Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo tem a tenção de clarificar o momento em que somos vetados na
conclusão de objetivos pessoais. Segundo o livro de Provérbios, no qual diz que
Provérbios 14:23 - Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva
à pobreza.
O
conceito de pobreza é qualidade ou estado de uma pessoa com falta de meios
materiais que atravessa por necessidade. Segundo Amartya Sen (1999), a pobreza
pode ser definida como uma privação das capacidades básicas de um indivíduo e
não apenas como uma renda inferior a um patamar pré-estabelecido. Os
funcionamentos são definidos como o que uma pessoa pode considerar valioso
fazer ou ter.
Pobreza
é a condição de quem é pobre, ou seja, que não tem as condições básicas para
garantir a sua sobrevivência com qualidade de vida e dignidade. A pobreza
também costuma se referir a classe social e econômica das pessoas que são pobres.
Como
descrever uma Pessoa pobre? pessoa sem recursos; necessitado; pessoa que vive
da caridade pública; indigente; mendigo; pedinte; pessoa que inspira
comiseração; miserável; infeliz; coitado; desprotegido. Em sociologia,
relativos à pobreza distinguem-se dois conceitos relevantes: a pobreza relativa
e a pobreza absoluta. A pobreza relativa integra a situação de pobreza no
contexto social onde está decorre. Através deste tipo de pobreza consegue-se
identificar quem é pobre e quem não é, através dos seus rendimentos.
Quais
os 3 tipos de pobreza? Pobreza Condicional – Que depende de certas condições. Pobreza
Circunstancial – há uma definição um pouco fora de contexto, por ser jurídica,
mas que se encaixa como uma luva para retratar este ponto. Pobreza Habitual –
em que há aceitação
A
conceituação de pobreza é categorizada como juízo de valor quando se trata de
uma visão subjetiva, abstrata, do indivíduo, acerca do que deveria ser um grau
suficiente de satisfação das necessidades, ou do que deveria ser um nível de
privação normalmente suportável. O indivíduo expressa sentimentos e receitas,
de caráter basicamente normativo, do que deveriam ser os padrões contemporâneos
da sociedade quanto à pobreza.
Não
leva em conta uma situação social concreta, objetivamente identificável,
caracterizada pela falta de recursos. Desse modo, tal enfoque não esconde sua
fragilidade, embora seja bastante óbvio que mesmo uma conceituação objetiva da
pobreza não se furta à presença de algum juízo de valor. A percepção da pobreza
como conceito relativo é uma abordagem de cunho macroeconômico, assim como o
conceito de pobreza absoluta.
A
pobreza relativa tem relação direta com a desigualdade na distribuição de
renda. É explicitada segundo o padrão de vida vigente na sociedade que define
como pobres as pessoas situadas na camada inferior da distribuição de renda,
quando comparadas àquelas melhor posicionadas. O conceito de pobreza relativa é
descrito como aquela situação em que o indivíduo, quando comparado a outros,
tem menos de algum atributo desejado, seja renda, sejam condições favoráveis de
emprego ou poder.
Uma
linha de pobreza relativa pode ser definida, por exemplo, calculando a renda
per capita de parte da população. Essa conceituação, por outro lado, torna-se
incompleta ao não deixar margem para uma noção de destituição absoluta,
requisito básico para a conceituação de pobreza. Também acaba gerando ambiguidade
no uso indiferente dos termos pobreza e desigualdade que, na verdade, não são
sinônimos.
A
relação entre renda e capacidade é demasiadamente afetada pela idade da pessoa [necessidades
específicas dos idosos e muito jovens], pelos papéis sexuais e sociais [por
exemplo, as responsabilidades da maternidade e também as obrigações familiares
determinadas culturalmente], pela localização [por exemplo, propensão a
inundações ou secas, ou insegurança e violência em alguns bairros pobres e
muito populosos], pelas condições epidemiológicas [por exemplo, doenças
endêmicas em uma região] e por outras variações sobre as quais uma pessoa pode
não ter controle ou ter um controle apenas limitado.
Desvantagens,
como idade, incapacidade ou doença, reduzem o potencial do indivíduo para
auferir renda. Além disso, também tornam mais difícil converter renda em
capacidade, já que uma pessoa mais velha, mais incapacitada ou mais gravemente
enferma é capaz de necessitar de mais renda [para assistência, próteses,
tratamentos] para obter os mesmos funcionamentos. Isso implica que a pobreza
real [no que se refere à privação de capacidades] pode ser mais intensa do que
possa parecer no espaço da renda.
Imagine
agora um sujeito trabalhando como operador de caixa em algum hipermercado. Este
indivíduo lidará com a troca de produtos comestíveis por dinheiro que serão
representados pelas diversas instituições bancárias do cartão de crédito. O
sujeito manuseará o dinheiro do cliente, do empregador e caso no fechamento do
caixa a contabilidade apresente desigual, o mesmo assumirá o ônus pela falta.
Enquanto
o trabalho está ligado a objetivos e realizações profissionais, o emprego
designa basicamente uma forma de adquirir renda. Não sabia dessa? O trabalho
tem relação direta com o estilo de vida do indivíduo, em quem ele hoje em dia
deseja se tornar. O conceito está pautado em projetos, metas, objetivos e
sonhos. O trabalho vai além da
necessidade financeira, trata- se de um caminho para a realização pessoal.
Um
sujeito que não exerce um trabalho, mas atua em um emprego certamente estará em
conflito por causa da realização. Se não aprender a lidar com o complexo de
inferioridade por se sentir inferior ao estar exercendo uma ocupação no emprego
inferior a qual se dedicou tempo, investiu dinheiro trará para si angustia e
uma série de consequências emocionais e físicas advindas do desprazer deste
emprego.
Entretanto
o emprego é uma atividade alienada em que o profissional atua por mera
necessidade financeira, distante de algum tipo de apreciação. Todos nós já
passamos por essa experiência, não é mesmo? Seja pelo fato de ser a primeira
colocação ou recolocação no mercado ou por não ter descoberto a própria paixão.
Ou ainda por não conseguir atuar na profissão desejada ao qual se preparou por
longo período na universidade. [...] Em sua obra “Além do Princípio do
Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do
passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.
As
vezes se torna necessário exercer uma função em primeiro plano por mera
necessidade e colocar em segundo plano a profissão de trabalho a fim de obter a
realização profissional. E isso é o que verdadeiramente está conectado com as
suas motivações e as suas convicções mais autênticas. Exemplo estar empregado
como operador de caixa em primeiro plano em algum supermercado e depois do
expediente atuar como psicólogo clinico em segundo plano.
O
emprego de operador de caixa está funcionando por meio do mecanismo defesa
substitutivo, como um substituto que propicia ao sujeito o manusear do dinheiro
que representa a energia libidinal, o afeto, status, poder e a ansiedade que
pode ser descarregada por entre o mecanismo defesa deslocamento registrando os
produtos comestíveis na fase oral.
Ao
manusear o dinheiro do empregador e do cliente a intenção é alterar a percepção
e as crenças disfuncionais do indivíduo sobre o papel moeda. O emprego de
operador de caixa as vezes chega para substituir a insegurança, a ausência da
bufunfa, o manusear adequado com o dinheiro, aprender a ter boa relação com o
papel moeda, pois o indivíduo é desprovido de segurança e carente de dinheiro para
trabalhar com empreendedorismo ou qualquer outro campo de atuação que seja
disposta no primeiro plano, que é obrigado a manear a moeda por exemplo.
Alterar
a concepção sobre o papel moeda enxergando como um objeto que proporciona
prazer, resolve problemas, não pode ser percebido como a raiz de todos os males
entre as pessoas, muito menos sujo, traz certa segurança, propicia a autonomia do
medo da perda e apego, por exemplo.
Como
transfazer a sua relação com o dinheiro, o dinheiro completa aquilo que falta
na nossa consciência quando olhamos para fora e não para dentro de nós, como a
moeda representa os simbolismos como status, poder, preencher necessidades,
sobrevivência, dividas emocionais, hostilidade, ansiedade, insegurança, medo,
fonte de satisfação e ansiedade, preocupação, concepções religiosas como dinheiro
é a raiz de todos os males, é sujo, para ganhar dinheiro tem que perder,
associar dinheiro a trabalhos de macumba e outros. [...] Esse
medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como
desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Quando
a sua busca é somente pela estabilidade financeira, então você tem um emprego.
Nesse caso, a chance de acabar infeliz realizando tarefas que não trazem
satisfação pessoal e profissional é maior. Essa situação pode resultar em
cenários ruins como a estagnação na sua carreira e até mesmo na sua vida
pessoal.
O
alemão Max Weber (1864 – 1920): “o trabalho enobrece o homem”, ressaltando a
diferença entre trabalho e emprego. Nessa perspectiva, a atuação profissional
está atrelada à existência do indivíduo, mais profundamente falando, à
construção do seu legado. Por isso é determinante para a plenitude do indivíduo
para identificar e esclarecer o sentido de sua vida.
Nesse
momento, vassuncê pode estar se perguntando o que essa diferenciação entre
trabalho e emprego pode mudar em sua vida. Lembre-se de que conhecer a tênue
diferença entre esses termos e refletir sobre qual dos dois você está realmente
exercendo em sua vida é fundamental para verificar se o seu ofício está
contribuindo para enobrecer ou empobrecer sua existência.
Como
o verso bíblico diz que em todo trabalho, existe proveito podemos compreender
que do ponto de vista teológico, o emprego serve também para enobrecer o homem.
Mas, pelo ponto de vista da psicologia, se o indivíduo aprender a lidar com as contrariedades
advindas do emprego, o mesmo ganhará competências socioemocionais e evoluirá
enquanto pessoa, porém se não souber deparar-se com os incômodos, isto causará
prejuízos na autoestima e autoconceito levando ao empobrecimento da existência.
[...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse
em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir
enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não
pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a
recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado
desperta em nós.
Passar
grande parte do seu tempo em um emprego com uma rotina cruel, transforma a sua
vida em monotonia e tédio. Diante disso, a insatisfação com a vida profissional
fica evidente e pode afetar a vida social e o bem-estar. As pessoas que
experimentam essa situação costumam viver angustiadas. Isso explica aquela
história de profissionais de diversos segmentos que são infelizes, mesmo com muito
dinheiro e outros com pouco dinheiro.
É
hora de repensar sua vida e tomar um tempo para refletir se o que vosmecê está
fazendo profissionalmente está realmente sendo bom para sua carreira e para sua
vida pessoal é o primeiro passo para começar um exercício de autoconhecimento,
que é essencial.
É
lógico que em se tratando do exemplo de um operador de caixa não está sendo bom
para a carreia e nem para a vida pessoal do sujeito, pois operador de caixa
destoa da ocupação de psicólogo. Mas, o que encaminhou o sujeito a exercer a
ocupação de operador de caixa em primeiro plano e em segundo plano a
psicologia.
Como
não dá para mudar a duração da jornada de trabalho em um piscar de olhos, vossa
mercê deve repensar a sua relação com o ofício que exerce. Levantar -se cedo
para exercer suas atividades todos os dias deve ser um ato realizado
objetivando o crescimento na sua carreira e na sua vida como um todo. Para
fazer com que essa atividade realmente valha a pena, garantindo benefícios
tangíveis e intangíveis. Afinal, vossemecê é o dono da sua vida.
Vassuncê
tem um trabalho ou um emprego? Nem sempre é fácil identificar a diferença entre
trabalho e emprego. Pois, dificilmente paramos para refletir sobre a dessemelhança
entre trabalho e emprego. Como na maioria das vezes o nosso juízo de valor e
atenção seletiva está para o papel moeda tendemos a fazer uma leitura mental e
interpretação, associando trabalho como sendo emprego. E em contra partida,
criamos confusão ao discernir a desigualdade entre os dois.
Grande
parte dos profissionais percebe essa diferença conforme avança pela sua
carreira e começa a se sentir entediado por desempenhar sempre as mesmas
funções que se repetem no cotidiano. Além de não ter estímulos para sair da
zona de conforto ou compulsão a repetição que é gratificado apenas por fazer o
básico. Como resultado, a frustração é inevitável e afeta todos os setores da
vida.
Por
outro lado, o trabalho contribui para alcançar a revolução pessoal na medida em
que vosmecê precisa identificar as suas habilidades para utilizá-las como
principais ferramentas de seu ofício. Nesse sentido, vossemecê é remunerado
pelo que é e pelo que sente prazer em fazer. Mas, as vezes o indivíduo é
gratificado pelo que não sente prazer em realizar no emprego.
Por
isso, se você tem um emprego é bom pensar em mudar para um trabalho. Isso não
quer dizer que precise trocar literalmente de cargo ou empresa. Pelo menos não
agora. Mas, o senhor deve analisar adequadamente a sua carreira para
identificar as suas potencialidades e esboçar um planejamento para exercer sua
verdadeira vocação.
Para
isso, identifique as suas potencialidades e dê um rumo correto a sua profissão,
o que tornará mais fácil a tarefa de encontrar um trabalho que proporciona mais
satisfação e realização.
Como
transformar a sua relação com o trabalho, o trabalho preenche a nossa mente e
tempo e nos faz crescer pessoalmente, além de proporcionar as condições
financeiras para vivermos bem. É por meio dele que o senhor cria os alicerces
principais para realizar seus projetos.
Para
conquistá-lo, o senhor deve transformar a visão em relação ao ofício. Essa
tarefa exige algumas reflexões e avaliações sobre sua vida profissional, o que
inclui mudanças de atitudes e análises de melhores possibilidades. Entre elas,
três passos são fundamentais para isso.
Humanização,
compreenda que vosmecê não é uma máquina, e sim um ser humano, que precisa ter
suas necessidades básicas preenchidas. Além de desempenhar suas tarefas com
excelência, atingir metas e gerar resultados, você também precisa se sentir
parte importante da corporação, ser respeitado pelos colegas de trabalho e ser
reconhecido por seu líder. Essas são três questões fundamentais que te auxiliam
a identificar seu valor profissional e seu posicionamento na carreira.
Foco
no resultado e não tarefa: exercite sua visão sistêmica a respeito da empresa
em que faz parte, seja mais ativo e participativo. Compreenda como o sistema
organizacional funciona de maneira geral, como os diversos departamentos e
funções se integralizam em direção a um objetivo comum.
Não
engesse seu potencial, não se limite a fazer apenas o que lhe é delegado,
procure ir além do horizonte, seja mais analítico, provoque seu senso crítico e
estimule sua criatividade. Essa é uma forma bastante efetiva para desenvolver
soluções que possam agregar com o crescimento da empresa, e consequentemente, a
evolução do seu trabalho.
Exerça
aplicando a proatividade no trabalho pode ser definida como a capacidade de
identificar um problema e agir de modo a solucioná-lo, sem que para isso seja
preciso aguardar a ordem ou a autorização de outra pessoa. Em outras palavras,
consiste em assumir responsabilidades, atuar de forma ativa e ir além do que é
esperado da sua função. A proatividade é o comportamento de antecipação e de
responsabilização pelas próprias escolhas e ações frente às situações impostas
pelo meio.
Proatividade
é a competência que impulsiona uma busca por mudanças de maneira espontânea,
sem precisar de estímulos externos, ela usa apenas a motivação intrinseca.
Geralmente, as pessoas proativas têm uma boa visão de futuro, identificando
necessidades e antecipando problemas, o que confere vantagens para sua equipe e
empresa.
A
proatividade no trabalho pode ser definida como a capacidade de identificar um
problema e agir de modo a solucioná-lo, sem que para isso seja preciso aguardar
a ordem ou a autorização de outra pessoa como um gestor, supervisor ou diretor,
por exemplo. Seja na carreira ou na vida pessoal, essa qualidade nos permite
focar no que podemos interferir e assumir a responsabilidade por nossas ações.
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Referência
Bibliográfica
BÍBLIA, A.
T. Provérbios. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo
Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC).
São Paulo.
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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