Pular para o conteúdo principal

Psicólogo Recusa Participar Processos Seletivos

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo não quer mais investir tempo nem energia participando das etapas que compõem um processo seletivo para vagas de psicólogo. Analisando e compreendendo os estímulos intrínsecos inconsciente no comportamento do psicólogo é possível interpretar.

Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são fundamentais para compreender as ações e comportamentos de um indivíduo. No caso do psicólogo que não quer mais investir tempo nem energia em processos seletivos para vagas de psicólogo, é possível explorar algumas possíveis motivações inconscientes e conscientes por trás dessa atitude.

Motivações inconscientes:

Resistência à exposição: O psicólogo pode sentir resistência em se expor a um processo seletivo, pois isso envolve ser avaliado e julgado por outros profissionais. Essa resistência pode estar ligada a sentimentos de vulnerabilidade e medo de rejeição, que podem ser inconscientemente evitados ao se afastar do processo seletivo.

Autossabotagem: Há uma possibilidade de o psicólogo estar se autossabotando ao evitar as etapas do processo seletivo. Isso pode estar relacionado a crenças inconscientes de não ser bom o suficiente ou de não merecer a vaga, o que leva a evitar a participação para evitar confrontar esses sentimentos.

Conflito de identidade profissional: O psicólogo pode estar enfrentando um conflito interno relacionado à sua identidade profissional. Participar de processos seletivos pode trazer à tona questões sobre sua competência, qualificações ou adequação ao trabalho. Essas dúvidas e conflitos podem ser inconscientemente evitados ao não se envolver nas etapas do processo seletivo.

Comparação com as exigências da vaga ofertada: O psicólogo é capaz de comparar seus saberes acadêmicos com as exigências da vaga. E avaliar que seus conhecimentos, qualificações destoam ou está abaixo do exigido pela Instituição. E por isso opta por não se candidatar aos processos seletivos. Entrando na compulsão a repetição na esperança de surgir uma vaga que esteja alinhada com seus saberes.

Motivações conscientes:

Exaustão emocional: O psicólogo pode ter vivenciado um histórico de experiências desgastantes em processos seletivos anteriores ou em sua carreira como um todo. A exaustão emocional pode levá-lo a evitar novas situações que possam gerar estresse, ansiedade e frustração.

Priorização de outras atividades: O psicólogo pode estar buscando focar suas energias e recursos em outras áreas de sua vida ou trabalho, como projetos pessoais, formação contínua ou atendimento clínico. Ao não participar do processo seletivo, ele pode direcionar seu tempo e energia para essas áreas consideradas prioritárias.

Insatisfação profissional: É possível que o psicólogo esteja experimentando uma sensação de insatisfação ou desilusão com a área profissional ou com o contexto em que os processos seletivos estão ocorrendo. Essa insatisfação consciente pode levá-lo a decidir se afastar das etapas do processo seletivo como forma de buscar novas direções ou repensar sua trajetória profissional.

Motivações inconscientes (continuação):

Medo da competição: Participar de um processo seletivo implica competir com outros profissionais. O psicólogo pode ter medo de se confrontar com sua própria competência e habilidades, temendo não ser capaz de se destacar ou de ser escolhido em um ambiente competitivo. Esses medos podem estar enraizados em experiências passadas ou em dinâmicas familiares e sociais.

Conflito de identidade pessoal: Além do conflito de identidade profissional mencionado anteriormente, pode haver um conflito mais amplo relacionado à identidade pessoal do psicólogo. Participar de um processo seletivo implica em apresentar-se, responder perguntas pessoais e profissionais, e isso pode desencadear conflitos internos em relação à sua autoimagem, valores e objetivos pessoais.

 

Motivações conscientes (continuação):

Mudança de interesse ou direcionamento profissional: O psicólogo pode ter chegado a um ponto de sua carreira em que percebeu que sua paixão ou interesse pela área não está mais alinhada com as oportunidades oferecidas pelos processos seletivos. Essa consciência pode levar à decisão de não investir mais tempo e energia nessas etapas e buscar outras áreas de atuação ou aprimoramento profissional.

Autonomia profissional: Alguns psicólogos podem buscar uma maior autonomia em sua prática profissional. Participar de processos seletivos significa se submeter às regras e critérios estabelecidos por outras instituições ou profissionais. Ao evitar essas etapas, o psicólogo pode estar buscando mais liberdade para definir sua própria abordagem, projetos e clientes, sem depender de um processo seletivo externo.

Motivações inconscientes (continuação):

Medo do sucesso: Pode existir um medo inconsciente do psicólogo em relação ao sucesso e ao reconhecimento que poderia obter por meio de um processo seletivo. Esse medo pode estar relacionado a crenças profundas de não ser digno ou merecedor do sucesso, o que leva à evitação dessas oportunidades.

Proteção contra o fracasso: O psicólogo pode estar evitando o processo seletivo como uma forma de se proteger do possível fracasso. Ele pode ter experimentado rejeições anteriores ou enfrentado desafios na carreira, o que leva a uma aversão inconsciente a situações em que o fracasso pode ser percebido.

Motivações conscientes (continuação):

Insatisfação com o sistema de seleção: O psicólogo pode estar ciente de deficiências ou inadequações nos processos seletivos em sua área. Ele pode questionar a validade dos critérios utilizados, a falta de objetividade ou a falta de consideração de determinadas habilidades ou experiências relevantes. Essa insatisfação consciente pode levá-lo a evitar participar de algo que não considera justo ou adequado.

Busca por outras formas de trabalho: O psicólogo pode estar buscando outras formas de trabalho que não envolvam processos seletivos tradicionais. Isso pode incluir a criação do seu próprio consultório particular, a realização de trabalhos freelance ou a busca por oportunidades de trabalho mais informais, ou ainda ser indicado para a vaga, ou entrevistas informais. Essa escolha consciente pode estar relacionada a um desejo de maior flexibilidade ou independência profissional.

Motivações inconscientes (continuação):

Medo da rejeição: O psicólogo pode ter um medo inconsciente de ser rejeitado durante o processo seletivo. Esse medo pode ser alimentado por experiências passadas de rejeição ou por inseguranças profundas relacionadas à autoestima e à valorização pessoal. A fim de evitar enfrentar esses medos, o psicólogo pode optar por não participar das etapas do processo seletivo.

Conflito entre a identidade pessoal e profissional: O psicólogo pode estar lidando com um conflito inconsciente entre sua identidade pessoal e sua identidade profissional. Participar de processos seletivos pode trazer à tona a necessidade de se apresentar como um profissional específico, seguindo normas e padrões preestabelecidos. Isso pode entrar em conflito com sua identidade pessoal, levando-o a evitar essas situações.

Motivações conscientes (continuação):

Busca por novas oportunidades: O psicólogo pode estar buscando explorar outras oportunidades e desafios profissionais que não estejam vinculados a processos seletivos. Isso pode incluir a busca por projetos inovadores, trabalhos autônomos ou novas áreas de atuação que permitam maior liberdade e criatividade. Ao evitar o processo seletivo, o psicólogo pode estar abrindo espaço para essas novas oportunidades surgirem.

Autocuidado e preservação da saúde mental: Participar de processos seletivos pode ser emocionalmente exigente e estressante. O psicólogo pode estar priorizando seu bem-estar emocional e sua saúde mental ao evitar essas situações desgastantes. Ele pode estar optando por cuidar de si mesmo, evitando situações que possam desencadear estresse, ansiedade ou outras dificuldades emocionais.

 

 

Motivações inconscientes (continuação):

Identificação com pacientes: O psicólogo pode estar inconscientemente se identificando com os pacientes que passam por processos seletivos, especialmente aqueles que podem enfrentar ansiedade, insegurança e medo de avaliação. Ao evitar participar do processo seletivo, o psicólogo pode estar evitando reviver ou confrontar seus próprios sentimentos e experiências semelhantes.

Medo da mudança e do desconhecido: O processo seletivo envolve transições e mudanças, como ingressar em um novo ambiente de trabalho ou assumir novas responsabilidades. O psicólogo pode ter medo inconsciente dessas mudanças e do desconhecido que elas trazem consigo. Esses medos podem ser expressos através da resistência em participar das etapas do processo seletivo.

Motivações conscientes (continuação):

Foco na prática clínica: O psicólogo pode estar mais interessado em se dedicar à sua prática clínica e ao atendimento direto aos pacientes do que em se envolver em processos seletivos. Ele pode considerar que sua verdadeira paixão e contribuição estão no trabalho terapêutico e, portanto, pode preferir direcionar seu tempo e energia para isso, em vez de se envolver nas etapas do processo seletivo.

Insatisfação com o sistema de contratação: O psicólogo pode ter críticas ou descontentamento com o sistema de contratação e seleção existente em sua área. Ele pode perceber deficiências, injustiças ou falta de transparência no processo, o que pode levá-lo a optar por não participar ativamente das etapas do processo seletivo como forma de protesto ou resistência.

Motivações inconscientes (continuação):

Medo da responsabilidade: Participar de um processo seletivo pode levar a assumir novas responsabilidades e cargos, o que pode desencadear medos inconscientes de não estar preparado o suficiente ou de não ser capaz de lidar com as demandas associadas. O psicólogo pode evitar o processo seletivo como forma de evitar esses medos e a pressão que acompanha a responsabilidade.

Fantasias de autossuficiência: O psicólogo pode ter fantasias inconscientes de ser autossuficiente e independente, sem a necessidade de passar por processos seletivos ou depender de outras instituições ou autoridades para estabelecer sua prática profissional. Essas fantasias podem surgir como uma defesa contra possíveis rejeições ou limitações impostas pelos processos seletivos.

Motivações conscientes (continuação):

Busca por autonomia financeira: O psicólogo pode perceber que participar de processos seletivos não é a maneira mais eficiente de alcançar sua independência financeira. Ele pode optar por outras formas de atuação profissional, como a prática privada ou empreendedorismo, onde ele tem mais controle sobre sua renda e não precisa passar pelos processos seletivos tradicionais.

Experiências negativas anteriores: O psicólogo pode ter tido experiências negativas em processos seletivos anteriores, como discriminação, tratamento injusto ou desrespeito às suas qualificações. Essas experiências podem influenciar sua decisão consciente de evitar futuros processos seletivos, a fim de proteger sua saúde mental e evitar reviver essas situações traumáticas.

Motivações inconscientes (continuação):

Medo da exposição: O psicólogo pode ter medo inconsciente de se expor ao participar de um processo seletivo. Isso pode estar relacionado à ansiedade em relação ao julgamento dos outros, à vulnerabilidade emocional de expor suas habilidades e competências, ou a um receio de ser avaliado de forma negativa. Esses medos podem levar à evitação do processo seletivo.

Resistência à autoridade: O psicólogo pode ter uma resistência inconsciente à autoridade ou a ser submetido a critérios externos. A participação em um processo seletivo pode ser percebida como uma submissão a uma autoridade externa que dita as regras e critérios de avaliação. Essa resistência pode ser expressa através da evitação dessas situações.

 

Motivações conscientes (continuação):

Priorização da especialização: O psicólogo pode estar direcionando sua energia e recursos para se especializar em uma área específica da psicologia. Ele pode considerar que investir tempo em processos seletivos para vagas mais generalistas não se alinha com seus objetivos de aprimoramento e busca por conhecimento mais especializado. Nesse caso, ele pode optar por buscar oportunidades de especialização fora dos processos seletivos tradicionais.

Insatisfação com a estrutura do mercado de trabalho: O psicólogo pode estar insatisfeito com a estrutura do mercado de trabalho em sua área, que pode ser altamente competitiva, desvalorizar profissionais qualificados ou apresentar condições de trabalho insatisfatórias. Essa insatisfação consciente pode levá-lo a evitar participar das etapas do processo seletivo como uma forma de buscar alternativas fora dos padrões estabelecidos.

Motivações inconscientes (continuação):

Medo da competição: O psicólogo pode ter um medo inconsciente da competição presente em processos seletivos. Ele pode temer a comparação com outros candidatos e a possibilidade de não se destacar o suficiente para ser selecionado. Esse medo pode estar ligado a inseguranças e à sensação de inadequação, levando-o a evitar participar do processo seletivo.

Resistência à rotina e burocracia: Participar de um processo seletivo pode envolver cumprir uma série de etapas e seguir uma rotina pré-estabelecida, como preencher formulários, participar de entrevistas, entre outros procedimentos. O psicólogo pode ter uma resistência inconsciente à rotina e à burocracia, preferindo evitar essas atividades estruturadas e restritivas.

Motivações conscientes (continuação):

Foco na prática autônoma: O psicólogo pode estar direcionando seu foco e energia para o estabelecimento de uma prática autônoma e independente. Ele pode acreditar que participar de um processo seletivo e se vincular a uma instituição pode limitar sua liberdade profissional e criatividade. Nesse caso, ele pode optar por evitar essas etapas do processo seletivo em busca de uma maior autonomia em sua carreira.

Busca por equilíbrio e qualidade de vida: O psicólogo pode ter uma consciência clara da importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, buscando preservar sua qualidade de vida. Ele pode perceber que passar por um processo seletivo demanda tempo e energia que podem comprometer seu bem-estar e seus relacionamentos pessoais. Assim, ele decide evitar essas etapas para priorizar seu equilíbrio e qualidade de vida.

Lembre-se de que essas são apenas suposições e que cada indivíduo possui sua própria dinâmica psicológica. A psicanálise busca investigar essas motivações e processos inconscientes, bem como as motivações conscientes, para fornecer uma compreensão mais profunda do indivíduo e auxiliá-lo em seu desenvolvimento pessoal e profissional.

 

Comentários

Postagens mais visitadas

A dor da espera, [Quando Você Não Sabe O Que Fazer]

Outubro/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                           A intenção deste artigo é, chamar a atenção do leitor(a) para olhar o fenômeno a dor da espera que potencializa a impaciência no indivíduo anônimo ao fazer uso das redes sociais como, Facebook, Instagram, Blogger, Twitter, Pinterest, WhatsApp e outras eventualidades. Para a sociedade atual, esperar é algo muito irrefletido, incompreendido. O ser humano não foi ensinado no quesito de esperar, por tanto não gostamos e agimos como imediatistas. É mais fácil encontrar citações na Internet sobre aproveitar o dia e fazer algo acontecer, do que simplesmente algo sobre [a esperar quando não saber mais o que fazer]. A conexão de internet caiu, pronto não sei o que fazer.          No ato de esperar exige do sujeito paciência, longanimidade, lidar com...

O Seu Supereu Cruel....

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo pragmático com prudência auxilia o leitor a entender com a inteligência que o superego cruel de uma pessoa é espelhado naquele de quem o criou ou internalizou inconsciente por meio do mecanismo defesa de identificação, atributos, características pessoais, crenças sendo possível ter se espelhado em alguma figura professor de seminário, escola, universidade ou até de ministério eclesiástico com preconceitos, estereótipos e discriminação contra a psicologia. A identificação é uma atividade afetiva e relacional indispensável ao desenvolvimento da personalidade no caso o ego cristão. Como todas as outras atividades psíquicas, a identificação pode, por certo, ser utilizada igualmente para fins defensivos. De acordo com Laplanche e Pontalis, um processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade ou um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, a partir do modelo ...

Professora Assassinada Em Escola E A Pulsão DE Morte Agindo Através De Um Menor

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O sujeito e a pulsão de morte são conceitos fundamentais da psicanálise, desenvolvidos por Sigmund Freud. A pulsão de morte, também conhecida como "pulsão destrutiva", é uma das duas pulsões básicas do ser humano, ao lado da pulsão de vida. De acordo com Freud, a pulsão de morte é uma força instintiva presente em todo ser humano, que se manifesta através de desejos destrutivos, agressivos e autodestrutivos. Esses desejos são parte do inconsciente humano e são direcionados tanto para o mundo externo quanto para o próprio indivíduo. A relação entre o sujeito e a pulsão de morte na sociedade é complexa e multifacetada. Por um lado, a pulsão de morte pode ser vista como uma força que impulsiona ações destrutivas em indivíduos e grupos, como a violência, a guerra e o terrorismo. Por outro lado, a pulsão de morte também pode ser vista como uma fonte de ...

Psicólogo Fracassa Carreira Busca Academia Psicologia Social

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo fracassa na carreira de psicologia, então se decidi ir para academia para alterar a imagem corporal. É possivel estar fazendo academia para compensar a perda da imagem idealizada de psicólogo. Me explique como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicologia Social. A psicologia social estuda como as pessoas pensam, sentem e se comportam em contextos sociais. Ela examina como as interações sociais e as normas culturais influenciam nossas percepções, atitudes e comportamentos. No caso específico de alguém que decide ir para a academia para alterar a imagem corporal após um fracasso na carreira de psicologia, podemos analisar isso sob a perspectiva da teoria da autopercepção e da teoria da compensação. A teoria da autopercepção sugere que as pessoas podem inferir seus próprios estados internos e traços de personalidade observando seu pró...

A Crença Do Não-Merecimento

Setembro/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo convida o leitor(a) a repensar sobre a crença do não merecimento na sua vida. Um adulto que foi submetido involuntariamente a uma infância com ausência de recursos onde a criança não teve as necessidades básicas plenamente satisfeitas, exemplo, alimentação, roupas, moradia digna, educação, lazer e etc. Pode ser também bastante prejudicial e de tanto ouvir, não pode isto; não temos; hoje não dá; não é pra você; não é para nós [e às vezes até, quem você pensa que é para querer isso ou aquilo, pensa que é melhor que os outros, pensa que é rico] a criança cresce e vai internalizando cada vez mais que ela não pode e não merece ter acesso a certas coisas, e na fase adulta irá reproduzir inconscientemente os pensamentos internalizados na infância.   Permita-se a avaliar a si próprio. Sente dificuldade em receber presentes? Pensa que não é digno de ter um bom trabalho? Ou se pergunta será que não mere...

Percepção, a impotência aprendida

Janeiro/2020. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                        A intenção deste artigo é trazer reflexão ao leitor(a) sobre a percepção visual e a compreensão diante das circunstâncias adversas e o sentimento de impotência/ e ou incapacidade. A sensação é a capacidade de codificar certos aspectos da energia física e química que nos circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos neurônios, ou seja, é a recepção de estímulos do meio externo captado por algum dos nossos cinco sentidos: visual, auditiva, tátil, olfativa e gustativa. A sensação permite a existência desses sentidos. Já a percepção é a capacidade de interpretar essa sensação, associando informações sensoriais a nossa memória e cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento. Por exemplo, um som é captado pela n...

Psicólogo Não É Super Herói

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Psicólogo não é Super-herói, na visão da psicologia. Claro! Vou explicar como a visão da psicologia geralmente difere da ideia de um psicólogo ser um super-herói. Embora os psicólogos possam desempenhar um papel importante no apoio e na melhoria do bem-estar das pessoas, é essencial entender que eles não têm superpoderes ou habilidades extraordinárias. Humanos com habilidades profissionais: Os psicólogos são profissionais treinados em psicologia, que estudam o comportamento humano, os processos mentais e as interações sociais. Eles adquirem conhecimento, teorias e técnicas para entender os desafios emocionais, cognitivos e comportamentais enfrentados pelas pessoas. Abordagem científica: A psicologia é uma ciência que utiliza métodos de pesquisa e evidências empíricas para entender o comportamento humano. Os psicólogos baseiam sua prática em teorias com ...

Pensar, ou Agir antes de Pensar

Julho/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 Agir é atuar, comportar-se de que modo na presença de uma situação que provoque raiva ou apenas uma situação que o leve a consequências catastróficas, estando Ego subjugado ao Id. Assistindo ao Filme no Netflix Vis a vis que narra o sistema prisional feminino e numa fala de um ator no papel de psiquiatra e médico da prisão, onde ele fala para a diretora que é necessário pensar antes de agir, devido as consequências. No sistema prisional a pulsão de morte impera drasticamente. O Id é o componente nato dos indivíduos, ou seja, as pessoas nascem com ele. Consiste nos desejos, vontades e pulsões primitivas, formado principalmente pelos instintos e desejos orgânicos pelo prazer. As mulheres e todo o sistema prisional são regidos pela pulsão de morte, ou seja, o Id atuando através do impulso de agressividade é manifestado, antes do raciocínio lógico, prevalecendo o impulso agressivo verbal, físico ou de silêncio sobre o ...

Falta de percepção de si mesmo ou perda de identidade

Junho/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo convida o leitor(a) a repensar sobre a crise de identidade ou medo de perder o autorretrato. As vezes o indivíduo sonha que está perdendo documento como RG no sonho e tenta recuperá-lo. Atinamos que o indivíduo permanece incessantemente entrando e saindo de espaços abertos ou fechados, todos ajustados em meio a diversas leis, regras, normas e sistemas. Se o sujeito não está dentro de um contexto universitário, familiar, está dentro de um ambiente organizacional ou de desemprego e até em alguma outra situação sócio cultural que o requisite num estado padronizado de manifestação que o influencie a interagir e modificar a sua biografia pessoal. É deste modo que podemos observar o movimento que gera o aprisionamento do nosso ser essencial em uma teia que, ao atar, cega. O mais triste deste estado é que o cegar vale tanto para uma visão/ e ou percepção mais acurada sobre a realidade externa, como também pa...

Motivações Inconscientes: Psicologia Da Saúde

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são consideradas determinantes do comportamento humano. Portanto, ao analisar as possíveis motivações inconscientes para um psicólogo escolher a psicologia da saúde para trabalhar em instituições, podemos explorar algumas teorias psicanalíticas que podem ser relevantes. Identificação com o sofrimento dos outros: O psicanalista pode ser motivado inconscientemente por uma identificação com o sofrimento alheio. Talvez ele próprio tenha experimentado dificuldades de saúde ou tenha tido experiências pessoais que o levaram a desenvolver empatia pelo sofrimento dos outros. Essa identificação pode ser um fator motivador para escolher trabalhar em instituições de saúde. Necessidade de cuidar dos outros: A necessidade de cuidar e proteger pode ser um impulso inconsciente para algumas pessoas. Na abordagem ps...