Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um
psicólogo pode ter quais motivações inconsciente para não escolher trabalhar
com a abordagem psicologia e políticas públicas relacionada proteção social
básica e proteção social de alta complexidade a adolescentes e crianças.
De
acordo com a psicanálise, muitas de nossas motivações e comportamentos são
influenciados por conteúdos inconscientes, ou seja, pensamentos, desejos e
memórias que estão fora da nossa consciência, mas que ainda assim afetam nossas
ações. No caso específico de um psicólogo evitar a abordagem da psicologia e
políticas públicas, algumas possíveis motivações inconscientes poderiam ser:
Conflito
pessoal não resolvido: O psicólogo pode ter experiências pessoais passadas ou
traumas relacionados à política ou ao envolvimento em questões públicas. Essas
experiências podem gerar ansiedade ou conflitos internos não resolvidos,
levando o profissional a evitar essa abordagem.
Identificação
com uma abordagem diferente: O psicólogo pode ter uma identificação mais forte
com outra abordagem psicológica que não está diretamente ligada à psicologia e
políticas públicas. Isso pode ser influenciado por suas crenças, formação
acadêmica ou experiências de vida, levando-o a evitar a abordagem que não se
alinha com suas convicções.
Resistência
à exposição pública: Trabalhar com políticas públicas pode envolver uma maior
exposição pública, falar em público, defender pontos de vista e enfrentar
críticas. Para alguns psicólogos, isso pode despertar medos inconscientes de
julgamento, rejeição ou falha, levando-os a evitar essa área de atuação.
Crenças
limitantes: O psicólogo pode ter crenças inconscientes sobre a ineficácia ou a
falta de impacto da psicologia nas políticas públicas. Essas crenças podem ser
influenciadas por experiências anteriores, modelos de pensamento internalizados
ou percepções distorcidas sobre o campo.
É
importante ressaltar que essas motivações inconscientes podem variar de acordo
com a história pessoal e os aspectos individuais de cada psicólogo. A
psicanálise busca explorar esses conteúdos inconscientes por meio da análise
dos processos mentais, dos sonhos, das associações livres e de outros métodos
terapêuticos específicos da abordagem.
Lembre-se
de que essa explicação é baseada na perspectiva psicanalítica e que outras
abordagens teóricas podem oferecer diferentes interpretações para essa
situação.
Resistência
ao confronto com o poder: A psicologia e políticas públicas muitas vezes
envolvem lidar com estruturas de poder, instituições governamentais ou
burocráticas. Essas situações podem despertar ansiedade ou medo inconscientes
relacionados ao confronto com autoridades ou figuras de poder, levando o
psicólogo a evitar essa área de atuação.
Identificação
com o papel terapêutico individual: Alguns psicólogos podem se identificar mais
fortemente com o papel tradicional do terapeuta, focado no trabalho individual
e no cuidado direto com os pacientes. A abordagem da psicologia e políticas
públicas envolve uma perspectiva mais ampla e coletiva, o que pode gerar
resistência inconsciente para aqueles que se sentem mais confortáveis em um
contexto individual.
Evitação
de questões políticas e ideológicas pessoais: A psicologia e políticas públicas
frequentemente abordam questões sociais, políticas e ideológicas, como
desigualdade, injustiça e discriminação. Para alguns psicólogos, essas questões
podem ser desafiadoras ou podem despertar conflitos internos relacionados às
suas próprias crenças e valores. Isso pode levar à evitação da abordagem.
Influência
de experiências clínicas anteriores: Se um psicólogo teve experiências clínicas
anteriores que foram desafiadoras ou frustrantes em relação ao sistema de
políticas públicas, isso pode gerar uma motivação inconsciente para evitar essa
abordagem no futuro. Experiências negativas podem influenciar as percepções e a
disposição do profissional para trabalhar nessa área.
É
importante destacar que essas motivações inconscientes são apenas algumas das
possibilidades e que cada indivíduo pode ter suas próprias razões pessoais para
evitar uma determinada abordagem. A psicanálise procura explorar essas
motivações e conflitos internos para promover o autoconhecimento e a
compreensão mais profunda do indivíduo.
É
fundamental ressaltar que o entendimento da psicologia e políticas públicas
pode variar de acordo com a perspectiva teórica adotada por cada profissional.
Além disso, é importante considerar outros fatores, como preferências pessoais,
experiências de trabalho e objetivos de carreira na análise dessas motivações.
Medo
do desconhecido: A abordagem da psicologia e políticas públicas pode envolver o
trabalho em contextos mais amplos, lidando com questões complexas e sistemas
sociais. Para alguns psicólogos, isso pode despertar medos inconscientes do
desconhecido, da incerteza ou da falta de controle. Esses medos podem levar à
evitação dessa abordagem em favor de um ambiente terapêutico mais familiar e
previsível.
Identificação
com a esfera privada: Alguns psicólogos podem se identificar fortemente com a
esfera privada e individual da psicologia, preferindo focar no trabalho clínico
individual em detrimento do envolvimento com questões sociais e políticas. Essa
identificação pode ser influenciada por fatores pessoais, históricos ou
culturais.
Desconexão
com o impacto social: Alguns psicólogos podem ter uma percepção inconsciente de
que seu trabalho terapêutico individual tem um impacto mais direto e imediato
nas vidas das pessoas, enquanto o trabalho em políticas públicas pode parecer
mais distante e abstrato. Essa desconexão percebida pode levar à evitação dessa
abordagem.
Influência
do contexto profissional: O ambiente profissional em que um psicólogo trabalha
pode influenciar suas motivações inconscientes. Se o ambiente de trabalho não
valoriza ou não oferece suporte à abordagem da psicologia e políticas públicas,
o profissional pode ser influenciado a evitar essa área para se adequar às
expectativas e dinâmicas do ambiente em que atua.
É
importante lembrar que essas são apenas algumas das possíveis motivações
inconscientes para evitar a abordagem da psicologia e políticas públicas. Cada
psicólogo é único e pode ter suas próprias motivações e razões individuais para
fazer determinadas escolhas em relação à sua prática profissional.
A
psicanálise procura entender essas motivações inconscientes através do processo
terapêutico, onde o psicólogo pode explorar suas próprias dinâmicas internas,
desvendar crenças limitantes e promover a compreensão e o crescimento pessoal.
Necessidade
de controle: Alguns psicólogos podem ter uma necessidade inconsciente de
controle sobre seu ambiente e trabalho. A abordagem da psicologia e políticas
públicas pode envolver lidar com sistemas complexos e influenciar mudanças em
larga escala, o que pode desencadear ansiedade ou desconforto para aqueles que
buscam ter um controle mais direto e individualizado sobre suas intervenções.
Autodefesa
profissional: O psicólogo pode ter receios inconscientes de se envolver em
questões políticas ou políticas públicas devido a preocupações com sua própria
segurança profissional. A natureza potencialmente controversa ou polêmica
dessas áreas pode levar a receios de retaliação ou prejuízo à reputação
profissional.
Identificação
com a psicopatologia individual: Alguns psicólogos podem se sentir mais
confortáveis trabalhando com questões psicopatológicas individuais em vez de se
envolverem com questões sociais mais amplas. Eles podem sentir uma afinidade
pessoal com a terapia individual e uma resistência inconsciente em estender sua
prática para abordar questões sociais e políticas.
Limitações
pessoais de recursos: O trabalho com a psicologia e políticas públicas pode
exigir recursos adicionais, como tempo, financiamento e colaboração
interdisciplinar. Alguns psicólogos podem ter motivações inconscientes para
evitar essa abordagem devido a limitações pessoais de recursos, seja de
natureza prática, emocional ou financeira.
Trajetória
profissional estabelecida: Psicólogos que já possuem uma trajetória
profissional estabelecida podem sentir resistência inconsciente em se aventurar
em uma nova área de atuação, como a psicologia e políticas públicas. A mudança
pode ser percebida como ameaçadora ou desestabilizadora, resultando em uma
motivação inconsciente para permanecer dentro de sua zona de conforto.
Lembre-se
de que essas motivações inconscientes são apenas possíveis cenários e não devem
ser consideradas como verdades universais. Cada psicólogo é único e suas
motivações e decisões podem ser influenciadas por uma combinação de fatores
conscientes e inconscientes. A psicanálise busca explorar essas motivações e dinâmicas
internas para promover o autoconhecimento e o crescimento profissional.
Necessidade
de gratificação imediata: Alguns psicólogos podem ter uma necessidade
inconsciente de gratificação imediata em seu trabalho, buscando resultados
rápidos e visíveis. A abordagem da psicologia e políticas públicas pode
envolver processos complexos e demorados, com resultados que podem não ser tão
imediatamente tangíveis, o que pode levar à evitação dessa área de atuação.
Medo
de perder a neutralidade: A abordagem da psicologia e políticas públicas muitas
vezes exige a tomada de posicionamentos políticos ou ideológicos. Para alguns
psicólogos, isso pode despertar um medo inconsciente de perder sua neutralidade
profissional e se envolver em conflitos de interesse ou viés pessoal. Esses
medos podem levar à evitação dessa abordagem.
Identificação
com o modelo médico: Alguns psicólogos podem ter uma identificação mais forte
com o modelo médico de tratamento, focado na intervenção individual e no alívio
de sintomas. Medo de perder a imagem de modelo médico. A abordagem da
psicologia e políticas públicas pode ir além desse modelo, abordando questões
estruturais e sociais mais amplas, o que pode criar uma resistência
inconsciente para alguns profissionais.
Influência
do contexto cultural e social: As crenças, valores e expectativas culturais e
sociais podem influenciar as motivações inconscientes de um psicólogo.
Dependendo do contexto em que estão inseridos, certas abordagens ou tópicos
podem ser mais ou menos valorizados, o que pode influenciar as escolhas
profissionais e motivações inconscientes.
Sobrecarga
emocional: A abordagem da psicologia e políticas públicas pode envolver o
trabalho com questões sociais e políticas desafiadoras, como desigualdade,
pobreza e violência. Para alguns psicólogos, essa exposição constante a
situações emocionalmente intensas pode gerar uma motivação inconsciente para
evitar essa área e buscar trabalhar em contextos mais controlados
emocionalmente.
Resistência
ao confronto com questões sociais: A abordagem da psicologia e políticas
públicas pode exigir o confronto direto com questões sociais complexas, como
injustiça, discriminação e desigualdade. Para alguns psicólogos, isso pode
despertar resistência inconsciente em lidar com essas questões desconfortáveis
ou perturbadoras, levando-os a evitar essa abordagem.
Medo
da responsabilidade ampliada: Ao trabalhar com políticas públicas, um psicólogo
pode sentir uma pressão maior e uma responsabilidade ampliada para promover
mudanças sociais. Esse aumento na responsabilidade pode despertar medos
inconscientes de cometer erros, tomar decisões erradas ou não ser capaz de
cumprir as expectativas, levando à evitação dessa abordagem.
Conflitos
com a identidade profissional: A abordagem da psicologia e políticas públicas
pode desafiar a identidade profissional de um psicólogo, confrontando-o com
novos papéis, responsabilidades e formas de atuação. Essa mudança na identidade
profissional pode desencadear conflitos inconscientes relacionados à
autoimagem, competência e autoridade, levando à evitação dessa abordagem.
Desejo
de evitar confrontos ideológicos: A psicologia e políticas públicas podem
envolver debates ideológicos e políticos que podem gerar conflitos e
polarização. Para alguns psicólogos, o desejo inconsciente de evitar esses
confrontos ideológicos pode levá-los a evitar essa abordagem para evitar
possíveis tensões e desentendimentos.
Preocupação
com a eficácia do trabalho: Alguns psicólogos podem ter preocupações
inconscientes sobre a eficácia do trabalho na psicologia e políticas públicas.
Eles podem duvidar que suas intervenções possam realmente causar um impacto
significativo nas questões sociais e políticas, levando à evitação dessa
abordagem.
Sensação
de impotência ou desesperança: O trabalho na área da psicologia e políticas
públicas pode envolver a exposição a problemas sociais complexos e
persistentes, como pobreza, violência e exclusão. Essa exposição contínua a
situações desafiadoras pode despertar sentimento de impotência ou desesperança inconscientes,
levando à evitação dessa abordagem.
Conflitos
pessoais não resolvidos: Um psicólogo pode ter conflitos pessoais não
resolvidos ou experiências passadas negativas relacionadas a questões sociais e
políticas. Essas experiências podem gerar resistências inconscientes para
evitar trabalhar com a abordagem da psicologia e políticas públicas, como uma
forma de autopreservação.
Busca
por estabilidade e segurança: A abordagem da psicologia e políticas públicas
pode ser percebida como menos estável e segura em comparação ao trabalho
clínico individual. O trabalho em políticas públicas pode envolver maior
incerteza, riscos profissionais e instabilidade financeira. Essa busca por
segurança e estabilidade pode motivar inconscientemente a evitação dessa abordagem.
Influência
da formação acadêmica: A formação acadêmica de um psicólogo pode influenciar
suas motivações inconscientes em relação à escolha de uma abordagem de
trabalho. Se a formação acadêmica priorizou mais a terapia individual do que a
abordagem de políticas públicas, isso pode gerar uma inclinação inconsciente
para evitar essa área de atuação.
Conflitos
éticos ou morais: A abordagem da psicologia e políticas públicas pode trazer
consigo desafios éticos ou morais específicos, como tomar decisões difíceis em
relação à distribuição de recursos ou abordar questões controversas. Esses
conflitos éticos ou morais podem criar resistência inconsciente para alguns
psicólogos em trabalhar com essa abordagem.
É
importante lembrar que essas são apenas possíveis motivações inconscientes e
que cada indivíduo é único, podendo ter suas próprias razões pessoais para
evitar uma abordagem específica. A psicanálise busca explorar essas motivações
e conflitos internos, promovendo o autoconhecimento e a compreensão do indivíduo
para ajudá-lo a tomar decisões profissionais alinhadas com suas necessidades e
valores.
A
psicanálise é uma abordagem terapêutica desenvolvida por Sigmund Freud, que
busca compreender o funcionamento da mente humana, especialmente os processos
inconscientes que influenciam o comportamento e as emoções. Na psicanálise,
acredita-se que nossas ações e sentimentos são motivados por desejos e
conflitos inconscientes, muitas vezes enraizados na infância.
No
caso de um psicólogo que evita acolher adolescentes na abordagem da psicanálise,
algumas motivações inconscientes podem estar em jogo. Vou destacar algumas delas:
Medo
da complexidade: Trabalhar com adolescentes e crianças, pode envolver situações
difíceis, traumas e emoções intensas. O psicólogo pode ter medo de lidar com
essa complexidade emocional, pois isso pode evocar sentimentos desconfortáveis
e desafiadores em si mesmo. Por isso, ele pode evitar atender essa população, que
exige uma exploração profunda do inconsciente e das origens dos problemas.
Dificuldade
com a própria infância: A psicanálise enfatiza a importância da infância na
formação da personalidade e dos padrões comportamentais. O psicólogo pode ter
tido uma infância difícil ou traumática e pode haver aspectos não resolvidos em
relação a essas experiências. Esse profissional pode evitar a trabalhar com
crianças e adolescentes, pois isso poderia desencadear lembranças dolorosas e
desafiadoras de sua própria infância.
Resistência
pessoal à psicanálise: Por fim, é possível que o psicólogo tenha crenças
pessoais ou profissionais que o levem a resistir à abordagem psicanalítica.
Existem diversas abordagens terapêuticas disponíveis, e cada profissional pode
ter suas preferências e inclinações. O psicólogo pode acreditar que outras
abordagens são mais adequadas ou eficazes para o trabalho com adolescentes e
crianças em determinadas situações.
É
importante ressaltar que essas motivações inconscientes não são necessariamente
negativas ou inadequadas. A escolha de uma abordagem terapêutica é influenciada
por diversos fatores, incluindo a formação e a experiência profissional do
psicólogo, bem como sua própria trajetória pessoal. O importante é que o
profissional esteja ciente de suas motivações e busque aprimorar suas habilidades
e conhecimentos para melhor atender às necessidades dos clientes.
Necessidade
de controle: A psicanálise enfatiza a importância da livre associação e do
processo de interpretação simbólica, o que implica permitir que o cliente
conduza a terapia de acordo com suas associações e significados pessoais. No
entanto, alguns psicólogos podem ter uma necessidade inconsciente de manter o
controle e se sentir mais confortáveis com uma abordagem terapêutica que
ofereça mais direção ou estrutura. Dessa forma, eles podem optar por outras
abordagens que sejam mais prescritivas em suas técnicas e intervenções.
Infelizmente existem psicanalistas que atuam de modo conscientes na necessidade
do controle sobre os temas trazidos pelos clientes.
Identificação
pessoal limitada: A psicanálise também enfatiza a importância da relação
terapêutica e do estabelecimento de uma transferência entre terapeuta e
cliente. Nesse processo, o terapeuta pode se identificar inconscientemente com
as questões e conflitos emocionais do cliente, o que pode despertar suas
próprias emoções e desencadear processos transferenciais. Alguns psicólogos
podem evitar a abordagem psicanalítica por medo de ficarem sobrecarregados por
essas identificações emocionais ou por terem dificuldade em lidar com os aspectos
contratransferenciais da terapia em relação ao adolescente.
Limitações
pessoais ou profissionais: A psicanálise é uma abordagem terapêutica que requer
um longo período de formação e supervisão para ser bem dominada. Além disso,
trabalhar com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade exige uma
compreensão aprofundada do desenvolvimento infantil, das questões sociais e das
dinâmicas familiares. Um psicólogo pode sentir que não possui os recursos
pessoais, a formação adequada ou o suporte profissional necessário para adotar
a abordagem psicanalítica de forma eficaz nesse contexto.
Orientação
para soluções imediatas: A psicanálise é conhecida por ser uma abordagem
terapêutica de longo prazo, que busca explorar as raízes inconscientes dos
problemas e promover mudanças duradouras. No entanto, alguns psicólogos podem
ter uma inclinação inconsciente para abordagens mais orientadas para soluções
imediatas. Eles podem preferir intervenções terapêuticas mais diretas e focadas
nos sintomas visíveis, buscando resultados rápidos. Essa preferência pode ser
influenciada por sua própria necessidade de ver resultados tangíveis em um
curto período de tempo.
Evitação
de conflitos emocionais intensos: A psicanálise envolve a exploração de emoções
e conflitos profundos, muitas vezes relacionados a traumas e experiências
dolorosas. Alguns psicólogos podem ter uma resistência inconsciente em lidar
com emoções intensas e situações emocionalmente carregadas. Eles podem evitar a
abordagem psicanalítica para evitar confrontar sua própria angústia ou para
evitar a possibilidade de despertar emoções difíceis nos clientes. Essa
resistência pode estar enraizada em mecanismos de defesa pessoais ou em uma
preferência por um ambiente terapêutico mais controlado e menos emocionalmente
desafiador.
Influências
externas e tendências dominantes: Os psicólogos também estão sujeitos a
influências externas, como a cultura profissional predominante, as demandas do
sistema de saúde ou as preferências dos clientes. Se a abordagem psicanalítica
não for valorizada ou for menos solicitada em determinado contexto, um
psicólogo pode ser influenciado inconscientemente a evitar essa abordagem.
Isso
pode acontecer mesmo que o profissional tenha interesse pessoal na psicanálise,
mas se sinta pressionado a adotar outras abordagens mais populares ou aceitas
socialmente. Ou ainda pode acontecer do psicólogo escolher uma abordagem que
esteja sendo valorizada no momento, digo, se a procura por esta abordagem for
preferencial a psicanálise, é capaz de encaminhar o psicólogo a usar esta
abordagem naquele momento, uma vez que ele é capacitado para usar de outras
abordagens que tenha identificação.
Exemplo
um psicólogo, atua na teoria da psicanálise, mas as pessoas que solicitavam os
seus serviços de psicologia desejavam a abordagem terapia comportamental
cognitiva, psicologia de Carreira e Profissão, Plantão Psicológico,
psicopatologia, doenças psicossomáticas.
Então
em detrimento da demanda começou a atender os clientes nas abordagens por eles
solicitada. Mas agora com a escassez de clientes no consultório e observando
que suas abordagens não estão sendo solicitadas, se enxerga sendo influenciado
a buscar por outra abordagem fora do ambiente consultório clinico, mas direcionada
a Instituições. Isto aponta que este psicólogo está no momento atual se
sentindo pressionado por influências externas. Direcionando-o a demover-se da
zona de conforto do consultório particular para Instituições.
Integração
de abordagens: Em vez de se apegar rigidamente a uma única abordagem, o
psicólogo pode buscar a integração de diferentes abordagens, aproveitando o que
cada uma tem de melhor a oferecer. Por exemplo, pode-se utilizar técnicas da
psicanálise para explorar os aspectos inconscientes e simbólicos dos pacientes,
combinadas com estratégias da TCC para trabalhar comportamentos disfuncionais e
promover mudanças práticas. Trabalhar também o desemprego através de
recolocação no mercado de trabalho utilizando a psicologia de Carreira e Profissão
explorando as motivações inconscientes do cliente por meio de associação livre
de ideias ao emprego junto com a percepção da psicologia social.
É
importante destacar que essas motivações inconscientes não são universais e
variam de psicólogo para psicólogo. Cada profissional tem sua própria história
pessoal, formação, valores e preferências, que podem influenciar suas escolhas
terapêuticas. O mais importante é que os psicólogos estejam conscientes de suas
motivações e busquem o contínuo aprimoramento profissional, para oferecer um
cuidado de qualidade aos seus clientes, adaptando suas abordagens às
necessidades individuais de cada pessoa.
Busca
por resultados visíveis: A psicanálise é uma abordagem terapêutica que se
concentra na compreensão profunda do indivíduo e na resolução de conflitos
internos. Os resultados desse processo podem ser sutis e levar tempo para se
manifestarem de maneira visível. Alguns psicólogos podem ter uma motivação
inconsciente de buscar resultados mais imediatos e tangíveis em seu trabalho
terapêutico, preferindo abordagens que enfatizem técnicas e intervenções
diretas para tratar os sintomas apresentados pelos clientes.
Desconforto
com a subjetividade: A psicanálise reconhece a importância da subjetividade e
das interpretações pessoais na compreensão do indivíduo. Ela valoriza a
exploração do mundo interno e dos significados simbólicos atribuídos às
experiências. No entanto, alguns psicólogos podem sentir desconforto com essa
subjetividade e preferir uma abordagem mais objetiva e baseada em evidências,
que se concentre em intervenções mais concretas e mensuráveis. Esse desconforto
pode estar relacionado a uma preferência por uma abordagem terapêutica mais
estruturada e controlada.
Limitações
teóricas e práticas: A psicanálise é uma abordagem terapêutica complexa que
requer um conhecimento aprofundado da teoria psicanalítica e suas técnicas
específicas. Além disso, pode haver restrições práticas para a aplicação da
psicanálise em certos contextos de trabalho, como limitações de tempo, recursos
ou acesso a supervisão adequada. Um psicólogo pode sentir que suas habilidades
e recursos atuais não são adequados para a prática da psicanálise com
adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade, levando-o a escolher
outras abordagens mais acessíveis ou alinhadas às suas competências existentes.
Cada
psicólogo tem suas próprias inclinações, preferências e limitações, e a escolha
de uma abordagem terapêutica é uma decisão pessoal e profissional e pode ser
escolhida segundo a influência externa sendo exercida no indivíduo. Exemplo, um
psicólogo escolheu a abordagem psicanalise porque contraiu doença
psicossomática lesão por esforços repetitivos, isto significa, que sofreu uma
influência externa de movimentos repetitivos numa máquina industrial que
desencadeou a doença psicossomática associada aos fatores emocionais.
Ênfase
nas intervenções comportamentais: A psicanálise, embora valorize a compreensão
das dinâmicas inconscientes, pode não fornecer um foco direto na mudança
comportamental imediata. Alguns psicólogos podem ter uma motivação inconsciente
de trabalhar com intervenções comportamentais mais imediatas, que se concentrem
em mudanças observáveis no comportamento das crianças e adolescentes. Isso pode ser
influenciado por uma preferência
pessoal por abordagens terapêuticas
que produzam resultados comportamentais visíveis e mensuráveis.
Identificação
com outras abordagens: Os psicólogos são expostos a diferentes abordagens
terapêuticas durante sua formação e desenvolvimento profissional. Eles podem
ter tido experiências pessoais ou profissionais que os levaram a se identificar
com outras abordagens, como a terapia cognitivo-comportamental, humanista ou
sistêmica. Essa identificação pessoal pode influenciar inconscientemente sua
preferência por essas abordagens em detrimento da psicanálise ao trabalhar com
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Autoanálise:
O primeiro passo é que o psicólogo realize uma autoanálise para explorar suas
próprias motivações e padrões de comportamento. Isso envolve examinar suas
experiências pessoais, traumas passados, conflitos internos e desejos
inconscientes que possam estar influenciando a incerteza da sua abordagem em
relação às instituições.
Análise
das resistências: Durante a autoanálise, é importante identificar as
resistências internas que impedem o psicólogo de avançar e se adaptar a
diferentes abordagens. Essas resistências podem ser medos, crenças limitantes
ou defesas psicológicas que o mantêm preso à compulsão à repetição.
Análise
da projeção: O psicólogo também deve analisar a forma como se relaciona com as instituições
e os padrões de transferência que podem estar presentes nesses contextos. Por
meio do mecanismo de defesa projeção que se refere à tendência de projetar
sentimentos, conflitos com figuras de autoridade [liderança], expectativas e
relacionamentos conflitantes em organizações passados em situações atuais.
Compreender esses padrões de projeção pode ajudar o psicólogo a reconhecer como
sua própria história pessoal de conflitos com autoridades influencia a não
escolha da sua abordagem.
O
fundamental é que o psicólogo esteja ciente dessas motivações e seja capaz de
refletir sobre suas escolhas, buscando sempre o desenvolvimento profissional
contínuo para atender melhor às necessidades dos adolescentes e crianças.
Evitação
de questões estruturais: A Psicologia Social aborda questões sociais e
estruturais que contribuem para a vulnerabilidade das crianças e adolescentes.
Isso inclui fatores como desigualdade socioeconômica, discriminação, opressão e
injustiça social. Alguns psicólogos podem ter uma resistência inconsciente em
lidar com essas questões estruturais, pois podem ser complexas, desafiadoras e
exigir uma análise crítica da sociedade. Eles podem preferir abordagens mais
individuais que se concentrem nos aspectos internos do indivíduo, em vez de
abordar as questões sociais mais amplas.
Tendência
a atribuir responsabilidade individual: A Psicologia Social reconhece a
influência dos fatores sociais e contextuais no desenvolvimento e bem-estar dos
indivíduos. Ela busca compreender como as relações sociais, as normas culturais
e as estruturas sociais afetam as experiências das crianças e dos adolescentes
em situação de vulnerabilidade. No entanto, alguns psicólogos podem ter uma
tendência inconsciente de atribuir a responsabilidade dos problemas
exclusivamente aos indivíduos, ignorando os aspectos sociais e estruturais que
contribuem para sua vulnerabilidade. Isso pode estar relacionado a uma
preferência por uma abordagem terapêutica mais centrada no indivíduo e nas suas
características pessoais.
Conforto
com a abordagem individualizada: A Psicologia Social destaca a importância da
compreensão do indivíduo dentro do contexto social. Isso envolve explorar as
interações sociais, as influências culturais e as dinâmicas de grupo que afetam
a vida dos adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade. No entanto,
alguns psicólogos podem sentir-se mais confortáveis com uma abordagem
terapêutica individualizada, onde a ênfase está no relacionamento terapêutico
entre o psicólogo e o cliente. Eles podem preferir abordagens que se concentrem
principalmente nas experiências subjetivas do indivíduo, em vez de considerar
os fatores sociais e contextuais mais amplos.
Preferência
por abordagens individualistas: Alguns psicólogos podem ter uma tendência
inconsciente de adotar abordagens terapêuticas que se concentram no indivíduo
como a principal fonte de mudança. Eles podem valorizar a autonomia individual,
a capacidade de tomar decisões e a responsabilidade pessoal em relação aos
problemas vivenciados pelas crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade. Essa preferência pode estar relacionada a uma visão
individualista da sociedade, na qual as influências sociais e estruturais são
minimizadas.
Dificuldade
em lidar com conflitos sociais: A Psicologia Social lida com questões de poder,
desigualdade e conflitos sociais. Ela aborda as dinâmicas de grupo, as relações
de poder e as estruturas sociais que afetam a vida das pessoas. Alguns
psicólogos podem ter uma resistência inconsciente em lidar com esses conflitos
sociais, pois podem ser desconfortáveis, desafiadores e até mesmo controversos.
Eles podem preferir abordagens terapêuticas que evitem a discussão de questões
sociais mais complexas e contenciosas.
Influências
e valores pessoais: As motivações inconscientes de um psicólogo também podem
ser influenciadas por suas experiências de vida, valores pessoais e crenças.
Por exemplo, se um psicólogo possui uma visão individualista da sociedade,
valorizando fortemente a responsabilidade individual e minimizando as
influências sociais, é mais provável que ele evite a abordagem da Psicologia
Social. Da mesma forma, se o psicólogo tem dificuldade em lidar com questões de
conflito e desigualdade, pode buscar abordagens terapêuticas que evitem esses
temas.
Medo
de confrontar questões sociais desconfortáveis: A Psicologia Social pode
envolver o exame de problemas sociais complexos, como injustiça, discriminação
e desigualdade. Alguns psicólogos podem ter um receio inconsciente de enfrentar
essas questões sociais desconfortáveis, pois podem ser emocionalmente
desafiadoras e exigir que o profissional confronte seus próprios privilégios e
crenças. Eles podem preferir abordagens terapêuticas que foquem mais nas
questões individuais, evitando assim o confronto com questões sociais difíceis.
Identificação
com abordagens mais tradicionais: A Psicologia Social frequentemente adota uma
perspectiva crítica e questionadora em relação às estruturas sociais e
culturais. No entanto, alguns psicólogos podem sentir uma afinidade
inconsciente com abordagens terapêuticas mais tradicionais, que enfatizam a
adaptação às normas e valores existentes. Essa preferência pode estar
relacionada à identificação pessoal com visões convencionais da sociedade e à
relutância em questionar ou desafiar essas visões.
Foco
nas necessidades imediatas dos clientes: Alguns psicólogos podem ter uma
motivação inconsciente de se concentrar nas necessidades imediatas dos
adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade, como lidar com sintomas
ou crises urgentes. Essa abordagem pode ser influenciada por uma tendência a
priorizar a resolução imediata de problemas visíveis, em vez de explorar e
abordar questões mais amplas relacionadas ao contexto social e às estruturas
sociais. Eles podem preferir intervenções que produzam resultados rápidos e
tangíveis, em vez de abordagens que exijam uma análise mais aprofundada do
contexto social.
É
importante lembrar que essas motivações inconscientes não devem ser
interpretadas como uma desvalorização da Psicologia Social ou da competência do
psicólogo. Cada abordagem terapêutica tem suas próprias ênfases e perspectivas,
e os psicólogos têm diferentes preferências e inclinações pessoais. O mais
importante é que o psicólogo esteja ciente dessas motivações inconscientes e se
esforce para se atualizar e expandir seu repertório terapêutico, a fim de
atender melhor às necessidades dos adolescentes e crianças em situação de
vulnerabilidade relacionados à proteção básica especial e proteção especial de
complexidade.
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