É um Processo De Autoconhecimento, De Olhar para O que Angustia E Pensar Junto, No Caso Com O Psicólogo, Como Você Chegou Neste Lugar. E O Que Você Faz Agora A Partir Desta Compreensão Sobre O Que Angustia E Quais Os Caminhos Para Demover-se Disso.
Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor a compreender o espaço circunscrito
por certos limites emocionais, ou o indivíduo que está impossibilitado de
deslocar-se de certa situação ou até de ultrapassar dados limites pontuais que
de repente pode ser um relacionamento, um casamento, um conflito organizacional,
uma ansiedade, a perda de vaga de trabalho, não conseguir sair fora das redes
sociais, permanecer na compulsão a repetição do vício e outros. [...] Freud
no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a
pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
Geralmente
o indivíduo não tem a intenção de parar e refletir sobre suas angustias e
situações adversas no momento, espera apenas que a ansiedade vá embora do mesmo
modo que surgiu, porém isto é impossível de acontecer ou até espera por um
milagre projetando por meio do mecanismo de defesa projeção a ansiedade
lançando sobre Deus para que o criador em tempo oportuno faça-a desaparecer num
estalar de dedos.
Ou
ainda por meio do mecanismo de defesa da fuga aqueles que não são cristãos,
tendem a escapar da angustia através de álcool, drogas, cigarro, sexo, celular,
jogos de vídeo game, brigas no trânsito, xingar os parentes/esposas dentre
outros. Mas, o que se deve fazer de fato que é procurar uma ajuda de um
profissional isto não é feito. Talvez não seja levado em consideração a
importância de um profissional com a percepção dessemelhante do indivíduo pelo
dispêndio da moeda a ser investida na resolução das queixas.
Agora
se o indivíduo procura por ajuda de Deus, ele se isenta do pagamento moeda e
vai investir o dinheiro em outras coisas que não trazem a solução esperada.
Alguns sujeitos desejam que Deus seja o seu psicólogo, ou melhor dizendo, que
os instrua e até solucione seus problemas sem que seja necessário alterar
alguma atitude ou comportamento na circunstância. O mesmo vale para as pessoas
que não seguem nenhuma religião, desejam um mentor em suas vidas que executem
as orientações transmitidas a elas, sem que elas façam algum esforço físico ou
emocional.
A
castração, enquanto imagem, fantasia, pensamento, é a primeira e mais forte
sensação de punição que o ser humano sente, e está aí a sua grande força. Agora
há uma visão clara de uma agressão ao seu próprio corpo, o que com certeza, até
mesmo em nós adultos, é capaz de gerar tamanha repressão que dói só de pensar.
Entenda
o simbolismo da imagem da castração com o significado à que está ligada,
significa separação, angustia, perda de amor, perda do trabalho, morte,
situação de perigo. A imagem da castração é apenas a fantasia pela qual a
criança/adulto personifica seu medo.
A
psicoterapia é um processo de autoconhecimento, a fim de observar a angustia e
pensar junto, com o psicólogo, como você chegou neste lugar que é capaz de
representar a angustia da castração, a condição de privação, o desemprego, o
cargo de psicólogo social que não chegou a ocupar por ter sido desclassificado
no processo seletivo, o conflito com alguém, perda de um objeto amado dentre
outros. E o que você faz agora a partir desta compreensão sobre a angustia/ e
ou ansiedade e quais os caminhos para demover-se desta angustia/situação.
Neste
exemplo, um candidato a uma vaga de emprego que foi desclassificado no processo
seletivo, inconscientemente por meio do mecanismo de defesa deslocamento da
raiva encerra, deslocando a raiva em si mesmo para superar o medo da perda da
vaga, pois não pode deslocar a sua agressividade em forma de violência física
ou verbal sobre os recrutadores, sobre o candidato que conquistou a vaga, sobre
seu criador Deus ao qual confiou exercendo fé e não conquistou a tão sonhada
vaga porque se tiver tal atitude sofrerá consequências graves com direito a ser
castigado. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34),
Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências
que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo
tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram
reprimidos.
O
sujeito é capaz de sonhar que está sendo atacado por um cachorro/ e ou que está
brincando com um cachorro de porte físico grande que causa intimidação com as
brincadeiras, o que representa que este adulto, desloca o medo de sofrer uma
possível retaliação de figuras como, o seu Deus, seus pais, sua esposa, seu
gestor/supervisor/recrutador [pela raiva que sente, contudo não pode expressar,
mas deve reprimi-la], no medo de que o cachorro morda seu braço/mão caracteriza
que pode perder o objeto ao qual investe energia libidinal no momento e com
isto tenta se defender de ser mordido, se afastando do cachorro a fim de
escapar do sofrimento físico que poderá sentir na pele se mordido pelo cão.
O
indivíduo poderá se sentir como que castrado, quando for proibido por alguém de
fazer determinada coisa, como exercer tal função em tal empresa, passar em um
concurso público, namorar com fulana, comprar um caro novo ou apartamento e o
que você pensar enquanto lê o texto. E o que muda? A forma como ele lidará com
os efeitos da castração da perda, como ele vai superar esta angústia/ privação
ou outras.
Continuando
no exemplo, como este sujeito chegou a este lugar de angustia, que representa a
perda da vaga no processo seletivo. Observando um sujeito desempregado, o que
influencia o candidato a procurar por trabalho no mercado de trabalho, podemos
citar algumas contrariedades como a ausência de manuseio em relação ao
dinheiro, a preocupação com as contas e alimentação, pagar aluguel e vestir-se,
a ociosidade involuntária que causa estresse, a não aplicação dos saberes em
relação a profissão, a falta de interação com colaboradores dentro do ambiente
organizacional, privação em desfrutar dos prazeres que o dinheiro proporciona e
o que você pensar agora que lê o artigo. Ponto este é o lugar de angustia deste
indivíduo, ou em outras palavras, foram essas contrariedades que encaminharam
esse indivíduo a chegar a este lugar de angustia.
E
o que este sujeito faz agora a partir desta compreensão sobre a angustia e
quais os caminhos para demover-se desta angustia? Em geral, as pessoas
medianamente saudáveis conseguem sublimar os efeitos deste complexo, significa
que conseguem superar perdas com maior resiliência; quando não conseguem as
coisas que desejam, são capazes de buscar por novos objetivos e desejos.
Todavia,
o indivíduo é capaz de se colocar na posição de não saber mesmo como deslocar-se
da situação pontual angustiante. Portanto deverá procurar por respostas/ e ou
objetos mais realistas, que possa apontar a conquista de modo que este objetivo
ao qual o candidato foi desclassificado indica que não era seu objeto [vaga de
emprego] realista no momento. Deste modo somos capazes de compreender que nem
todos os objetos desejados por nós será o objeto realista para desencostar-nos
da atual condição pontual.
Os
caminhos anteriormente seguidos pelo candidato a outras vagas no mercado de
trabalho a qual em todas foi desclassificado expressa claramente que eram os
seus desejos, embora não fosse os desejos realistas dos empregadores, talvez
buscasse na vaga a intenção de obter um salário melhor, uma condição favorável
melhor.
E
para os empregadores esse candidato estava fora dos padrões exigidos de
competências, habilidades, atitudes e saberes acadêmicos. E o que este sujeito
faz agora a partir desta compreensão sobre a angustia e quais os caminhos para
desprender-se desta compulsão a repetição sobre candidatar-se sempre as mesmas
vagas ofertadas pelo empregador na cidade a qual reside, e cidades ao redor de
sua região; uma vez que foi desprestigiado anteriormente?
Apreendemos
que estas instituições a qual o candidato tentou se reinserir não pertence a
realidade do candidato quanto ao seu campo de atuação profissional. Destarte o
candidato esperar ter desvelado, onde está a instituição real que aceitará o
candidato para o exercício de sua função.
Fica
a dica, para haver reinserção é necessário que o candidato depreenda que a vaga
ao qual se candidata, pertence ao primeiro, segundo ou terceiro setor do
mercado de trabalho? Observar se existe alguma instituição na sua cidade/ e ou
outra cidade da região a qual passou despercebido e não tenha se candidatado a
função para a qual deseja desempenhar.
Com
isto ainda permanece inconsciente por meio do mecanismo defesa recalque a fé e
esperança de atuar na profissão a qual se dedicou investindo energia libidinal,
tempo o que indigita acondicionar o pensamento, sentimento e comportamento na
crença da tríade cognitiva esperando que irrompa um milagre/ e ou possibilidade
para exercer a ocupação profissional.
Ou
será, que o candidato carece ter um olhar realista e interpretar que todos os
momentos favoráveis já se esgotaram, após ter participado nos processos
seletivos com eliminação da sua cidade e cidades da região e aceitar a
desistência e renuncia em manter-se na compulsão a repetição com a psuedo
esperança de que o desfecho seja descoincidente dos anteriores. Esta decisão
cabe ao candidato observar o quanto tem de energia libidinal, ou seja,
motivação intrínseca para mover-se e não aceitar a derrota. Será que vale a
pena demorar-se para despersuadir-se desta investida.
Este
candidato precisará observar no seu currículo sua experiência e saberes,
juntamente com o chamado na psicologia organizacional de [CHA] que indica as
competências, habilidades e atitudes. Encontramos também o chamado de Soft
Skills e competências socioemocionais evoluídas no candidato ao longo de sua profissão.
Já as soft skills se referem a aspectos mais subjetivos, ligados ao nosso
comportamento e ao relacionamento interpessoal.
É
o jeito como lidamos com as questões no trabalho e com as pessoas. Muita gente
não dá importância para isso, porém, cada vez mais, as soft skills passam a ser
valorizadas pelas empresas. Exemplo de Soft Skills como, resiliência; visão
estratégica; inovação; inteligência emocional; criatividade; proatividade;
capacidade de adaptação; facilidade na comunicação escrita; resolução de
problemas; senso crítico.
Mas,
o medo continuará ali, por mais que não pensemos nele. Apenas deslocamos a
angústia de sermos pegos e mutilados, para outras imagens, exemplo, sermos
presos, maltratados, agredidos, processados, recebermos uma multa ou uma
expulsão de campo, quebra no caixa ao manusear o dinheiro do cliente e
empregador resultando para si mesmo prejuízo salarial, atravessar o sinal
vermelho, não registrar itens do cliente e pagar a compra sendo punido
monetariamente, insistir na reinserção em subempregos, por tanto a base desta
angústia começou lá atrás, com o medo de ser castrado. [...] Esse medo
marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como
desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
A
imagem da castração é tão forte, que é incomum que um adulto se lembre dela e
irá ter fantasias com vários outros tipos de imagem. Um cão mordendo sua mão,
no sonho, por exemplo... os dedos sendo cortados... a análise simbólica.
Ao
compreender o medo de ser punido sendo castrado, é superado pela sublimação,
enfrentando o medo, e para isto é necessário introjetar uma visão mais realista
de si mesmo e do mundo voltando o olhar para dentro de si e enxergando ser
autoconfiante e dotado de potencial, competências, habilidades e atitudes a
serem exercidas em outros cargos.
E
aceitar o que se perdeu como a vaga no processo seletivo e o que não se pode
ter, como o cargo na instituição ao qual se candidatou; o carro que teve a
intenção de adquirir ou apto, a moça que não deseja namorar com você ou se
casar; o vestibular que não passou ou concurso público, a tão sonhada pós
graduação que não pode realizar dentre
outros e a partir de agora dar início ao processo de deslocamento da energia
raiva que antes era focada na angústia da perda para outros objetos.
Outro
exemplo, dois indivíduos entram em um relacionamento, onde ambos são cristãos e
tanto o homem quanto a mulher ambos estão divorciados, mas a parceira insiste
que praticar o sexo antes do casamento é pecado encaminhando a se sentir
culpada em todas as vezes que tem relação sexual com o seu suposto marido e
pressiona o homem para se casarem o mais rápido possível.
No
entanto o homem perde o emprego que é a sua fonte de renda e sustento e a
partir deste momento a mulher perde o interesse pela relação sexual e por meio
do sadomasoquismo impõe subjugando o parceiro que só fará sexo se ambos se
casarem encaminhando a conflitos no relacionamento com termino da relação, isto
significa, com perda, separação da relação.
Neste
caso a parceira puniu o parceiro por meio do mecanismo de defesa recusa, se
recusando-se a ter relação sexual antes do casamento por não considerar a importância
da castração perda de emprego na vida do futuro esposo, mas considerar apenas
importante para si com o objetivo de não desejar manter uma relação sexual com
um que indivíduo que ficou desempregado.
Ou
em outros termos, que está desprovido de sustento financeiro e não pode
oferecer as mínimas condições para efetuar um matrimonio que a libertasse da
culpa e suposta transgressão de praticar sexo antes do casamento na sua
consciência, em outros termos, a mulher tem um superego moral inflexível que a
levou a desistir do futuro marido por censurar suas ações de sexo, deslocando a
sua raiva por meio do mecanismo de defesa deslocamento sobre o futuro esposo
recusando-se a ter relação sexual e casar-se.
Como
o sujeito chegou neste lugar que é capaz de representar a angustia da perda do
sexo e consequentemente o casamento. A culpa da mulher por praticar sexo antes
de casar-se precisa ser tratada em psicoterapia, mas a mesma se recusava a
buscar ajuda de um profissional da saúde e apenas tem a percepção teológica de
estar em transgressão perante seu criador Deus, embora a mesma não conseguia
exercer controle sobre seus desejos sexuais por estar sendo dirigida pelo Id.
E
o fato do parceiro ser castrado com a perda do emprego, redirecionou-a tomar
ações disfuncionais e seus comportamentos geram conflitos na relação
desencadeando o rompimento da aliança levando o parceiro ao lugar de angustia
de castração das perdas de sexo e casamento, por causa da culpa da parceira e perda
do seu trabalho. Portanto foi desta forma que o homem chegou a este lugar de
angustia.
E
o que este indivíduo faz agora a partir desta compreensão sobre a angustia da
falta de sexo na sua vida, a privação do casamento e quais os caminhos para
demover-se desta angustia/situação. Este cristão tem duas opções ou reprimi o
desejo sexual ou avança em busca de outra parceira cristã que não observe o
sexo como uma transgressão e trabalhe a psicoterapia na relação sexual antes do
casamento como não sendo pecado com sujeição a punição.
Ou
exime-se de permanecer procurando por uma mulher madura, e permaneça sozinho se
masturbando nos momentos que tiver desejo sexual ou ainda que acione o
mecanismo de defesa sublimação, onde a energia libido é sublimada e este
sujeito tenha a ejaculação involuntária a noite enquanto dorme, nos momentos
que o organismo desejar liberar o desprazer acumulado ou sobrecarregado de
tensão por não ter contato físico com uma vagina.
Neste
exemplo, um candidato se candidata a tal vaga de operador de caixa, mas não tem
experiência na área e o recrutador oferece uma oportunidade de trabalho ao
candidato por expressar na entrevista a situação precária em que está inserido.
A organização tem a cultura da diversidade, onde contrata pessoas lgbt,
meia-idade, sem experiência, pcd e outros.
Entretanto
o candidato não observa que a necessidade de ter um trabalho, logo lhe causará
insatisfação com a função, uma vez que o candidato tem uma formação acadêmica
técnica e outras duas formações acadêmicas universitárias. O que não
descortinou na entrevista a fim de não ser desclassificado pelos saberes, pois
o trabalho exige o mínimo de conhecimento.
Este
candidato com 4 meses de empesa percebe que se sua missão valores e visão não
se encaixa com a cultura da organização que aplica constantemente punições para
manter seus colaboradores dentro das normas, devido aos comportamentos infantis
dos colaboradores que atuam dentro do mecanismo de regressão, regredindo a
atitudes infantis no momento que seus objetivos não alcançados, porém
bloqueados pela liderança.
O
candidato no ofício de operador de caixa compreende que a psicologia
comportamental é aplicada neste ambiente organizacional introduzindo reforço e
punição nos colaboradores em detrimento de seus comportamentos no ambiente.
Isto gera conflitos entre as figuras de autoridade a supervisão que o operador
percebe como figuras paternas rígidas/ e ou superegos paternos/maternos
inflexíveis. Mas também o ambiente proporciona proteção empregatícia, com
isenção de demissão se posicionar forçadamente para cumprir as regras escapando
de receber como recompensa a punição.
Os
colaboradores recebem punições no momento em que tentam usufruir de produtos
comestíveis que pertence ao estabelecimento sem autorização; deixam de
registrar itens comestíveis no leitor de barra para serem pagos pelo cliente.
Como
o candidato chegou novamente neste lugar que é capaz de reproduzir a insatisfação
por trabalhar em subempregos novamente. E o que é capaz de fazer agora a partir
desta compreensão sobre a percepção de que a missão, os valores e a visão que
tem para si se encontra em discordante e quais os caminhos para remover-se
desta angustia trabalhista.
O
candidato agora é capaz de assimilar que a cultura organizacional mostra como
as coisas são feitas dentro de uma empresa e envolve elementos visíveis e
invisíveis como os comportamentos observáveis, propósito, valores e
mentalidade. E cada pessoa, seja liderança ou não, acaba atuando como uma
representação simbólica do que a empresa é e quer ser.
E
a partir deste ponto apreender que as empresas as quais trabalhou tinham uma
cultura organizacional a qual por um determinado período ajustou sua postura
para se alinhar com a cultura da empresa, porém em determinado ponto
inconsciente foi aplicando a demissão silenciosa se desalinhando o que trouxe
como consequência a demissão por parte do empregador e também por parte do
próprio candidato.
É
o tipo de conta não palpável que chega no final do mês, mostrando um cenário
interno desfavorável, com equipes desmotivadas, e cobrando uma nova atitude em
busca de um desenvolvimento mais econômico e sustentável. É importante que as
empresas pensem nas emoções, pois elas colocam a gente em movimento constante.
Como você se conecta com o mundo? A cultura tem esse papel de criar pontes.
O
candidato consegue atinar que apenas na empresa multinacional ao qual ficou por
longo tempo havia da parte da psicologia organizacional, preocupação com as
emoções dos colaboradores. E nas outras empresas que considera subemprego, pois
exerceu função dessemelhante da sua formação interpreta que há uma máscara com
sinal de preocupação com as emoções, mas é apenas uma ilusão momentânea,
imperando sim a cultura do medo, da intimidação por parte das lideranças.
Qual
a história que queremos contar para o futuro? O que você quer fazer? Quando
você quer começar? As empresas podem começar com o que se chama tensão
criativa, ou seja, a diferença entre o que é hoje [realidade] e o que pode ser
no futuro. Uma boa forma de pensar no que precisamos evoluir, quais são os
desejos, vontades e o que está pedindo para mudar e evoluir. É fazer um
exercício de olhar para dentro para enxergar espaço para inovar ainda mais.
Ativando
novos princípios e gerando amor pela confiança, e não pelo medo, engajamos
pessoas no mesmo movimento que passa a ser um padrão, fazendo parte então da cultura
da empresa, conclui. Entendendo que a cultura é formada, antes de mais nada,
por pessoas, todas elas têm o poder da influência com um destaque para as
lideranças e a responsabilidade fundamental deste papel é importante se
conscientizar sobre a qualidade da influência que você exerce no seu papel e
até onde isso pode levar o seu negócio a impactar positivamente a sociedade.
Entretanto
sabemos que ao mesmo tempo que o colaborador tem poder de influenciar, este
mesmo poder lhe é destituído sem que o mesmo compreende ou perceba pelas ações
da liderança e hierarquia. E o que este sujeito faz agora a partir desta
compreensão sobre a cultura da angustia trabalhista e quais os caminhos para
mobilizar-se desta situação.
Trabalhou
em organizações, onde a hierarquia é paternalista dotada de liderança
autoritária simbolizando a figura paterna que adota o ditado o pai manda e o
filho obedece. Na hierarquia democrática exige democracia na parte da
liderança, mas é possível também acharmos um líder autoritário que veio de
outra hierarquia e reproduz o comportamento inconsciente.
Já
na hierarquia socialista impera o socialismo e também é possível encontrarmos a
liderança autoritária sendo exercida neste meio por lideres que foram
dispensados de outras hierarquias e reproduzem seus comportamentos inconsciente
sem se aperceberem por não ter conhecimento da psicologia.
O
mesmo se dá com o candidatou que atuou longo período em hierarquia
paternalista, suas ações são reproduzidas de modo inconsciente ao se rebelar
com figuras paternas ao entrar em desacordo com a cultura que envolve missão,
valores e visão da organização.
Aponta
que o candidato só acessa hierarquias paternalista, permanecendo na compulsão a
repetição do paternalismo, onde a liderança atua de modo coercitivo de acordo
com a psicologia comportamental aplicando o reforço e punição inconscientemente.
Isto também sinaliza que existem apenas três tipos de hierarquia adotadas pelas
organizações e instituições no mercado de trabalho. Porque será que o candidato
é encaminhado sempre na compulsão a repetição do paternalismo organizacional eu
sabe que gera desprazer, insatisfação, frustração, decepção, revolta, estresse,
ansiedade e medo, masoquismo voluntário dentre outras.
Quando
uma empresa se posiciona de forma paternalista, ela se apresenta como uma
entidade superior aos seus funcionários e se prontifica a solucionar problemas,
seja em questões de carreira ou não, e que não necessariamente sejam de sua
responsabilidade. Mesmo, que seja um modelo autoritário de liderança, a
abordagem paternalista é bastante eficiente no sentido de manter a motivação e
o engajamento dos seus colaboradores.
Eles
acabam se sentindo importantes e valorizados, e se apegando à organização de
tal forma, que passam a se sentir parte de uma família. Uma das principais
características do paternalismo, enquanto ideologia política, é a preocupação
em justificar o domínio pela necessidade do dominado, cuja dependência,
imaturidade e irresponsabilidade é associada à infância. A principal
desvantagem da liderança paternalista é o fato que as decisões são tomadas pelo
gestor e os colaboradores somente acatam, assim como ocorre na família
tradicional, em que o pai é responsável pelas decisões e seus filhos apenas
obedecem.
Um
líder paternalista assume o papel de pai em relação aos seus liderados.
Basicamente, em uma liderança paternalista, o gestor se preocupa em criar um
ambiente, antes de tudo, acolhedor para seu time. Este é o líder “paizão” ou
“mãezona”, que protege, dá segundas chances, cria laços de amizade e se
preocupa em atender todas as necessidades da sua equipe.
A
liderança paternalista tem algumas características, como, atenção voltada às
necessidades dos colaboradores, isto deveria ser uma verdade, contudo é uma
pseudo verdade na qual os colaboradores jamais tem suas necessidades
concretizadas e nem ao menos suas emoções são levadas em conta no momento de
trabalhar; centralização na tomada de decisão; o gestor é quem decide o que é
melhor para seu time; o líder tem dificuldade em dar feedbacks construtivos;
poupa a equipe de eventuais frustrações, isto também deveria ser uma verdade,
mas é um engano, por os colaboradores são obrigados a conviver com as
frustrações dos membros da equipe que contribuem para que a frustração não seja
elaborada e eliminada.
Pode
criar um clima organizacional muito bom, ou muito desagradável; por outro lado,
o líder pode também adotar uma postura extremamente crítica e vigilante. E
assim como em nossa casa, quem julga o que é melhor para a família e toma as
devidas decisões são os pais.
E
os filhos, aí deles se não obedecerem! Isso torna este estilo de liderança bem
autocrático, podendo gerar ansiedade e conflitos entre a equipe, e aumenta o
índice de rotatividade da empresa, mais conhecido como turnover e também essas
ações contribuem para a demissão silenciosa do colaborador.
Talvez
o que redireciona esse candidato de modo inconsciente a estar atuando em
organizações com liderança paternalista é a compulsão a repetição da cultura do
medo, onde é preciso ser castigado pela figura liderança paterna, que simboliza
a figura do pai, por em algum momento da infância ter desrespeitado a figura
paterna e com isto procura a expiação por meio do mecanismo de defesa expiação
na intenção de libertar-se da culpa sendo punido ao estar trabalhando e se posicionando
de modo a ser subjugado por este tipo de liderança.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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