necessária ao progresso material e moral da
humanidade. O emprego é o elo de ligação formal entre o trabalhador e o modo de
produção capitalista e não com uma organização especifica, porque o trabalhador
livre é para escolher a organização por intermédio da qual sua ligação se efetivará.
Desta
forma, o desemprego é caracterizado como sendo a não possibilidade do trabalho
assalariado nas organizações de um modo geral. De acordo com Garraty,
desemprego representa a condição da pessoa sem algum meio aceitável de ganhar a
vida e os desempregados são pessoas capazes de trabalhar para satisfazer suas
necessidades, mas ociosas, independentemente de sua boa vontade para trabalhar
ou do que elas possam fazer para atender as necessidades da sociedade.
E
o indivíduo lançado nesta condição forçosamente, no desemprego que contribui
para o aparecimento silencioso da exaustão por meio da falta de clareza se está
buscando um trabalho ou emprego. A diferença entre trabalho e emprego, é que
trabalho está relacionado a aplicação dos conhecimentos técnicos ou acadêmicos
para gerar produtos na sociedade, enquanto que o emprego está associado a
recompensa salarial.
E
quando se faz a pergunta ao desempregado o que você está procurando. De pronto
a resposta é um trabalho. E na maioria das vezes esse trabalho não
correspondente com seus conhecimentos e muito menos com a gratificação
salarial, mas é o que ele tem pra hoje, pois o empregador está ofertando ao
desempregado como meio de demover-se do desemprego.
E
a busca por empregos parece não dar frutos. Mesmo na escassez de opções,
receber uma resposta parece impossível. Com tão poucas vagas e um desemprego
profundo, ser escolhido para a próxima fase da seleção é ainda mais difícil. Os
poucos processos seletivos que se encontra e participa não têm respondido. É
como se nunca tivesse mandado nada. Surge apenas oportunidades para subempregos
por parte de trabalhadores sem qualificação técnica ou universitária.
Qualquer
trabalhador, jovem ou não, que fique muito tempo afastado do mercado de
trabalho, desempregado ou inativo, diminuirá sua chance de retornar em função
da defasagem de conhecimento e da falta de experiência e aprendizado. O
desemprego é a falta de emprego; situação em que parcela da força de trabalho
não consegue obter ocupação deixando o indivíduo atuando dentro da compulsão a
repetição da procura por trabalho. [...] Freud no seu texto “Recordar
repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da
compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado
esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto
mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou
o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
O
desemprego ocorre quando um trabalhador é demitido ou entra no mercado de
trabalho [está à procura de emprego] e não consegue uma vaga de trabalho. É uma
situação difícil para o trabalhador, pois gera problemas financeiros e, em
muitos casos, problemas psicológicos [depressão, ansiedade, síndrome burnout,
pânico.] no trabalhador e em sua família. Porque aumentou as exigências, as
opressões e decepções caracterizada a partir da falta de resolução dos objetivos
cotidianos que ele não conseguiu realizar.
Parece
que o indivíduo não sabe mais como resolver o egresso da circunstância
desconfortável, e nem como conseguir clientes providos de papel moeda, uma vez
que reproduziu ações, aprendizados de pessoas que obtiverão resultados, embora
na sua história profissional não surti efeito estes comportamentos replicados
de outros profissionais. Essas ações causaram efeito no século passado, onde
não exista internet e o índice de desemprego era baixo e o número de vagas era
elevado nas indústrias.
O
sujeito começa a dizer a si mesmo, não sei, mais o que fazer para conseguir um
trabalho [eu realmente não sei e preciso pensar de novo ou nem quero saber e
não estou interessado em procurar emprego]. Ou o segundo não sei, [mas isso
faz-me lembrar de quando fiquei desempregado por 04 anos residindo forçosamente
com meu primo e sinto raiva desta convivência desconfortável e penso que minha
prima arrumou emprego para mim na empresa do seu filho o meu primo, então
existe egresso sim desta situação, mas não na hora que eu desejo…].
Então
emerge o esgotamento psicológico que é a sensação de exaustão mental e física.
Muitas vezes, as pessoas acreditam ser capazes de ultrapassar o limite do corpo
e da mente e governar as consequências de forma emocionalmente saudável ao
mesmo tempo.
A
síndrome de burnout caracteriza-se por um tipo de estresse laboral, isto é,
relativo ao trabalho de origem crônica, ela basicamente trata-se de um processo
gradativo de esgotamento físico e mental que unido, à carência de motivação intrínseca
de empreender atividades cotidianas ou tarefas solicitadas.
É
comum isso, levar desavenças e conflitos desnecessários com colegas de trabalho
ou clientes para a residência e por meio do mecanismo defesa deslocamento,
cessa a raiva redirecionado para os membros da família por meio de discussões,
agressões verbais ou físicas. A pessoa parece estar sempre na defensiva, bem
como possui o hábito de dar respostas sarcásticas. [...] Deslocamento,
este mecanismo está relacionado à sublimação e consiste em desviar o impulso de
sua expressão direta. Nesse caso, o impulso não muda de forma, mas é deslocado
de seu alvo original para outro. Exemplo, ao ser despedido de uma empresa, um
funcionário leal sente raiva e hostilidade pela forma como foi tratado, mas
usualmente tem dificuldade de expressar seus sentimentos de forma direta.
Surge
alguns sintomas como desinteresse e indiferença, no qual a pessoa perde a
vontade de trabalhar ou de estar em algum ambiente social, deixando de cumprir
metas. Uma carga de pensamentos automáticos disfuncionais invade suas relações [até
familiares] o estresse é incessante por todo o dia. A falta de energia, onde o
organismo passa a conduzir de forma descontrolada os recursos energéticos e
assim, diminui a sua capacidade de produzir e render energia libidinal.
Dando
oportunidades para as enfermidades no sistema locomotor como, causa dores
musculares e nas articulações, geradas pela tensão e estresse na coluna com o
aparecimento de hernia de disco, exemplo. Especialmente nos dias atuais, com
tantas exigências e pressões, seja no trabalho ou na vida privada, o stress
muitas vezes assume o controle e começa a desencadear uma forte sensação de
mal-estar. A primeira a ser abalada é a motivação intrínseca.
Fica
cada vez mais difícil encontrar energia para executar as tarefas rotineiras ou
procurar no exterior estímulos motivadores extrínsecos. O sujeito vai perdendo
o interesse por praticamente tudo que o cerca, e funciona como um autômato. A
falta de momentos adequados para o relaxamento e o respeito às necessidades
individuais é o que eleva esse quadro a seu ápice, o esgotamento emocional.
Esse
tipo de exaustão está intimamente relacionado com a forma como o indivíduo se
defronta com as frustrações do dia a dia, e do quão resiliente consegue ser na
hora de enfrentar as diversidades, como excesso de responsabilidade; excesso de
perfeccionismo; dificuldade para controlar as emoções; necessidade de agradar a
todos; excesso de cobrança; necessidade de ter tudo controlado.
Reconheça
que você tem limites, sendo assim, também os têm as responsabilidades e
obrigações; não abra mão de passar um tempo com os familiares e amigos,
fundamental para desconectar e relaxar; diminua o tempo que você dedica a
revisar e pensar nas preocupações; ao invés de fazer várias coisas ao mesmo tempo
e encarar a frustração de nunca as terminar, faça uma lista de prioridades e
realize e conclua tarefas aos poucos; esforce-se para expressar suas emoções,
positivas e negativas. É importante para o seu processo de autoconhecimento;
faça as pazes com a sua autoestima.
Ambientes
de trabalho onde não há harmonia entre as pessoas, a chefia não se mostra
coerente e a pessoa não consegue se perceber como um profissional competente e
realizador pode levar ao esgotamento mental chamando de síndrome de burnout
também chamada de síndrome do esgotamento profissional.
O
estresse continuo em ambientes de trabalho que não oferecem condições para o
desempenho de um bom trabalho pode desgastar física, emocional e
psicologicamente, principalmente em profissões que exigem o relacionamento
continuo com outras pessoas. Todos estão sujeitos a sofrerem da Síndrome do Burnout,
todavia aqueles que atuam em áreas onde lidam com as maiores angustias alheias
são o que correm mais risco, como por exemplo, policiais, professores
principalmente de escolas públicas, médicos, psicólogos, enfermeiros,
profissionais do resgate e o que você pensar enquanto lê o artigo.
São
indivíduos com maior dificuldade de sentir realização profissional que podem apresentar o esgotamento e tem
potencial para ser muito parecida com a depressão, apresentando sintomas
típicos do esgotamento mental como pensamentos negativos, ausência de ânimo
para ir ao trabalho, escassez de gosto por atividades que antes eram
prazerosas, alteração de humor fazendo com que haja dias melhores, contudo em
seguida e sem causa aparente a pessoa sente-se péssima, comportamentos
agressivos ou vontade de agir rispidamente com todos, dificuldade de fixar-se
em uma leitura ou Tv, fazer uma compreensão de um caso clinico e por aí vai.
Em
consequência deste estado mental fortemente abalado pode surgir dor de cabeça,
muito suor, dores de barriga ou dificuldade na digestão, dores pelo corpo,
dificuldade de dormir ou acordar no meio da noite e outros. Os prejuízos
começam a serem percebidos com as faltas ao trabalho, licenças médicas por
depressão, e depreciação nos relacionamentos familiares e pessoais.
É
possível que antigamente as pessoas tivessem vergonha de demonstrar fraquezas.
Falamos de um tempo, onde era muito louvável passar toda uma vida em uma só
empresa, hoje em dia isto pode ser até vergonhoso pois demonstra desprovimento
de dinamismo. Talvez por supervalorizar o dinamismo é que as pessoas se sentem
orgulhosas por estarem estressadas, talvez para elas o stress demonstre que são
superprodutivas e dedicadas para os demais.
Entretanto,
nada disso pode ser verdade, o stress também pode significar um desgaste por dificuldade
de adaptação ao trabalho que realiza, pois quando uma pessoa gosta do que faz
ela pode se sentir cansada, embora não se estressa com frequência. Vejamos alguns exemplos, primeiro o estresse
profissional, é quando as exigências estão acima da capacidade de realização.
Segundo o estresse no relacionamento, surge quando as expectativas de harmonia
são frustradas.
Terceiro
o estresse pós traumático aparece a medida que uma pessoa passa por uma
situação muito forte, como um assalto por exemplo, e fica com sequelas
emocionais. Quarto o estresse social, manifesta-se quando, por excesso de
timidez, a pessoa não consegue relaxar e ser espontânea em situações sociais.
Quinto
o estresse de desempenho, irrompe quando é necessário provar competência, como
por exemplo em provas e exames ou apresentação de trabalhos. Ou ainda
participação em processos seletivos.
Algumas
pessoas tem dificuldades no treinamento de assertividade para que esta pessoa
consiga falar a palavra [não] quando for o caso, entretanto ela não tem coragem
e acaba engolindo mais sapos do que suporta. É preciso identificar novas formas
de lidar com todas as pessoas difíceis envolvidas em seu trabalho desde a
chefia até os clientes de forma que este trabalho se torne mais leve e
prazeroso.
É
essencial identificar até mesmo a necessidade, ou não, de mudar de emprego ou
atividade e conseguir meios para que esta transição ocorra com o mínimo de
transtorno para sua vida, para isto pode ser fazer uso da orientação vocacional
e profissional. Treino de relaxamento com respiração diafragmática. Treino de competências
socioemocionais. Mudança dos padrões de
pensamento negativos.
A
psicoterapia é um tratamento que se propõe a ajudar a pessoa neste sentido.
Talvez este estressado esteja com dificuldades em dizer [não] as tarefas que
lhe estão sendo delegadas e por isso ficou sobrecarregado e não adiantaria
tirar férias, pois voltaria e tudo estaria lá novamente, é necessário aprender
ser assertivo e conseguir dizer [não] de forma elegante. As exigências estão
aumentando e antigamente as pessoas iam para suas casas depois do trabalho e se
[desligavam].
Hoje
em dia o celular não deixa ninguém desconectado. Há uma cultura atual de que
devemos estar a par de tudo o que acontece no mundo enquanto as coisas estão
acontecendo. Parece que diminuiu o número de pessoas que se sentam e leem um
livro, pensando e elaborando cada parágrafo. Hoje em dia é comum ver pessoas
que leem apenas um parágrafo de cada assunto e já passa para o próximo.
O estresse é uma resposta natural do corpo
humano que nos ajuda a evitar situações ameaçadoras. É normal um dia ser mais
estressante que o outro. E as vezes o sujeito utiliza o aparelho como mecanismo
de defesa regressão, regredindo a atitudes infantis para aliviar-se e da
ansiedade, angustia oriunda do princípio de realidade. [...]Mecanismo
defeso regressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um
modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a
ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos
anteriores, reduziram a ansiedade.
Essa
oscilação faz parte da vivência humana. O problema é quando vivenciamos altos
níveis de estresse por um longo período e geralmente indeterminado. O estresse
pode ser resultado de uma rotina com horários apertados ou de um expediente de
trabalho desgastante, como também do ambiente familiar, amizades nocivas,
preocupação excessiva e compromissos intermináveis.
O
lazer e o descanso são igualmente importantes. A busca por uma recolocação no
mercado de trabalho, é um trabalho estressante, onde o desempregado vivencia e
experiencia situações desconfortáveis oriundas da internet. Pois o candidato
está constantemente fixado a um meio de tecnologia, seja e-mail, WhatsApp, rede
social.
E
por não conseguir o esperado sofre cobranças quando se relaciona com pessoas
inconvenientes ao seu redor, com a percepção distorcida pensando que o
indivíduo não está locomovendo-se na procura de emprego com a intenção de
demover-se. Os indivíduos que se posicionam fora do desemprego agem no
sadomasoquismo e elevam o nível de estresse do candidato a procura de vaga.
Um
desempregado no meio familiar sofre um estresse muito alto, pois alguns membros
são desprovidos de compreensão e agem como agressores psicológicos, realizando
maus tratos por meio de linguagem carregada de emoções desagradáveis. O próprio
ambiente familiar se torna um ambiente hostil e abusivo para o desempregado
conviver com isto traz sérios prejuízos a autoestima, com perda de energia
libidinal propiciando o desenvolvimento de doenças psicossomáticas, dores na
coluna, depressão, exaustão emocional.
O
desempregado convive atrelado as tecnologias e ainda não se dá conta que está
executando um trabalho que não lhe promove realização profissional, porque se
trata de recolocação profissional e não aplicação e prática dos conhecimentos
seja, técnicos ou acadêmicos que contribui com o desenvolvimento da sociedade.
E
caso o desempregado que, se refere às pessoas com idade para trabalhar [acima
de 14 anos] que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar
trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não
possuir um emprego, e esteja na ociosidade involuntária a longo tempo o seu
nível de estresse é alto devido as preocupações, e cobranças dos atores do
princípio de realidade.
Por
tanto o desempregado está propenso a desenvolver inconscientemente a síndrome
de burnout, porque exercer atividades no desemprego para recolocar-se no
mercado de trabalho é um trabalho que o desempregado realiza e que não tem
reconhecimento e nem valorização, da parte de quem aprecia com o olhar
preconceituoso proferindo discurso inflamatório de que o desempregado não está
trabalhando produzindo para a sociedade, sim é verdade ele é desprovido de
renda fixa, mas ocultamente o indivíduo realiza o trabalho de recolocação
profissional implícito para a percepção do demais.
Os
finais de semana, férias, feriados e tempo livre também devem ser respeitados.
De preferência, os momentos de descontração devem ser compostos por atividades
divertidas, não somente de relaxamento. Por exemplo, uma partida de futebol ou
de vídeo game, uma caminhada ao ar livre, uma saída para jogar boliche, entre
outras atividades que exercitem o cérebro.
O
indivíduo mante-se na atenção seletiva somente no negativo. Nós também podemos
criar ou colaborar para o aumento do estresse, sabia? Pessoas que realçam somente
nos aspectos negativos da vida [notícias, fofocas, fim de relacionamento, crise
financeira, criminalidade, desemprego] vivem irritadas, cansadas e desesperançosas.
É verdade que assuntos sérios e, por vezes, de caráter mais negativo não devem
se gastar energia, mas sim ignora-los. [...] Em sua obra “Além do
Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também
rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer
e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.
Porém
dar atenção seletiva com o que desperta emoções desagradáveis não ajuda a
solucionar os problemas do mundo. Atentar-se para o convívio com pessoas abusivas,
nas quais as amizades que cultivamos são importantes para a nossa saúde mental.
A
influência em nosso bem-estar é tanta que podemos nos encontrar presos em um
relacionamento abusivo sem perceber. Nem sempre é possível cortar laços com as
pessoas próximas, como familiares e colegas, entretanto podemos encontrar
formas de não permitir que nos façam mal e que, atitudes e palavras
desagradáveis não nos perturbem.
A
autoestima baixa é capaz de potencializar o esgotamento psicológico. Uma pessoa
com autoestima baixa permite que os demais tirem proveito dela. Como não se
valoriza da forma como deveria, tem dificuldade para dizer [não] e
frequentemente se encontra em situações nas quais não gostaria de se envolver.
Pode até mesmo se tornar vítima de abuso com mais facilidade dentro do meio
familiar.
A autoestima baixa também influencia os
pensamentos que, por sua vez, se voltam para a negatividade. Em outras
palavras, a ausência de amor-próprio pode aumentar [e muito] as vivências
negativas. Com o passar do tempo, essa situação pode levar ao esgotamento
psicológico.
A
vivência em ambientes estressantes, onde idealmente, os ambientes que
frequentamos deveriam despertar apenas emoções agradáveis. No mundo real,
porém, é raro termos a oportunidade de transitar exclusivamente por lugares
acolhedores. A vivência prolongada em ambientes estressantes impacta a saúde
mental e física de forma severa.
Devemos
nos afastar de ambientes desagradáveis, quando possível, ou evitar que um
deslocar bacana se transforme em caos. É normal as pessoas ignorarem os sinais
de mal-estar para seguirem com seus estilos de vida nocivos à saúde.
Na
verdade, não é necessariamente preciso fazer uma transformação radical. Nem
todo mundo consegue deixar um trabalho exaustivo ou cortar laços com familiares
ou mudar a maneira como você enxerga o mundo. Nesses casos, como aprimorar a
gestão do estresse diário, já é o bastante.
O
excesso de preocupações, com pensamentos frequentes sobre questões a serem
resolvidas ou pendências que envolvam a vida pessoal ou profissional; Se o seu
trabalho exige muito de você mentalmente, você pode estar tendo dificuldades
para assimilar as informações e lidar com tudo à sua volta; Dificuldade para se
sentir à vontade ou de fazer coisas que possam gerar bem-estar por estar o
tempo todo sentindo-se desgastado.
Estar
vivendo em tempo integral o trabalho, e em geral, muitas pessoas vivem suas
vidas conectadas em tempo integral com o trabalho. As tecnologias como
WhatsApp, e-mails e demais redes nos aproximaram bastante, diminuindo
distâncias, mas ampliaram também a ausência de limites em determinadas
relações, por exemplo, profissionais.
Sem
hesitação se percebeu respondendo mensagens via WhatsApp do trabalho em
horários fora de seu turno oficial? Já se pegou respondendo e-mails do trabalho
em pleno final de semana ou em horários bem atípicos para adiantar sua rotina?
Já se sentiu pressionado a ficar interagindo em grupos de WhatsApp de trabalho,
mesmo fora do seu horário convencional, para mostrar-se disponível?
Sem
tardar tentou não fazer nada fora do seu horário, mas sentiu-se pressionado a
fazer por que seus outros colegas fazem isso? Em geral, as pessoas acabam
cedendo às pressões que o trabalho exerce, deixando de lado muitas vezes suas
vidas pessoais para cumprir obrigações do trabalho. Porém, muitas vezes, essas
pressões por mais que possam vir das organizações podem ser muito mais
internas, ou seja, suas do que dos outros.
E
quando descubro que o meu trabalho me faz mal? Bom, neste caso, temos outras
questões a serem refletidas. Existem alguns fatores que podem intensificar a
sensação de esgotamento psicológico no trabalho, tais como, o próprio trabalho
em si, suas atribuições, não são aquilo que você realmente gostaria de estar
fazendo, e com isso, sente-se frustrado e desmotivado quanto ao futuro.
O
esgotamento psicológico não é reconhecido como doença, mas não é por isso que
deixa de ser um fator preocupante, pode se tornar um sinal de alerta para
alguns transtornos psicológicos, acionada pela ansiedade, nível de exigência,
pressões e frustração, medo caracterizada a partir da falta de resolução dos
objetivos cotidianos que nos propomos e que não conseguimos realizar. [...] Esse
medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como
desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
A
perda de energia, geralmente se reflete primeiro fisicamente, perder energia é
mais fácil que possa se imaginar, pois basta que haja atitudes de desordem
emocional que poderá ocasionar várias outras indisposições. Fatos pontuais que
podem ser causadoras dessa perda é viver em meio ao sentimento de pessimismo,
reforçando hábitos nocivos o cercando de vibrações negativas. Anedonia.
É
a perda da capacidade de sentir prazer, causando por vezes uma certa
indiferença consigo mesmo, diminuindo ou até mesmo bloqueando o apego pelas
pessoas e por si próprio, em outros momentos pode trazer uma resistência a
mudanças, tornando incapaz de desfrutar dos sentimentos que antes gostava.
Indivíduos
que sofrem de anedonia possuem um aspecto de congelamento tornando muitas das
vezes desagradáveis socialmente, potencializando um quadro de isolamento. A falta
de motivação, nesse período quando está esgotado psicologicamente, é muito
comum que apareçam sentimentos de desencanto e apatia, possibilitando na
motivação para que o sujeito queira sumir, uma forma de não ter que enfrentar
seus próprios medos e angustias, ficando assim estático diante da sua própria
vida.
O
esgotamento psicológico pode nos gerar diversos incômodos na saúde, assim já
citados, esses também podem vir afetar nossa saúde. A maioria das vezes nosso corpo se manifesta
através de sinais, que muitas vezes passam desapercebidos, pois o estresse é
somatizado no corpo físico.
Provérbios
14:23 - Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva à pobreza. Então
avalie suas ações e atitudes para não contrair a exaustão emocional. E observe
os sinais como dores musculares no corpo e lombalgia, tonturas, dores de cabeça
constantes, problemas digestivos, perda ou aumento da alimentação, podem surgir
após uma situação de estresse excessivo, e nesse momento é aconselhável que se
busque formas de relaxamento, psicoterapia ou resolver a contrariedade por meio
da medicina.
Referência
Bibliográfica
BÍBLIA,
A.T. Provérbios. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo
Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC).
São Paulo.
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
Comentários
Postar um comentário