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Mudança De Hierarquia Organizacional

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico para explorar a compreensão e interpretação. Um sujeito desde a juventude começou a trabalhar em empresas com hierarquia paternalista. A primeira Instituição foi o Hospital De Clinicas Da Unicamp, onde é regido pelo Governo e a hierarquia é paternalista.

E a partir deste momento as organizações que o contratavam era paternalista. Trabalhou uma única vez em uma empresa com hierarquia democrática. Mas, todas as empresas em que procurou empregar-se era de origem paternalista e somente depois de ser contratado que descortinava a ele o regime paternalista. Esse indivíduo esmerou-se num curso de técnicas de liderança para compreender as hierarquias das multinacionais.

É possível observar que inconscientemente através da compulsão a repetição era arrastado para esse tipo de hierarquia, onde impera o autoritarismo e que o filho deve obedecer a figura paterna para evitar a punição e ou castigo ou ainda ser repreendido indevidamente. É provável que se sentia seguro, protegido, amparado pela figura paternalista que representava o nome da empresa. É possível também associar a religião, onde o mesmo tem formação teológica, apontando hierarquia paternalista, onde Deus está no controle de todas as coisas na vida do cristão.

Então, como não aceitar mais a trabalhar em organizações com hierarquia paternalista.  Vamos compreender e interpretar pela abordagem da psicanálise. Se você está buscando uma forma de não mais aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista, a abordagem da compulsão à repetição na psicanálise pode nos ajudar a entender esse processo. A compulsão à repetição é um conceito freudiano que descreve a tendência humana de repetir padrões de comportamento inconscientemente, muitas vezes levando a situações negativas ou disfuncionais.

Na psicanálise, acredita-se que esses padrões repetitivos têm raízes no nosso passado e nas nossas experiências precoces. Nesse sentido, é importante investigar quais eventos ou situações na sua história pessoal podem ter influenciado a sua propensão a aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Talvez você tenha vivido experiências anteriores em um ambiente familiar ou educacional que reforçaram a ideia de que a hierarquia paternalista era normal ou aceitável.

Uma vez que você esteja consciente desses padrões repetitivos e das influências do seu passado, pode começar a trabalhar para mudar essa dinâmica. Aqui estão algumas etapas que podem ajudar: Autoconhecimento: Reflita sobre suas experiências passadas e tente identificar quais eventos ou situações podem ter contribuído para a sua propensão a aceitar a hierarquia paternalista. Isso pode ser feito por meio de autoanálise, terapia ou discussões com pessoas de confiança.

Identificação de padrões: Observe os padrões recorrentes em sua vida profissional. Isso pode incluir situações em que você se sentiu subjugado, desvalorizado ou incapaz de expressar suas opiniões. Reconhecer esses padrões é o primeiro passo para interrompê-los.

Autoafirmação: Desenvolva a capacidade de se afirmar e expressar suas opiniões de forma assertiva. Isso envolve reconhecer seu valor e seus direitos como indivíduo. Pratique a comunicação assertiva, aprendendo a expressar suas necessidades e limites de forma clara e respeitosa.

Busque ambientes de trabalho saudáveis: Procure organizações que valorizem a participação ativa, a colaboração e a igualdade. Pesquise sobre a cultura e os valores da empresa antes de aceitar um cargo. Converse com funcionários atuais ou antigos para ter uma visão mais clara do ambiente de trabalho.

Autoconfiança e autorresponsabilidade: Trabalhe na construção de sua autoconfiança e na crença de que você merece um ambiente de trabalho saudável. Lembre-se de que você tem o poder de tomar decisões e escolher onde trabalhar. Assuma a responsabilidade por sua própria felicidade e bem-estar profissional.

Lembre-se de que o processo de mudança não acontece da noite para o dia. Leva tempo e esforço para romper com padrões repetitivos arraigados. A psicanálise pode ser uma ferramenta útil para compreender esses padrões e iniciar um processo de transformação pessoal. No entanto, é importante buscar apoio adicional, como terapia ou orientação profissional, se você sentir dificuldades em lidar com essas questões por conta própria.

Se você sentir dificuldades em lidar com essas questões por conta própria, é recomendado buscar apoio profissional. Um psicólogo ou psicanalista qualificado pode ajudá-lo a explorar mais profundamente as origens desses padrões repetitivos e fornecer orientação e apoio durante o processo de mudança. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Além disso, considere se envolver em grupos de apoio ou comunidades profissionais que compartilham seus valores e objetivos. Conectar-se com outras pessoas que também buscam ambientes de trabalho mais saudáveis pode ser encorajador e fortalecedor.

Durante todo o processo, é importante ter paciência e compaixão consigo mesmo. A mudança leva tempo e é normal enfrentar obstáculos ao longo do caminho. Lembre-se de que você está buscando uma transformação pessoal e profissional, e cada pequeno passo em direção a uma escolha mais consciente e saudável é um progresso significativo.

Em resumo, ao buscar não aceitar mais trabalhar em organizações com hierarquia paternalista, é necessário um processo de autoconhecimento, identificação de padrões repetitivos, desenvolvimento de autoafirmação, busca por ambientes de trabalho saudáveis, fortalecimento da autoconfiança e autorresponsabilidade. A psicanálise pode fornecer uma base teórica para entender esses padrões e iniciar a transformação, mas é importante buscar apoio profissional e se conectar com comunidades de apoio para auxiliar nessa jornada.

Além das etapas mencionadas anteriormente, é importante também explorar e desenvolver habilidades de liderança e empoderamento. Ao se posicionar contra hierarquias paternalistas, é fundamental ser capaz de defender seus valores, influenciar positivamente os outros e criar um ambiente de trabalho mais igualitário.

Algumas estratégias que podem ser úteis incluem: Eduque-se: Aprofunde seus conhecimentos sobre liderança, gestão participativa e modelos de organização mais horizontais. Compreender alternativas à hierarquia paternalista ajudará a fortalecer sua argumentação e embasar suas decisões.

Construa uma rede de apoio: Procure conectar-se com pessoas que compartilham dos mesmos ideais e desejam mudanças no ambiente de trabalho. Trocar experiências e ideias com essas pessoas pode ser encorajador e inspirador.

Desenvolva habilidades de comunicação e negociação: Aprenda a expressar suas opiniões e necessidades de forma clara, empática e respeitosa. Além disso, aprimore suas habilidades de negociação para buscar soluções e compromissos construtivos com colegas, gestores e líderes.

Busque oportunidades de liderança: Procure assumir projetos e responsabilidades que permitam exercer um papel de liderança em seu trabalho. Isso pode incluir liderar equipes, assumir projetos importantes ou participar de comitês e grupos de trabalho.

Seja um agente de mudança: Busque ativamente promover uma cultura de igualdade, respeito e participação no ambiente de trabalho. Isso pode ser feito através de ações como encorajar a colaboração, valorizar a diversidade de opiniões e buscar soluções coletivas.

Lembre-se de que o processo de não aceitar mais trabalhar em organizações com hierarquia paternalista é um caminho desafiador e contínuo. Às vezes, você pode se deparar com resistência, enfrentar dificuldades ou questionar suas próprias decisões. Nessas situações, é importante manter seu compromisso com seus valores e objetivos, buscando o apoio necessário para se fortalecer e perseverar.

A psicanálise, aliada a essas estratégias práticas, pode contribuir para sua jornada de transformação pessoal e profissional. Espero que essas orientações sejam úteis para você na busca de um ambiente de trabalho mais saudável e alinhado com seus princípios.

Continuando a discussão: Outra abordagem da psicanálise que pode ser relevante nesse contexto é a análise das resistências. Durante o processo de mudança, é comum encontrarmos resistências internas e externas que podem nos impedir de romper com os padrões estabelecidos. Essas resistências podem ser medo da mudança, insegurança, sentimentos de inadequação, entre outros.

Ao se deparar com essas resistências, é importante reconhecê-las e investigar suas origens. A psicanálise pode ajudar a compreender os mecanismos psíquicos que estão por trás dessas resistências, como defesas inconscientes que protegem certas crenças arraigadas. Ao trazer esses processos à consciência, é possível trabalhar para superar as resistências e avançar em direção à transformação desejada.

Além disso, a psicanálise enfatiza a importância da análise dos desejos e motivações inconscientes. Pode ser útil explorar quais são seus desejos e necessidades reais em relação ao trabalho e à sua carreira. Isso envolve refletir sobre suas paixões, talentos e valores pessoais. Ao compreender seus verdadeiros desejos, você pode tomar decisões mais conscientes e alinhadas com seu bem-estar e satisfação profissional.

Por fim, é essencial cultivar a autenticidade e o autoconhecimento contínuo. A psicanálise nos ensina que somos seres complexos e multifacetados, e que nossa jornada de desenvolvimento pessoal é contínua ao longo da vida. Ao se aprofundar no conhecimento de si mesmo, você se torna mais capaz de reconhecer quando uma organização ou ambiente de trabalho não está em harmonia com suas necessidades e valores.

Lembrando que a psicanálise é uma abordagem teórica e terapêutica que requer o acompanhamento de um profissional qualificado. Caso esteja considerando uma análise psicanalítica, é recomendado buscar um psicanalista de confiança para obter orientação adequada e suporte ao longo do processo.

Espero que essas informações adicionais sejam úteis na compreensão de como a psicanálise pode contribuir para não mais aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista.

Além dos aspectos psicanalíticos mencionados anteriormente, é importante também considerar abordagens práticas para implementar mudanças em sua carreira e evitar organizações com hierarquia paternalista. Aqui estão algumas sugestões adicionais:

Defina seus objetivos: Tenha clareza sobre o tipo de ambiente de trabalho que você deseja e os valores que são importantes para você. Identifique seus objetivos profissionais e prioridades, como autonomia, igualdade, participação e respeito.

Pesquise e avalie as organizações: Antes de aceitar uma oportunidade de trabalho, pesquise as práticas de gestão, a cultura organizacional e a estrutura hierárquica da empresa. Verifique se esses aspectos estão alinhados com seus objetivos e valores.

Networking: Construa uma rede de contatos profissionais que compartilhem de visões e valores semelhantes aos seus. Isso pode ajudá-lo a descobrir oportunidades em organizações que promovam um ambiente de trabalho mais participativo e horizontal.

Desenvolva habilidades transferíveis: Adquira habilidades que sejam valorizadas em ambientes de trabalho colaborativos e participativos, como comunicação efetiva, trabalho em equipe, resolução de problemas e liderança compartilhada.

Seja proativo: Ao buscar emprego ou oportunidades de crescimento, expresse seu desejo por um ambiente de trabalho mais igualitário e participativo. Durante entrevistas, faça perguntas relacionadas às práticas de gestão e cultura da empresa para avaliar se elas estão alinhadas com seus objetivos.

Considere alternativas: Além de organizações tradicionais, explore outras possibilidades, como empresas cooperativas, organizações sem fins lucrativos ou até mesmo o empreendedorismo. Essas opções podem oferecer um ambiente de trabalho mais colaborativo e participativo.

Lembre-se de que cada pessoa tem suas próprias circunstâncias e limitações, e a transição para um ambiente de trabalho mais adequado pode levar tempo. Seja paciente e persistente em sua busca, e lembre-se de que você merece um ambiente profissional que valorize suas contribuições e respeite sua autonomia.

Espero que essas orientações adicionais sejam úteis no seu processo de evitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Desejo a você sucesso em sua jornada de encontrar um ambiente de trabalho que seja mais alinhado com seus princípios e necessidades.

Seguindo adiante: Outra abordagem interessante é a reflexão sobre os próprios padrões de comportamento e crenças que podem estar mantendo você preso em organizações com hierarquia paternalista. A psicanálise nos convida a explorar os aspectos inconscientes que podem estar influenciando nossas escolhas e atitudes.

Pergunte-se: quais são os medos ou inseguranças subjacentes que levam a aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista? Existe algum padrão familiar ou dinâmica de relacionamento que esteja sendo repetido no ambiente de trabalho? Essa autoanálise pode ajudar a trazer à consciência aspectos ocultos que estão moldando suas decisões.

Na psicanálise, os medos e inseguranças subjacentes que podem levar um indivíduo a aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista podem estar relacionados a dinâmicas e padrões familiares que são internalizados e repetidos no ambiente de trabalho. Vou explicar isso com mais detalhes para você.

A teoria psicanalítica, desenvolvida por Sigmund Freud, destaca a importância da infância e das relações familiares na formação da personalidade e na maneira como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. Nossas primeiras experiências de vida, particularmente com nossos pais ou cuidadores primários, moldam nossas percepções e expectativas em relação às figuras de autoridade e à hierarquia.

Um padrão familiar comum que pode estar sendo repetido no ambiente de trabalho é o da relação pai-filho. Em uma família em que o pai exerce um papel autoritário ou controlador, é possível que o indivíduo cresça internalizando essa dinâmica e desenvolva uma expectativa de que as figuras de autoridade sejam protetoras, cuidadoras e, ao mesmo tempo, dominantes. Essa dinâmica pode ser transferida para o ambiente de trabalho, onde o sujeito busca líderes ou chefes que desempenhem um papel semelhante ao do pai, oferecendo proteção, orientação e uma sensação de segurança.

Além disso, indivíduos que aceitam trabalhar em organizações com hierarquia paternalista podem ter medos e inseguranças relacionados a questões como autonomia, tomada de decisão e responsabilidade. Eles podem se sentir mais confortáveis quando há uma figura de autoridade clara e definida, que lhes diga o que fazer e tome as decisões por eles. Essa dependência pode ser uma manifestação de ansiedade ou medo em relação à própria capacidade de lidar com desafios ou assumir a responsabilidade pelas consequências de suas ações.

É importante notar que esses padrões e medos não são universais, e cada pessoa pode ter motivações e razões únicas para aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. A psicanálise busca explorar os processos inconscientes que influenciam nosso comportamento e, nesse contexto, pode ajudar a entender melhor as motivações individuais e os padrões repetitivos que se manifestam no ambiente de trabalho. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Além dos padrões familiares e dinâmicas de relacionamento, a psicanálise também considera outros aspectos psicológicos que podem contribuir para a aceitação de um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista.

Um dos fatores importantes é o desenvolvimento da identidade e da autoestima. Durante a infância e a adolescência, as interações com os pais e outras figuras de autoridade têm um impacto significativo na formação da identidade do indivíduo. Se uma pessoa cresce em um ambiente em que a sua autoestima é constantemente desvalorizada ou em que ela não recebe o apoio necessário para desenvolver confiança em suas próprias habilidades, é possível que essa pessoa busque validação e segurança em um ambiente de trabalho hierarquizado, onde a figura de autoridade desempenha um papel de proteção e aprovação.

Outro ponto a considerar é o medo da incerteza e da responsabilidade. Muitas pessoas têm medo de enfrentar o desconhecido ou tomar decisões que possam ter consequências negativas. Em um ambiente de trabalho com uma hierarquia paternalista, onde as diretrizes são claras e as decisões são tomadas pela figura de autoridade, pode-se experimentar uma sensação de alívio, pois a responsabilidade é transferida para outra pessoa. Essa dependência pode ser uma forma de evitar a ansiedade e o estresse associados à tomada de decisões e à incerteza.

É importante mencionar que a aceitação de um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista não é necessariamente negativa ou problemática para todos. Algumas pessoas podem encontrar conforto e segurança nesse tipo de ambiente, desde que suas necessidades sejam atendidas e se sintam respeitadas.

A psicanálise oferece uma lente para entender os fatores inconscientes e as motivações que levam um indivíduo a escolher um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista. No entanto, é fundamental lembrar que cada pessoa é única, e a compreensão completa de suas motivações exigiria uma análise individualizada e aprofundada.

Outro aspecto que pode influenciar a aceitação de um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista é a necessidade de segurança e estabilidade. A hierarquia paternalista oferece uma estrutura organizacional clara, na qual as responsabilidades e expectativas são definidas de forma rígida. Isso pode proporcionar uma sensação de estabilidade e previsibilidade, o que pode ser reconfortante para algumas pessoas que têm medo da incerteza e do caos.

Além do que, a psicanálise também leva em consideração os mecanismos de defesa psicológica. Os mecanismos de defesa são estratégias mentais inconscientes que usamos para lidar com emoções e situações difíceis. No caso de um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista, algumas pessoas podem recorrer a mecanismos de defesa, como a identificação com o agressor ou a idealização da figura de autoridade, como uma forma de lidar com seus próprios medos e inseguranças. Esses mecanismos podem levar ao apoio e aceitação de estruturas de poder autoritárias no ambiente de trabalho.

É importante ressaltar que a escolha de um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista não é necessariamente uma escolha consciente ou deliberada. Muitas vezes, os medos, inseguranças e padrões repetitivos são internalizados durante a infância e se manifestam de maneira inconsciente ao longo da vida adulta. A psicanálise busca trazer esses processos inconscientes à luz, por meio do trabalho terapêutico, permitindo que a pessoa explore e compreenda melhor suas motivações e escolhas.

No entanto, é importante destacar que a psicanálise não é a única abordagem teórica para entender os padrões de comportamento e escolhas profissionais. Existem outras perspectivas psicológicas e sociológicas que também podem fornecer insights valiosos sobre esse assunto complexo.

Além dos fatores mencionados anteriormente, a psicanálise também considera a dinâmica de transferência no ambiente de trabalho. A transferência é um conceito psicanalítico que se refere à tendência de projetar sentimentos, desejos e experiências passadas em pessoas e situações presentes. No contexto do ambiente de trabalho, isso significa que um indivíduo pode transferir as dinâmicas e relações emocionais vivenciadas na infância para seus superiores hierárquicos.

Por exemplo, se uma pessoa teve uma relação de dependência ou adulação com seu pai na infância, ela pode projetar esses sentimentos no chefe ou líder da organização em que trabalha. Essa transferência pode levar ao desejo de agradar e buscar aprovação constante, mesmo que isso signifique aceitar uma hierarquia paternalista. Essa dinâmica de transferência pode ser inconsciente, e a pessoa pode não estar ciente das motivações subjacentes que influenciam suas escolhas no ambiente de trabalho.

Outro fator a considerar é o medo da rejeição ou do abandono. Se uma pessoa teve experiências de rejeição ou abandono na infância, ela pode desenvolver uma necessidade intensa de ser aceita e cuidada. Em um ambiente de trabalho com uma hierarquia paternalista, onde a figura de autoridade assume um papel de proteção e cuidado, a pessoa pode se sentir segura e valorizada, evitando assim o medo de ser rejeitada ou abandonada.

É importante destacar que esses são apenas alguns exemplos de possíveis fatores psicológicos subjacentes que podem levar um indivíduo a aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Cada pessoa é única e pode ter suas próprias motivações e histórias de vida que influenciam suas escolhas no ambiente de trabalho. A psicanálise oferece uma perspectiva para compreender esses processos inconscientes, mas é fundamental levar em consideração outras abordagens e contextos sociais para uma compreensão completa e holística.

Além dos fatores mencionados anteriormente, a psicanálise também considera o conceito do inconsciente e a influência das experiências da primeira infância no comportamento adulto. De acordo com a teoria psicanalítica, conflitos não resolvidos, emoções reprimidas e desejos inconscientes podem moldar nosso comportamento e escolhas em várias áreas da vida, incluindo o ambiente de trabalho.

Por exemplo, se um indivíduo teve uma relação difícil ou abusiva com seu pai ou figura de autoridade na primeira infância, isso pode gerar emoções e medos não resolvidos. Esses sentimentos não resolvidos podem se manifestar no ambiente de trabalho, levando a pessoa a buscar ou aceitar uma hierarquia paternalista como uma forma de inconscientemente recriar ou resolver essas dinâmicas não resolvidas. Essa compulsão à repetição, como é chamada na psicanálise, ocorre quando repetimos inconscientemente padrões e dinâmicas do passado na tentativa de obter domínio sobre eles. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Além disso, a necessidade de validação e aprovação externa desempenha um papel significativo. Se alguém cresceu em um ambiente em que seu valor próprio dependia de atender às expectativas de figuras de autoridade, essa necessidade de aprovação pode ser levada para o ambiente de trabalho. Em uma hierarquia paternalista, em que a figura de autoridade detém o poder e o controle sobre recompensas e reconhecimento, a pessoa pode ser mais propensa a aceitar tal estrutura na esperança de receber validação e uma sensação de valor próprio.

Além disso, o medo de se afirmar ou desafiar a autoridade também pode contribuir para a aceitação de uma hierarquia paternalista. Se alguém sofreu consequências negativas ou punição por expressar suas próprias opiniões ou desejos no passado, pode desenvolver um medo de se manifestar ou defender a si mesmo. Em uma estrutura hierárquica em que a figura de autoridade é dominante e exigente, os indivíduos podem se sentir mais seguros ao se conformar com as expectativas e regras, em vez de correr o risco de conflito ou rejeição.

É importante lembrar que essas explicações são generalizações e as experiências e motivações individuais podem variar muito. A psicanálise busca explorar o inconsciente e compreender os processos psicológicos subjacentes que influenciam nossos comportamentos e escolhas. Ao obter insights sobre essas dinâmicas inconscientes, as pessoas podem ter a oportunidade de romper padrões repetitivos e fazer escolhas que estejam alinhadas com sua verdadeira identidade.

Outro fator importante a ser considerado é o impacto das relações de poder e dependência na dinâmica do ambiente de trabalho. Em organizações com hierarquia paternalista, existe uma clara divisão entre os que possuem autoridade e os subordinados. Para alguns indivíduos, especialmente aqueles que têm dificuldade em lidar com a autonomia e a responsabilidade, essa estrutura hierárquica pode trazer uma sensação de segurança e proteção.

A psicanálise também analisa os processos de identificação e idealização na formação da personalidade. Durante a infância, é comum que as crianças se identifiquem com figuras de autoridade, como pais ou cuidadores, e as idealizem como modelos a serem seguidos. Essas identificações e idealizações podem persistir na vida adulta e influenciar a escolha de um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista, pois a pessoa busca figuras de autoridade que possam preencher o papel protetor e orientador que foi internalizado.

Outro aspecto relevante é o medo do confronto ou da discordância. Alguns indivíduos podem ter medo das consequências negativas que acompanham o desafio à autoridade ou a expressão de opiniões contrárias. Eles podem preferir aceitar um ambiente de trabalho com uma hierarquia paternalista como uma forma de evitar conflitos ou punições potenciais. Essa aversão ao confronto pode estar relacionada a experiências passadas de punição ou rejeição por parte de figuras de autoridade.

É importante ressaltar que a psicanálise fornece uma estrutura teórica para entender esses fenômenos psicológicos, mas cada indivíduo é único e pode ter suas próprias motivações e experiências que influenciam suas escolhas. A psicanálise busca trazer à consciência os processos inconscientes que moldam nosso comportamento, permitindo que a pessoa explore esses padrões e trabalhe para desenvolver uma maior autonomia e liberdade de escolha no ambiente de trabalho.

Além dos fatores mencionados anteriormente, a psicanálise também considera a importância das dinâmicas familiares na formação da personalidade e nas escolhas profissionais. As experiências familiares, especialmente aquelas relacionadas à autoridade e ao poder, podem influenciar a maneira como uma pessoa percebe e se relaciona com as estruturas hierárquicas no ambiente de trabalho.

Por exemplo, se alguém cresceu em uma família em que havia uma figura de autoridade dominante e controladora, é possível que essa pessoa tenha internalizado a dinâmica de submissão e obediência como uma forma de se relacionar com figuras de autoridade no trabalho. Esses padrões familiares podem ser repetidos no ambiente profissional, levando à aceitação de uma hierarquia paternalista.

Da mesma forma, se alguém teve um relacionamento difícil com seus pais, com falta de suporte emocional ou abuso de poder, pode buscar inconscientemente um ambiente de trabalho que reproduza essas dinâmicas familiares. A hierarquia paternalista pode fornecer uma sensação de familiaridade e familiaridade, mesmo que isso signifique lidar com situações prejudiciais ou tóxicas.

Além disso, a psicanálise também considera o papel das fantasias e desejos inconscientes na escolha do ambiente de trabalho. Por exemplo, uma pessoa pode ter fantasias de ser cuidada, protegida ou até mesmo de conquistar a aprovação e reconhecimento do chefe autoritário. Essas fantasias e desejos podem ser uma expressão das necessidades emocionais e anseios não resolvidos da infância.

Em resumo, a psicanálise busca compreender as motivações inconscientes e os padrões repetitivos que levam uma pessoa a aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Os padrões familiares, as dinâmicas de poder e autoridade, as fantasias e os desejos inconscientes desempenham um papel importante nesse processo. Ao trazer à consciência esses aspectos ocultos, a pessoa pode trabalhar para desafiar esses padrões e buscar ambientes de trabalho mais saudáveis e satisfatórios.

Outro aspecto importante a ser considerado é o fenômeno da identificação com o agressor. Na psicanálise, identificação com o agressor é um mecanismo de defesa no qual uma pessoa adota os comportamentos e valores do agressor como uma forma de se proteger ou obter algum tipo de benefício. No contexto do trabalho, isso pode se manifestar como a aceitação de um ambiente de hierarquia paternalista como uma forma de obter segurança, estabilidade ou até mesmo poder dentro da estrutura hierárquica.

Além disso, a psicanálise também pode explorar as questões ligadas à submissão e dependência emocional. Indivíduos que têm medo de assumir responsabilidades, tomar decisões ou enfrentar o desconhecido podem sentir-se mais confortáveis em um ambiente de trabalho com hierarquia paternalista, pois isso lhes proporciona uma sensação de proteção e direção. A dependência emocional pode estar relacionada a dinâmicas familiares anteriores, nas quais a pessoa foi encorajada ou condicionada a depender de outros para sua segurança e bem-estar.

Além disso, a psicanálise também considera a influência do superego, uma das partes da estrutura da personalidade proposta por Freud. O superego é responsável por internalizar as regras e normas sociais, bem como os ideais e expectativas parentais. Se o superego de uma pessoa é muito rígido ou punitivo, ela pode ser mais propensa a aceitar um ambiente de trabalho com uma hierarquia paternalista, pois está acostumada a se submeter a normas e autoridades externas.

É importante ressaltar que essas explicações baseadas na psicanálise são apenas uma abordagem teórica para entender as motivações e padrões subjacentes que levam uma pessoa a aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Cada indivíduo é único e pode ter uma combinação de fatores e experiências que influenciam suas escolhas. Outras teorias e abordagens também podem oferecer insights complementares para uma compreensão mais abrangente.

Outro aspecto a ser considerado é o papel dos padrões de apego na formação da relação de uma pessoa com figuras de autoridade e estruturas organizacionais. A teoria do apego, amplamente estudada na psicologia, sugere que as experiências iniciais de apego com os cuidadores moldam as expectativas e comportamentos das pessoas em relacionamentos futuros.

Se alguém teve um estilo de apego seguro em seus relacionamentos iniciais, caracterizado por um senso de confiança, apoio e limites saudáveis, é mais provável que procure ambientes de trabalho que promovam autonomia, colaboração e dinâmicas de poder igualitárias. No entanto, indivíduos com estilos de apego inseguros, como apego ansioso ou evitativo, podem ser mais propensos a aceitar hierarquias paternalistas.

Por exemplo, pessoas com estilo de apego ansioso podem ter uma necessidade intensificada de aprovação, tranquilidade e validação por parte de figuras de autoridade. Elas podem estar mais inclinadas a aceitar uma hierarquia paternalista na esperança de receber a atenção e cuidado que desejam. Por outro lado, indivíduos com estilo de apego evitativo podem sentir desconforto com a intimidade e a proximidade, preferindo uma estrutura hierárquica que lhes permita manter distância e evitar a vulnerabilidade emocional.

Além disso, pessoas que vivenciaram traumas ou adversidades na infância podem ser mais propensas a aceitar hierarquias paternalistas como forma de recriar dinâmicas familiares ou buscar uma sensação de segurança e controle. O trauma pode abalar o senso de identidade e a confiança nos outros, levando a uma maior dependência de figuras de autoridade e um desejo por dinâmicas de poder claras.

É importante observar que essas explicações são teóricas e podem não se aplicar a todas as experiências individuais. As motivações e escolhas das pessoas em relação a hierarquias paternalistas podem variar com base em uma multiplicidade de fatores, incluindo influências culturais, sociais e pessoais. O campo da psicologia, incluindo a psicanálise, busca fornecer insights sobre essas dinâmicas complexas e capacitar as pessoas a explorar e compreender suas próprias motivações e necessidades no ambiente de trabalho.

Outro aspecto importante a ser considerado é a influência da socialização e dos fatores culturais na formação da aceitação de hierarquias paternalistas no ambiente de trabalho. Normas sociais, valores e expectativas culturais podem desempenhar um papel significativo na maneira como as pessoas percebem e lidam com estruturas de autoridade.

Em algumas culturas ou sociedades, pode haver uma forte ênfase no respeito à autoridade, obediência e deferência àqueles em posições de poder. Indivíduos que cresceram em tais contextos culturais podem ser mais propensos a aceitar e se conformar com estruturas hierárquicas, incluindo as paternalistas, pois estão alinhadas com os valores culturais que internalizaram.

Além disso, desequilíbrios de poder na sociedade, como papéis e desigualdades de gênero, podem contribuir para a aceitação de hierarquias paternalistas. Por exemplo, em sociedades onde papéis de gênero tradicionais são prevalentes, as pessoas podem ser socializadas a acreditar que homens devem ocupar posições de poder e autoridade, enquanto as mulheres são esperadas a serem submissas e deferentes. Isso pode influenciar as pessoas a aceitar hierarquias paternalistas, mesmo que elas estejam pessoalmente desconfortáveis com elas, devido às pressões e expectativas sociais.

Além disso, fatores econômicos, como escassez de empregos ou instabilidade financeira, também podem influenciar a aceitação de hierarquias paternalistas. Em situações em que as oportunidades de emprego são limitadas, as pessoas podem sentir-se compelidas a aceitar qualquer emprego disponível, independentemente da estrutura hierárquica, para garantir a estabilidade financeira e suprir suas necessidades básicas. Essa dependência econômica pode dificultar para as pessoas questionarem ou desafiarem as dinâmicas de poder existentes dentro da organização.

É importante reconhecer que esses fatores são complexos e interligados, e eles interagem com as experiências individuais e os fatores psicológicos na formação da aceitação de hierarquias paternalistas no ambiente de trabalho. Compreender essas dinâmicas a partir de uma perspectiva psicanalítica pode fornecer insights sobre os medos subjacentes, inseguranças e processos de socialização que contribuem para as escolhas das pessoas ao aceitar tais estruturas organizacionais.

Uma vez que você tenha identificado esses padrões e crenças limitantes, é possível começar a trabalhar em sua desconstrução. Uma estratégia é questionar e desafiar essas crenças, substituindo-as por pensamentos mais positivos e empoderadores. Por exemplo, se você acredita que não tem voz ou que não merece ser ouvido, substitua essas ideias por afirmações como "eu tenho o direito de expressar minhas opiniões e ser valorizado(a) por elas".

Além disso, desenvolva o autocuidado e a autorreflexão contínua. Reserve um tempo para se conectar consigo mesmo(a), identificar suas necessidades emocionais e estabelecer limites saudáveis no ambiente de trabalho. Isso pode envolver práticas como meditação, escrita terapêutica ou terapia individual, que podem ajudar a fortalecer seu senso de identidade e autoestima.

Por fim, lembre-se de que a mudança de padrões e a busca por ambientes de trabalho mais saudáveis é um processo contínuo. Às vezes, pode ser necessário experimentar diferentes organizações e abordagens antes de encontrar um ambiente que seja verdadeiramente alinhado com seus valores. Seja paciente consigo mesmo(a) e permita-se aprender e crescer ao longo desse percurso.

A psicanálise pode fornecer uma base teórica valiosa para a compreensão de seus padrões e crenças, mas lembre-se de que buscar o suporte de profissionais qualificados, como psicólogos ou terapeutas, também pode ser muito benéfico. Eles podem auxiliar no processo de auto exploração e oferecer orientação personalizada para a sua situação específica.

Espero que essas informações adicionais sejam úteis para você ao buscar não mais aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Lembre-se de que cada pessoa tem seu próprio caminho e tempo de transformação, e estou aqui para apoiar você em sua jornada.

Além das abordagens psicanalíticas mencionadas anteriormente, é importante considerar estratégias práticas para efetivamente não aceitar mais trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Aqui estão algumas sugestões adicionais:

Estabeleça limites: Aprenda a definir e comunicar seus limites claros em relação ao tratamento no ambiente de trabalho. Isso envolve expressar suas necessidades e expectativas de forma assertiva e estar disposto a defender esses limites quando necessário.

Busque oportunidades de desenvolvimento pessoal: Invista em seu crescimento pessoal e profissional por meio de cursos, treinamentos e workshops que fortaleçam suas habilidades, conhecimentos e autoconfiança. Quanto mais você se desenvolve, mais capacitado(a) estará para buscar ambientes de trabalho mais saudáveis.

Pesquise sobre as empresas antes de se candidatar: Faça uma pesquisa aprofundada sobre a cultura organizacional e a estrutura de poder das empresas em que está interessado(a). Procure informações sobre a forma como as decisões são tomadas, a participação dos funcionários e se há um ambiente de respeito e igualdade.

Considere alternativas de trabalho: Se possível, explore oportunidades de trabalho autônomo, freelancing ou em organizações mais horizontais, como cooperativas e startups que valorizam a participação e a colaboração. Essas alternativas podem oferecer um ambiente de trabalho mais igualitário e participativo.

Construa uma rede de apoio: Conecte-se com outras pessoas que compartilham de suas visões e objetivos profissionais. Participe de grupos ou comunidades que promovam a colaboração, a igualdade e a participação ativa. Essas conexões podem fornecer apoio e encorajamento ao longo de sua jornada.

Cultive sua autoconfiança: Trabalhe em fortalecer sua autoconfiança e autoestima. Reconheça suas habilidades, conquistas e valor como profissional. Quanto mais você confiar em si mesmo(a) e em suas capacidades, mais empoderado(a) estará para buscar ambientes de trabalho que respeitem e valorizem suas contribuições.

Lembre-se de que o processo de não aceitar mais trabalhar em organizações com hierarquia paternalista pode levar tempo e esforço. Esteja aberto(a) para aprender com suas experiências passadas, identificar seus próprios padrões de comportamento e buscar ativamente ambientes de trabalho que estejam mais alinhados com seus valores.

A psicanálise pode fornecer uma base teórica para a compreensão desses padrões e para o processo de auto exploração. No entanto, é importante considerar que a aplicação prática de estratégias e a busca por apoio profissional podem ser igualmente valiosas ao longo dessa jornada.

Espero que essas sugestões adicionais sejam úteis para você no processo de não mais aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Lembre-se de que você tem o direito de buscar um ambiente de trabalho que valorize sua autonomia, respeite sua voz e promova uma cultura de igualdade e colaboração.

Além das sugestões práticas mencionadas anteriormente, é fundamental cultivar uma postura de empoderamento pessoal e desenvolver a resiliência emocional ao buscar não mais aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Aqui estão algumas abordagens adicionais que podem ser úteis:

Autoconhecimento: Explore seus próprios valores, interesses e paixões. Conheça suas habilidades e pontos fortes, bem como áreas em que deseja crescer e se desenvolver. Quanto mais você se conhecer, mais será capaz de tomar decisões alinhadas com seus objetivos e necessidades.

Fortaleça sua voz: Trabalhe na melhoria de suas habilidades de comunicação e expressão. Pratique a assertividade, aprendendo a se posicionar e expressar suas opiniões de forma respeitosa, clara e direta. Acredite em sua própria voz e no valor que suas contribuições trazem.

Cultive uma rede de apoio: Cerque-se de pessoas que apoiam suas metas e aspirações. Busque mentores, colegas e amigos que compartilhem seus ideais e possam fornecer apoio emocional e encorajamento ao longo do caminho.

Desenvolva sua resiliência emocional: Esteja preparado(a) para enfrentar desafios e contratempos ao buscar ambientes de trabalho mais igualitários. Cultive a habilidade de se adaptar e se recuperar de situações difíceis, fortalecendo sua resiliência emocional.

Defina limites saudáveis: Esteja disposto(a) a estabelecer limites claros em relação ao tratamento que está disposto(a) a aceitar no ambiente de trabalho. Defina suas expectativas e esteja disposto(a) a agir quando esses limites forem violados.

Busque apoio profissional: Considere procurar a ajuda de um coach de carreira, terapeuta ou consultor especializado em questões de trabalho e emprego. Esses profissionais podem oferecer orientação personalizada e ferramentas práticas para ajudá-lo(a) a atingir seus objetivos profissionais.

Lembre-se de que cada pessoa tem sua própria jornada e o processo de não aceitar mais trabalhar em organizações com hierarquia paternalista pode levar tempo e esforço. Esteja disposto(a) a perseverar, aprender com suas experiências e ajustar seu caminho conforme necessário.

Além das estratégias mencionadas anteriormente, é importante desenvolver a capacidade de tomar decisões conscientes e assertivas em relação à escolha de um ambiente de trabalho mais adequado. Aqui estão algumas abordagens adicionais:

Estabeleça metas claras: Defina seus objetivos profissionais e identifique as características que são importantes para você em um ambiente de trabalho, como uma cultura colaborativa, liderança participativa e igualdade de oportunidades. Ter clareza sobre suas metas ajudará a orientar suas escolhas.

Pesquise as organizações: Antes de aceitar uma oferta de emprego, faça uma pesquisa aprofundada sobre a empresa. Analise sua estrutura organizacional, políticas de gestão e valores corporativos. Verifique se esses aspectos estão alinhados com o tipo de ambiente de trabalho que você deseja.

Faça perguntas durante as entrevistas: Use as entrevistas como oportunidade para obter informações sobre a cultura da empresa e suas práticas de gestão. Pergunte sobre a tomada de decisões, o envolvimento dos funcionários e as oportunidades de desenvolvimento profissional. Isso o ajudará a avaliar se a organização adota uma abordagem mais horizontal e participativa.

Avalie a cultura organizacional: Observe atentamente a cultura da empresa durante o processo seletivo. Preste atenção à forma como os funcionários são tratados, como as decisões são tomadas e se há espaço para colaboração e autonomia. Isso pode fornecer indícios sobre a presença ou ausência de uma hierarquia paternalista.

Aprenda a dizer "não": Esteja disposto(a) a recusar oportunidades de trabalho que não estejam alinhadas com suas necessidades e valores. Lembre-se de que dizer "não" a uma oferta que não atende às suas expectativas é um passo importante para buscar um ambiente de trabalho mais saudável.

Considere o empreendedorismo: Se você está descontente com a estrutura hierárquica das organizações tradicionais, pode ser uma opção explorar o empreendedorismo. Iniciar seu próprio negócio ou projeto pode permitir que você crie um ambiente de trabalho mais participativo e de acordo com seus valores.

Lembre-se de que mudar sua abordagem em relação ao trabalho e buscar ambientes de trabalho mais saudáveis é um processo gradual. Esteja disposto(a) a aprender com suas experiências e fazer ajustes conforme necessário. Acredite em sua capacidade de encontrar um ambiente de trabalho que valorize sua voz, promova a colaboração e respeite sua autonomia.

Espero que essas sugestões adicionais sejam úteis para você ao buscar não mais aceitar trabalhar em organizações com hierarquia paternalista. Essas sugestões adicionais sejam úteis na sua busca por ambientes de trabalho mais saudáveis e alinhados com seus valores. Você tem o direito de buscar um ambiente de trabalho que promova a igualdade, a autonomia e o respeito mútuo. Lembre-se de que você merece um ambiente de trabalho que o(a) apoie em seu crescimento profissional e pessoal.

 

 

 

 

Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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