Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. O
perfeccionismo pode ser entendido na psicanálise como uma manifestação do
superego, que é uma parte da mente que representa os padrões morais e ideais
internalizados. Na busca incessante pela perfeição, a fiscal de caixa pode
estar tentando compensar sentimentos de inadequação ou insegurança, buscando
validação externa através do desempenho impecável no trabalho.
Essa
busca pela perfeição pode levar a um ciclo vicioso de autocrítica e
autoexigência, causando estresse, ansiedade e até mesmo depressão. Por exemplo,
a fiscal pode se sentir constantemente insatisfeita com seu próprio desempenho,
mesmo que seja elogiada pelos colegas ou superiores.
Além
disso, o comportamento perfeccionista pode afetar negativamente as relações
interpessoais, pois a fiscal pode ser vista como crítica e inflexível pelos
colegas, criando um ambiente de trabalho tenso e desagradável.
Em
termos de saúde mental, o perfeccionismo pode aumentar o risco de desenvolver
transtornos como transtorno de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
e transtorno depressivo maior. Além disso, o estresse crônico causado pelo
perfeccionismo pode levar a sintomas psicossomáticos, como dores de cabeça,
problemas gastrointestinais e tensão muscular.
Portanto,
é importante que a fiscal de caixa busque compreender as raízes de seu
comportamento perfeccionista e desenvolva estratégias saudáveis de
enfrentamento, como a prática da autocompaixão e o estabelecimento de limites
realistas. O apoio de um terapeuta pode ser fundamental para ajudá-la a lidar
com essas questões de forma mais construtiva e saudável.
Além
disso, é importante que a fiscal de caixa reconheça que ninguém é perfeito e
que errar faz parte do processo de aprendizado e crescimento. Ao se permitir
cometer erros e aprender com eles, ela pode reduzir a pressão sobre si mesma e
encontrar um maior equilíbrio entre a busca pela excelência e o cuidado com sua
saúde mental.
No
ambiente de trabalho, a fiscal pode tentar praticar a empatia e a comunicação
assertiva ao lidar com os colegas, reconhecendo que cada um tem seu próprio
ritmo e estilo de trabalho. Isso pode ajudar a criar um clima mais colaborativo
e harmonioso, em vez de um ambiente de competição e crítica constante.
Ao
buscar ajuda profissional, a fiscal pode explorar técnicas de terapia
cognitivo-comportamental (TCC) ou terapia psicodinâmica para trabalhar em suas
questões relacionadas ao perfeccionismo e desenvolver estratégias eficazes de
enfrentamento. Além disso, a prática regular de atividades relaxantes, como
meditação, yoga ou exercícios físicos, pode ajudar a reduzir o estresse e
promover o bem-estar mental.
Em
resumo, ao reconhecer e enfrentar seu comportamento perfeccionista de forma
saudável e construtiva, a fiscal de caixa pode não só melhorar sua própria
saúde mental, mas também contribuir para um ambiente de trabalho mais positivo
e produtivo para si mesma e para seus colegas.
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