Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo destaca para o leitor sobre o tema maturidade profissional,
pois a maturidade profissional é um estado de espírito que muitas pessoas
sequer imaginam que estão buscando, mas que pode lhes levar para níveis cada
vez mais altos em suas profissões. Trabalhar pode ser uma ótima ou uma terrível
experiência para muitas pessoas.
A
satisfação neste tipo de empreitada depende de inúmeros fatores, exemplo, o
ambiente de trabalho, os colegas, o cargo a ser exercido, a experiência e até
mesmo questões particulares do indivíduo. Enquanto alguns se contentam com sua
rotina, outros fazem questão de encontrar problemas sem solução nela, e neste
quesito, a maturidade profissional pode pesar.
Mas
afinal, o que seria a maturidade profissional? Este termo que vem sendo cada vez
mais utilizado no mundo dos negócios pode mudar a vida de muitos. Ele se configura
como uma fase na carreira que mostra quando uma pessoa se sente verdadeiramente
realizada em sua profissão, bem como preparada para enfrentar quaisquer
desafios que possam surgir. Por meio da maturidade profissional, é possível
reconhecer as vitórias quando são merecidas, e saber lidar com os tropeços
inevitáveis na trajetória.
Diante
de uma rotina intensa, este estado de espírito pode ser uma força motriz. Neste
sentido, existem alguns comportamentos capazes de mostrar se alguém já atingiu
este nível ou não, bem como os impactos disso em sua carreira. Outro ponto
importante nesta busca é entender que a maturidade não está necessariamente
relacionada à idade.
Isso
pode ajudar, por exemplo, a aferir não apenas seu comportamento, mas também o
dos colegas de trabalho. O tempo de carreira não define a maturidade
profissional de alguém, mas sim suas ações. Independentemente da idade de
alguém, é recomendado trabalhar a autoconfiança. [...] Esse medo marcará
nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo,
“portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e
esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Seja
qual for sua experiência, algumas decisões devem ser tomadas apenas por você, e
para isso, é necessário ter uma boa dose de confiança em si mesmo. Porém, cuidado
para não exagerar, pois, a soberba não se adéqua a nenhuma área da vida.
Compreensão e comportamento é que durante a rotina de trabalho, é preciso
entender que existem momentos e momentos. Enquanto alguns pedem mais
assertividade, outros podem ser mais descontraídos.
Saber
lidar com estas situações prova grande melhoria durante a caminhada em uma
carreira. Um bom profissional deve aprender a valorizar o seu próprio trabalho.
Seu conhecimento e as horas investidas em uma tarefa, uma pesquisa ou uma
descoberta valem ouro, e este comportamento pode alterar a forma como muitos se
relacionam com suas tarefas.
Afinal,
ao dar a devida importância a algo, o responsável por esta ação automaticamente
deve se beneficiar disso. Mas, será que existe alguma forma de valorizar um
trabalho que traga insatisfação? Esta consciência e aceitação também deve
incluir outras pessoas. É importante entender que outros profissionais também
fazem parte de seu ambiente de trabalho, e assim como você, estão aprendendo a
criar maturidade profissional. [...] Freud no seu texto “Recordar
repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da
compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado
esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto
mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou
o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
A
diversidade de pensamentos, opiniões e imperfeições alheias deve ser trabalhada
com paciência. Profissionais não são robôs e sofrer certa angustia no ambiente
de trabalho não é algo incomum, até mesmo quando as tarefas não são tão
adversas.
Contudo,
é preciso aprender a usar isso ao seu favor, melhorando ainda mais sua
performance. Esta atitude inclui entender que funcionários não são máquinas
perfeitas. Em certos momentos, é preciso descansar, algo que pode melhorar o
rendimento e o relacionamento com o que exerce.
Saúde
mental valorizada e assim como no tópico anterior, alcançar a maturidade
profissional também implica em trabalhar na saúde física e mental. É essencial reconhecer
o próprio bem-estar, entendendo que o corpo e a mente devem estar bem o
suficiente para que sua função faça sentido.
Desta
forma, é possível abrir ainda mais as possibilidades para a realização de uma
boa tarefa. Entretanto se sua ocupação não lhe traz apreciação é bem provável
que sua saúde física e mental está correndo risco de adoecimento.
Capacidade
de tomar decisões, pois profissionais que são capazes de tomar decisões com
assertividade alcançam a maturidade profissional muito mais rápido do que outros.
O motivo é simples, ao sentir segurança em um momento de decisões importantes,
o momento torna-se um forte indicativo de que o indivíduo está consciente de
suas ações e consequências. [...] Em sua obra “Além do Princípio do
Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do
passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos
instintuais que foram reprimidos.
No
geral, porém, ter esta capacidade é fundamental em qualquer área da vida. Agora
pense comigo um operador de caixa tem a capacidade de tomar decisões no
exercício de sua função? É lógico que não porque seu trabalho é de um autômato,
alienado ao registrar itens no leitor de código de barras e consultar o
pagamento final na tela do computador, por tanto não exige a capacidade de
decidir sobre nada. Mas, como alcançar a maturidade profissional se um
indivíduo está sempre realizando ocupações das quais lhe traz insatisfações?
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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