Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo solicita que o leitor desenvolva o hábito e observação, onde
situações são encadeadas pelo medo infantil, isto é, sentimento de inquietação
que surge com a ideia de um perigo real ou aparente. Ou por outra, que aparece e
se mostra visível na percepção como tendo aparência de real, entretanto é
fingido, falso e enganoso na compreensão.
Maturidade,
é a condição da pessoa adulta, que está na uma fase adulta do seu
desenvolvimento. Estado do que atingiu o seu desenvolvimento completo,
maturidade comportamental, mental, intelectual dentre outros. Momento do que se
encontra no último estágio do desenvolvimento; evolução, maturidade
psicológica.
Já
imaturidade, é distúrbio do processo de amadurecimento de uma pessoa, que se
manifesta por perturbações intelectuais, afetivas, emocionais ou psicomotoras.
Também significa a falta de força de vontade de um ser, em crescer em suas
atividades emocional e intelectual, fazendo que o mesmo acabe de tornado uma
pessoa sem maturidade.
Com isso, o medo estará mais relacionado a experiências
cotidianas, como violência; medo de cair; de se machucar, de ficar sozinho; distanciamento
dos pais, isto é, quando os pais se afastam do bebê ou criança por algum tempo
para realizarem suas tarefas; da violência urbana entre outros. O medo infantil é um instinto natural e faz
parte da vida da criança, mas isso não significa que ele deva ser ignorado
pelos adultos.
Em
primeiro lugar, é preciso entender se o medo está interferindo nas atividades
diárias, como dormir, comer, ir pra escola, brincar. E no caso do adulto é
capaz de intervir nas questões de confiança produzindo a insegurança. [...] Esse
medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como
desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Comentando o exemplo a seguir deste sonho em que
ciclano estava brincando com uma criança pequenina, fazendo malabarismo
com ela e tinha medo de machucá-la, então cessava com as brincadeiras de
criança
A partir deste momento interpretando o sonho, aponta
que o ego está vivenciando atitudes infantis através do mecanismo defesa
regressão, agindo com comportamentos infantis, digo, com falta de reflexão,
imprudência em relação a maturidade, ou seja, experiência e ponderação própria
da idade madura. Ou por outra, não se comporta de modo maduro, isto é, que
alcançou a maturidade por medo de decepcionar-se.
Melhor dizendo, situação em que o adulto se sente ameaçado
pela falta de alguma coisa, como o desemprego, a renda fixa e se encontra
exposto a um perigo real como a escassez de trabalho, de clientes, de recursos
materiais e o que você pensar enquanto lê o artigo.
Em bebês, as causas do medo estão mais ligadas à perturbação
física originadas pelo meio ambiente e pessoas no meio ambiente com sonidos
altos, conflitos familiares, discussões e por aí vai. À medida que crescem,
passam a temer também o distanciamento de seus pais por isso, é comum ficarem
nervosos com pessoas estranhas.
Em resumo, a imaturidade é um profundo descompasso entre vida
real e métodos, mas como vivemos num mundo bem imaturo é possível que você
esteja mascarado e reforçado por uma sociedade que premia social e
financeiramente os adultos infantis.
Isto
é adultos que acionam o mecanismo defesa regressão em diversas situações,
regredindo a atitudes infantis a um período ou momento anterior na tentativa de
aliviarem a ansiedade. O adulto mimado, se você já se aborreceu com alguém ou
saiu de um projeto porque as pessoas não valorizaram sua opinião, pode ser que
tenha uma ponta de precocidade. [...]Mecanismo defeso regressão é um
retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais
simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento
realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade.
O seu jeito, por mais que você possa não concordar com isso,
nem sempre é o melhor. Principalmente se cultiva uma visão imediatista e
simplista da vida, é bem provável que as soluções que propõe sejam de qualidade
duvidável, dignas de serem descartadas. Talvez porque você faça bico ou se
recuse a algo do qual não seja o centro das atenções é que as pessoas costumem
descartar ou rejeitar as suas ideias.
O
indivíduo inseguro sempre hesitando diante de cada nova decisão, a pessoa pimpolha
não desenvolveu a bússola interna que sabe decidir e responder por suas ações e
acaba sempre recorrendo aos outros. Inclusive a figura Deus no sentido de obter
orientação para qual caminho seguir, uma vez que já tentou todos os caminhos
disponíveis a sua percepção e não obteve o esperado. O sujeito projeta na figura
de Deus, sentimento de insegurança que não consegue defrontar perante o
princípio de realidade. [...] Projeção, as vezes as pessoas se recriminam ou se
sentem mal por terem certos pensamentos ou impulsos. Podem atribuí-los então a
alguém, projetando nessa pessoa os seus próprios sentimentos. Isso fica muito
claro com relação a impulsos poderosos, como o sexo e a agressão. Exemplo, um
gerente que sempre chega atrasado no trabalho reclama ao superintendente geral
que seu funcionário nunca chega pontualmente.
O inconveniente é que aqueles que ajudam o inseguro reforçam
a sensação de passividade não o ajudam a agir por si mesmo. Comporta-se
inconscientemente através do mecanismo defesa fantasia, no qual a meninice é um
tipo de prisão imaginária em que o mundo tem um colorido forte, seja do tipo
[vai dar tudo certo para mim] ou [vai dar tudo errado]. É a inabilidade para
avaliar o real com objetividade que prende a pessoa na infância emocional. Os
fatos estão diante do nariz, mas a pessoa insiste em negar, por entre o
mecanismo defesa negação, dizendo que vai dar certo ou ficando ansiosa e
paralisada.
Pouca ou nenhuma percepção da realidade. A captação incorreta
de si próprio e das circunstâncias leva o sujeito a ter um comportamento
inadequado nas suas relações intrapessoais [desarmonia consigo próprio] e
interpessoais [não sabe lidar com os outros, não sabe guardar distâncias e
proximidades].
Costuma haver expectativas em relação às atitudes que tomamos
conforme nos tornamos adultos. Algumas ações como por exemplo reclamar do que
não pode ser alterado, pode ser um dos objetos de cobrança por parte das pessoas
que convivem com adultos e, em algumas situações a própria pessoa percebe que
seria mais interessante não apresentar tal comportamento pois, é comum
passarmos por situações negativas que não são de nosso desejo e não temos
influencia para mudarmos a tal situação a não ser observar como realidade.
O pensamento em reclamar pode fazer com que a pessoa priorize
apenas a queixa e lamenta-se tendo o sentimento de vítima, deixando de lado
oportunidades tanto em crescer com a situação como em procurar outras formas de
enfrentar os obstáculos. As pessoas podem considerar imaturidade pelo fato de
ser característico de crianças o, ainda, não desenvolvimento da capacidade em
olhar para o ocorrido de forma mais ampla e encontrar saídas para seus
infortúnios.
A falta de comprometimento com atividades adultas como por
exemplo a condução de sua vida financeira, relacionamentos estáveis dentre
outros. Também podem ser vistos como imaturidade. Espera-se que no decorrer da
vida assumamos nossos compromissos em cada fase de forma que a independência vá
se desenvolvendo até chegar o momento de ser responsável também por outras
pessoas. Portanto pessoas que esperaram que, por um longo período de sua vida,
haja alguém que a proteja e cuide de seus interesses costuma ser vista como
imatura.
Isto pode ser
observado no meio religioso, onde é estimulado de modo teológico a esperar em
Deus no momento que as coisas não andam como o planejado e essa atitude não é
percebida como infantil, contudo, como atitude de um cristão maduro que
exercita a fé em Deus, mas para isso o cristão responsável deve defrontar-se
com seu medo inocente que está reprimido no inconsciente e não é tratado como carece.
Ou em outras palavras, não se dá a devida atenção seletiva ao
medo infante que retorna depois de um tempo com a intenção de causar ansiedade,
culpa no cristão. Como o cristão com atitude infantil, não tem mais a figura
paterna para confiar ou que o ampare em determinados eventos desfavoráveis, ele
precisa substituir por meio do mecanismo defesa substitutivo a figura paterna,
por outra figura que lhe inspire confiança e a mais próxima dele é a figura de
Deus, que supre a falta de insegurança.
Que
expressa os momentos em que o cristão enquanto criança no passado foi afastado
e deixado sozinho pelas figuras parentais/ e ou cuidadores no ambiente com
desordem que lhe causará a insegurança. [...] I
Corintios 13:11 - Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino,
discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas
de menino.
Ou ainda, o cristão ignorante se apercebe com medo do
distanciamento provocado intencionalmente pelas figuras parentais e de se
machucar, isto é, medo de sentir-se sozinho e que o diálogo entre ele e os
pais/ e ou Deus foi interrompido temporariamente.
E
que alguma coisa estranha ou desconhecida no ambiente lhe cause algum dano
físico por falta de proteção/ e ou amparo. Se enxerga sozinho e faltante de
figuras que inspiram confiança igual quando era pequeno entrando
inconscientemente na compulsão a repetição da ausência de confiança. [...] Freud
no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a
pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
E a figura de Deus vem configurar esta falta de confiança, e
fé em si mesmo, em Cristo Jesus e no Espírito Santo. Criando vínculo afetivo
com a trindade por meio da heurística da representatividade, tomando decisões
com base na semelhança teológica com que as informações são evocadas na consciência.
Na qual motiva intrínseca e extrínseca o adulto a
locomover-se por entre as inseguranças se sentindo protegido, amparado,
autoconfiante compelido a alcançar seus objetivos. Enfrentar o medo infantil é
uma situação corriqueira para aqueles que têm filhos.
Como adultos, também sentimos medos em algumas situações e
não seria diferente com as crianças. O medo é algo natural, um estado emocional
que ativa sinais de alerta. Para as crianças, representa o amadurecimento de
questões afetivas, como ansiedade e insegurança. Crianças nunca devem deixar de
serem amparadas.
No entanto, é comum que pais e responsáveis não saibam lidar
com receios e temores partindo dos pequenos. E para que você consiga ajudar a
si mesmo e o seu filho a lidar melhor com essas situações, foi preparado este
artigo. Definir o medo infantil é uma tarefa complicada. Tente explicar, para
você, o que é medo.
Difícil,
não é mesmo? Para alguns, é uma forte sensação de ansiedade. Para outros, é uma
mistura inexplicável de sentimentos. O processo com as crianças acontece da
mesma maneira. O medo, de um modo geral, deve ser entendido como uma reação
natural do organismo, que reage à situações que podem ameaçar a nossa
integridade.
O
convívio com esse sentimento desde o nascimento de um indivíduo é uma questão
de sobrevivência, pois, o medo é um estado de alerta. É um mecanismo defesa
protetivo em algumas situações. [...] Em sua obra “Além do Princípio do
Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do
passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.
Para os pequenos, os motivos são variados e estão associados
a suas experiências particulares. No entanto, cada faixa etária pode apresentar
alguns receios característicos. Distinga agora: 0 aos 6 meses: ruídos fortes e
perda de segurança; 7 aos 12 meses: começa a estranhar pessoas e surge o medo
de altura; 1 ano: medo da separação e de se machucar; 02 anos: novamente, teme
ruídos fortes, potencializa o medo da separação dos pais, estranha as situações
desconhecidas e pode apresentar medo de ambientes escuros;
03 anos: além das situações listadas acima, também é comum
que se assuste com máscaras e fantasias, como de palhaço; 04 anos: pode
desenvolver medo de animais e de ruídos noturnos; 05 anos: medo de figuras más
como um ladrão ou o homem do saco; 06 anos: receio de dormir sozinho,
preocupação com a morte e de figuras lendárias como o bicho papão.
Os adultos são as figuras que inspiram confiança aos
pequenos. E todos esses medos elencados podem surgir na idade adulta
disfarçados em sonhos e reaparecendo como conteúdo latente na consciência para
serem elaborados, clarificados e tratados adequadamente.
Um psicólogo é capaz de sentir medo infantil e não perceber
ou não ter ideia de que o medo infantil do afastamento/ e ou distanciamento
intencional provocado pelas figuras parentais podem estar causando algum
desconforto no aqui-agora, e sendo projetado por entre o mecanismo defesa
projeção, na falta de clientes. Apontando que o dialogo está descontinuado
entre o psicólogo e clientes.
Provocando a reação de aproximação-afastamento, onde tem
desejo de manter-se próximo dos clientes para não se sentir sozinho,
desamparado, mas o afastamento, seja consciente ou inconsciente dos clientes
registra o medo da separação dos clientes que potencializa a insegurança, e a
rejeição seja pessoal ou não.
Criando o viés da heurística afetiva negativa, na qual poucos
clientes pagos não criaram aliança terapêutica, destacando a rejeição
profissional. Induzindo a pensar alienado que qualquer cliente que manifestar
pagar honorário incapacitará o profissional. Revelando o medo infantil da
rejeição que prejudica a autoestima e autoconceito do psicólogo pela pouquidade
de autoconfiança e fé na sua crença.
A postura de cada indivíduo mediante as reações naturais de
medo é o que vai evitar que isso se transforme em um transtorno ou trauma. Para
ajudar o adulto/ e ou criança, tente entender o que está causando o medo. Pare,
converse e escute o que o seu filho/ e ou adulto tem a dizer. Nesse processo,
talvez você encontre a raiz do incômodo e possa dar uma ajuda direcionada.
Referência
Bibliográfica
BÍBLIA,
N. T. I Coríntios. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo
Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC).
São Paulo.
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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