Pular para o conteúdo principal

Estímulos Intrínsecos Trabalhar Instituição Idosos - Psicanálise

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Qual pode ser a motivação inconsciente de um psicólogo para desejar trabalhar em instituições de longa permanecia para idosos. Vamos compreender pela abordagem da psicanálise.

Na abordagem da psicanálise, a motivação inconsciente de um psicólogo para desejar trabalhar em instituições de longa permanência para idosos pode ser interpretada de várias maneiras, considerando que cada indivíduo é único e possui sua própria história pessoal. No entanto, vou explorar uma possível explicação a partir de alguns conceitos psicanalíticos.

De acordo com a psicanálise, o inconsciente abriga desejos, impulsos e memórias reprimidas que influenciam nossos comportamentos e motivações sem que tenhamos consciência disso. Sigmund Freud, o fundador da psicanálise, sugeriu que uma das principais forças motivadoras do inconsciente é a busca pelo prazer e a evitação do sofrimento.

No caso de um psicólogo que deseja trabalhar em instituições de longa permanência para idosos, podemos explorar a possibilidade de que essa motivação inconsciente esteja relacionada a algumas experiências passadas ou conflitos não resolvidos. Aqui estão algumas interpretações possíveis:

Influências externas e tendências dominantes: Os psicólogos também estão sujeitos a influências externas, como a cultura profissional predominante, as demandas do sistema de saúde ou as preferências dos clientes. Se a abordagem psicanalítica, terapia comportamental cognitiva, psicologia humanista e outras não for valorizada ou for menos solicitada em determinado contexto, um psicólogo pode ser influenciado inconscientemente a evitar essa abordagem. E buscar outra que se alinha com suas expectativas no momento.

Exploração da autenticidade: A importância de explorar sua autenticidade como psicólogo. Talvez o psicólogo esteja preocupado em se encaixar nas expectativas de uma instituição de longa permanência para idosos ou em atender aos padrões convencionais da profissão. No entanto, é fundamental abraçar sua individualidade, seus valores e seu estilo único de trabalho como psicólogo. Exemplo de motivo para se encaixar nos moldes de uma instituição é o salário para escapar ao desemprego que sobrepõem os outros aspectos, como valores morais, missão e cultura.

Necessidade de cuidado e afeto: O psicólogo pode ter uma necessidade inconsciente de se sentir útil e importante ao cuidar dos idosos. Essa motivação pode estar relacionada a uma busca por amor, aprovação ou gratidão, possivelmente originada de experiências da infância em que o indivíduo buscou atenção e carinho.

Conflito com a própria mortalidade: Trabalhar com idosos pode confrontar o psicólogo com a realidade da finitude humana, levantando questões sobre sua própria mortalidade. Ao estar em contato constante com o envelhecimento e a proximidade da morte, o psicólogo pode buscar enfrentar e compreender inconscientemente essas questões.

Reparação de perdas passadas: O psicólogo pode ter sofrido perdas significativas em sua vida, como a morte de um ente querido, e seu trabalho em instituições de longa permanência pode representar uma tentativa inconsciente de lidar com essas perdas. Ao ajudar os idosos, ele pode buscar uma forma de reparação simbólica ou de encontrar um senso de continuidade.

Essas são apenas algumas possíveis interpretações, e é importante ressaltar que cada indivíduo é único e sua motivação inconsciente pode ser influenciada por uma combinação de fatores. A psicanálise busca explorar o inconsciente por meio da análise dos conteúdos manifestos nos sonhos, lapsos de memória, associações livres e transferência, permitindo uma compreensão mais profunda dos processos mentais e motivacionais.

Culpa e remorso: O psicólogo pode experimentar sentimento de culpa ou remorso em relação a eventos passados, nos quais ele se sentiu impotente ou não foi capaz de cuidar adequadamente de alguém próximo. Trabalhar com idosos pode ser uma forma inconsciente de buscar redenção ou compensação, proporcionando cuidado e suporte emocional a essas pessoas vulneráveis.

Identificação com figuras parentais: O desejo de trabalhar com idosos pode ser influenciado pela identificação inconsciente com figuras parentais, como os avós. Essa identificação pode ser um meio de buscar uma conexão emocional ou de preencher um vazio afetivo que ficou devido a carências durante a infância.

Necessidade de controlar o envelhecimento: A sociedade valoriza a juventude e a vitalidade, enquanto o envelhecimento é muitas vezes associado a perdas e declínio. O psicólogo pode ter uma necessidade inconsciente de controlar ou compreender melhor o processo de envelhecimento, trabalhando em um contexto onde ele é inevitável. Isso pode ser uma forma de lidar com o medo do próprio envelhecimento ou de confrontar as ansiedades relacionadas ao tempo e à mortalidade.

Conflitos não resolvidos com os pais: O trabalho com idosos pode despertar questões não resolvidas em relação aos pais do psicólogo. Pode haver sentimentos ambivalentes em relação aos pais ou uma busca por reconciliação com figuras parentais ausentes, negligentes ou idosas. Trabalhar com idosos pode ser uma forma de simbolicamente lidar com esses conflitos e tentar encontrar uma resolução emocional.

Emergência Financeira: O trabalho em algumas instituições de longa permanência oferece segurança por ser contrato CLT e alguns benefícios. Já no caso do contrato Não-CLT existe algumas desvantagens. E ao estar sob as normas do CLT o psicólogo pode se sentir seguro nas questões financeiras. Pensando em temos de aposentadoria, seguro desemprego, férias e outros benefícios.

Desejo de preservar a própria saúde e vitalidade: O trabalho em instituições de longa permanência pode ser uma forma de confrontar inconscientemente o medo da própria vulnerabilidade e decadência física. Ao estar em contato com idosos que enfrentam desafios de saúde e mobilidade, o psicólogo pode buscar conscientemente ou inconscientemente reafirmar sua própria vitalidade e saúde.

Necessidade de ordem e estrutura: A instituição de longa permanência pode oferecer uma estrutura clara e um ambiente previsível. Para o psicólogo, isso pode representar uma necessidade inconsciente de ordem e controle em sua vida. Trabalhar em um contexto onde há uma rotina estabelecida pode proporcionar uma sensação de estabilidade e segurança, mesmo que seja inconscientemente buscada.

É importante ressaltar que a psicanálise valoriza a singularidade de cada indivíduo e sua história pessoal. As motivações inconscientes de um psicólogo para trabalhar em instituições de longa permanência podem variar e ser influenciadas por uma combinação de fatores. Através do processo analítico, é possível explorar essas motivações, trazer à consciência os conflitos e desejos inconscientes e trabalhar em direção a uma compreensão mais profunda de si mesmo.

Medo da solidão e da própria mortalidade: O trabalho com idosos pode refletir um medo inconsciente de ficar sozinho ou enfrentar a própria mortalidade. Ao estar em contato próximo com idosos que muitas vezes enfrentam a solidão e a proximidade da morte, o psicólogo pode buscar uma forma de lidar com esses medos e ansiedades em um ambiente controlado.

Identificação com a sabedoria e a experiência de vida dos idosos: O psicólogo pode ter um desejo inconsciente de acessar a sabedoria e a experiência acumulada ao longo dos anos pelos idosos. Essa motivação pode estar relacionada à busca de um sentido mais profundo de si mesmo e à compreensão do significado da vida. Trabalhar com idosos pode proporcionar um contexto no qual o psicólogo se sinta mais conectado a esses aspectos mais amplos da existência.

Busca por gratificação narcísica: O trabalho em instituições de longa permanência para idosos pode oferecer ao psicólogo uma oportunidade de se sentir valorizado e reconhecido por seu papel na vida dos outros. Essa gratificação narcísica pode estar relacionada à necessidade inconsciente de se sentir importante e ter um impacto significativo na vida de alguém, especialmente diante de questões como a perda de status e relevância social que podem acompanhar o envelhecimento.

Busca por autoridade e poder simbólico: O psicólogo pode ter uma motivação inconsciente de exercer autoridade e poder simbólico sobre os idosos, especialmente se houve situações de fragilidade ou falta de controle em sua vida passada. O trabalho em instituições de longa permanência pode permitir que o psicólogo assuma um papel de liderança e se sinta mais seguro ou empoderado em relação às suas próprias vulnerabilidades.

Compensação por conflitos pessoais não resolvidos: O desejo de trabalhar com idosos pode ser uma forma de compensar ou lidar com conflitos pessoais não resolvidos relacionados à dinâmica familiar ou a relacionamentos afetivos passados. Essa motivação inconsciente pode estar relacionada à busca de reconciliação, resolução de sentimentos de culpa ou busca por aceitação emocional.

Identificação com a necessidade de cuidado e suporte: O psicólogo pode ter uma identificação inconsciente com a necessidade de cuidado e suporte emocional, tanto em relação aos idosos quanto a si mesmo. Essa motivação pode estar enraizada em experiências de carência afetiva ou em uma busca por segurança e proteção emocional que não foram completamente satisfeitas na infância ou em relacionamentos significativos anteriores.

Busca por redenção ou reparação emocional: O trabalho com idosos pode refletir uma motivação inconsciente de buscar redenção ou reparação emocional por eventos passados, nos quais o psicólogo se sentiu impotente ou não foi capaz de ajudar ou cuidar adequadamente de alguém. Essa motivação pode ser uma forma de lidar com sentimento de culpa ou fracasso pessoal, buscando uma oportunidade de fazer a diferença e se redimir.

Identificação com a fragilidade e vulnerabilidade dos idosos: O psicólogo pode ter uma identificação inconsciente com a fragilidade e vulnerabilidade dos idosos. Essa identificação pode estar relacionada a experiências pessoais de vulnerabilidade ou a uma necessidade de explorar e compreender suas próprias fragilidades emocionais. Trabalhar com idosos pode ser uma forma de enfrentar esses aspectos de si mesmo e desenvolver empatia e compreensão mais profundas.

Busca por sentido e propósito: O trabalho em instituições de longa permanência pode ser uma expressão da busca por sentido e propósito na vida do psicólogo. Ao oferecer suporte emocional e auxílio aos idosos, o psicólogo pode encontrar um senso de significado pessoal e uma conexão com algo maior do que ele mesmo. Essa motivação pode ser influenciada por uma necessidade inconsciente de encontrar um propósito mais profundo na própria existência.

Necessidade de lidar com a própria finitude: O trabalho com idosos pode ser uma forma de o psicólogo confrontar inconscientemente sua própria finitude e o inevitável processo de envelhecimento. Ao estar em contato próximo com idosos, ele pode estar buscando desenvolver uma compreensão mais profunda e aceitação em relação à própria mortalidade e ao ciclo da vida.

Identificação com o papel do cuidador: O psicólogo pode ter uma identificação inconsciente com o papel do cuidador, possivelmente baseado em experiências passadas de cuidado ou necessidade de ser cuidado. Essa motivação pode estar ligada a uma busca por completude e equilíbrio emocional, ao oferecer apoio e cuidado aos idosos, assim como também encontrar um senso de segurança e apoio para si mesmo.

 

Satisfação da necessidade de estabilidade e rotina: O trabalho em instituições de longa permanência pode proporcionar uma estrutura e rotina estáveis. Essa motivação pode estar relacionada à necessidade inconsciente de estabilidade e previsibilidade, possivelmente como uma forma de compensação por experiências passadas de caos, instabilidade emocional ou falta de estrutura em sua vida.

Exploração e compreensão da própria relação com a idade: Trabalhar com idosos pode ser uma forma de o psicólogo explorar e compreender sua própria relação com a idade e o envelhecimento. Pode haver uma necessidade inconsciente de confrontar os próprios medos, ansiedades ou preconceitos em relação ao envelhecimento, bem como desenvolver uma perspectiva mais ampla sobre o significado e as transformações associadas a diferentes estágios da vida.

Por meio do processo analítico, é possível explorar as motivações inconscientes de maneira mais precisa, ajudando o psicólogo a desenvolver uma consciência ampliada de si mesmo e a trabalhar com maior eficácia no contexto das instituições de longa permanência para idosos.

Necessidade de resgatar aspectos da própria história: O trabalho com idosos pode refletir uma motivação inconsciente de resgatar e compreender aspectos da própria história pessoal. Ao interagir com idosos, o psicólogo pode estar buscando uma conexão com memórias, experiências ou dinâmicas familiares que podem ser evocadas no contexto do trabalho com essa população.

Desejo de encontrar significado na velhice: O psicólogo pode ter um desejo inconsciente de encontrar significado na velhice e na experiência de envelhecer. Trabalhar com idosos pode proporcionar uma oportunidade de explorar e compreender as dimensões emocionais, psicológicas e sociais do envelhecimento, buscando uma visão mais profunda sobre o sentido da vida em seus estágios finais.

Resolução de conflitos não resolvidos com figuras idosas: O trabalho em instituições de longa permanência pode estar ligado à necessidade inconsciente de resolver conflitos ou questões não resolvidas com figuras idosas significativas em sua vida, como pais, avós ou outras figuras de referência. O psicólogo pode buscar, de forma simbólica, a oportunidade de lidar com esses conflitos emocionais e encontrar uma resolução interna.

Satisfação da necessidade de intimidade emocional: O trabalho com idosos pode proporcionar ao psicólogo a oportunidade de desenvolver relações de intimidade emocional. A necessidade inconsciente de conexão e vínculo afetivo pode ser satisfeita ao estabelecer relacionamentos terapêuticos profundos e significativos com os idosos, o que pode atender às necessidades emocionais não atendidas em outras áreas da vida.

Necessidade de lidar com o medo da morte: O trabalho com idosos pode ser uma forma de o psicólogo confrontar inconscientemente o medo da morte. Ao estar em contato com pessoas que estão mais próximas do fim de suas vidas, o psicólogo pode buscar compreender e lidar com seus próprios temores e ansiedades em relação à própria mortalidade.

Busca por reconhecimento e gratidão: O psicólogo pode ter uma necessidade inconsciente de ser reconhecido e apreciado pelos idosos pelos serviços prestados. Essa motivação pode estar relacionada à busca de validação e afirmação pessoal, bem como ao desejo de sentir-se valorizado por sua contribuição para o bem-estar dos outros.

Identificação com os desafios do envelhecimento: O psicólogo pode ter uma identificação inconsciente com os desafios emocionais, físicos e sociais que acompanham o processo de envelhecimento. Essa identificação pode ser resultado de suas próprias experiências de envelhecimento, o contato com pessoas idosas em sua vida ou uma busca por compreender e enfrentar sua própria relação com o envelhecimento futuro.

Desejo de deixar um legado: O trabalho em instituições de longa permanência pode refletir um desejo inconsciente de deixar um legado duradouro. O psicólogo pode buscar impactar positivamente a vida dos idosos, contribuindo para o seu bem-estar e deixando uma marca significativa na comunidade. Essa motivação pode estar relacionada à necessidade de sentir-se importante e ter um impacto duradouro na vida de outras pessoas.

É importante ressaltar que as motivações inconscientes podem variar de pessoa para pessoa e essas interpretações são apenas possibilidades teóricas. A psicanálise busca investigar o inconsciente individualmente, permitindo uma compreensão mais profunda e uma maior consciência das motivações pessoais de um psicólogo para trabalhar em instituições de longa permanência para idosos.

 

Comentários

Postagens mais visitadas

Angústia Da Ausência De Clareza De Informações

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um sujeito que trabalha como fiscal de caixa em um supermercado e é psicólogo está angustiado porque não consegue perceber um caminho para ser contratado como psicólogo em alguma instituição e compreende que a ausência de Clareza gera angústia que está lhe fazendo mal. Na psicanálise, podemos entender essa situação analisando os três sistemas psíquicos: id, ego e superego, bem como os conceitos de angústia e desejo. O conflito interno: O id representa os desejos e impulsos mais profundos. Nesse caso, o desejo do sujeito é trabalhar como psicólogo, porque isso se alinha ao que ele valoriza e ao prazer de ajudar os outros. O superego é a parte crítica, que internaliza normas e regras sociais. Ele pode estar julgando o sujeito por não ter "chegado lá" ainda, criando sentimentos de culpa e cobrança. O ego, que é o mediador entre o id e o ...

Luto Pela Demissão

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Vamos pensar juntos de forma bem didática, passo a passo, usando a psicologia organizacional para entender esse processo de desligamento emocional e o luto pela demissão. 1. O que é desligamento emocional? Na psicologia organizacional, desligar-se emocionalmente da empresa significa aceitar que aquele ciclo profissional acabou e começar a reconstruir sua identidade fora daquela função. É como terminar um relacionamento: mesmo que o contato físico tenha acabado (foi demitida), a mente e o coração ainda estão presos lá. 2. O que é o luto pela demissão? O luto organizacional é o processo emocional que uma pessoa passa quando perde o trabalho. Não é só tristeza: envolve choque, negação, raiva, tristeza, até chegar à aceitação. Como no luto por alguém que morreu, o cérebro precisa de tempo para entender e reorganizar a vida sem aquela rotina, stat...

Turnover E Competências Socioemocional

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. O supermercado enfrenta uma elevada taxa de turnover entre os operadores de caixa. Observa-se que grande parte dos colaboradores recém-contratados não permanece até o final do período de experiência, e aqueles que o ultrapassam tendem a se desligar da função em um curto intervalo de tempo. Embora existam motivos pessoais envolvidos, é perceptível que muitos desses operadores demonstram carência de competências socioemocionais essenciais para o bom desempenho da função. Entre as habilidades deficitárias, destacam-se a baixa adaptabilidade, a limitada tolerância à frustração, dificuldades na regulação emocional e no gerenciamento do estresse. Essas competências são fundamentais para lidar com as pressões diárias do cargo, que exige atenção constante, contato direto com o público, capacidade de resolver conflitos e resiliência diante de situações ad...

Dinâmica De Poder Nas Instituições – Psicologia Organizacional

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. A dinâmica de poder em uma organização refere-se à distribuição e ao exercício do poder entre os membros e diferentes níveis hierárquicos dentro da empresa. O poder é uma influência que permite que um indivíduo ou grupo afete o comportamento ou as decisões dos outros. Existem diferentes teorias e abordagens para entender a dinâmica de poder em uma organização. Vou apresentar alguns dos principais através da psicologia organizacional. Teoria das bases de poder: Essa teoria, proposta por French e Raven, identifica cinco bases de poder que uma pessoa pode ter na organização. São elas: Poder coercitivo: baseia-se no medo de punição ou consequências negativas. Poder de recompensa: baseia-se na capacidade de recompensar ou oferecer incentivos. Poder legítimo: baseia-se na autoridade formal concedida pela posição hierárquica. Poder de especialista: bas...

Entre - Lugar

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. O que é o entre - lugar que as vezes nos encontramos em algumas situações. Construa um texto citando como exemplo um indivíduo que está no entre lugar através da psicologia social para ser gravado no Ainda sou podcast pelo host psicólogo Ayrton Júnior adaptado na linguagem assertiva informativa e que movimentos o sujeito realizar para demover se do entre lugar para ocupar na realidade o lugar que lhe pertence por direito Abaixo está um texto adaptado para ser lido no seu podcast "Ainda Sou" , com linguagem assertiva e informativa, fundamentado na psicologia social , explicando o conceito de entre-lugar e como o sujeito pode sair dessa posição ambígua e retomar o seu lugar legítimo na realidade: 🎙️ AINDA SOU — por Ayrton Júnior Hoje, vamos falar sobre um conceito muito presente nas experiências humanas, mas pouco nomeado: o entre-...

Dinâmica Poder Instituições - Psicanálise

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para observar a dinâmica de poder na organização a qual trabalha. Claro! Vou explicar a dinâmica de poder em uma organização, utilizando conceitos da psicanálise, de forma que seja compreensível para o leitor. A dinâmica de poder em uma organização pode ser entendida como o modo como as relações de poder se estabelecem e são constituídas entre as pessoas que fazem parte dela. Na psicanálise, podemos analisar essa dinâmica a partir de dois conceitos importantes: o ego e o superego. O ego representa a parte da mente responsável pela tomada de decisões e pela interação com o mundo externo. Ele busca equilibrar as demandas do indivíduo e as exigências sociais. Nas organizações, o ego pode ser associado aos líderes, gerentes ou diretores, que exercem autoridade e têm poder de decisão sobre os demais membros da equipe. Já o superego está relacionado às normas, valores e regra...

Permanecer Num Lugar Conhecido: A Infância Simbólica

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Quando um trabalhador vivencia repetidamente situações de desemprego, isso pode indicar a presença da compulsão à repetição — um mecanismo inconsciente descrito por Freud, no qual o sujeito insiste em reviver experiências dolorosas ou desfavoráveis, mesmo que tragam sofrimento. Nesse contexto, o desemprego recorrente não é apenas fruto do acaso ou de fatores externos, mas pode revelar um desejo inconsciente de manter-se em uma posição de dependência e imaturidade psíquica. Esse trabalhador, em vez de assumir plenamente sua posição no mundo adulto e suas responsabilidades, pode estar fixado em um modo de funcionamento infantil. Isso se manifesta através do mecanismo de defesa da regressão, no qual o ego, diante de desafios ou frustrações, recua para estágios anteriores do desenvolvimento, adotando atitudes típicas da infância — como a passividade, a...

Psicólogo Trabalha Como Telemarketing

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são pensamentos, desejos, sentimentos ou impulsos que influenciam nosso comportamento, mas que não estamos cientes deles. Quando se trata de compreender por que um psicólogo poderia aceitar um trabalho como telemarketing em telecomunicações, algumas motivações inconscientes possíveis podem incluir: Desejo e medo de controlar o livre arbítrio do cliente: O livre-arbítrio refere-se à capacidade que uma pessoa tem de fazer escolhas e tomar decisões por si mesma, sem ser determinada por fatores externos ou por circunstâncias predefinidas. Como psicólogo, reconhecemos que cada indivíduo tem sua própria liberdade de escolha e que suas ações são influenciadas por uma combinação de fatores internos e externos. O psicólogo não busca controlar ou ditar as escolhas do cliente, mas sim ajudá-lo a explorar suas...

Compulsão A Repetição Renunciar O Falso Self E Voltar Ao Verdadeiro Self Na Instituição

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O sujeito sempre atuou em ambientes organizacionais onde seus conhecimentos eram valorizados e reconhecidos e respeitados pelas figuras da autoridade na organização. Foi submetido como figuras de autoridade, mas não foi censurado em seu comportamento. Agora se encontra num ambiente organizacional onde seus conhecimentos não são valorizados e não são respeitados, mas sim cobrados no seu comportamento onde desejam moldar o sujeito a posição organizacional autoritária, pois existem neste ambiente figuras de autoridade punitivas que apenas cobram que as normas sejam cumpridas. Perceba que este ambiente é apenas valorizado o status da carga organizacional para importar medo de cobranças e censuras. Parece que o sujeito inconsciente deseja pela compulsão a geração voltar ao ambiente onde seus saberes são valorizados e respeitados, onde possa agir com autonomia mo...

Desejo, Frustração e Narcisismos Nas Relações Virtuais

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um indivíduo está utilizando um aplicativo de relacionamento e se vê preso a uma dinâmica repetitiva: deseja mulheres que não o desejam e rejeita aquelas que demonstram interesse por ele. Essa experiência, embora comum, revela aspectos profundos da estrutura psíquica do sujeito, especialmente sob a ótica da psicanálise. O desejo do sujeito não está apenas direcionado às mulheres, mas àquilo que elas representam para ele. Ele projeta sobre as mulheres mais bonitas e jovens um ideal de beleza, juventude e valor social. Desejá-las é, para ele, uma forma de se aproximar do seu próprio ideal do eu — uma imagem idealizada de quem gostaria de ser. Assim, não se trata apenas de querer o outro, mas de desejar ser desejado por esse outro idealizado. Isso é o que Lacan chama de “desejo do desejo do Outro”. Ao desejar ser objeto do desejo dessas mulheres, o ...