Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um
psicólogo já não busca com frequência vagas de emprego na área da psicologia. O
que aponta esse comportamento?
Na
perspectiva psicanalítica, o comportamento de um psicólogo que não busca
frequentemente vaga de emprego na área pode ser interpretado através de
diferentes conceitos psicanalíticos. Vamos explorar algumas possíveis
interpretações:
Princípio
do Prazer e Princípio da Realidade:
O
Princípio do Prazer refere-se ao desejo de obter gratificação imediata e evitar
o desconforto.
O
Princípio da Realidade envolve lidar com o mundo real, aceitando limitações e
atrasando a gratificação quando necessário.
Se
o psicólogo não busca ativamente vagas de emprego, pode indicar uma resistência
inconsciente em lidar com as demandas e desafios da realidade, preferindo
manter-se em uma situação confortável ou familiar, mesmo que isso signifique
adiar o avanço profissional.
Mecanismos
de Defesa:
Mecanismos
de defesa são estratégias psicológicas inconscientes para proteger o ego do
estresse e da ansiedade.
A
negação é um exemplo, onde aspectos da realidade são rejeitados ou minimizados.
E outros mecanismos de defesa influenciando o comportamento do psicólogo.
A
falta de busca ativa por emprego pode ser uma forma de negação, onde o
psicólogo evita conscientemente ou inconscientemente lidar com a necessidade de
mudança ou enfrentar desafios profissionais.
Transferência
e Contratransferência:
Transferência
refere-se à projeção de emoções do passado para outras pessoas ou situações.
Contratransferência
é a resposta do terapeuta a essa projeção.
Se
o psicólogo teve experiências negativas no passado relacionadas ao emprego na
área da psicologia, isso pode influenciar sua relutância em buscar novas
oportunidades. Pode haver uma transferência de emoções não resolvidas para as
situações de emprego.
Complexo
de Inferioridade:
O
complexo de inferioridade, proposto por Alfred Adler, envolve sentimentos de
inadequação e incapacidade.
A
pessoa pode evitar situações que exacerbem esses sentimentos.
Se
o psicólogo não busca ativamente emprego, pode refletir um complexo de
inferioridade, onde ele evita expor-se a avaliações externas que poderiam
desencadear sentimentos de inadequação.
Essas
interpretações são especulativas e baseadas em princípios psicanalíticos. Vale
ressaltar que diferentes abordagens psicológicas podem oferecer perspectivas
alternativas sobre esse comportamento. Além disso, o entendimento psicanalítico
é apenas uma entre várias lentes teóricas para analisar o comportamento humano.
Continuando
a exploração psicanalítica do comportamento do psicólogo que não busca
ativamente vagas de emprego na área, podemos considerar mais alguns elementos:
Estágios
do Desenvolvimento Psicossexual (Freud):
Freud
propôs que o desenvolvimento psicossexual ocorre em estágios, como oral, anal,
fálico, latência e genital.
Problemas
não resolvidos em estágios anteriores podem afetar o comportamento adulto.
Se
o psicólogo enfrentou dificuldades em estágios anteriores de sua vida ou
carreira, isso pode influenciar seu comportamento atual. Por exemplo, uma
experiência negativa na fase fálica (relacionada à busca de identidade e
desenvolvimento da sexualidade) pode se refletir em dificuldades na busca de
emprego.
Inconsciente
Coletivo (Jung):
Jung
introduziu o conceito de inconsciente coletivo, que contém elementos
compartilhados por toda a humanidade, como arquétipos.
Símbolos
universais podem influenciar o comportamento.
Pode
ser que o psicólogo esteja influenciado por arquétipos ou símbolos relacionados
ao trabalho e ao emprego, o que pode afetar suas atitudes inconscientes em
relação à busca de emprego.
Dinâmica
de Grupo (Bion):
Bion
explorou a dinâmica de grupos e o papel dos processos inconscientes nesses
contextos.
O
grupo pode servir como um campo para expressar e projetar questões individuais.
Se
o psicólogo está envolvido em grupos profissionais ou de colegas, as dinâmicas
de grupo podem influenciar sua atitude em relação à busca de emprego. Pode
haver medos inconscientes de rejeição ou competição que afetam seu
comportamento.
Culpa
e Superego (Freud):
O
superego representa a moral internalizada e pode resultar em sentimentos de
culpa.
A
busca de emprego pode desencadear sentimentos de inadequação ou culpa.
Se
o psicólogo associa a busca de emprego a violações do superego, como a
autopromoção, isso pode gerar resistência inconsciente.
É
importante ressaltar que a análise psicanalítica é interpretativa e subjetiva.
Cada indivíduo é único, e a psicanálise é apenas uma abordagem entre muitas
para entender o comportamento humano. Fatores contextuais, sociais e cognitivos
também desempenham papéis significativos na compreensão do comportamento de um
psicólogo em relação à busca de emprego.
Certamente,
podemos explorar mais algumas perspectivas psicanalíticas para entender o
comportamento do psicólogo que não busca ativamente vagas de emprego na área:
Conflitos
Inconscientes:
A
psicanálise sugere que muitos comportamentos são influenciados por conflitos
inconscientes entre impulsos e mecanismos de defesa.
A
resistência em buscar emprego pode ser uma manifestação de um conflito entre o
desejo de progresso profissional e a ansiedade associada a essa mudança.
Papéis
de Gênero (Freud e Feministas Psicanalíticas):
Freud
explorou ideias sobre identidade de gênero e complexos de Édipo e Electra.
Perspectivas
feministas na psicanálise destacaram como as expectativas de gênero podem
influenciar o comportamento.
O
psicólogo pode estar enfrentando desafios relacionados às expectativas sociais
de gênero na busca de emprego, o que pode influenciar suas escolhas e
resistências.
Introversão
e Extroversão (Jung):
Jung
propôs os conceitos de introversão e extroversão, sugerindo que essas
características influenciam a forma como as pessoas se relacionam com o mundo
externo.
Um
psicólogo mais introvertido pode ter uma abordagem diferente na busca de
emprego em comparação com alguém mais extrovertido.
A
preferência de introversão pode levar a estratégias mais passivas na busca de
emprego, como a espera por oportunidades surgirem, em vez de uma abordagem
proativa.
Memórias
e Traumas Relacionados ao Trabalho:
Experiências
passadas traumáticas ou negativas no ambiente de trabalho podem influenciar o
comportamento atual.
Memórias
de desafios profissionais anteriores podem criar resistência à procura ativa de
emprego.
A
psicanálise sugere que traumas não resolvidos podem se manifestar no presente,
influenciando a atitude em relação ao trabalho e à busca de emprego.
Ao
considerar essas perspectivas, é crucial lembrar que a psicanálise é uma
abordagem teórica complexa e interpretativa. O comportamento humano é
multifacetado, e várias influências podem moldar as escolhas de um indivíduo.
Além disso, uma abordagem integrativa, considerando também aspectos cognitivos,
comportamentais e sociais, pode fornecer uma compreensão mais abrangente do
comportamento do psicólogo em questão.
Vamos
explorar mais algumas perspectivas psicanalíticas que podem fornecer insights
sobre o comportamento do psicólogo que não busca ativamente vagas de emprego na
área:
Resistência
à Mudança (Freud):
Freud
introduziu o conceito de resistência como uma defesa contra ideias
perturbadoras ou conflitos inconscientes.
A
busca de emprego pode representar uma mudança significativa, e a resistência
pode surgir como uma forma de evitar confrontar desconfortos ou ansiedades
associadas a essa mudança.
Identificação
e Modelagem (Freud e Klein):
A
identificação é o processo de incorporar características de outras pessoas.
Se
o psicólogo teve modelos negativos de busca de emprego ou experiências ruins
nessa área, ele pode internalizar esses padrões e resistir a seguir um caminho
diferente.
Fantasias
Inconscientes sobre o Trabalho (Klein):
Melanie
Klein explorou as fantasias inconscientes presentes nas relações interpessoais.
Fantasias
relacionadas ao trabalho, como medos de falha, críticas ou competição, podem
influenciar a disposição do psicólogo para buscar emprego ativamente.
Recalque
(Freud):
O
recalque envolve a supressão de pensamentos ou desejos inaceitáveis para a
consciência.
O
psicólogo pode estar reprimindo desejos ou aspirações relacionados à carreira
que, quando trazidos à tona, podem causar ansiedade.
Comportamento
Auto-Sabotador (Fenichel):
Auto-sabotagem
refere-se a comportamentos que impedem o próprio sucesso.
A
falta de busca ativa por emprego pode ser uma forma de auto-sabotagem,
possivelmente relacionada a sentimentos de inadequação ou medo do sucesso.
Análise
dos Sonhos (Freud):
Freud
acreditava que os sonhos continham elementos do inconsciente.
Explorar
os sonhos do psicólogo pode revelar desejos, medos ou conflitos relacionados à
carreira.
Ao
examinar o comportamento do psicólogo à luz desses conceitos psicanalíticos, é
importante reconhecer a complexidade da psique humana e que várias influências
podem interagir para moldar o comportamento. Além disso, a integração de
abordagens complementares, como a cognitivo-comportamental ou a humanista, pode
fornecer uma compreensão mais completa e aplicável ao contexto específico do
indivíduo.
Certamente,
vamos explorar algumas perspectivas adicionais no contexto da psicanálise para
compreender o comportamento do psicólogo que não busca ativamente emprego na
área:
Transferência
Negativa:
A
transferência envolve a projeção de emoções e sentimentos passados para figuras
atuais.
Se
o psicólogo teve experiências negativas em ambientes de trabalho anteriores,
pode transferir essas emoções para a ideia de procurar novas oportunidades de
emprego, criando resistência.
Conceito
de Self (Kohut):
Kohut
destacou a importância do desenvolvimento saudável do self e a busca por
gratificação de necessidades psicológicas básicas.
Se
o psicólogo está satisfeito em outros aspectos da vida, pode haver menos
motivação para buscar ativamente emprego, especialmente se o trabalho não for
percebido como uma fonte significativa de gratificação.
Estágio
de Desenvolvimento Profissional (Erikson):
Erikson
propôs estágios de desenvolvimento ao longo da vida, cada um com suas crises
psicossociais.
Se
o psicólogo estiver enfrentando uma crise relacionada à identidade
profissional, pode manifestar-se na falta de busca ativa por emprego.
Avaliação
do Valor Pessoal (Rogers):
A
teoria centrada na pessoa de Carl Rogers enfatiza a importância da congruência
entre o self real e o self ideal.
Se
o psicólogo percebe uma desconexão entre suas habilidades, interesses e o que é
valorizado em seu campo profissional, pode hesitar em procurar emprego
ativamente.
Projeção
(Melanie Klein):
Melanie
Klein explorou a projeção de emoções internas em objetos externos.
Se
o psicólogo tem sentimentos não resolvidos sobre o trabalho ou a busca de
emprego, pode projetá-los na atividade de procurar trabalho, criando
resistência.
Ansiedade
de Separação (Bowlby):
O
conceito de Bowlby sobre a ansiedade de separação na infância pode ser
extrapolado para a vida adulta.
Buscar
emprego pode ser visto como uma separação de ambientes conhecidos, e a
ansiedade associada a essa separação pode resultar na falta de iniciativa na
procura de trabalho.
Essas
interpretações psicanalíticas são abstrações teóricas e não devem ser
consideradas como diagnósticos ou análises definitivas de um indivíduo
específico. O comportamento humano é complexo e multifacetado, e uma avaliação
completa deve considerar várias influências e contextos. Além disso, abordagens
terapêuticas práticas podem ser mais úteis para compreender as questões
específicas enfrentadas pelo psicólogo em questão.
Narcisismo
(Freud e Kohut):
Freud
e Kohut abordaram o conceito de narcisismo, referindo-se ao amor próprio e ao
investimento nas próprias características.
O
psicólogo pode estar satisfeito com seu estado atual, encontrando gratificação
em outras áreas da vida que não envolvem busca ativa de emprego.
Angústia
de Castração (Freud):
A
angústia de castração é um conceito freudiano relacionado a temores de perda de
algo valioso.
A
busca de emprego pode simbolicamente representar uma ameaça à estabilidade ou
status atual, desencadeando angústia.
Motivação
Inconsciente (Maslow):
Abraham
Maslow propôs uma hierarquia de necessidades, desde as mais básicas até as mais
elevadas.
Se
as necessidades básicas do psicólogo estão satisfeitas em sua situação atual, a
motivação para buscar emprego pode ser reduzida.
Inconsciente
Cultural (Fanon e Freire):
Autores
como Frantz Fanon e Paulo Freire exploraram questões de opressão e
conscientização cultural.
Se
o psicólogo internalizou estigmas culturais ou experiências de discriminação no
contexto profissional, isso pode impactar a busca ativa de emprego.
Competência
Percebida (Bandura):
Albert
Bandura destacou a importância da competência percebida na tomada de decisões.
Se
o psicólogo duvida de suas habilidades ou se percebe como inadequado para
certos papéis, pode evitar a busca ativa de emprego para evitar confrontar
essas dúvidas.
Desejo
de Segurança (Horney):
Karen
Horney discutiu a busca por segurança como uma das principais motivações
humanas.
A
busca de emprego pode representar uma ameaça à sensação de segurança,
especialmente se houver preocupações financeiras ou medo do desconhecido.
Essas
interpretações continuam a ilustrar como diferentes conceitos psicanalíticos
podem ser aplicados para entender o comportamento complexo do psicólogo em
relação à busca de emprego. Cabe ressaltar que essas análises são especulativas
e teóricas, e a aplicação prática de estratégias terapêuticas específicas seria
mais apropriada para lidar com questões individuais. O entendimento profundo de
um indivíduo requer uma abordagem holística e integrativa que considere várias
influências internas e externas.
Internalização
de Normas Sociais (Durkheim e Freud):
Émile
Durkheim e Freud exploraram como as normas sociais são internalizadas.
O
psicólogo pode internalizar normas que valorizam a estabilidade e resistir à
mudança, influenciando sua atitude em relação à busca de emprego.
Papel
da Relação Terapêutica (Winnicott):
Donald
Winnicott destacou a importância da relação terapêutica no desenvolvimento
emocional.
Se
o psicólogo encontra satisfação emocional significativa na prática atual, isso
pode criar resistência à busca de emprego em outras áreas.
Ciclos
de Autossabotagem (Kohut e Malan):
Kohut
falou sobre autossabotagem como resultado de falhas na formação do self.
Se
o psicólogo teve experiências anteriores de autossabotagem, pode relutar em se
envolver em atividades que considera arriscadas, como procurar emprego
ativamente.
Teoria
do Estresse (Selye):
Hans
Selye desenvolveu a teoria do estresse, explorando a resposta do organismo a
estímulos externos.
A
busca ativa de emprego pode ser percebida como uma fonte de estresse, levando a
uma resistência inconsciente para evitar essa tensão.
Inconsciente
Coletivo e Arquétipos (Jung):
Jung
introduziu o conceito de inconsciente coletivo, que inclui arquétipos
universais.
Arquétipos
relacionados ao trabalho, como o "herói" que busca novas aventuras
profissionais, podem influenciar o comportamento do psicólogo.
Perfeccionismo
(Ferenczi e Freud):
Sándor
Ferenczi e Freud discutiram o perfeccionismo como um mecanismo de defesa.
Se
o psicólogo tem padrões perfeccionistas que acredita não conseguir atender em
um novo ambiente de trabalho, isso pode resultar em resistência.
Memória
de Trauma (van der Kolk):
Bessel
van der Kolk explorou como o trauma pode afetar a memória e o comportamento.
Se
o psicólogo teve experiências traumáticas no contexto profissional, a busca de
emprego pode desencadear memórias dolorosas e resistência.
Essas
considerações adicionais continuam a destacar a complexidade das dinâmicas
psíquicas que podem influenciar a busca de emprego do psicólogo. Abordar esses
aspectos requer uma análise cuidadosa e uma abordagem terapêutica personalizada
que leve em consideração o contexto específico da vida e da história do
indivíduo.
Identificação
com Figuras de Autoridade (Freud):
Freud
discutiu o conceito de identificação, que envolve a internalização de
características de figuras de autoridade.
Se
o psicólogo teve figuras de autoridade na área da psicologia que não seguiram
caminhos tradicionais de carreira, isso pode influenciar sua própria disposição
em buscar ativamente emprego.
Teoria
do Apego (Bowlby):
John
Bowlby desenvolveu a teoria do apego, enfatizando a importância das relações
emocionais na infância.
Se
o psicólogo tem uma forte ligação emocional com sua situação atual, isso pode
criar uma resistência inconsciente à busca de emprego, pois a mudança é
percebida como uma ameaça ao apego emocional.
Consciência
Social (Fromm):
Erich
Fromm explorou a consciência social e a influência das estruturas sociais nas
escolhas individuais.
O
psicólogo pode ser influenciado por normas sociais que valorizam a estabilidade
e resistem à mudança, afetando sua disposição para buscar emprego ativamente.
Complexo
de Inferioridade (Adler):
Alfred
Adler introduziu o conceito de complexo de inferioridade, sugerindo que as
pessoas buscam superar sentimentos de inadequação.
Se
o psicólogo percebe a busca de emprego como uma ameaça ao seu senso de
competência, pode resistir a essa mudança.
Reações
ao Luto (Kübler-Ross):
Elisabeth
Kübler-Ross identificou estágios de reações ao luto, que podem se aplicar a
várias mudanças na vida.
A
busca de emprego pode representar uma perda simbólica, desencadeando estágios
de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
Relações
de Objeto (Fairbairn):
Ronald
Fairbairn explorou as relações de objeto, focando na internalização de
representações mentais de outras pessoas.
Se
o psicólogo internalizou modelos de carreira negativos ou experiências
traumáticas de outros profissionais, isso pode afetar sua disposição para
buscar emprego ativamente.
Ciclos
de Repetição (Freud e Ferenczi):
Freud
e Ferenczi discutiram como padrões inconscientes podem se repetir na vida de
uma pessoa.
Se
o psicólogo teve ciclos repetitivos de desafios no trabalho, pode resistir à
busca de emprego ativamente para evitar a repetição desses padrões.
Essas
perspectivas adicionais ampliam ainda mais a compreensão das possíveis
dinâmicas psicanalíticas que podem influenciar o comportamento do psicólogo em
relação à busca de emprego. Como sempre, uma avaliação holística e
colaborativa, talvez através de uma abordagem terapêutica, é fundamental para
entender a complexidade única de sua situação individual.
Dinâmica
Familiar (Bowen):
Murray
Bowen desenvolveu a teoria dos sistemas familiares, explorando a dinâmica entre
membros familiares.
A
resistência do psicólogo à busca de emprego pode ser influenciada por dinâmicas
familiares, como expectativas não ditas ou padrões estabelecidos.
Complexo
de Eleição (Jung):
Jung
propôs o conceito de complexo de eleição, relacionado à escolha consciente ou
inconsciente de um destino.
O
psicólogo pode estar agindo de acordo com um complexo de eleição, escolhendo
permanecer na situação atual por razões profundas e muitas vezes inconscientes.
Crenças
Limitantes (Ellis e Beck):
Albert
Ellis e Aaron Beck desenvolveram terapias cognitivas, destacando o papel das
crenças na emoção e comportamento.
Crenças
limitantes sobre as próprias habilidades ou o mercado de trabalho podem
contribuir para a resistência do psicólogo à busca ativa de emprego.
Mitos
e Narrativas Pessoais (Narratologia):
A
narratologia explora como as pessoas constroem narrativas pessoais para dar
significado às suas vidas.
O
psicólogo pode ter internalizado uma narrativa que favorece a estabilidade e
resistência à mudança, influenciando suas escolhas de carreira.
Autoconceito
(Rogers):
Carl
Rogers enfatizou a importância do autoconceito na saúde mental.
Se
o psicólogo tem um autoconceito ligado à sua posição atual, ele pode resistir a
buscar emprego ativamente para evitar confrontar mudanças na percepção de si
mesmo.
Fatores
de Estigma (Goffman):
Erving
Goffman discutiu o estigma social e como as pessoas gerenciam informações que
podem ser estigmatizantes.
O
psicólogo pode resistir à busca de emprego devido ao medo de ser estigmatizado
ou julgado por outros profissionais.
Ao
integrar essas perspectivas adicionais, podemos ter uma visão ainda mais
abrangente das influências psicanalíticas que podem moldar o comportamento do
psicólogo em relação à busca de emprego. Como sempre, o entendimento dessas
dinâmicas é um processo complexo que se beneficiaria de uma abordagem
terapêutica individualizada e colaborativa.
Inércia
Psicológica (Kegan):
Robert
Kegan explorou a ideia de inércia psicológica, sugerindo que as pessoas podem
resistir a mudanças mesmo quando desejam avançar.
A
inércia psicológica pode ser um fator contribuinte à resistência do psicólogo
em buscar ativamente emprego, apesar do desejo potencial de mudança.
Desilusão
Profissional (Freud e Winnicott):
Desilusões
profissionais passadas podem deixar marcas emocionais profundas.
Se
o psicólogo experimentou decepções significativas no passado relacionadas ao
trabalho, isso pode afetar sua disposição para buscar novas oportunidades.
Autonomia
e Dependência (Horney):
Karen
Horney abordou questões de autonomia e dependência nas relações humanas.
O
psicólogo pode resistir à busca de emprego ativo se isso implicar uma transição
de uma posição de dependência para uma maior autonomia, gerando ansiedade.
Efeito
Zeigarnik (Zeigarnik):
A
psicóloga Bluma Zeigarnik introduziu o efeito Zeigarnik, destacando que as
pessoas tendem a lembrar tarefas incompletas com mais frequência do que as
concluídas.
O
psicólogo pode resistir à busca de emprego ativo se perceber a transição como
uma tarefa inacabada, desencadeando a lembrança constante dessa pendência.
Estigma
do Desemprego (Link e Phelan):
Link
e Phelan desenvolveram a teoria do estigma, explicando como a sociedade
estigmatiza certas condições.
O
estigma associado ao desemprego pode influenciar o psicólogo a evitar
ativamente a busca por emprego devido ao medo do julgamento social.
Medo
do Fracasso (Ariely):
Dan
Ariely explorou o impacto do medo do fracasso nas escolhas humanas.
Se
o psicólogo teme que a busca ativa de emprego resulte em falha, pode resistir a
essa ação para evitar a possível confirmação desse medo.
Autenticidade
e Autenticidade Reivindicada (Kierkegaard):
Søren
Kierkegaard discutiu a importância da autenticidade na vida humana.
A
busca de emprego ativo pode ser vista como uma expressão da autenticidade, e a
resistência pode surgir se o psicólogo não se sente alinhado autenticamente com
esse caminho.
Terror
da Liberdade (Fromm):
Erich
Fromm introduziu o conceito de "terror da liberdade", referindo-se ao
medo da responsabilidade e da escolha.
A
busca ativa de emprego pode ser percebida como uma expressão dessa liberdade, e
a resistência pode ser uma reação ao medo associado a essa liberdade.
Essas
perspectivas finais continuam a destacar a complexidade do comportamento do
psicólogo em relação à busca de emprego, sugerindo uma interação intrincada de
fatores psicológicos, sociais e emocionais. Abordar essas questões de maneira
terapêutica e reflexiva pode ser fundamental para entender e superar as
resistências presentes.
Apego
ao Conhecido (Ferenczi):
Ferenczi
explorou a resistência à mudança e a preferência pelo conhecido.
O
psicólogo pode resistir à busca de emprego ativo devido a uma inclinação
natural para permanecer em ambientes familiares, mesmo que não sejam os mais
satisfatórios.
Hedonismo
Psicológico (Kahneman e Tversky):
Daniel
Kahneman e Amos Tversky introduziram o conceito de hedonismo psicológico,
sugerindo que as pessoas buscam minimizar o desconforto emocional.
A
busca ativa de emprego pode ser percebida como uma ameaça ao hedonismo
psicológico, aumentando o desconforto emocional e levando à resistência.
Teoria
da Realidade Psíquica (Winnicott):
Winnicott
propôs a teoria da realidade psíquica, sugerindo que as pessoas criam uma
realidade psíquica que pode ser diferente da realidade objetiva.
Se
a realidade psíquica do psicólogo está confortável em sua situação atual, ele
pode resistir a enfrentar a realidade objetiva de buscar novas oportunidades.
Desejo
de Estabilidade (Murray):
Henry
Murray discutiu o desejo humano de estabilidade e previsibilidade.
O
psicólogo pode resistir à busca ativa de emprego se o desejo de estabilidade
superar o desejo de explorar novas oportunidades.
Nostalgia
Profissional (Anderson e van Esch):
Estudos
sugerem que as pessoas podem ter uma "nostalgia profissional" ao
lembrar positivamente de experiências passadas de trabalho.
O
psicólogo pode resistir à busca de emprego ativo devido a uma idealização das
experiências passadas em comparação com o desconhecido futuro profissional.
Ambivalência
em Relação à Autonomia (Baumeister):
Baumeister
explorou a ambivalência em relação à autonomia, sugerindo que as pessoas podem
desejar autonomia, mas também temer suas consequências.
O
psicólogo pode resistir à busca de emprego ativo devido à ambivalência em
relação à autonomia profissional e suas implicações.
Ciclos
de Autonegação (Kohut):
Kohut
abordou a autonegação como um mecanismo de defesa para manter a coesão do self.
O
psicólogo pode resistir à busca de emprego ativo se isso for percebido como uma
forma de autonegação, ameaçando a coesão do self existente.
Cada
uma dessas perspectivas adicionais oferece um ângulo único para entender as
complexidades subjacentes ao comportamento do psicólogo em relação à busca de
emprego. A integração dessas abordagens pode ser valiosa para desenvolver
estratégias terapêuticas específicas que ajudem o psicólogo a lidar com as
resistências e avançar em sua trajetória profissional.
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