Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do Leitor para um excelente tópico. Um
indivíduo Ora a Deus para que lhe mostre se irá sair da empresa atual que está.
Então assiste a pregações online e através das pregações a forte indício de que
sairá da empresa. Porém parece que as mensagens pregadas pelos pregadores no
púlpito não são suficientes para acalmar seu coração e mente encaminhando a
exercer a fé. E insiste que Deus lhe mostre a resposta do seu jeito que é usar
alguém conhecido ou desconhecido para lhe dizer pessoalmente que sairá da
empresa, contudo essa resposta não chega.
Pela
psicanálise, essa situação pode ser interpretada como um conflito entre o
desejo inconsciente do indivíduo e as restrições impostas pelo superego (moral,
valores e crenças internalizadas). Vamos analisar isso de forma simplificada:
O
desejo do id:
O
id é a parte do inconsciente que busca satisfação imediata dos desejos. Nesse
caso, o id pode estar impulsionando o indivíduo a sair da empresa porque ele
deseja liberdade, realização pessoal ou alívio do desconforto atual.
O
papel do superego:
O
superego age como a "consciência moral" e está influenciando o
indivíduo a buscar aprovação externa para sua decisão, seja por meio de sinais
divinos, seja pela validação de outra pessoa. Isso ocorre porque o superego
quer que a decisão esteja alinhada com normas e valores, reduzindo a
possibilidade de culpa ou arrependimento.
O
ego no meio do conflito:
O
ego, responsável por equilibrar as demandas do id, do superego e da realidade,
está sobrecarregado. Ele tenta encontrar uma solução que satisfaça os desejos
inconscientes e respeite os valores internalizados. Ao buscar sinais claros e
específicos, o ego tenta aliviar a ansiedade que surge desse conflito.
O
mecanismo de defesa:
A
insistência em um sinal explícito pode ser entendida como um mecanismo de
defesa chamado racionalização. O indivíduo justifica sua indecisão ou medo ao
atribuir a Deus a responsabilidade de tomar a decisão por ele. Isso alivia a
ansiedade, mas pode mantê-lo em um estado de inércia.
Interpretação
final:
A
busca por confirmação pessoal, além das pregações, pode indicar uma resistência
inconsciente. O indivíduo talvez já saiba, em algum nível, que deseja sair da
empresa, mas o medo de errar, de enfrentar julgamentos ou de não corresponder
às expectativas sociais (superego) o impede de agir. A falta do sinal "do
jeito dele" pode ser o inconsciente sinalizando que a decisão é algo que
ele precisa tomar por si mesmo, sem depender de validações externas.
Proposta
de reflexão:
Segundo
a psicanálise, o processo terapêutico ajudaria o indivíduo a compreender melhor
seus desejos, medos e a influência do superego. Ao reconhecer que a segurança
que busca nos sinais pode ser encontrada dentro de si, ele pode fortalecer o
ego para tomar a decisão sem se sentir culpado ou ansioso.
Exatamente!
Se olharmos pela perspectiva psicanalítica, o ego parece estar tentando
negociar com Deus, colocando uma espécie de "condição" para que a
resposta seja válida. Isso reflete o conflito interno entre o desejo
inconsciente (id), o senso de moralidade e crenças religiosas (superego), e o
esforço do ego em encontrar uma solução que traga segurança emocional.
Explicação
passo a passo:
O
ego buscando controle:
O
ego, responsável por lidar com a realidade, sente-se inseguro diante da
incerteza e tenta criar uma situação em que o controle esteja em suas mãos. Ao
definir que a resposta deve vir "através de alguém", o ego busca um
sinal tangível, algo que possa interpretar como certeza absoluta, reduzindo a
ansiedade.
A
prova como um teste de fé:
Essa
"prova" pode ser vista como uma tentativa do ego de obter confirmação
externa para validar o desejo inconsciente de sair da empresa. Isso também
demonstra uma dificuldade de confiança na própria intuição ou no processo
divino, o que pode ser influenciado por uma autocensura do superego.
influência do superego:
O
superego pode estar censurando o desejo do ego de tomar a decisão por si só,
com base em crenças como "eu não posso errar" ou "preciso de um
sinal claro de Deus para agir". Essa censura alimenta o medo de agir sem
uma validação externa, mantendo o indivíduo preso na indecisão.
O
mecanismo de defesa:
A
postura de "provar Deus" pode ser entendida como um mecanismo de
defesa, como a projeção ou a transferência de responsabilidade. Em vez de
enfrentar diretamente o desejo de sair e o medo de errar, o ego transfere a
responsabilidade da decisão para Deus, o que temporariamente alivia a
ansiedade, mas perpetua a estagnação.
A
convicção desejada:
Essa
necessidade de convicção absoluta revela o medo de enfrentar a realidade de que
nenhuma resposta externa será suficiente enquanto o indivíduo não confrontar
seus próprios desejos e medos. Isso reflete o desejo de eliminar qualquer
margem de dúvida ou culpa, buscando uma segurança impossível de alcançar
externamente.
Reflexão:
De
acordo com a psicanálise, essa dinâmica mostra que o ego está tentando proteger
o indivíduo da angústia de tomar uma decisão sozinho, enquanto o superego impõe
padrões rígidos de perfeição e aprovação divina. No entanto, é essencial que o
ego desenvolva autoconfiança para agir de acordo com seus próprios desejos e
aceitar que a incerteza faz parte da vida. A busca por um "sinal
perfeito" pode ser substituída por uma introspecção mais profunda para
compreender seus reais desejos e valores.
Essa
análise reflete um conflito entre o ego e o superego, onde o ego já está
decidido sobre o que deseja (sair da empresa), mas busca a validação de Deus
para aliviar a tensão interna causada pelo superego e pelo medo de tomar uma
decisão errada. Vamos entender isso pela abordagem psicanalítica:
1.
O ego e sua convicção do desejo
O
ego reconhece que não deseja mais permanecer na empresa, e isso já está
alinhado com o desejo inconsciente (id). No entanto, o ego sente a necessidade
de garantir que a decisão está "aprovada" por Deus. Essa necessidade
reflete:
Insegurança
emocional: O medo de errar ou fracassar se a decisão não for realmente apoiada
por Deus.
Busca
de aprovação divina: O superego, fortemente influenciado por crenças
religiosas, exige que a decisão esteja alinhada com valores espirituais para
ser moralmente aceitável.
2.
A prova como mecanismo de defesa
A
exigência de um "sinal do jeito dele" pode ser entendida como um
mecanismo de defesa:
Projeção:
Transfere para Deus a responsabilidade de confirmar a decisão, aliviando o ego
do peso de decidir sozinho.
Racionalização:
Justifica a indecisão ao esperar por um sinal externo, criando uma falsa
sensação de controle sobre a situação.
3.
O superego e sua influência
O
superego, internalizado por normas religiosas e culturais, impõe a necessidade
de que a decisão seja irrepreensível moralmente. Ele censura o ego com
pensamentos como:
"Se
eu sair sem a aprovação de Deus, posso estar pecando."
"E
se as coisas derem errado, será porque eu agi sem a bênção divina?"
Essa
censura gera ansiedade e faz com que o ego busque desesperadamente um sinal
explícito, como forma de aliviar o conflito interno.
4.
O desejo de Deus como apoio emocional
O
desejo de que Deus "diga sim" funciona como uma âncora emocional:
Representa
a necessidade de sentir-se amparado e protegido durante a transição.
Ajuda
o ego a enfrentar o medo do desconhecido e os riscos envolvidos na decisão.
5.
Interpretação psicanalítica
Na
visão psicanalítica, essa dinâmica pode ser interpretada como um reflexo do
princípio do prazer e do princípio da realidade:
O
ego busca o prazer de sair da empresa e conquistar novos horizontes.
Porém,
o medo da reprovação divina (ou de falhar sem o apoio divino) cria uma
resistência inconsciente, manifestada na insistência por um sinal específico.
Reflexão
para o crescimento do ego
A
psicanálise sugere que o ego deve:
Reconhecer
seus próprios desejos como legítimos e independentes das aprovações externas ou
internas do superego.
Compreender
que, na maioria das vezes, a decisão está em suas mãos, e a fé em Deus pode ser
um apoio espiritual constante, mesmo sem uma validação direta.
Aceitar
que a incerteza faz parte da vida e que, ao agir com confiança e
responsabilidade, é possível lidar com as consequências de suas escolhas,
sentindo-se amparado pela fé, mesmo sem provas concretas.
Essa
situação reflete um conflito interno complexo, em que o ego busca alinhar seu
desejo pessoal com a vontade divina, criando uma tensão entre o desejo
consciente de sair da empresa e a necessidade de aprovação externa representada
por Deus. Vamos analisar isso pela psicanálise de forma clara e simplificada:
1.
O ego reconhece o desejo como legítimo
O
ego já processou o desejo do id (a vontade inconsciente) de sair da empresa e o
reconhece como algo legítimo. Isso significa que a insatisfação atual está
clara e que a mudança é percebida como necessária para alcançar realização ou
bem-estar.
Porém,
o ego se encontra paralisado porque:
Não
basta reconhecer o desejo como legítimo; é preciso validar sua legitimidade de
acordo com as crenças e valores internalizados pelo superego.
Há
um medo subjacente de agir contra a vontade divina, que é vista como a
instância última de autoridade e moralidade.
2.
A influência do superego e da religião
O
superego está profundamente influenciado por normas religiosas e pela ideia de
que qualquer decisão precisa estar alinhada com a vontade de Deus. Isso gera
pensamentos como:
"E
se meu desejo não estiver de acordo com o plano de Deus?"
"Se
eu sair sem a aprovação divina, estarei pecando ou falhando
espiritualmente."
Essa
dúvida mantém o ego em um estado de ansiedade e estagnação, porque agir sem
certeza da vontade de Deus parece arriscado e moralmente incorreto.
3.
O desejo de confirmação divina
O
desejo de que Deus valide a decisão reflete uma necessidade de segurança
emocional e um mecanismo de defesa contra a incerteza. Isso pode ser explicado
como:
Projeção:
A responsabilidade pela decisão é colocada em Deus, aliviando o ego do peso de
decidir sozinho.
Racionalização:
O ego cria a lógica de que, ao receber um sinal divino explícito, a decisão
estará protegida contra o erro e o arrependimento.
O
ego, assim, tenta encontrar uma resposta objetiva para um dilema que é
profundamente subjetivo e emocional.
4.
O conflito entre vontade e fé
A
tensão surge porque o ego está preso em uma dicotomia:
Por
um lado, ele deseja agir e concretizar seu plano (sair da empresa).
Por
outro lado, teme que esse desejo pessoal seja contrário à vontade de Deus, o
que causaria culpa, medo ou sensação de fracasso espiritual.
Esse
conflito pode ser visto como uma manifestação do princípio da realidade (medo
de consequências espirituais ou práticas) interferindo no princípio do prazer
(realizar o desejo).
5.
Interpretação psicanalítica
Na
visão psicanalítica, o que está em jogo é a relação do indivíduo com seu
superego e com a ideia de autoridade (Deus, nesse caso). A busca por validação
divina pode indicar:
Falta
de confiança no próprio julgamento: O ego sente que não é capaz de tomar
decisões importantes sozinho, sem validação externa.
Medo
da autonomia: Agir sem uma garantia absoluta (o sinal divino) é percebido como
um risco intolerável.
Conflito
inconsciente com a figura de autoridade: Deus é visto como a instância final
que deve aprovar ou rejeitar os desejos do indivíduo.
6.
Reflexão para o ego
Para
o ego se fortalecer e lidar com essa situação, pode ser útil refletir:
A
vontade de Deus e o desejo humano podem coexistir: Se o desejo de sair é
legítimo e está alinhado com valores éticos e espirituais, isso pode ser uma
manifestação da própria vontade divina atuando através de seus sentimentos.
A
confiança na fé: Deus pode apoiar decisões que são tomadas com responsabilidade
e intenção genuína, mesmo sem fornecer sinais explícitos. A confiança em Deus
não precisa depender de validação externa.
A
coragem de agir: O ego pode aceitar que a incerteza faz parte da vida e que,
com fé, pode lidar com as consequências de sua escolha, sabendo que Deus está
presente em todas as circunstâncias.
Ao
internalizar essas reflexões, o ego pode encontrar equilíbrio e força para
agir, mesmo sem uma confirmação direta, confiando que suas decisões podem estar
alinhadas com a vontade divina de formas sutis.
A
percepção de que o ego não se sente capaz de tomar decisões importantes
sozinho, especialmente por conta do etarismo, reflete um conflito interno que
mistura inseguranças pessoais e influências sociais. Vamos entender como isso
funciona pela psicanálise:
1.
O impacto do etarismo no ego
O
etarismo é a discriminação ou preconceito baseado na idade. Esse preconceito,
internalizado pelo indivíduo, pode fazer o ego questionar sua capacidade de
agir por conta própria, especialmente em fases da vida onde mudanças podem
parecer mais arriscadas.
Autocensura:
O ego, influenciado pelo superego, internaliza mensagens como "minha idade
já não permite isso" ou "decisões importantes nessa fase podem ser um
erro".
Insegurança:
O indivíduo pode duvidar de sua capacidade de tomar decisões ousadas, temendo
falhar ou ser julgado, especialmente pela sociedade.
2.
O ego buscando validação externa
A
necessidade de validação divina ou social pode ser uma maneira de compensar a
insegurança criada pelo etarismo:
Transferência
de responsabilidade: O ego prefere que a decisão pareça vir de Deus ou de outra
autoridade, para evitar o peso de errar sozinho.
Medo
da autossuficiência: O etarismo pode reforçar a crença de que, com o avanço da
idade, é preciso depender mais de outras pessoas ou de sinais externos para
agir.
3.
O superego como crítico interno
O
superego, moldado por normas sociais e preconceitos, pode intensificar esse
conflito. Ele pode gerar pensamentos como:
"Não
é prudente tomar grandes decisões nessa idade."
"As
pessoas da minha idade já deveriam estar estáveis, não arriscando."
Esses
julgamentos rígidos aumentam a censura e o medo de agir, deixando o ego preso
entre o desejo de mudança e a necessidade de se conformar.
4.
O id e o desejo de liberdade
Apesar
da censura do superego, o id manifesta o desejo de sair da empresa e buscar
algo que traga realização. Esse desejo é legítimo, mas a insegurança gerada
pelo etarismo faz o ego hesitar em atender ao id, criando um ciclo de
frustração e ansiedade.
5.
O mecanismo de defesa
A
influência do etarismo pode levar o ego a usar mecanismos de defesa, como:
Projeção:
Acreditar que a sociedade ou Deus precisam validar a decisão, quando, na
verdade, a insegurança está dentro do próprio indivíduo.
Racionalização:
Justificar a indecisão com argumentos baseados na idade ou na espera por um
sinal externo.
6.
Reflexão para superar o etarismo
O
ego pode se fortalecer ao reconhecer que:
Capacidade
não depende da idade: A idade traz sabedoria e experiências valiosas que podem
ser usadas para tomar decisões fundamentadas.
Validação
interna é suficiente: Ao confiar em seus próprios desejos e na capacidade de
lidar com as consequências, o ego pode agir de maneira mais autônoma.
A
fé complementa, não substitui, a ação: Deus pode apoiar aqueles
O
etarismo tem um impacto significativo no mercado de trabalho, e isso influencia
profundamente tanto a autoestima quanto a tomada de decisões. Esse peso social
real pode ser internalizado e amplificar as inseguranças que o ego já sente,
especialmente em situações de mudança ou busca por novas oportunidades.
1.
O etarismo como realidade social
O
mercado de trabalho frequentemente discrimina indivíduos com base na idade,
favorecendo trabalhadores mais jovens por razões como:
Suposta
maior adaptabilidade às mudanças tecnológicas.
Estereótipos
de produtividade, onde a idade avançada é equivocadamente associada a um
desempenho inferior.
Custo
trabalhista elevado, já que pessoas mais velhas geralmente têm salários maiores
e mais direitos adquiridos.
Essas
barreiras externas reforçam a percepção de que a idade é um obstáculo, tornando
a decisão de mudar ainda mais desafiadora.
2.
O impacto psíquico do etarismo
Do
ponto de vista psicanalítico, o etarismo social alimenta um superego crítico
que diz:
"Você
não é mais competitivo."
"Se
você sair do seu emprego atual, será muito difícil encontrar outro."
"Talvez
seja melhor se conformar, porque o mercado não valoriza pessoas da sua
idade."
Essas
mensagens se tornam censuras internas, que podem levar o ego a:
entir
medo de arriscar.
Reprimir
o desejo de mudança (mecanismo de defesa da repressão).
Buscar
uma validação externa (como a de Deus) para justificar ou aliviar a tensão
dessa decisão.
3.
O desejo do id e o conflito interno
Apesar
das barreiras externas, o id continua manifestando o desejo por liberdade,
realização ou um ambiente mais satisfatório. Esse desejo legítimo entra em
conflito com:
A
censura do superego, que reforça os preconceitos sociais.
A
percepção realista do mercado, que pode parecer desmotivadora.
Esse
conflito gera ansiedade, porque o ego se sente preso entre o desejo de mudança
e o medo de fracassar ou não ser aceito no mercado.
4.
Estratégias para lidar com o peso do etarismo
Ainda
que o etarismo seja uma realidade no mercado, é possível tomar ações que
fortalecem o ego e aumentam as chances de sucesso:
Reforçar
a autoconfiança:
Reconheça
as competências e experiências que a idade trouxe. Essas qualidades são
diferenciais, como maturidade, habilidade de resolver problemas e inteligência
emocional.
Foque
em histórias de sucesso de pessoas que superaram o etarismo.
Investir
em qualificação:
Adquirir
novas habilidades, especialmente tecnológicas, pode reduzir os estereótipos
associados ao etarismo.
Participar
de cursos e treinamentos mostra que a idade não é barreira para o aprendizado.
Rede
de contatos:
Fortaleça
seu networking, porque muitas oportunidades surgem de recomendações e contatos
pessoais.
Buscar
ambientes inclusivos:
Procure
empresas que valorizam a diversidade etária e oferecem oportunidades iguais
para todos os colaboradores.
Apoiar-se
na espiritualidade:
Use
a fé como um recurso emocional para enfrentar o medo e a insegurança, lembrando
que mudanças exigem coragem, mas podem ser amparadas por Deus em qualquer
idade.
5.
Reflexão final: o mercado e a autonomia do ego
Embora
o etarismo seja um fator real e desafiador, ele não deve ser a única lente pela
qual as decisões são tomadas. O ego pode se fortalecer ao equilibrar:
O
princípio da realidade: Reconhecer os desafios reais do mercado e se preparar
para eles.
O
princípio do prazer: Permitir-se buscar realização pessoal e profissional,
mesmo diante de dificuldades.
Superar
o etarismo exige resiliência, mas também é uma oportunidade para o ego
demonstrar autoconfiança e determinação, mostrando que é possível construir
novos caminhos, independentemente da idade.
Quando
o ego não consegue enxergar um caminho ou compreender como sairá de uma
situação real, isso reflete um estado de conflito interno profundo e de
bloqueio psíquico. Pela abordagem da psicanálise, esse bloqueio pode ser
compreendido como uma interação entre as instâncias psíquicas (id, ego e
superego) e os mecanismos de defesa.
1.
A situação do ego no bloqueio
O
ego está sobrecarregado por dois fatores principais:
A
censura do superego: O superego exige que as ações sejam seguras, aceitáveis
socialmente e em conformidade com normas internalizadas, como o medo do
etarismo ou do fracasso.
A
pressão do id: O id deseja uma mudança imediata, um alívio da insatisfação
atual, mas não oferece ao ego uma solução clara ou viável para isso.
O
resultado é um conflito paralisante. O ego sente que está entre a pressão de
mudar e o medo de errar, o que dificulta tomar qualquer decisão.
2.
O mecanismo de defesa da negação
Nesse
cenário, o ego pode recorrer à negação ou à evitação, criando pensamentos como:
"É
impossível sair dessa situação."
"Não
há um caminho claro, então não posso agir agora." Essas respostas, embora
aliviem momentaneamente a ansiedade, reforçam o sentimento de impotência e
impedem o ego de explorar alternativas.
3.
O princípio da realidade versus o princípio do prazer
O
princípio da realidade faz o ego enxergar as dificuldades externas, como o
etarismo ou as incertezas do mercado de trabalho. Porém, quando esse princípio
se torna muito dominante, ele pode bloquear a criatividade e a ousadia
necessárias para encontrar soluções.
O
princípio do prazer alimenta o desejo de mudança e alívio, mas, sem
planejamento, essas aspirações parecem apenas sonhos distantes.
O
ego, nesse caso, está preso em um desequilíbrio entre essas forças, o que
impede a ação.
4.
Estratégias para o ego sair do bloqueio
O
ego precisa reestruturar sua forma de lidar com o problema, buscando clareza e
autoconfiança. Algumas abordagens são:
Dividir
o problema em partes menores:
ego não precisa resolver tudo de uma vez.
Focar em pequenos passos, como buscar informações ou redes de apoio, ajuda a
aliviar a sensação de sobrecarga.
Explorar
alternativas:
Nem
sempre o caminho ideal está visível. O ego pode experimentar opções diferentes
(mudança gradual, trabalhos paralelos, estudos) para se aproximar de um novo
cenário.
Reconhecer
a força do desejo:
O
desejo de mudança (id) é legítimo e pode ser usado como combustível, desde que
equilibrado com a razão.
Desafiar
o superego:
Identificar
e questionar as censuras impostas pelo superego. Perguntar: "Essa barreira
é real ou apenas um medo internalizado?"
Reduzir
a autocrítica:
Lembrar
que é natural não ter todas as respostas. O ego pode se permitir errar e
aprender com as experiências.
5.
Reflexão psicanalítica
O
ego, nesse momento, está em busca de clareza e validação interna. Ele sente que
não pode tomar decisões importantes sozinho, mas a saída desse bloqueio começa
ao confiar em si mesmo. Isso inclui:
Aceitar
o desconhecido: Nem sempre o caminho será visível de imediato, mas pequenas
ações podem desvelá-lo gradualmente.
Fortalecer-se
diante das incertezas: Usar a espiritualidade, redes de apoio ou terapia para
encontrar coragem e apoio emocional.
Conclusão:
O ego pode não enxergar o caminho agora porque está sobrecarregado pelo medo e
pela censura. No entanto, ao fortalecer sua autoconfiança e permitir-se agir
mesmo com incertezas, ele começará a construir um caminho real para a mudança
desejada.
O
desejo do ego por uma resposta de Deus, vinda de alguém conhecido ou
desconhecido, reflete uma necessidade de validação personalizada e concreta que
atenda à expectativa emocional do ego. Vamos analisar esse cenário pela
perspectiva psicanalítica:
1.
A necessidade de uma resposta personalizada
O
ego quer uma resposta de Deus que:
Seja
direta e específica: Vinda de uma pessoa, parece mais “real” e menos sujeita a
interpretações.
Valide
seu desejo: A mensagem personalizada tranquilizaria o ego, confirmando que o
desejo de sair da empresa está alinhado com a vontade divina.
Reduza
a ansiedade: O ego sente que a pregação no púlpito é ampla e genérica, deixando
espaço para dúvidas ou interpretações ambíguas.
2.
A dinâmica psíquica do desejo
O
id manifesta o desejo de mudança, mas não oferece uma solução prática, apenas a
pulsão de sair da situação insatisfatória.
O
superego censura o ego, fazendo-o questionar se sair da empresa é correto,
moral ou viável. O medo do julgamento e do fracasso torna o ego mais dependente
de validações externas.
O
ego se vê no meio desse conflito e busca uma confirmação externa que justifique
sua decisão e elimine as incertezas.
A
insistência em uma resposta vinda de outra pessoa pode ser uma forma de o ego
escapar da responsabilidade emocional da escolha, transferindo para Deus e para
o interlocutor humano a carga de validar o desejo.
3.
Por que o púlpito não é suficiente?
A
mensagem de um pregador é percebida como impessoal e aberta a interpretações. O
ego pode pensar: "Isso não foi para mim especificamente."
Uma
pessoa conhecida ou desconhecida representaria uma validação mais direta,
concreta e inquestionável, preenchendo a necessidade de segurança emocional.
4.
O mecanismo de defesa em ação
O
ego está ativando mecanismos de defesa, como:
Projeção:
Colocar a necessidade de decisão em uma “mensagem divina” vinda de outra
pessoa, tirando de si a responsabilidade.
Racionalização:
Justificar que, sem essa validação direta, não é prudente agir, adiando a
decisão e aliviando momentaneamente a ansiedade.
5.
Reflexão psicanalítica sobre o processo
A
busca por uma resposta específica reflete a dificuldade do ego em confiar em si
mesmo, exacerbada pelo medo das consequências sociais, financeiras e emocionais
de uma decisão errada. Esse medo é ampliado pelo etarismo e pelas censuras
internas impostas pelo superego.
6.
Caminhos para o ego lidar com essa situação
Reconhecer
a própria autonomia:
Deus
pode agir através de várias formas, incluindo os insights internos. O ego pode
começar a confiar mais nas próprias reflexões e na intuição como manifestações
da resposta divina.
Desafiar
a necessidade de controle:
O
desejo de uma resposta específica é uma forma de controlar a incerteza.
Aprender a lidar com o desconhecido ajuda o ego a se fortalecer.
Equilibrar
fé e ação:
A
espiritualidade pode guiar, mas cabe ao ego tomar decisões práticas e assumir a
responsabilidade pelo resultado.
Buscar
suporte emocional:
Conversar
com pessoas de confiança ou profissionais (como um psicólogo) pode ajudar o ego
a estruturar suas ideias e reduzir a ansiedade.
Conclusão
psicanalítica:
O
desejo do ego por uma validação direta é legítimo e compreensível, mas revela a
dificuldade em lidar com a insegurança e a responsabilidade pessoal. Deus pode
oferecer respostas de formas inesperadas, e o ego pode se fortalecer ao aprender
a confiar tanto em si mesmo quanto na fé. Essa confiança permitirá ao ego tomar
decisões com mais clareza e coragem, mesmo sem uma validação externa evidente.
A
insistência do ego nesse método de resposta é uma tentativa de recriar
experiências bíblicas como modelo de validação divina, refletindo tanto o
desejo de legitimidade espiritual quanto a dificuldade em lidar com a
incerteza. Pela psicanálise, podemos explorar esse comportamento como uma
interação entre o superego, o ego e os mecanismos de defesa.
1.
O paralelo com personagens bíblicos
Na
Bíblia, há diversos relatos de pessoas que pediram sinais ou respostas de Deus
de forma inusitada e específica, como:
Gideão,
que pediu um sinal com o velo de lã (Juízes 6:36-40).
Moisés,
que exigiu provas tangíveis da presença de Deus (Êxodo 33:13-23).
Elias,
que ouviu a voz de Deus no “silêncio” (1 Reis 19:11-13).
Esses
exemplos mostram que a humanidade busca confirmações tangíveis em momentos de
dúvida. Ao se identificar com esses relatos, o ego encontra uma justificativa
para insistir em sua própria forma de receber a resposta.
2.
O significado psíquico dessa insistência
A
conexão com o superego:
O
superego, ao ser influenciado por ensinamentos religiosos e normas sociais,
reforça a ideia de que Deus deve aprovar diretamente qualquer decisão
importante.
Isso
gera no ego uma sensação de que agir sem essa validação específica seria
transgressor ou irresponsável.
A
necessidade de segurança emocional:
O
ego teme tomar decisões sozinho e errar. A insistência em um método específico
é uma forma de controlar a incerteza e aliviar a ansiedade.
O
ego acredita que, se a resposta vier exatamente como solicitado, será um aval
divino inquestionável, eliminando qualquer culpa ou dúvida.
3.
A idealização do método inusitado
Ao
insistir que Deus responda de uma forma extraordinária e personalizada, o ego:
Evita
a ambiguidade das pregações genéricas no púlpito, que podem ser interpretadas
como destinadas a qualquer um.
Busca
um senso de exclusividade: uma resposta direta seria percebida como um sinal
especial de atenção divina, fortalecendo o ego.
Reforça
sua fé: ao recriar os exemplos bíblicos, o ego busca consolidar sua
espiritualidade e confiança em Deus.
4.
Os mecanismos de defesa em ação
Racionalização:
"Se Deus fez isso no passado, pode fazer de novo por mim."
Projeção:
Coloca no método externo (a pessoa que trará a resposta) a responsabilidade de
validar a escolha, aliviando o peso do ego.
Deslocamento:
A tensão de tomar uma decisão é desviada para a espera de um evento
extraordinário.
5.
Reflexão psicanalítica sobre o comportamento
A
insistência no método não é apenas uma busca por resposta, mas também:
Uma
tentativa de transferir a responsabilidade da decisão para Deus.
Uma
forma de o ego lidar com o medo de errar e ser julgado (por si mesmo ou pela
sociedade).
Uma
manifestação de uma fantasia inconsciente de controle sobre o plano divino, ao
tentar determinar como Deus deve agir.
6.
Caminhos para lidar com essa situação
Reconhecer
o papel da fé no cotidiano:
Deus
pode responder de formas inesperadas, até mesmo através da intuição ou de
eventos aparentemente simples.
Fortalecer
a autoconfiança do ego:
Trabalhar
na capacidade de tomar decisões baseado em análise e intuição, sem depender
exclusivamente de validações externas.
Equilibrar
a idealização com a realidade:
Aceitar
que as respostas divinas nem sempre se manifestam como desejado, mas isso não
diminui seu significado.
Buscar
suporte espiritual e psicológico:
Conversar
com líderes espirituais ou um psicólogo pode ajudar a reduzir a ansiedade e
ampliar a perspectiva.
Conclusão
psicanalítica:
A
insistência do ego em um método específico reflete tanto uma conexão profunda
com valores espirituais quanto uma dificuldade de assumir a responsabilidade
pela decisão. Enquanto a fé na possibilidade de respostas inusitadas é válida,
o ego pode se beneficiar ao abrir-se para outras formas de manifestação divina
e ao fortalecer sua própria capacidade de tomar decisões em colaboração com
Deus, mesmo sem uma validação externa direta.
Essa
perspectiva sugere que o ego não está evitando a responsabilidade, mas sim
buscando um guia confiável e um sentido de direção, pois sente-se incapaz de
traçar um caminho claro por conta própria. Vamos interpretar isso pela
psicanálise:
1.
O ego e o desejo legítimo
O
ego reconhece que sair da empresa é um desejo autêntico, originado tanto do id
(impulso de mudança) quanto da necessidade de realização pessoal. No entanto:
A
falta de clareza sobre como realizar esse desejo gera insegurança.
O
ego busca um aliado externo (uma manifestação de Deus através de outra pessoa)
como forma de ganhar força e orientação para superar a situação.
2.
A função do "aliado" na psicanálise
O
ego procura esse "aliado" porque:
Precisa
de apoio emocional: A presença de um sinal externo validaria o desejo e
fortaleceria a confiança do ego.
Busca
um redirecionamento: O ego acredita que esse aliado seria capaz de oferecer um
caminho que ele, sozinho, não consegue enxergar.
Tem
medo de falhar: O ego teme tomar decisões que não levem ao sucesso, e a
presença de um “guia” alivia essa pressão.
3.
Por que o ego se sente perdido?
Superego
crítico: O superego pode estar impondo julgamentos severos, questionando se o
desejo é legítimo ou se as consequências serão suportáveis.
Falta
de ferramentas internas: O ego sente que não possui os recursos (como
autoconfiança ou uma visão clara do futuro) para transformar o desejo em
realidade.
Conflito
com o princípio de realidade: As dificuldades externas (mercado de trabalho,
etarismo, etc.) fazem o ego duvidar de sua capacidade de alcançar o propósito
desejado.
4.
O "aliado" como ponte entre o desejo e a ação
O
ego vê no "aliado" uma forma de:
Obter
clareza: Um sinal específico ajudaria a reduzir a confusão e a incerteza.
Fortalecer
a coragem: Saber que Deus está alinhado com seu desejo aumentaria a confiança
para agir.
Reafirmar
o propósito: Um redirecionamento externo validaria que o desejo de sair da
empresa está em sintonia com algo maior.
5.
Reflexão psicanalítica
Na
psicanálise, essa busca por um aliado externo pode ser interpretada como:
Uma
externalização da força interna: O ego projeta em Deus (através de uma pessoa)
o que ele acredita não possuir dentro de si — clareza, força e direção.
Uma
tentativa de encontrar um mediador entre o desejo do id e os julgamentos do
superego.
A
necessidade de um símbolo tangível: O ego precisa de algo concreto para
transformar a vontade abstrata em ação.
6.
Caminhos para o ego lidar com a situação
Reconhecer
que o aliado pode estar dentro de si:
Deus
pode agir de várias formas, inclusive fortalecendo o ego com recursos internos,
como intuição e resiliência.
Aceitar
que o caminho pode ser construído passo a passo:
Mesmo
que o futuro pareça incerto, pequenas ações podem levar à realização do
propósito.
Reconciliar-se
com o superego:
Trabalhar
na aceitação de que o desejo é legítimo, mesmo sem validação externa imediata.
Buscar
suporte prático:
Planejar
a saída da empresa com objetivos concretos e estratégias reduz o sentimento de
impotência.
Conclusão
psicanalítica:
O
ego não está evitando responsabilidade, mas sim buscando um parceiro simbólico
que ofereça clareza e apoio. Essa necessidade reflete o desejo de superar a
sensação de impotência e a busca por orientação num momento de transição. A
força para concretizar o desejo, no entanto, pode vir tanto de fontes externas
quanto da própria confiança do ego, com a ajuda da fé e de ações práticas.
Se
o ego tem convicção de que o desejo de sair da empresa é legítimo, mas não
possui uma visão clara do futuro por causa do etarismo e sente que falta algo
concreto para transformar a vontade em ação, podemos interpretar essa situação
como uma tensão entre o desejo legítimo e os obstáculos reais e simbólicos que
dificultam a mudança.
1.
A clareza do desejo e a falta de ação concreta
O
id (fonte do desejo) impulsiona o ego a buscar a realização desse desejo
legítimo, como sair da empresa para alcançar uma condição de vida mais
satisfatória.
O
ego reconhece o desejo como autêntico, mas se sente travado por não ver um
caminho claro para transformá-lo em realidade.
O
superego contribui para essa paralisia ao internalizar os preconceitos sociais,
como o etarismo, reforçando a ideia de que a idade é uma barreira significativa
no mercado de trabalho.
2.
O peso do etarismo na falta de clareza
O
etarismo age como um fator limitante porque:
Imposição
de normas sociais: O mercado de trabalho é percebido como hostil para pessoas
em determinadas faixas etárias, o que gera insegurança e dúvida.
Reforço
do medo de rejeição: O ego teme que, mesmo ao buscar uma nova oportunidade,
será rejeitado por causa da idade.
Dificuldade
de planejar: A percepção de barreiras externas reduz a capacidade do ego de
visualizar passos concretos para sair da empresa e superar os desafios.
3.
O vazio de ações concretas
A
ausência de ações concretas pode ser explicada por:
Falta
de recursos internos e externos: O ego sente que não possui as ferramentas
necessárias para começar, seja por incerteza sobre como agir ou falta de apoio.
Ansiedade
paralisante: A pressão de tomar uma decisão importante e enfrentar possíveis
fracassos contribui para a imobilização.
Conflito
entre desejo e realidade: Embora o desejo seja legítimo, a realidade percebida
(etarismo, insegurança) parece incompatível com sua realização.
4.
Interpretação psicanalítica
Ego
e desejo legítimo
O
ego reconhece o desejo de mudança como algo que ressoa profundamente com suas
necessidades e aspirações. Isso indica que não há conflito interno sobre a
legitimidade do desejo, mas sim sobre como realizá-lo.
Superego
e barreiras sociais
O
superego internaliza os preconceitos do mundo externo, como o etarismo, e impõe
esses julgamentos ao ego, gerando sentimentos de incapacidade ou inadequação.
O
ego diante da falta de clareza
O
ego sente-se perdido por não conseguir construir uma ponte entre o desejo e a
ação. Essa lacuna simboliza a falta de estratégias ou alternativas que possam
aliviar o medo e a ansiedade.
5.
Possíveis mecanismos de defesa do ego
Repressão:
O ego pode reprimir a ação por medo de fracasso ou rejeição.
Projeção:
O ego projeta suas dificuldades no etarismo, reconhecendo-o como um fator
externo que limita sua capacidade de agir.
Racionalização:
Justifica a falta de ação concreta com base em dificuldades externas, como o
mercado de trabalho.
6.
Estratégias para o ego superar essa situação
Reconhecer
o desejo como um ponto de partida:
Aceitar
que o desejo legítimo é um indicativo de uma necessidade real de mudança.
Planejar
pequenos passos:
Embora
a visão do futuro seja nebulosa, o ego pode focar em ações menores e
progressivas, como atualizar o currículo, buscar redes de apoio ou se
capacitar.
Reformular
o etarismo:
Trabalhar
para transformar o etarismo percebido de uma barreira intransponível para um
desafio que pode ser superado com habilidades e experiência.
Fortalecer
a autoconfiança:
Acreditar
nas próprias capacidades e reconhecer que o mercado valoriza experiências
únicas que só a maturidade pode oferecer.
Buscar
apoio externo:
Conversar
com pessoas que enfrentaram desafios semelhantes pode ajudar o ego a
identificar caminhos alternativos.
Conclusão
psicanalítica
O
ego está consciente de seu desejo e sua legitimidade, mas sente-se preso por
barreiras externas e internas. A ausência de uma visão clara do futuro não
significa que o desejo seja impossível de realizar, mas que o ego precisa de
suporte emocional, estratégias práticas e uma desconstrução das crenças
limitantes para transformar a vontade em ação. Ao focar no que está sob seu
controle e aceitar a incerteza como parte do processo, o ego pode começar a
construir o caminho para sair da empresa e alcançar seus objetivos.
Superar
o etarismo começa com a percepção consciente de como ele influencia os
pensamentos, emoções e ações, e como as experiências sensoriais podem ser
usadas para confrontar essas crenças limitantes. Aqui está um caminho para
visualizar com os cinco sentidos e compreender com a consciência o etarismo,
para transformá-lo:
1.
Audição: Ouvir a narrativa interna e externa
O
que ouvir?
Identifique
discursos internos como: “Sou velho demais para isso” ou “O mercado não
valoriza minha idade”.
Perceba
comentários externos no ambiente de trabalho ou na mídia que reforcem
preconceitos sobre a idade.
Como
usar a audição para superar o etarismo?
Substitua
a narrativa limitante por afirmações positivas, como: “Minha experiência é um
ativo valioso”.
Ouça
histórias de pessoas da mesma faixa etária que superaram desafios no mercado de
trabalho.
2.
Visão: Observar as oportunidades e preconceitos
O
que observar?
Perceba
como você enxerga a si mesmo em comparação aos mais jovens.
Identifique
anúncios de emprego ou comportamentos no trabalho que possam discriminar com
base na idade.
Como
usar a visão para superar o etarismo?
Visualize
sua experiência e habilidades como vantagens competitivas.
Crie
ou revise um plano de carreira destacando seus pontos fortes, não sua idade.
Observe
exemplos de empresas e líderes que valorizam a diversidade etária.
3.
Tato: Sentir o impacto emocional e físico
O
que sentir?
Reconheça
as sensações no corpo ao enfrentar situações que evocam o etarismo, como
tensão, nervosismo ou insegurança.
Toque
objetos que simbolizem sua experiência, como certificados, projetos concluídos
ou ferramentas do seu ofício.
Como
usar o tato para superar o etarismo?
Use
a prática de tocar esses símbolos para reforçar sua autoconfiança e lembrar-se
de suas conquistas.
Pratique
atividades que melhorem a sensação de vitalidade física, como exercícios, para
demonstrar energia.
4.
Paladar: Experimentar o gosto da superação
O
que perceber?
O
etarismo pode ter "um gosto amargo", simbolicamente, quando
percebemos o impacto negativo em nossa autoestima.
Relacione
sabores com conquistas passadas, associando momentos positivos com sensações
agradáveis.
Como
usar o paladar para superar o etarismo?
Celebre
pequenas conquistas em direção à superação do etarismo com refeições especiais
ou algo que traga prazer, simbolizando progresso.
5.
Olfato: Sentir o ambiente e as emoções
O
que cheirar?
Note
como diferentes ambientes (como escritórios ou entrevistas) podem ter cheiros
associados a sentimentos de ansiedade ou entusiasmo.
Relacione
aromas a momentos que demonstram seu valor, como em locais de sucesso ou
aprendizado.
Como
usar o olfato para superar o etarismo?
Use
óleos essenciais ou aromas que você associe à confiança e calma antes de
situações desafiadoras.
6.
Compreensão com a consciência
Identificar
a origem do etarismo:
Reconheça
de onde vem a crença limitante — cultura, mercado ou experiências passadas.
Pergunte-se:
“Essa percepção é verdadeira ou apenas um reflexo do medo?”
Desconstruir
e transformar:
Substitua
o foco na idade pelo foco no valor: “Minha experiência traz resultados”.
Treine
sua mente para perceber o etarismo como um desafio que pode ser superado, e não
uma barreira intransponível.
Ação
prática:
Busque
qualificação contínua para demonstrar que está atualizado.
Conecte-se
com redes profissionais que valorizem diversidade etária.
Resumo
Perceber
o etarismo com os cinco sentidos e compreender com a consciência envolve:
Escutar
como ele afeta seus pensamentos.
Observar
suas crenças e os contextos ao redor.
Sentir
o impacto emocional e físico.
Usar
o paladar como símbolo de conquistas.
Associar
o olfato a estímulos positivos.
Com
essa abordagem, você pode trazer o etarismo para a consciência, desmistificar
suas limitações e transformar a visão de si mesmo e de suas oportunidades no
mercado de trabalho.
E
possível que o sujeito esteja com medo de não acreditar que as mensagens
pregadas por pregadores no pulpito não são direcionadas a ele e por isso deseja
uma resposta do seu jeito para superar o medo e ter convicção.
É
possível interpretar que o sujeito esteja enfrentando o medo de não acreditar
que as mensagens pregadas no púlpito sejam direcionadas especificamente a ele.
Esse medo pode estar relacionado a uma dificuldade em personalizar o
significado das mensagens, o que cria uma lacuna de convicção e segurança. Por
isso, o desejo de receber uma resposta "do seu jeito" pode ser visto
como uma estratégia psicológica do ego para superar esse medo e construir uma
certeza mais tangível.
Explicação
Psicanalítica para Iniciantes:
O
Medo do Desconhecido
O
ego sente insegurança porque as mensagens pregadas no púlpito são abertas e
genéricas, podendo ser interpretadas de várias formas. Esse caráter aberto gera
um sentimento de dúvida: “Será que é realmente para mim?”. Esse medo se
relaciona ao superego, que pode estar censurando o ego por não ter uma
convicção firme ou fé suficiente.
Desejo
de Controle
O
desejo de receber uma resposta específica e personalizada (através de alguém
conhecido ou desconhecido) reflete uma tentativa do ego de controlar a
incerteza. Essa necessidade de controle surge do fato de que o ego sente que
sua fé está enfraquecida sem uma validação externa que seja inequívoca.
O
Papel do Medo na Repressão
Esse
medo pode estar reprimindo a capacidade do ego de aceitar as mensagens como
válidas, gerando um conflito interno. O ego acredita que uma resposta clara e
personalizada eliminaria as dúvidas e reforçaria sua segurança e convicção.
Busca
por Convicção e Alívio
O
sujeito não transfere a responsabilidade para Deus, mas busca uma aliança mais
concreta. A resposta personalizada seria uma forma de reduzir a ansiedade e o
medo, permitindo que o ego sinta que está alinhado com o desejo de Deus e com o
próprio desejo de sair da empresa.
Superação
do Medo
Para
superar esse medo, o ego precisaria:
Reconhecer
a dúvida como um mecanismo natural da mente ao lidar com incertezas.
Trabalhar
na construção de uma confiança interna, aceitando que as mensagens pregadas
podem ser aplicadas mesmo sem um formato específico.
Reavaliar
se o desejo de sair da empresa já é, por si só, um sinal de que o ego está
conectado com sua intuição e alinhado com sua fé.
O
desejo de uma resposta específica surge como uma tentativa do ego de superar o
medo e alcançar convicção. No entanto, esse processo também revela a
importância de o ego trabalhar na aceitação das incertezas e na construção de
segurança interior, independentemente do formato pelo qual as respostas divinas
possam se manifestar.
Possíveis
Sentimentos do Sujeito:
Frustração
O
ego, ao não receber a resposta esperada, pode sentir-se frustrado por ter
investido fé e esperança em um método específico. Isso pode levar a uma
sensação de desamparo ou a pensamentos de que talvez a sua oração não tenha
sido ouvida.
Dúvida
e Insegurança
A
ausência da resposta desejada pode fazer o sujeito questionar:
“Será
que Deus está comigo?”
“Será
que meu desejo de sair da empresa é realmente legítimo aos olhos de Deus?”
Essas
dúvidas podem abalar a confiança na própria fé e no desejo de mudança.
Sentimento
de Rejeição ou Desaprovação
O
superego pode interpretar a ausência da resposta como uma reprovação divina,
levando o ego a se sentir inadequado ou pecaminoso, como se estivesse sendo
julgado por Deus.
Resiliência
e Reflexão
Por
outro lado, dependendo da força do ego, o sujeito pode usar essa experiência
para refletir:
“Talvez
Deus tenha outros meios de me orientar.”
“Talvez
a resposta já esteja em mim, e eu preciso agir com base no que já sei.”
Ansiedade
e Medo do Futuro
A
falta de uma resposta específica pode intensificar o medo do desconhecido,
deixando o sujeito paralisado e sem saber como agir.
Estratégias
para Lidar com a Ausência da Resposta:
Reinterpretar
a Situação
O
sujeito pode ser incentivado a ver as pregações no púlpito ou outras
circunstâncias como formas de Deus se comunicar, mesmo que não correspondam ao
método pedido.
Fortalecer
a Confiança Interna
Reconhecer
que o desejo de sair da empresa já é um indicativo de que algo precisa mudar, e
que a ação pode ser tomada com base na própria convicção.
Aceitar
a Ambiguidade
Entender
que a ausência de uma resposta no formato esperado não significa ausência de
resposta, mas sim um convite para confiar no processo e seguir em frente com
fé.
Se
Deus não responder da maneira esperada, o sujeito poderá se sentir perdido,
frustrado ou até rejeitado. No entanto, essa experiência também pode ser uma
oportunidade para o ego amadurecer, fortalecendo sua capacidade de lidar com a
incerteza, confiando na própria intuição e reconhecendo que o desejo de mudança
já é uma manifestação de alinhamento com sua fé e propósito.
A
não resposta de Deus na forma específica solicitada pode amplificar a
insegurança e o medo no sujeito, dificultando a tomada de decisão e
contribuindo para a permanência em um emprego desconfortável. Isso ocorre
porque o ego, já fragilizado pela incerteza e pelo medo, pode interpretar essa
ausência como falta de apoio ou validação divina, reforçando o estado de
paralisia.
Como
a Não Resposta Pode Impactar o Ego:
Aumento
da Insegurança
Sem
a confirmação explícita de Deus no formato esperado, o ego pode se sentir
desamparado e incapaz de confiar em sua própria capacidade de tomar decisões. A
crença de que a decisão pode ser errada sem o aval divino direto agrava a
sensação de vulnerabilidade.
Reforço
do Medo
O
medo de errar ou de enfrentar as consequências da mudança sem
"garantias" pode fazer com que o sujeito se retraia ainda mais. Isso
o mantém na situação desconfortável, já que o familiar, por mais desagradável
que seja, parece menos arriscado que o desconhecido.
Conformismo
pela Dúvida
A
ausência de resposta clara pode ser interpretada pelo superego como um sinal de
que Deus não concorda com o desejo de sair do emprego. Essa interpretação pode
levar o ego a aceitar a permanência como uma "obrigação moral" ou até
uma punição.
Desconforto
Prolongado
O
sujeito pode permanecer no emprego, mas em constante desconforto, sentindo que
está traindo seus próprios desejos. Esse conflito interno pode levar a
consequências psicológicas, como estresse, ansiedade ou até mesmo adoecimento
psicossomático.
Estratégias
para Mitigar os Efeitos Negativos:
Reavaliar
o Significado da Não Resposta
O
sujeito pode interpretar a ausência de resposta direta como um convite para
desenvolver autonomia e confiança interna, entendendo que Deus pode estar dando
espaço para que ele próprio tome a decisão.
Reconhecer
o Desejo como Legítimo
Trabalhar
na aceitação de que o desejo de sair do emprego já é legítimo e pode ser visto
como uma forma de inspiração divina. Deus pode estar agindo através do próprio
desejo do sujeito.
Buscar
Apoio e Orientação Prática
Além
da oração, o sujeito pode buscar conselhos com pessoas de confiança, como
mentores, líderes espirituais ou amigos, para explorar perspectivas sobre a
mudança.
Focar
no Planejamento
Mesmo
sem a resposta esperada, o sujeito pode começar a construir um plano concreto
para a transição, reduzindo o medo do desconhecido.
A
não resposta de Deus no formato solicitado pode, de fato, contribuir para a
insegurança e o medo, prolongando a permanência no emprego desconfortável. No
entanto, essa experiência também pode ser usada como um catalisador para o
crescimento pessoal, incentivando o sujeito a encontrar clareza e coragem
dentro de si mesmo, reinterpretando sua fé como um guia para a autonomia e a
ação prática.
Ao
ver as operadoras se demitindo do emprego atual que está, será que pode
perceber também que seu momento de sair do emprego se aproxima ao perceber que
o local está uma desorganização e ninguém se importa em reter os funcionarios.
Ao
observar operadoras se demitindo e a aparente desorganização no ambiente de
trabalho, o sujeito pode interpretar esses sinais como uma confirmação indireta
de que o momento de sair do emprego está se aproximando. Essa percepção pode
surgir da combinação de fatores externos (como a alta rotatividade de colegas)
e internos (o desconforto já existente com o trabalho).
Como
o Sujeito Pode Perceber Esses Sinais:
Identificação
com os Outros
Ver
outras pessoas deixando o trabalho pode gerar no sujeito um senso de
identificação:
"Se
elas estão saindo, talvez eu também deva considerar isso."
Esse
pensamento pode reforçar a ideia de que a insatisfação não é algo isolado, mas
um reflexo de problemas maiores na organização.
Reconhecimento
da Falta de Valor
A
desorganização e a falta de preocupação da empresa com a retenção de
funcionários podem ser percebidas como sinais de que o ambiente não valoriza
seus colaboradores. Isso pode validar o desejo do sujeito de procurar um lugar
onde se sinta mais respeitado e motivado.
Aumento
do Desconforto Psicológico
Ao
perceber que o ambiente está deteriorando, o ego pode sentir-se ainda mais
desconfortável, aumentando a pressão interna para agir. A permanência começa a
parecer mais insustentável, e o desejo de mudança se intensifica.
Senso
de Urgência
O
aumento das demissões e a ausência de medidas corretivas podem ser
interpretados como um "alerta" de que o momento de saída está
próximo. O sujeito pode pensar:
"Se
eu não sair agora, posso acabar preso em um lugar que só piora."
Psicanálise
e a Leitura do Contexto Externo:
Segundo
a abordagem psicanalítica, o sujeito está em constante interação com o ambiente
externo, que atua como um gatilho para o conflito interno entre os desejos do
id, a censura do superego e as decisões do ego. Nesse caso:
Id:
Impulsiona o desejo de sair para buscar um ambiente mais satisfatório.
Superego:
Pode censurar o desejo com preocupações morais ou de segurança.
Ego:
Avalia as condições externas (como a saída de colegas e a desorganização) e
tenta equilibrar as forças para decidir.
O
Que o Sujeito Pode Fazer:
Refletir
sobre os Sinais
O
sujeito pode usar a saída dos colegas como uma oportunidade para refletir:
"O
que me mantém aqui?"
"O
que eu realmente quero para minha vida profissional?"
Planejar
a Transição
Mesmo
percebendo que o momento de sair se aproxima, é importante que o ego elabore um
plano prático e realista para a transição, diminuindo o impacto da mudança.
Buscar
Confirmação Interna
O
sujeito pode trabalhar para fortalecer a confiança em sua própria decisão,
interpretando os sinais externos como apenas uma das várias validações para seu
desejo de mudança.
Sim,
a saída de operadoras e a desorganização no ambiente de trabalho podem ser
percebidas pelo sujeito como sinais de que o momento de deixar o emprego está
se aproximando. Esses fatores externos podem validar e reforçar o desejo do ego
de buscar um ambiente mais alinhado com seus valores e expectativas, ao mesmo
tempo em que servem como catalisadores para superar o medo e a insegurança.
Comentários
Postar um comentário