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Insegurança Frente Ao Sucesso

Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo tem a intenção de desvelar ao leitor o tema medo do sucesso. Uma das possíveis definições encontradas é de que o sucesso é o êxito ou o resultado gratificante obtido com algo. Logo, varia de indivíduo para indivíduo, pois cada um possui um modo de enxergar a vida e suas expectativas, seja em âmbito profissional ou pessoal.

Enquanto que para um sujeito sucesso é ter um bom emprego, uma casa e um carro, para outra pode ser conseguir cursar uma universidade no exterior ou obter o cargo mais elevado em uma empresa. Ou ainda ser psicólogo de sucesso com excelente remuneração.

O que na verdade todos nós buscamos é a recompensa e que podem mudar, à medida que as circunstâncias de vida mudam. Um bom exemplo disso é o jovem recém formado e solteiro que dá pouco valor à recompensa conhecida como fundo de aposentadoria. Dez anos mais tarde, se esse jovem se casou, tem uma casa e é pai de vários filhos, espera-se que essa recompensa seja mais valorizada.

Alcançar o sucesso, esse sem dúvida é o objetivo de vida de muitos indivíduos, mas, mesmo não sendo algo impossível de ser feito, muitas vezes ele não é alcançado por causa de incômodos que nós mesmos colocamos ou permitimos que apareçam no decorrer do caminho.

Sucesso e fracasso andam juntos, por que certas pessoas de grande sucesso nas suas carreiras cometem determinados atos que muitas vezes as levam ao fracasso? A resposta é que elas não se permitem desfrutarem dos benefícios que o sucesso pode trazer-lhes. Talvez inconsciente por pensar que vai humilhar as pessoas desfavorecidas e para não agir deste modo fracassa nos empreendimentos ou agir perversamente dizendo não aqueles que lhe pedir dinheiro.

Há um sentimento de culpa porque outras pessoas que lhe são caras não tiveram e não têm o que elas têm agora; a ex-mulher, os parentes, os amigos, mais chegados ficaram no início ou no meio do caminho.

Os projetos pessoais são afetados pelas emoções humanas e pensamentos. O medo se mostra como uma emoção bastante evidente em alguns indivíduos. A incapacidade de realizar projetos e alcançar metas projetadas produz desconforto desprazer emocional.

Um processo [deformado] que gera muita dor e decepção nas pessoas. Acarretando uma descrença na vida e na possibilidade de satisfação. Esta deformação pode despertar disfunções mentais [ansiedade, depressão, pânico, síndromes]. Mostra-se como uma vida que se esvai pelo ralo das deformidades mentais. Sonhos desperdiçados e muita desilusão são as consequências observadas. Uma cascata de sucessivas tentativas e fracassos.  

Por que é difícil detectar o medo do sucesso? Porque este mecanismo se processa ao nível do inconsciente [sistema de crenças disfuncionais]. É automático e se aciona como resposta imediata a algum estímulo percebido como negativo. Neste caso o estímulo é percebido de modo deformado; uma disfunção mental. É animador recordar que está disfunção pode ser descoberta e tratada com ajuda de algum profissional ou através de um processo profundo de autoconhecimento.

Entretanto, saber da existência deste medo do sucesso não é suficiente para sanar a disfunção. O trabalho seguinte a cura da disfunção mental é a parte mais difícil. De fato, exige uma mudança ou transformação de comportamentos e da cognição do ser. Cumpre alertar que uma disfunção arraigada na mente [desenvolvida e usada há décadas] não desaparecerá pelo simples fato de ser desvelada. Seria extraordinário se assim fosse. O desvelar do medo do sucesso [no caso abordado neste artigo] resultará na percepção de que o sucesso nas relações, na profissão e na vida foi prejudicado, de modo cabal, por uma crença disfuncional.

As crenças subjazem na psiquê inconsciente. Por esta razão, enquanto as pessoas negligenciarem a saúde mental [emoções e pensamentos], o fracasso estará logo pronto para atuar através da autossabotagem. Um fracasso acaba por reforçar uma crença [medo do sucesso] aumentando o poder da crença [crença arraigada]; concorrendo para a derrocada da possibilidade de sucesso de uma pessoa. A incapacidade de realizar projetos e alcançar metas projetadas produz desconforto emocional. Um processo [deformado] que gera muita ansiedade e decepção nas pessoas. Acarretando uma descrença na vida e na possibilidade de satisfação.

Esta deformação é capaz de fazer surgir disfunções mentais [ansiedade, depressão, pânico, síndromes]. Mostra-se como uma vida que se esvai pelas deformidades. Sonhos desperdiçados e muita desilusão são as consequências observadas. Uma cascata de sucessivas tentativas e fracassos é o resultado muito óbvio. De acordo com a bíblia no livro de I Timóteo 6:10 - Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Esses cristãos são expostos a uma pregação deformada.

 Pelo qual elas sentem uma forte necessidade de alcançar sucesso; contudo, evidenciam um medo igualmente forte de que seu sucesso terá consequências adversas graves como, por exemplo, a perda de afeto de Deus se obtiverem o sucesso. Evidencia-se nestes casos a emoção da culpa.

Tratando alguns de seus pacientes, ele observou que o sucesso profissional lhes trazia uma grande ansiedade. No processo ele descobriu que havia um medo de humilhar os pais, conseguindo coisas maiores do que os pais haviam conseguido, trazendo-lhes grande angustia. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.

Em 1915, Freud observou, tratando as neuroses, um fenômeno inesperado em alguns de seus pacientes. O sucesso profissional provocava neles uma grande ansiedade. “Para algumas pessoas, o sucesso equivale a uma morte simbólica do genitor do mesmo sexo”.

O medo do sucesso consiste em um processo mental que atua ao nível do inconsciente. A sua operação se dá em que o indivíduo ao se deparar com boas notícias, ou expectativas de realização de um grande projeto, experimenta um pavor intenso. O medo de fracassar está relacionado à insegurança que, quando excessiva, pode causar muitos prejuízos.

A insegurança geralmente aparece quando estamos diante de um grande projeto, ao receber uma promoção, antes de uma apresentação em público, entre diversas outras situações que nos fazem sair da zona de conforto.  O sucesso geralmente depende da superação dos nossos medos: medo de correr riscos, medo de afirmar-se, medo de expor o seu ego mais profundo a outras pessoas e, por fim, medo do fracasso. O medo do fracasso pode ser incapacitante, mas o medo do sucesso pode paralisar seus esforços com a mesma severidade. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

No entanto, muitas vezes, quando estamos próximos daquilo que tanto desejamos, inconscientemente, damos um jeito de anular nossos objetivos por acreditar que não somos capazes de alcança-los. Isso se chama autossabotagem ou punição. É a dificuldade que uma pessoa tem de suportar o próprio êxito, levando-a a boicotar a si mesmo. É o medo de sentir prazer.

Há várias formas de punição inconsciente e, certamente, você conhece algumas delas como adiar tarefas, se propor a uma dieta e ao final do dia quebra-la comendo em excesso, fugir de relacionamentos saudáveis por considerar que não é merecedor daquela pessoa ou ainda não aceitar determinada função no trabalho por acreditar que não tem competência para o mesmo, apesar de todos a sua volta afirmarem o contrário.

Parece estranho, mas ocorre com frequência. Freud, o pai da psicanálise, em 1916 escreveu um artigo intitulado “Os que fracassam ao triunfar” que, basicamente, descreve as pessoas que se sentem aliviadas quando algo que tanto desejam não dá certo. Uma das razões para este padrão de conduta tem suas raízes na infância e nas crenças que a criança construiu ao longo da vida sobre si, tendo os pais, e ambiente, como influência.

Estas crenças disfuncionais determinam sua maneira de perceber a si e o mundo a sua volta, interferindo negativamente seus pensamentos. Imagine, por exemplo, uma criança que cresce ouvindo dos pais que ela não é boa o suficiente para realizar algo. Já adulta, mesmo que tenha vontade de ter sucesso, há uma voz interior que sussurra que ela não irá conseguir. Então, num momento que ela está psicologicamente frágil, a tendência é acreditar neste pensamento automático destrutivo prejudicando sua autoconfiança.

A punição acontece porque a sua identidade está atrelada a crenças limitantes sobre si, subestimando sua capacidade de lidar com o sucesso. Uma pessoa, por exemplo, que sofreu várias perdas ao longo da vida, seja de entes queridos, de possibilidades ou de relacionamentos, quando estão diante de uma nova conquista, inconscientemente diz a si mesmo, não vou conseguir. Daí cria empecilhos e desiste. A baixa autoestima aqui dificulta o reconhecimento de suas qualidades e potencialidades, criando resistências a tudo que é novo para manter-se como está, mesmo que traga sofrimento. O ciclo se repete.

Situações que nos fazem sair da zona de conforto. Esse sentimento pode estar relacionado ao medo do fracasso, uma vez que o desconhecido costuma incomodar e preferimos sempre estar no controle. Na medida certa, a insegurança pode ser positiva. Isso porque essa sensação estimula o indivíduo a se preparar e se autodesenvolver.

Porém, quando ela limita a capacidade de realização, de gerar movimento e de transformação, passa a ser um aspecto que precisa ser observado com atenção para que não cause prejuízos. Por ser formado em teologia, me permito citar a passagem bíblica no livro de I Reis 18:19-40; I Reis 19:1-9, para intitular o medo do Profeta Elias.

Elias derrotou 450 profetas de Ball, pois confiava em Deus, digo tinha fé no Divino e por isso obteve sucesso, Mas, teve um esgotamento emocional que lhe trouxe insegurança ficando com medo de Jezabel mulher perversa do rei Acabe, que lhe avisou que iria mata-lo por ter matado os seus 450 profetas.

Elias por meio do mecanismo defesa, fugiu escapando com medo de ser morto pelas mãos de Jezabel e escondeu-se numa caverna. O medo de ser bem sucedido novamente e ser reconhecido novamente como um profeta de Deus o fizera fugir e isolar-se por medo de ser castigado. Elias esqueceu-se que havia obtido o sucesso sob os 450 profetas de Baal e foi consumido pelo medo de fracassar.

Freud relacionou o medo do êxito e do sucesso ao sentimento de culpa de sermos melhores do que nossos pais puderam ser. Alguns autores mais recentes, associam o medo do sucesso com indivíduos que tiveram pais abusivos e que possuem, enquanto adultos, um sentimento extremo de não serem merecedores de coisas boas.

Pode ocorrer também com algum indivíduo que tenha se casado e a mulher tinha comportamentos abusivos e atitudes de furtar o papel moeda do esposo, associando-se a agiotas lhe causando sérios prejuízos. Esse homem depois do divórcio é capaz de desenvolver um trauma referente ao sucesso financeiro na sua vida.

E, neste sentido, o sucesso seria um equívoco. Outro mecanismo é a auto sabotagem, que pode ocorrer de infinitas maneiras, o pensamento negativo predominante, a percepção de que não tenho nada que aprender com as pessoas ou ocasiões desfavoráveis privação de dinheiro, restrição ao conforto e bem-estar, por exemplo. Ou, quando o sucesso se torna eminente, a tarefa a ser concluída é abandonada de repente.

O isolamento, a preguiça, o orgulho, ações sem planejamento ou caóticas e a busca de soluções ideais ou mágicas. Agradar em demasia os outros e esquecer das suas prioridades e desejos, cometer pequenos erros que parecem inocentes, mas não permitem que a tarefa reflita o seu verdadeiro potencial, estabelecer uma rotina que dificilmente você conseguirá dar conta.

Quer dizer, a auto sabotagem ou punição inconsciente é um conjunto de comportamentos autodestrutivos que repetimos constantemente e que nos impedem de rompermos com crenças que possuímos, bloqueando o nosso crescimento ou sucesso, não consigo fazer isso; não sou boa o bastante; preciso das condições ideias para realizar o que sou capaz; não consigo fazer isso porque nunca tenho a colaboração das pessoas; sei que não vão gostar do meu produto; este lugar e estas pessoas não estão a minha altura. E o indivíduo não se dá conta que está na compulsão a repetição de pensamentos automáticos disfuncionais. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Freud entendeu que quando triunfamos sobre nossos pais ou acreditamos tê-lo feito seja porque nos tornamos mais ricos, mais férteis ou mais bem-sucedidos do que eles, experimentamos uma sensação de culpa por tê-los ferido ou envergonhado. E que, por outro lado, tememos ser atacados por nossos pais, como forma de enfrentar sua própria inveja.

Claro que ficaremos infelizes se não formos promovidos, se nosso parceiro ou nossa parceira nos deixar ou se os filhos de alguma forma no decepcionarem ou ainda se não conseguimos cliente o suficiente para aplicarmos a psicologia e pagar nossas contas.

Mas Freud introduziu uma nova ideia na psicologia, a saber, que todos temos sérias possibilidades de ficar perturbados quando nossos desejos de fato se realizam, não porque não saibamos muito bem o que fazer com nosso novo status ou riqueza, e sim por temermos ter feito algum mal a nossos pais. Em 1915, Freud observou, tratando as neuroses, um fenômeno inesperado em alguns de seus pacientes. O sucesso profissional provocava neles uma grande ansiedade. Para algumas pessoas, o sucesso equivale a uma morte simbólica do genitor do mesmo sexo.

Um fato provável é se o adulto tentou em algum momento da sua vida empreender em algum cargo esperando ser bem sucedido economicamente e como resposta obteve o fracasso. Inconscientemente no aqui-agora esse sujeito é capaz de entre o mecanismo defesa regressão, regredir a atitudes anterior relembrando o fracasso como meio de aliviar a ansiedade. E neste sentido acaba entrando em conflito consigo, por ansiar o sucesso e deparar-se com o fracasso no presente. [...]Mecanismo defeso regressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade.

À primeira vista este título parece surpreender, pois como poderia alguém se angustiar diante do sucesso? Comumente, o sucesso é entendido como algo que encontra êxito, o que seria uma situação, ao menos a princípio, oposta a angústia, em que não haveria êxito. Diferentemente disso, a experiência clínica nos traz alguns casos em que o sujeito porta uma queixa não sobre um sintoma específico, mas sobre uma sensação de fracasso.

Há, nesses casos, uma reclamação de um fracasso reiterativo quer no trabalho, nos estudos, no sexo, no empreendedorismo, na vida. Dessa forma, o sujeito chega à análise falando de um fracasso, que as coisas não dão certo na sua vida e diz que gostaria de obter sucesso; ter êxito no trabalho e no casamento, por exemplo.

Esse discurso parece apontar para um aspecto imaginário do registro psíquico, não evidenciando a faceta simbólica e real implicada; e tão logo se instale aí uma análise irrompe uma angústia que desestrutura esse discurso das lamúrias.

De início parece que o sujeito se angustia com a possibilidade de fracassar, ele diz, por exemplo, que começa a ficar angustiado ao abordar uma garota, pois começa a sentir que ela vai lhe dar um fora e ele então fala dessa angústia como a possibilidade de novamente fracassar frente à tentativa de conquista da garota. Ou menciona a contingência de naufragar frente ao projeto que não exibe resultados positivos, porque no passado fraquejou ao empreender em consultoria técnica e não sabe elaborar suportando a angustia de falhar.

Mas, no transcorrer da análise, esse cenário toma outra dimensão, pois a angústia não é exatamente frente à possibilidade de fracassar, mas frente à possibilidade de êxito. No exemplo, a angústia não é o fora que ele pode levar da garota, mas a possibilidade de ela desejá-lo, dela tomá-lo como objeto de seu desejo.

Ou ainda a angustia não é o malogro do projeto e sim a promessa de o projeto ansiá-lo e submetê-lo como objeto de seu desejo. Então o sujeito por meio do mecanismo negação, nega inconsciente se sujeitar ao projeto e ser objeto de seu desejo com medo de perder o controle sobre si e pensa equivocadamente que o projeto o controlará.

Exemplo, um indivíduo com formação em teologia e psicologia é capaz de inconscientemente fracassar nos empreendimentos relacionados a psicologia por medo de ser bem sucedido e de que a psicologia o eleja como objeto de desejo, pensando equivocado ao fazer leitura mental e interpretação errônea sobre o versículo João 15:16 que a teologia não o elegerá mais como sendo seu objeto de desejo principal. Pois foi o objeto Cristo quem escolheu e elegeu o teólogo como objeto de seu desejo.

E inconsciente deseja falhar no empreender em psicologia e como resposta ao masoquismo moral por entre a culpa inconsciente se castiga ao pensar desacertado que se for bem sucedido em psicologia estará em transgressão e com isto se priva de conforto, de ser sucedido economicamente, é atormentado por humilhação e agressão verbal com ameaças de morte de um ente querido, por estar apegado ao passado de rejeição e desamparo, recebe rejeição profissional por parte de clientes, para manter-se subordinado a teologia e não ser rejeitado por Jesus Cristo por medo de não herdar a vida eterna.

Deste modo anseia inconsciente não ser elegido pelos clientes que desejam e tem poder aquisito para pagar seus honorários, mas sim transitar por entre clientes que podem no máximo pagar o valor social e aqueles que não pagam para conservar-se no altruísmo do masoquismo econômico.

E segundo o livro de João 15:16 - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Pois foi o objeto Cristo quem escolheu e elegeu o teólogo como objeto de seu desejo.

Vejamos melhor isso. A questão pode ser abordada de diferentes formas, pois inevitavelmente tem aí a questão da repetição do fracasso, o quanto esse traço se repete e pode permear e determinar a vida do sujeito.

Evidentemente que isso aponta para a ação ilógica inconsciente, de se fazer fracassar, de buscar nas diversas coisas da vida a repetição da ilusão. Freud (1920) irá marcar em Além do princípio do prazer o quanto há de uma compulsão a repetição, o quanto esse fracasso marca um gozo fantasmático que se repete incessantemente e com diferenças.

Esse fracasso também pode ser um traço de caráter, isso que não é um sintoma e que não gera um conflito como um derivado inconsciente. Esse traço de caráter pode seguir na vida do sujeito sem que ele busque uma análise e sem que ele possa ser analisado. Mas, o ponto que pretendemos trabalhar é um recorte que aponta tão somente para a relação desse binômio fracasso/sucesso com a angústia.

Eis que o sujeito não quer perder a psicologia com a qual ele se encontra extremamente ligado, por vezes até identificado a própria abordagem. Estar ligado a psicologia ou tentar possuí-la denota um apagamento da posição de sujeito, ao menos de um sujeito em falta, assujeitado às insígnias do inconsciente que procede a sua divisão, como não inteiro, em que nessa divisão, algo se perde; não é possível reter a psicologia.

O sujeito teme a perda da psicologia, com isso, fica fixado a ela, por entre o mecanismo defesa fixação obscurecido em sua sombra como que eclipsado a abordagem psicológica para não se defrontar com a suposta angústia da perda. O que aparece, nesse momento, não é o sujeito castrado, dividido, que de algum modo se depara com sua falta, mas a tentativa de nada faltar, a tentativa de estar tão próximo a psicologia ao ponto de incorporá-la como se ela fizesse parte do sujeito.

Com isso, o sujeito passa a se identificar, por meio do mecanismo defesa identificação fortemente a psicologia de modo a tentar ser a psicologia que irá completar a falta nele mesmo. Colocar-se no lugar da psicologia é a tentativa, todavia mal sucedida, de não se deparar com a falta que a castração lhe imputa na posição de sujeito.

A psicologia, nesse caso, não opera como uma psicologia, quer dizer, ela não funciona como uma psicologia causa de desejo, que é a psicologia em falta. Disso, denota-se que se a psicologia não está perdida, não há um sujeito em falta, logo não há uma castração propriamente dita, mas a tentativa angustiante de completude na psicologia.

A falta [castração], de algum modo, opera, contudo na angústia, é como se o sujeito mobilizasse forças para evitar se defrontar com a castração, e esse movimento provoca angústia. Nada pode faltar, e dessa forma, se coloca como uma psicologia para si mesmo.

Uma vez que o Outro descarta a psicologia só resta ao sujeito cumprir esse destino, ser dejetado, ser abandonado, deixar-se cair. Isso tudo ocorre sob forte angústia, pois ela é um afeto que não se deixa enganar, ou melhor dizendo, essa certeza do ato denota que há igualmente uma certeza subjacente em que o sujeito acredita ser efetivamente essa psicologia para o Outro e se coloca dessa forma.

A angústia não se deixa enganar na medida em que ela é sentida no corpo, é a força desse afeto que afeta o sujeito ao ponto de ele ser certeiramente afetado em seu ato suicida, ou em outras passagens ao ato. Voltando a questão do sucesso/e ou fracasso, o sucesso que o sujeito almeja é uma tentativa de satisfação garantida, de conquista ilimitada, de ausência de castração e de um gozo infinito.

Se o suicida busca essa saída totalizadora de uma forma extrema e angustiada, o sucesso também é para o neurótico uma saída totalizadora e extrema, que pode de igual forma provocar uma angústia insuportável. Para o neurótico, o sucesso seria alguma espécie de realização em que nada pode faltar. Aí se pode visualizar suas analogias com o suicida, pois este também busca uma completude, em que nada pode faltar.

Por isso mesmo ele se mata, não no sentido de pôr fim a própria vida, o narcisismo o impede disso, mas como uma tentativa de encontrar uma saída para um conflito psíquico, uma tentativa de encontrar um paraíso ou um outro plano da vida onde não haja angústia. Pois bem, este imperativo de nada pode faltar o conduz a angústia. Uma angústia frente à possibilidade de uma ostentação de um sucesso pleno.

O sucesso, para esses sujeitos, teria que ser sem falta; como isso é impossível, é melhor recuar e, de algum modo, fracassar. No fracasso o sujeito encontra alento para se regozijar de sua condição de rejeitado, de fracassado, de mal amado, de sofrido, enfim, encontra uma brecha para gozar com seu sintoma e supor que um gozo pleno e absoluto só é possível para o Outro, não para ele.

No fracasso encontra uma recompensa narcísica para ocupar um lugar de destaque, se colocando como o pior dos piores, um ser abominável e, com isso, gozar dessa condição. A iminência do sucesso desperta a angústia, pois ela remete a algo que não pode faltar, e o desejo fica sufocado nesse sucesso que tem que ser pleno.

Ora, o sucesso pleno já é sinônimo de angústia, pois não há plenitude, há tão somente o desejo, constituído pela falta, que pode sustentar o sujeito do inconsciente. O sucesso, neste caso, pode muito bem representar a demanda satisfeita, pode ser uma demanda de amor, uma vez que o sucesso não é a colocação do desejo em ato, mas a sua asfixia.

Se o sucesso pode ser demande de amor, o fracasso, é um instrumento da angústia, na medida em que necessariamente o sujeito precisa fracassar [e aí está o instrumento] para que o desejo não seja abafado. Nesse artigo, o que está em destaque é o sentimento de culpa, pois ele torna insuportável qualquer condição de sucesso.

O sentimento de culpa agiria como um castigo, que priva a fruição, em que não lhe é devido tamanha realização. Essa necessidade de castigo que impõe o imperativo superegóico em que o sujeito deve fracassar como forma de evitar o sucesso que lhe é indevido e que sua iminência lhe causaria uma angústia terrível. De modo que deve fracassar e isso é um instrumento da angústia para cumprir um sentimento inconsciente de culpa.

Surge aí nesse imperativo categórico do supereu o objeto a [voz] está voz do Outro, do pai que lhe imputa esse castigo, do qual o sujeito segue construindo as condições para tornar efetivo seu próprio fracasso. Essa forma de operar torna-se um recurso para preservar seu desejo, na medida em que não se defronta com a falta. Dessa forma, o sujeito também se enxerga impelido, no êxito, a ultrapassar o pai; algo que pode gerar angústia, pois ele precisa fracassar, como se não pudesse ir além do pai.

Essa postura fica sendo insuportável, seja pelo sentimento de culpa, seja pela própria angústia. O gozo em querer ser maior que o pai é angustiante, não há possibilidade de se instaurar um desejo, uma vez que o desejo não anula o pai, mas enquanto o sujeito tenta anula-lo, o fracasso lhe espera.

Dessa forma, fazer com que o sucesso não cause angústia é mobilizar um percurso de análise que aponta para uma direção da cura em que no horizonte descortina-se a relação do sujeito com o grande outro paterno, uma relação que vai desde a queda da suposta consistência desse grande outro até o seu reconhecimento como pai e de poder se servir dele para também pode prescindir-lhe.

Não deixe que o medo de errar te impeça de lutar por seus objetivos. Nada na vida é garantido, e a única certeza que existe é a de que parados não conseguimos nenhum resultado. Portanto, se arrisque e ouse fazer diferente. Claro, considerando alguns pontos que merecem cuidado, mas nunca se mantendo inerte.

O medo transita lado a lado com a insegurança, então, se a ideia é vencê-lo é preciso fortalecer a autoconfiança. A adaptabilidade é uma característica bastante importante no mundo atual, em que as coisas mudam rapidamente. Pessoas que são mais flexíveis e conseguem lidar bem com mudanças vivem com mais leveza e evitam se abalar demais com perdas.

Claro que perder algo ou alguém que se goste é sofrido, porém, quanto mais flexível for, mais facilmente irá se acostumar à nova realidade. Acredite, saber se adaptar é uma forma de se proteger e evitar uma série de sofrimentos.

O sucesso traz consigo muitas coisas, nem todas são agradáveis. O leque de síndromes que podem ser vividas ao lidar-se com o sucesso; pode ir desde o que Freud abordou, até o medo de se provocar inveja dos que não alcançaram o mesmo sucesso. Na cultura grega havia um ditado popular que falava do ciúme dos “deuses” do sucesso dos homens. Estes processos internos precisam ser descobertos, observados, analisados e reconfigurados.

Ou ficaremos refém de motivações internas que não entendemos, e que em momentos chaves de nossa história conspiram contra nós. Abortando sucessivamente o êxito, sem qualquer justificativa.

Tal ideia vai criar, junto à ansiedade, um sentimento de culpa, produzindo um estado de melancolia que podem durar vários anos. Essas pessoas eram descritas como aquelas a quem o sucesso destrói. Pelo medo de não conseguir para sempre obter sucesso em tudo.

Enquanto o sucesso fica ao nível do sonho, do desejo, a neurose do sucesso não necessariamente se manifesta, mas desde que este sucesso se torna uma realidade, por exemplo, após uma promoção, pode ser que aquele que foi beneficiado não o suporte. Talvez vocês conheçam pessoas com este tipo de problema que obtiveram uma promoção e, curiosamente, em vez de se alegrarem, adoeceram. 

Freud dirá que as pessoas adoecem, porque um de seus sonhos, o mais profundo e duradouro, se realiza. Não é raro que o Ego tolere um sonho como inofensivo, enquanto sua existência for apenas uma projeção e que pareça nunca se realizar. É como quando sonhamos ter um homem ou uma mulher e, quando ele ou ela estão lá, nós achamos nosso sonho improvável e o ignoramos.

Este estudo é muito interessante porque existem entre nós muitas pessoas que sonham, que idealizam o sucesso, a plenitude. No entanto, por que estes sonhos jamais se realizam? Conhecemos homens e mulheres muito inteligentes que se organizam sempre e de tal maneira que fracassam em seus exames quando têm capacidade de vencê-los. Por quê? É o que nós chamamos de neurose do fracasso.

No momento em que vamos vencer, no momento em que nosso sonho vai se realizar, inconscientemente nos arranjamos para falharmos. Podemos observar este mecanismo em algumas pessoas como um processo muito doloroso e incompreensível. O sucesso pode significar a realização de alguma coisa imerecida, que acentua a inferioridade e a culpa.

Um sucesso pode implicar não somente em castigo imediato, mas também em aumento de ambição, levando ao medo de futuros fracassos e de sua punição. O complexo não é, apenas, um medo do sucesso, um sentimento de culpa diante do sucesso, um medo de suscitar inveja nos outros, sequestros, roubos.

O complexo é, também, o medo de ser diferente, de ser rejeitado por aqueles que são diferentes. Muitos de nossos contemporâneos passam por uma castração voluntária, isto é, renunciam ao seu poder, à sua originalidade, à sua independência, pelo medo da rejeição, do exílio. O desejo de segurança é muito pronunciado nos psicóticos. Em sua infância lhes foi ensinado que toda mudança é uma ameaça.

A separação da mãe ou do ambiente familiar foi-lhes apresentado como o equivalente da morte e do caos. Esta noção vai criar, nestas pessoas, um medo de toda e qualquer mudança. Muita segurança impede a evolução da pessoa, mas muita liberdade vai causar também muita angústia. A criança não sabe mais quais são seus limites. Portanto, o medo de não ser como os outros vai gerar um outro medo, o medo de conhecer-se a si mesmo.

Expectativas elevadas, muitas pessoas alcançam o sucesso e nem se dão conta pelo simples fato de que esperavam muito mais, o que as impede de enxergar o resultado incrível que já alcançaram. Para que isso não aconteça com você, evite criar e alimentar expectativas elevadas. Tenha sempre em mente o que de fato você quer e a noção de que muita coisa no final pode não ser como o esperado, isso ajuda a te manter com os pés no chão e assim evita frustrações.

Na sociedade um homem só é percebido como indivíduo bem sucedido se estiver completo de bens materiais. Caso ele não revele ser guarnecido de dinheiro ou posses será visto como fracassado. Pois a percepção de sucesso está associada ao papel moeda e o que for enxergado fora da percepção aprendida não é considerado sucesso. O sujeito por entre o mecanismo defesa negação, consuma negando os outros êxitos por preconceito como não sendo sucesso se não envolve a bufunfa.

Os bem materiais se deterioram, dinheiro se perde e acaba, porém este artigo ficará na internet até o fim da internet. Ele serve como fonte de conhecimento para você leitor que acabou de adquirir informação essencial para lidar com seus medos, por tanto isto pode ser percebido como sucesso. Um exemplo, basta olhar para um vendedor de balas no sinaleiro para classifica-lo como fracassado, por vender balas. Não é!

 

 

Referência Bibliográfica

BÍBLIA, A.T. I Reis N. T. João. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC). São Paulo.

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII


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  O Silêncio Do Outro, Ao Escolher Não Responder Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a tenção do para um excelente tópico. Pois, o silêncio é uma forma bastante potente de comunicação que pode ser utilizada para beneficiar ou prejudicar outra pessoa. Ao escolher não responder alguém, você demonstra que o outro não tem controle sobre a situação e que suas ações não são ditadas por ele. O silêncio do outro ao escolher não responder pode ter várias interpretações. Em algumas situações, pode ser uma forma de respeitar o espaço pessoal ou tempo da outra pessoa para processar informações antes de responder. Em outras, pode ser uma forma de evitar conflitos ou não se comprometer com uma resposta. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação...

Supervisão Causa Conflitos Desnecessários

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O que motiva uma coordenadora ao elaborar o cronograma de horário dos colaboradores a cometer o erro de trocar colaboradores em determinado horário e gerando descontentamento nos demais. Existem várias razões pelas quais uma coordenadora pode cometer o erro de trocar colaboradores em um horário específico, gerando descontentamento nos demais. Algumas dessas razões podem incluir: Falta de atenção: A coordenadora pode estar distraída ou sobrecarregada e não prestar atenção suficiente ao elaborar o cronograma. Isso pode resultar em erros ao atribuir tarefas ou horários aos colaboradores. Falta de comunicação: A coordenadora pode não ter comunicado adequadamente aos colaboradores sobre o cronograma de horários ou as mudanças que ocorreram nele. Isso pode resultar em confusão e descontentamento quando os colaboradores são atribuídos a tarefas ou horários dif...

Fugindo De Perseguidores

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Sonho que estou sendo perseguido por homens e me escondo deles. Sonhos de perseguição são bastante comuns e podem ter diferentes significados, dependendo do contexto específico do sonho e da vida do sonhador. No entanto, de modo geral, esse tipo de sonho pode refletir uma sensação de medo, ansiedade ou estresse em relação a uma situação específica da vida do sonhador, na qual ele se sente perseguido ou ameaçado por alguém ou algo. No seu caso, o sonho parece indicar que você está enfrentando algum tipo de pressão ou ameaça em sua vida, que pode ser representada pelos homens que o perseguem. O fato de você se esconder deles pode indicar que você está tentando evitar ou evitar essa situação de alguma forma. Pode ser útil pensar em sua vida atual e ver se há alguma situação estressante ou conflituosa que possa estar contribuindo para esses sentimentos. O...

Psicólogo Streamers

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. A psicologia social percebe os streamers como figuras influentes que podem moldar o comportamento e as percepções dos espectadores por meio de interações online. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a psicologia social aborda os streamers: Identificação e Modelagem Comportamental: Os espectadores podem se identificar com os streamers e começar a imitar seus comportamentos. Por exemplo, se um streamer sempre reage de forma agressiva ao perder em um jogo, os espectadores podem começar a imitar essa mesma reação. Influência Social: Os streamers têm o poder de influenciar as opiniões e atitudes de seus espectadores. Por exemplo, um streamer que expressa uma opinião política pode influenciar os espectadores a adotarem essa mesma visão. Conformidade: Os espectadores podem sentir pressão para se conformarem com as normas e expectativas estabelecida...

Psicólogo Medo Desistir Psicologia E doenças Psicossomáticas

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Claro! O mecanismo de defesa do medo pode desencadear uma variedade de doenças psicossomáticas, que são condições físicas causadas ou agravadas por fatores psicológicos. Por exemplo, o medo crônico pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como úlceras gástricas, hipertensão arterial, problemas cardíacos e distúrbios digestivos. Isso ocorre porque o estresse e a ansiedade associados ao medo podem afetar negativamente o sistema imunológico e aumentar a suscetibilidade a doenças físicas. Além disso, o medo intenso e prolongado pode levar a uma série de sintomas físicos, como dores de cabeça, dores musculares, problemas de sono e fadiga crônica. Isso ocorre porque o corpo reage ao estresse emocional liberando hormônios do estresse, como o cortisol, que podem ter efeitos adversos sobre o funcionamento do corpo a longo prazo. Portanto, lidar ...

Desenvolvendo Pensamento Critico

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O pensamento crítico é uma habilidade cognitiva que envolve a análise objetiva e cuidadosa de informações, ideias e argumentos antes de tirar conclusões ou tomar decisões. É um processo que busca avaliar a validade, a confiabilidade e a relevância das informações, identificar possíveis preconceitos e falácias, e considerar diferentes perspectivas e pontos de vista. Desenvolver o pensamento crítico requer prática e conscientização. Aqui estão algumas sugestões de como aprimorar essa habilidade, exemplos, questionar pressupostos: Em vez de aceitar informações ou ideias de forma passiva, questione os pressupostos subjacentes e examine as evidências e argumentos que as sustentam. Analisar fontes de informação: Verifique a credibilidade e a confiabilidade das fontes de informação. Considere a expertise, possíveis vieses e interesses por trás da informação ap...

Desistir Não-Desistir Da Psicologia

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo está incerto quanto a desistir da psicologia, por causa dos fracassos na empregabilidade e prospecção de clientes. Quais são as possíveis as razões para desistência e as incitações reprimidas para não desistir. Vamos compreender por meio da abordagem psicanálise. Na abordagem psicanalítica, as motivações conscientes para desistir ou continuar podem ser deixadas considerando-se diversos aspectos externos reais psicológicos e emocionais do indivíduo. Vou explicar alguns possíveis estímulos para cada uma das situações: Motivações para desistir: 1. Frustração com a falta de empregabilidade: O psicólogo pode se sentir desencorajado devido às dificuldades em encontrar emprego na área ou estabelecer uma carreira sólida. Isso pode levar à sensação de fracasso e desmotivação para continuar no campo. 2. Dificuldade na empregabilidade: Pode haver uma ...

Dinâmica De Poder na Clínica De Psicologia

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Na abordagem do processo grupal, a dinâmica do poder no consultório clínico entre psicólogo e cliente pode ser analisada sob a ótica das relações interpessoais e da influência que cada um exerce sobre o outro. Algumas características dessa dinâmica incluem: 1. Relação Assimétrica, Mas Não Autoritária O psicólogo ocupa uma posição de facilitador e detém conhecimento técnico, o que lhe confere um certo poder. No entanto, esse poder não deve ser exercido de forma autoritária, mas sim como um meio de criar um ambiente seguro para a exploração emocional e psicológica do cliente. 2. O Cliente Também Possui Poder O poder no consultório não está apenas com o psicólogo. O cliente detém o poder de escolher o que compartilhar, como reagir às intervenções e até mesmo de interromper o processo. Em um modelo de processo grupal, entende-se que o cliente pod...

Cultura Da Substituição E Silenciamento: O Custo Invisível Da Não Implementação Da NR1 Nos Supermercados

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Durante sua atuação como fiscal de caixa em um supermercado, o profissional que também é psicólogo encontrou uma oportunidade singular: transformar o ambiente de trabalho em um verdadeiro laboratório de observação comportamental. Em meio à rotina operacional, ele utilizou seu olhar clínico e sensibilidade psicológica para analisar, de forma ética e consciente, os comportamentos, interações e dinâmicas sociais presentes no cotidiano da loja. Esse espaço, por sua diversidade de pessoas, tornou-se um campo fértil para compreender as relações humanas em múltiplos níveis: desde as expressões sutis de emoções nos rostos dos clientes, passando pelas reações impulsivas diante de situações de estresse, até os vínculos interpessoais estabelecidos entre os colaboradores. A convivência com pessoas de diferentes classes sociais, idades e culturas proporcionou a...

Meu Nome Era Eileen – Espelho Do Psicólogo

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor bpara um excelente tópico. Vamos analisar o filme "Meu Nome Era Eileen" (título original: Eileen ), disponível na Netflix, sob a ótica da psicologia social , com uma linguagem própria para narração em um podcast como o "Ainda Sou Podcast por Ayrton Júnior, psicólogo". Aqui vai uma proposta de roteiro com descrição do enredo e interpretação psicossocial : 🎙️ Título do episódio: “Meu Nome Era Eileen”: um retrato sombrio da identidade e influência social 🎧 Narrado por Ayrton Júnior, psicólogo “Meu nome era Eileen.” Assim começa a jornada silenciosa de uma jovem presa entre o tédio de sua rotina e a força invisível da repressão social. Vivendo numa pequena cidade americana da década de 1960, Eileen trabalha em um reformatório masculino. Sua vida é solitária, marcada por uma convivência disfuncional com o pai alcoólatra e pela rigidez mora...