Ano 2024 Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Na
abordagem psicanalítica, o conceito de "máscara social" é frequentemente
associado à ideia de "persona", que se refere à máscara que uma
pessoa usa para se apresentar ao mundo e proteger sua identidade verdadeira. No
caso do psicólogo, a máscara social de "fiscal de caixa" pode
representar uma necessidade de conformidade com as expectativas sociais e
profissionais, limitando sua capacidade de expressar sua verdadeira identidade
e autenticidade como psicólogo.
Esse
conflito entre a máscara social e a autenticidade pode ser entendido através do
conceito freudiano de "ego ideal" e "superego". O ego ideal
é uma representação interna daquilo que a pessoa aspira ser, enquanto o
superego é uma espécie de juiz interno que impõe padrões morais e sociais.
Quando esses padrões entram em conflito com a identidade verdadeira, pode-se
experimentar angústia e dissonância.
Por
exemplo, o psicólogo pode sentir uma pressão interna para se conformar às
expectativas da sociedade e do campo profissional, agindo de acordo com a
máscara social de "fiscal de caixa". No entanto, essa conformidade
pode entrar em conflito com sua identidade autêntica como psicólogo, que
valoriza a liberdade de expressão e a autenticidade.
O
objetivo da psicanálise seria ajudar o psicólogo a explorar e compreender esses
conflitos internos, identificar suas origens e encontrar maneiras saudáveis de
lidar com eles. Isso pode envolver a criação de um espaço seguro onde o
psicólogo possa se sentir livre para ser autêntico e expressar suas verdadeiras
emoções e valores, sem medo de julgamento ou rejeição.
Para
o psicólogo renunciar à máscara social de "fiscal de caixa" e
encontrar uma instituição onde possa expressar sua autenticidade, ele precisa
primeiro identificar e compreender as razões por trás dessa máscara. Isso pode
envolver a exploração de suas experiências passadas, traumas, expectativas
sociais e profissionais, bem como seus próprios valores e desejos.
Por
exemplo, o psicólogo pode descobrir que adotou a máscara de "fiscal de
caixa" para se sentir aceito e valorizado pelos colegas de trabalho e pela
sociedade. Ele pode perceber que, ao fazer isso, ele sacrificou sua
autenticidade e liberdade de expressão.
Uma
vez que ele identifique essas razões, o próximo passo é começar a trabalhar em
direção a uma mudança. Isso pode envolver a busca por uma instituição ou
ambiente de trabalho que valorize e promova a autenticidade e a liberdade de
expressão.
Por
exemplo, o psicólogo pode procurar uma instituição que tenha uma cultura
organizacional aberta e inclusiva, onde os funcionários são encorajados a
compartilhar suas opiniões e ideias livremente. Ele pode pesquisar sobre as
políticas e práticas da instituição em relação à diversidade, inclusão e
bem-estar dos funcionários.
Além
disso, o psicólogo pode buscar oportunidades de desenvolvimento profissional
que lhe permitam explorar e expressar sua autenticidade. Isso pode incluir
participar de grupos de supervisão, workshops ou treinamentos que abordem temas
relacionados à autenticidade e autoexpressão.
Finalmente,
o psicólogo pode trabalhar em seu próprio processo de crescimento pessoal e
autoconhecimento. Isso pode envolver a terapia pessoal, a prática de
mindfulness e meditação, ou a leitura de livros e artigos relacionados ao tema.
Ao
longo desse processo, é importante que o psicólogo se lembre de que a
autenticidade é um processo contínuo e que leva tempo. Ele pode encontrar
obstáculos e desafios ao longo do caminho, mas com perseverança e determinação,
ele pode renunciar à máscara social de "fiscal de caixa" e encontrar
uma instituição onde possa expressar sua verdadeira identidade e autenticidade
como psicólogo.
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