Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Homens e
mulheres que estão na velhice e usam a velhice como meio de intimidação no
supermercado para ter atendimento preferencial nos caixas não levando em conta
os horários desejam ser atendidos não importa o horário e não consideram se
operadora está em horário de almoço. Me explica e interpreta como se eu fosse
um iniciante pela abordagem da psicologia Organizacional
Claro!
Vamos entender isso passo a passo pela psicologia organizacional, de um
jeito simples, como se você estivesse começando agora.
🌱 O que
está acontecendo?
No
cenário que você descreveu, alguns clientes idosos usam a idade como forma
de exigir atendimento preferencial, mesmo fora do horário correto (como
fora do horário de funcionamento do caixa preferencial ou durante o almoço da
operadora).
Eles
não consideram as regras do supermercado, nem o bem-estar da funcionária que
precisa almoçar. Às vezes, usam frases como:
“Tenho
prioridade! Tenho direito!”
Ou até mesmo olhares e atitudes que intimidam, esperando que todos se curvem ao
seu desejo.
🔍 Como a
psicologia organizacional interpreta isso?
1.
Papel do comportamento humano nas organizações
A
psicologia organizacional estuda como as pessoas se comportam no ambiente de
trabalho. No caso do supermercado, ela analisa:
- O comportamento dos clientes
(idosos);
- A reação dos colaboradores
(operadoras de caixa, fiscais etc.);
- O impacto disso no clima organizacional
e na qualidade do atendimento.
2.
Cultura organizacional e regras
Toda
empresa tem regras (ex: “preferencial funciona das 8h às 17h” ou “funcionária
almoça às 13h”).
Se a empresa não reforça essas regras claramente ou não treina os
funcionários para lidar com conflitos, os clientes mais exigentes podem se
aproveitar da situação.
3.
Poder simbólico e status
Na
velhice, algumas pessoas sentem que estão perdendo poder e relevância social.
Para compensar isso, podem usar os “direitos da idade” como uma forma de manter
algum tipo de autoridade ou respeito — mesmo que isso se transforme em
comportamento agressivo ou injusto.
4.
Assédio moral reverso e pressão emocional
Quando
um cliente usa a idade como ameaça velada (ex: “Você vai deixar um idoso
passar fome?”), ele pode estar exercendo um tipo de pressão emocional.
Isso gera ansiedade e culpa na operadora, que se sente mal em negar o
atendimento — mesmo que ela esteja apenas cumprindo seu direito ao almoço.
🌡 Efeito
disso no ambiente de trabalho:
- Operadoras ficam sobrecarregadas
emocionalmente;
- Clima de trabalho se torna tenso;
- Alguns funcionários se sentem inseguros
para agir corretamente, com medo de reclamações;
- A empresa perde eficiência, porque
regras não são respeitadas.
✅ O que a psicologia
organizacional recomenda?
1.
Treinamento de equipe:
Ensinar como lidar com conflitos respeitosamente, mas com firmeza.
2.
Reforço de regras claras ao público: Avisos
bem visíveis explicando horários do preferencial e intervalo dos funcionários.
3.
Cultura de respeito mútuo:
Valorizar tanto os clientes quanto os colaboradores.
4.
Apoio à saúde mental do trabalhador: Dar
voz ao funcionário para que ele não se sinta impotente ou pressionado.
Aqui
vai um roteiro de resposta profissional e empática que um fiscal ou
colaborador pode usar quando um cliente idoso exige atendimento fora do horário
preferencial ou tenta intimidar a operadora de caixa que está no horário de
almoço:
🎙️ Roteiro
sugerido: resposta com empatia e firmeza
1.
Acolhimento respeitoso:
“Bom
dia, senhor(a). Entendo que o(a) senhor(a) deseja ser atendido(a) com
prioridade, e respeitamos muito os direitos dos idosos aqui.”
2.
Explicação clara da situação:
“Neste
momento, esta operadora está em seu horário de almoço, que é garantido por lei.
O caixa preferencial funciona em horários específicos e, agora, não temos um
aberto, mas estou aqui para ajudar.”
3.
Oferta de solução alternativa (se houver):
“Posso
verificar com outro caixa que esteja com menor fila ou chamar um colega para
agilizar seu atendimento.”
4.
Valorização do cliente e reforço da política justa:
“Nosso
compromisso é com o respeito a todos – tanto aos nossos clientes quanto aos
nossos colaboradores. Por isso seguimos regras que garantem o direito de todos,
inclusive o seu.”
5.
Fim com cordialidade:
“Agradeço
pela compreensão e estou à disposição para ajudar no que for possível.”
🧠 Por que
esse roteiro funciona?
- Usa linguagem acolhedora, para o
cliente não se sentir atacado;
- Mostra que o colaborador conhece os
direitos e também os limites legais;
- Não cede à intimidação, mas oferece
alternativas viáveis;
- Reforça o valor da justiça organizacional:
todos têm direitos — clientes e funcionários.
Aqui
estão três adaptações do roteiro, com foco em situações delicadas e
comuns no ambiente de supermercado:
1.
Quando o idoso levanta a voz ou demonstra irritação
Fiscal
responde com calma e controle emocional:
“Senhor(a),
compreendo que esteja frustrado(a), e não quero que se sinta desrespeitado(a).
Só peço que possamos conversar com tranquilidade para que eu possa ajudá-lo(a)
da melhor forma possível.”
“Neste
momento, essa operadora está em horário de almoço, que é um direito trabalhista
garantido por lei. Já estou buscando uma alternativa para agilizar o seu
atendimento com o respeito que o senhor(a) merece.”
2.
Quando outro cliente tenta defender o funcionário e o clima fica tenso
Fiscal
assume o controle da situação com neutralidade:
“Agradeço
a preocupação de todos. Vamos manter o respeito para que possamos resolver da
melhor forma possível.”
“A
senhora está certa em exigir seus direitos, mas nosso compromisso é com a
igualdade e o bom atendimento a todos. Temos regras claras para garantir o
bem-estar dos clientes e dos colaboradores. Estou aqui para encontrar a melhor
solução para todos.”
3.
Quando o cliente ameaça reclamar ou chamar a gerência
Fiscal
responde com segurança e empatia:
“O(a)
senhor(a) tem todo o direito de registrar sua insatisfação, e nossa equipe está
sempre aberta ao diálogo.”
“No
entanto, é meu dever garantir que todos os colaboradores também cumpram seus
direitos legais, como o horário de almoço. Isso não impede que o senhor(a) seja
atendido(a), e estou aqui para resolver da forma mais rápida e respeitosa
possível.”
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