Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Ascensão
evangélica fez traficantes substituírem santos e orixás por Deus. O tráfico de drogas
é uma questão complexa e multifacetada, que afeta não apenas as comunidades
onde ocorre, mas também países e regiões em todo o mundo. Os traficantes
exploram a demanda por drogas ilícitas e lucram com a venda delas, muitas vezes
alimentando um ciclo vicioso de dependência, violência e criminalidade.
Além
dos danos sociais e de saúde associados ao uso de drogas, o tráfico de drogas
tem efeitos negativos significativos nas comunidades. Isso inclui aumento da
criminalidade, instabilidade social, corrupção, violência armada e
enfraquecimento das instituições estatais. O dinheiro obtido com o tráfico
também pode ser reinvestido em outras formas de atividades criminosas, como
tráfico de armas, tráfico humano e lavagem de dinheiro.
As
autoridades em todo o mundo estão envolvidas em esforços para combater o
tráfico de drogas, através da aplicação da lei, cooperação internacional,
programas de prevenção ao uso de drogas, tratamento de dependência química e
abordagens de redução de danos. Essas estratégias visam reduzir a oferta de
drogas, interromper as redes de tráfico, proporcionar tratamento e apoio aos
usuários de drogas e educar a população sobre os riscos e consequências do uso
de drogas.
É
importante entender que a abordagem para lidar com o tráfico de drogas varia de
país para país e ao longo do tempo, e existe um debate contínuo sobre a
eficácia e a adequação das políticas atuais. O objetivo final é reduzir os
danos causados pelo tráfico de drogas e promover abordagens mais amplas que
abordem as causas subjacentes do problema, como desigualdade social, pobreza e
falta de oportunidades econômicas.
A
ascensão evangélica tem levado alguns traficantes a substituírem a devoção aos
santos e orixás pela adoração ao Deus de Israel. Através do mecanismo de defesa
substitutivo e identificação começam a adorar a Deus.
Essa
substituição ocorre principalmente em áreas dominadas por grupos criminosos
onde há uma forte influência do movimento evangélico. Os traficantes, buscando
uma nova identidade religiosa e uma forma de justificar suas ações, têm adotado
o cristianismo evangélico, que enfatiza a conversão e o perdão divino.
Ao
abraçarem a fé evangélica, esses traficantes deixam de lado as práticas
relacionadas aos santos católicos ou aos orixás das religiões afro-brasileiras,
adotando uma visão mais alinhada com os princípios bíblicos. Essa mudança
religiosa também pode ser uma estratégia para obter legitimidade e respeito em
suas comunidades, uma vez que o cristianismo evangélico é amplamente aceito e
difundido no Brasil.
No
entanto, é importante ressaltar que essa substituição nem sempre implica uma
verdadeira transformação de valores e comportamentos. Alguns traficantes podem
usar a religião como uma fachada para continuar suas atividades criminosas,
utilizando a fé como meio de manipulação e controle sobre a população local.
Além disso, a presença de grupos evangélicos em áreas dominadas pelo tráfico
pode gerar conflitos e disputas de poder entre facções rivais que se apropriam
da religião como um instrumento de influência.
É
crucial reconhecer que a ascensão evangélica não é responsável por todas as
substituições de santos e orixás por 'Deus de Israel' entre traficantes. Essa
dinâmica religiosa pode ocorrer em contextos específicos e não reflete
necessariamente a experiência de todos os traficantes.
Além
disso, é importante não generalizar a conduta de todos os evangélicos ou
associar a fé evangélica ao envolvimento com o crime. O crescimento do
movimento evangélico no Brasil é resultado de diversos fatores sociais, culturais
e religiosos, e há inúmeros evangélicos engajados em ações de cunho social e
comunitário.
É
fundamental abordar as questões relacionadas ao tráfico de drogas e
criminalidade de forma abrangente, considerando fatores socioeconômicos,
educacionais e políticos, além das dimensões religiosas. A redução da
criminalidade requer uma abordagem holística, envolvendo ações de prevenção,
combate ao tráfico, desenvolvimento social e oportunidades para a juventude,
entre outros aspectos.
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