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Minoria Psicológica e a Influição Social

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo tem a intenção de descrever para o leitor a influição que é a atuação ou influência de uma pessoa em Outra e os meios que o indivíduo manipula para alcançar os objetivos. Uma minoria psicológica pode ser um indivíduo encarregando-se de influenciar uma maioria de pessoas a sua volta manejando os meios virtuais e recursos tecnológicos a seu favor nas redes sociais.

O indivíduo, traz a representatividade de um sujeito constituído por saberes acadêmicos, conhecedor da psicologia de propaganda, que está bem organizado no seu lugar próprio de psicólogo observador dos comportamentos de clientes frente as redes sociais, praticando a influência social escrita e imposta por ordem da ciência psicologia.

O leitor sabe que uma das grandes conquistas das sociedades democráticas modernas é a consagração da liberdade individual e do livre arbítrio enquanto princípios inalienáveis de qualquer ser humano. Na ausência de opressão de regimes ditatoriais agimos de acordo com um conjunto de princípios e valores cujos mais elementares são, em geral, largamente difundidos e partilhados.

Mas, está dizendo isto dizer que não somos influenciados nos nossos julgamentos, atitudes e crenças? Lógico que não. O leitor entende que em algumas situações poderá ser influenciado por outrem.

A sua posição sobre um dado assunto é capaz de mudar um pouco em função da opinião daqueles por quem nutre respeito intelectual; e quando indeciso poderá ter tendência a ser influenciado pelos grupos de pessoas com quem se identifica; e por vezes poderá até assumir atitudes que à partida nunca pensou que aceitaria porque é influenciado por aqueles, que, de uma maneira ou de outra, são importantes para si.

Assim dizendo, haverá sempre conjunturas sociais que o levarão a mudar de opinião ou até agir contra aquilo em que acredita só para se conformar com os outros, ou para responder de acordo a alguém com maior estatuto social do que o próprio leitor. Alguém é influenciado socialmente quando o seu comportamento se altera na presença real ou imaginária de outrem.

O psicólogo faz uso da propaganda e o consumo, como dito, toda propaganda visa influenciar seu público. E no caso da propaganda comercial [a publicidade] o objetivo é exatamente convencer seu público a comprar algo. Para tanto, a publicidade estuda o comportamento de cada público específico a que será direcionada e elabora estratégias para tentar convencê-lo, fazendo uso da compulsão a repetição da edição. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Porém, é bom lembrar que, em parte, a propaganda só reflete o comportamento de seu próprio público e há ainda diversos outros influenciadores de consumo, como algumas novelas, filmes e seriados, alguns canais de Youtube dedicados a determinados assuntos, exemplo, Vlogs ou Blogs de moda que pregam a ostentação, Blogs de leitura entre outros

A influência social foi definida por Secord Backman (1964) como ocorrendo quando “as ações de uma pessoa são condição para as ações de outra”. Ou seja, podemos dizer que o comportamento de alguém foi influenciado socialmente quando ele se modifica na presença de outrem.

É preciso notar que, para que esta definição se adeque ao campo da psicologia social onde se originou, é necessário acrescentar que está “presença de outrem” não é necessariamente real. Esse outrem pode ser apenas imaginado, pressuposto ou antecipado sem que os fenômenos provenientes dessa influência cessem de ocorrer.

Podemos através da história notar vários autores municiado de influição social, Sigmund Freud, Skinner, Wundut, Kurt Lewin. Agora dentro do século XXI encontramos Elon Musk, Bill Gates, o apresentador de Televisão Silvio Santos, Faustão, o Fausto Silva Da Band, Willian Bonner Jornalista da Tv Globo, pastor Silas Malafai, padre Marcelo Rossi dentre outros. Encontramos também os presidentes da Ucrania e da Russia, países em guerra que estão influenciando todo o mundo por meio de uma guerra bélica.

Podemos achar os influencers nas redes sociais. Cada indivíduo influencia a psiquê das pessoas de algum modo, seja para o bem ou mal. Indivíduos que influenciam até a bolsa de valores fazendo uso da moeda bitcoin por serem guarnecidos de dinheiro. Por eu ortografar este artigo é notório que fui influenciado por algum autor da psicologia e neste caso foi o psicanalista Freud.

Mas, vou grafar o texto de modo a manipular as teorias da psicologia. Neste momento enquanto você leitor lê o tema, estará sendo influenciado pela linguagem escrita carregada de emoções e argumentos. Este editorial tem a intenção de influição, exercer a influência sobre você leitor através dos saberes do psicólogo.

A influência social é uma das bases que define nossos comportamentos dialeticamente, ou seja, modelando nossos comportamentos e sendo modelada por nossas respostas em retorno. Definindo, na maioria das vezes subconscientemente, por exemplo, que roupa vamos utilizar, quais comportamentos são adequados em determinado ambiente, o que devemos e não devemos fazer durante uma fase de desenvolvimento e diretamente e indiretamente influenciando as leis de uma nação.

Os principais mecanismos dessa modelagem, segundo a psicologia comportamental ou behaviorismo, estão no reforçamento e punição. Sendo mais eficazes de acordo com a assertividade e a retórica do agente influenciador.

Assim por exemplo um colega de trabalho pode mediar comportamentos em outro colega com quem tenha empatia sorrindo e elogiando quando ele executar uma conduta que lhe seja considerado como agradável e desejável e ficando com raiva e criticando a postura que ele considere desagradável e indesejável. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.

Abordando a influência social às claras, cito o exemplo, uma situação criada de um post de acolhimento psicológico, vai ilustrar muito bem o que é influência social as claras. O post circula pela rede social, e uma senhora acabou de olhar para o anuncio com os dizeres, Acolhimento Psicológico Com Valores Sociais. Se não agora, quando será? E uma figura de uma pessoa senta de frente para outra, ilustrando uma sessão de psicoterapia. Ligue para o telefone XX YYY-6288 e peça informações.

Este folder tem a influência, principalmente a de persuasão para induzir a senhora a adquirir o acolhimento psicológico e com uso de verbo no imperativo com a ideia de ordem, onde as cores do folder são pretas e vinho claro, também influenciam muito e a própria imagem de uma pessoa qualquer em sessão de psicoterapia para compra.

Esta senhora acabou de visualizar o folder e como resposta se imaginou sentada na cadeira em sessão de psicoterapia e mediante isto temos, o folder foi feito para estimular visualmente a aceitação e venda do acolhimento psicológico, passando uma visão de aceitação benéfica da psicoterapia, e mesmo que a senhora saiba que a psicoterapia é excelente para saúde mental e física a propaganda estimula somente o prazer que a psicologia é capaz de beneficiar. A propaganda influencia muito, pois, a senhora enxergando o folder fica cada vez com mais vontade de consumir a psicologia para o seu bem estar.

Esta senhora no momento que olhou para os dizeres, de pronto foram gravados na memória e em seguida recalcados no inconsciente, encaminhando-a pensar se neste momento por meio de uma incerteza, precisa cuidar de sua saúde mental ou não.

Vamos entender que a propaganda despertou a curiosidade ingênua de apenas desejar saber o preço social da psicoterapia, conduzindo a ação de ligar para o telefone exposto no folder. Neste requisito a propaganda cumpriu o seu papel, pois influenciou de modo positivo a cliente a buscar o preço do produto para que possa consumi-lo em tempo apropriado.

Demonstra como as propagandas podem nos fazer querer produtos mesmo que não precisamos deles no momento. No fundo, trata-se de influência social às claras, que provocou no cliente, curiosidade, saber o honorário para ter certeza se, se encaixa no seu orçamento e a emoção de incerteza quanto ao seu estado mental.

Com isto compreendemos que o psicólogo ao criar o seu post deverá ter em mente que sua publicidade pode sugestionar ou não o usuário, dependendo dos processos psicológicos básicos, exemplo percepção e sensações.

E a influência social às escuras, para entender a influência social às escuras, vamos tomar como ponto de partida um conceito central da psicologia, o de quadro de referência. Este conceito refere-se à tendência generalizada que os indivíduos apresentam para organizar as suas experiências, estabelecendo relações, em cada momento, entre estímulos internos e externos, criando unidades funcionais que fornecem limites e significado àquilo que é experimentado. Podemos ancorar o folder de acolhimento psicológico no quadro de referência para que o leitor trabalhe a imaginação nesta situação.

Agora tomando ainda a ilustração acima, caso a senhora não manifeste nenhuma ação é possível inferir que o folder não incitou sensações agradáveis suficiente afim de ativar uma mudança de proceder como a curiosidade, denotando que talvez a cliente não precise cuidar de sua saúde mental ou não tem interesse a assuntos que se referem a psicologia.

Ou ainda suas crenças a limitam a mover-se em direção a psicologia. É possível também que o cartaz tenha produzido sensações desagradáveis na psiquê da senhora por entre os dizeres, levando-a recusar e negar por meio do mecanismo defesa recusa e negação.

Basicamente, porque as sensações não dependem apenas das qualidades da estimulação, mas também, em muito, da situação em cada sensação num dado quadro de referências subjetivo, onde se relaciona com outras experiências relevantes e acessíveis do indivíduo. Neste caso, a sensação estimulada pelo folder depende sempre de uma comparação implícita com a experiência imediatamente anterior com a psicologia.

Este fenômeno de organização da experiência à volta de um quadro de referência é tão geral que possui influência em áreas tão diversas como a percepção, a estimativa de grandezas físicas, a memória, o afeto ou a personalidade.

Segundo Musafer Sherif, este processo de “influência às escuras”, é o fundamento psicológico que se encontra na base da formação de normas culturais como fenômeno generalizado. “A uniformidade de padrões dentro de uma mesma cultura, que vai desde a maneira de usar talheres à mesa até às formas que o flerte é assumido é sintoma de um fundamento psicológico comum”.

 Daí a necessidade de estudar a formação de quadros de referência, para aclarar o modo como as atitudes, poder aquisitivo, preconceitos contra a psicologia, valores morais, religião e crenças [quadros de referência individuais] se inter-relacionam, desde a sua gênese, com as normas grupais e culturais [quadro de referência sociais].

A esta altura, refere-se de influência social as escuras, porque não engendrou reação explicita alguma na senhora, mas podemos presumir que houve reação inconsciente de recusa e negação quanto ao chamamento para acolhimento psicológico.

Portanto um sujeito influenciável, em um conceito de fácil entendimento, é aquele que possui certo grau de obediência perante regras estabelecidas por outro indivíduo, assim como por uma religião, política ou até mesmo a sociedade. Isso quer dizer que pessoas influenciáveis não possuem capacidade de manifestar suas próprias vontades, pois estão focadas em satisfazer e seguir o comportamento de outros.

Se você acredita estar no grupo de pessoas que sofrem influência dos demais, saiba que é importante descobrir o porquê. E mais importante, como deixar de ser um sujeito influenciável e como ter suas opiniões e ideias sem interferência de outras pessoas.

Alguns aspectos que favorecem a influição é a relação íntima com certas pessoas, a família, parentes e amigos mais próximos são aqueles que mais exercem influência sobre você, suas escolhas e maneira de se comportar. Os exemplos são diversos, na escolha da profissão, do time de futebol favorito ou preferência religiosa, na escolha particular do médico listado no convenio e até na escolha do psicólogo.

Na relação com a sociedade, em um grupo maior de membros, há aquelas que inspiram valores e comportamentos, como é o caso da influência política. Tem-se a mídia atualmente como um dos maiores influenciadores em massa.

E os fatores psicológicos, é aqui que a psicologia entra, pois nossa motivação, personalidade, crenças, atitudes, percepções e aprendizagem são fortemente influenciadas. É bom refletir sobre o que as influências fazem com sua vida esse é o ponto inicial. Nem toda influência é ruim, pelo contrário, algumas nos favorecem e nos fazem pessoas melhores. E você leitor se segue alguma religião se permita ser influenciado pela psicologia e constará que é muito bom, pois lhe possibilita cuidar da saúde mental de modo adequado e eficiente.

Contudo, o jogo pode ser perigoso quando envolve valores e comportamentos questionáveis, aqueles que não só podem prejudicar a vida do influenciável, mas também das pessoas ao seu redor [família e relacionamentos, por exemplo]. O que mais pode fazer diferença na vida de pessoas influenciáveis é o desenvolvimento da autoconfiança. E a psicologia vem de encontro a aquele que está com baixa autoconfiança a fim de fortalece-lo.

Esse sentimento parte do princípio de que nós devemos criar nosso poder pessoal e garantir a determinação em sempre realizar nossos propósitos. Ser autoconfiante é firmar um compromisso com si mesmo, isto é, é mostrar que você é capaz, que pode confiar em si e que não precisa de decisões de outras pessoas para manter-se na rede social ou qualquer outro ambiente.

Outro ponto é integrar a religiosidade e a espiritualidade dos clientes durante a psicoterapia requer postura ética, conhecimento e habilidades para alinhar as informações coletadas sobre as crenças e valores ao benefício do processo terapêutico (Martins, 2008; Peres et al., 2007). A religião exerce influência nas vidas dos indivíduos que se posicionam nas redes sociais, uma vez que a religião é a própria pessoa.

Há pessoas religiosas, em pleno século XXI, que ainda tem preconceitos contra a psicologia, por tanto exercer influência sobre essas pessoas é um pouco difícil, porque são resistentes e operam por meio do mecanismo defesa resistência.

E caso a publicação do psicólogo se dê em meio a rede social ao qual é composta por uma maioria psicológica de usuários evangélicos, ele se acha na posição de minoria psicológica e haverá muita resistência para exercer a influição sobre esses indivíduos por meio de sua editoração de acolhimento psicológico. Rememorando a teoria de campo de Kurt Lewin, onde maioria e minoria pouco têm ligação demográfica, isto é, uma maioria psicológica não é determinada pela quantidade de pessoas.

A maioria psicológica evangélica é formada por fanpages que são grupo de pessoas na rede social que dispõe de estruturas para se autodeterminar, tem autonomia, ou em outras palavras, escolhem livremente sobre o que apenas a si próprio diz respeito sobrea ideologia espiritual ou direito de se governar por leis próprias como a religião e não aceitam serem orientadas pela ciência psicologia por que tem um administrador da fanpage que bloqueia o acesso da psicologia.

Então as maiorias psicológicas tendem a ser manipuladas pelas próprias maiorias psicológicas evangélicas. Neste caso um administrador da fanpage influencia a maioria psicológica evangélica.

 E a minoria psicológica é o psicólogo individual que não tem autonomia para se afirmar e influir sobre a maioria psicológica evangélica, pois depende e está à mercê da boa vontade dos evangélicos na rede social para assalariar os seus serviços psicológicos. Seus direitos e sua autonomia ficam comprometidos. Ou melhor, não tem direito de se governar por leis próprias como a psicologia.

Digo, o psicólogo é capaz de se sentir tutelado, sujeito a obediência imposta pelos cristãos na rede social que causam dissentimento no que se refere a psicologia por ter como opositor ao seu trabalho o administrador da fanpage.

O psicólogo minoria psicológica precisaria bombardear com inúmeras publicações de acolhimento essa maioria evangélica, repetidas vezes por meio de uma compulsão a repetição na esperança de que o desfecho influição seja aceito. Imagine agora leitor, a sua rede social, seja qual for. O número de amigos que contem na sua rede é o número de pessoas sujeitas a influição de qualquer natureza.

Suponhamos que você tem 350 amigos e 50% professam alguma religião, 30% são amigos antes de você se tornar psicólogo e os 20% restante são conhecidos. E você examina que os gostos de preferência das publicações são assuntos fúteis que não agregam saber, conhecimento que encaminhe ao desenvolvimento e evolução do indivíduo.

Confirmando que estes indivíduos são influenciáveis por magazines, pratos de comida, viagens, aniversários, notícias de guerras, artes e pinturas de quadros, selfies e por aí vai. Ou ainda quando persuadidos com informações sobre saúde mental, mal sabem se posicionar nas redes socias com a intenção de opinar ou compartilham a informação sem antes fazer uma reflexão sobre o tema em vigor, agindo como meninos. [...]Mecanismo defeso regressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade.

Exercer a influência sobre essas pessoas, não é algo simples e fácil. Pois, a resistência a aceitação da profissão de psicólogo no meio é alta. Entre amigos e conhecidos você não pode exercer a profissão por questão ética. Já no meio dos 50% que se situam os que professam alguma religião, estão alguns conhecidos e amigos, por tanto se torna inviável acolhê-los.

O que restar ainda será maioria psicológica e o psicólogo minoria psicológica. Para que o psicólogo tenha resultado, ele deve investir em outras fanpages de outros grupos, mas corre o risco de ser bloqueado pelos administradores das fanpages e podendo até perder a página por estar descumprindo uma regra da rede social.

Alargar os horizontes para demover-se da sua zona territorial de conforto em direção a aumentar a região demográfica virtual, por meio de impulsionamento pago, porque neste local onde o psicólogo está inserido é nula a influição.  O psicólogo alienado em momento algum se detém na observação e analise se suas práticas estão adequadas para o meio ao qual está inserido e a repetição de condutas que não geram resultados satisfatórios contribuem para exagerar a raiva.

Incorrem, isto é, caem na influência da frustração e por meio do mecanismo defesa deslocamento, cumprem o cessar da raiva em pessoas próximas, exemplo, irmão, amigos, figuras paternas, namorados, esposas e o que você pensar agora enquanto lê o texto e são capazes até de punir-se desistindo da psicologia. [...] Deslocamento, este mecanismo está relacionado à sublimação e consiste em desviar o impulso de sua expressão direta. Nesse caso, o impulso não muda de forma, mas é deslocado de seu alvo original para outro. Exemplo, ao ser despedido de uma empresa, um funcionário leal sente raiva e hostilidade pela forma como foi tratado, mas usualmente tem dificuldade de expressar seus sentimentos de forma direta.

Para melhor ilustrar maioria e minoria psicológica, exemplifico com o exemplo seguinte, na cidade temos o prefeito e os vereadores considerados minoria psicológica que tem o direito de legislar sobre os habitantes maioria psicológica. No estado o trabalho do governador acontece em parceria com os deputados estaduais e com os deputados federais, que formam a minoria psicológica, que podem garantir melhorias para seu estado e com direito a legislar sobre as cidades do estado que compreendem a maioria psicológica.

E no governo é o presidente com o congresso de senadores e deputados que compõem a minoria psicológica junto com outros órgãos que exercem o direito a legislação sobre o país que abarcam a maioria psicológica de habitantes.

Desse modo a promulgação do trabalho do psicólogo, é uma atividade de dispêndio de energia libidinal, um investimento desnecessário sem retorno no feedback. E as vezes o psicólogo recente não observa a rede social que está inserido e permanece investindo energia em cartazes sem retorno, gerando decepção, uma séria de questionamentos do porque não consegue clientes pagos ou gratuitos.

Em se tratando do ambiente virtual que afeta o comportamento, assim como a postura afeta o ambiente. Essa é uma das principais proposições da psicologia ambiental, área que estuda a inter-relação entre a conduta humana e o ambiente que o circunda, seja ele construído ou natural.

Se o ambiente tem o poder de influenciar nossas escolhas e hábitos, então é possível planejá-lo para que incentive escolhas mais sustentáveis. E as redes sociais oferecem uma forma de fazer isso. Podemos considerar que a ação das pessoas no espaço virtual em que vivem se dá por dois caminhos, o primeiro, quando o indivíduo age sobre a realidade, e o segundo, quando é a realidade do espaço virtual que determina as escolhas do indivíduo, por entre as publicidades de marketing.

Um exemplo que ilustra essa situação é o uso da psicoterapia online. Muitas pessoas tendem a usar a terapia online apenas como opção de comodismo por questões de atitude de privilegiar o próprio bem-estar.  A escolha é feita porque, em geral, no espaço virtual não precisariam demover-se no deslocamento casa-consultório presencial que as vezes não oferecem aconchego necessário.

Temos, nesse caso, uma situação em que as condições do ambiente virtual determinam os hábitos dos clientes. O ambiente físico pode potencializar ou inibir diferentes atividades. Está ligado ao conceito de territorialidade, que é a relação entre o grupo social a que pertencemos e o ambiente onde esse grupo está.

Ao fazer parte de um grupo rede social, moradores de um bairro ou de uma rua, por exemplo, criam-se um território ao qual esse grupo pertence e passa a ter uma perspectiva de gestão desse espaço virtual. Entender como o espaço virtual foi planejado e construído e como é utilizado ajuda a evitar conflitos e a pensar consciente sobre como está sendo influenciado positivamente ou negativamente.

Exercer a influência, ou em outras palavras, ato ou efeito de influir, ação que uma pessoa ou rede social exerce sobre outra, prestígio, crédito, ascendência, predomínio, poder. Chamo a atenção, pois agir sobre uma pessoa, não quer dizer necessariamente que você vai conseguir seus objetivos. Essa ação deve ser planejada, adequada e nem sempre conquistada as vezes devido a preferência do produto do freguês.

Antes de tudo deve-se pensar que para influenciar é necessário haver credibilidade junto à pessoa que se pretende influenciar. Ouço muito nas redes socias de profissionais que vendem cursos para psicólogos recentes que é preciso se posicionar, mostrar autoridade, entretanto em momento algum dizem que para construir isto leva-se tempo e dedicação, credibilidade e ética. Assim sendo, ninguém influencia ninguém da noite para o dia.

Credibilidade não é algo fácil de conseguir. Por isso, faz-se urgente trabalhar nosso comportamento para a conquista das habilidades indispensáveis. Esse aspecto nos transporta ao pensamento de Elaina Zuker que define influência como um conjunto de habilidades interpessoais que podem ser aprendidas, praticadas e dominadas.

Fazem parte desse conjunto de habilidades o ganhar credibilidade, saber ouvir, intuição, empatia, gentileza, flexibilidade e sintonia. E ainda, saber identificar as estratégias que as pessoas utilizam para tomar decisões, comunicação e argumentação eficazes, estruturar ideias e comportamentos flexíveis.

Desenvolver o autoconhecimento, autoconfiança e um desejo de autoridade tudo isso de maneira discreta. Importante, um excelente exercício para a reflexão sobre influência é pensar sobre o que influencia você leitor. O psicólogo procura ter o domínio do maior veículo de influência sobre a subjetividade, que talvez sejam as propagandas, que criam hábitos e verdades. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

O poder dos anúncios de produzir o consumo de produtos é massivo sobre os indivíduos. As propagandas determinam a utilização de produtos e ideais de vida. Todos conhecem as famílias perfeitas dos comerciais de cereais oferecidos como refeições matinais.

O profissional da saúde sabe que as propagandas capturam e alienam os sujeitos em sua rede de persuasão. É importante ressalvar que a alienação é um elemento inerente a toda forma de comunicação. Todavia, a alienação impressa no diálogo do sujeito com rede social é maior, porque não existe um equilíbrio no jogo de forças, rede tem mais poder. Podemos pensar em um diálogo quase unilateral.

A palavra quase revela que existe uma dependência da rede social em relação ao sujeito, porque se não sensibilizar, se não influenciar o cliente, o veículo se torna ineficaz. Toda rede impressa e visual determina modos de existência, de subjetividade e de relacionamento, mas a nova mídia, representada pela internet, amplia o potencial de produção subjetiva.

Não podemos negar que a mídia virtual favorece o desenvolvimento de capacidades cognitivas e perceptivas (Belloni, 2005), mas, por outro lado, gera maior dependência no sujeito e pode diminuir o campo das relações concretas, modificando a "textura" das mesmas (Megale & Teixeira, 1998). Inserido na cibercultura, o sujeito se depara com uma nova forma de se relacionar com a realidade.

 Através da realidade virtual, o cliente insere-se num mundo que apresenta inúmeras possibilidades de realização de seu desejo, um mundo que não possui barreiras. Apesar de existir uma diferença entre a imagem virtual e a imagem de representação do real, o freguês, confundindo o que é da ordem emocional com o que é virtual, lida com as imagens virtuais como possibilidades de concretizarem o mundo ideal almejado.

No ciberespaço, as imagens virtuais são uma simulação do real. Nele "a imagem não mais representa o real, mas ela o simula" (Gevertz, 2002, p. 267). Esta simulação não pretende representar este real, mas, de fato, sê-lo. Gevertz (2002) diz que "a lógica da simulação não pretende mais representar o real com uma imagem, mas, sim, sintetizá-lo, em toda sua complexidade. "(Gevertz, 2002, p. 267).

A nova rede social não tem espaço físico determinado, a não ser pelos milhares de computadores pessoais interconectados, assim as limitações são menores. O sujeito pode convidar vários outros para a conexão, para interação. Os limites de tempo, espaço e da realidade são superados no espaço virtual.

As publicações do psicólogo veiculadas na rede social, através da possibilidade de simulação do real, ganham um potencial de realidade e de proximidade de cada indivíduo que são verdadeiramente irresistíveis. O apelo da rede social virtual é ainda maior porque produz uma ficção de liberdade e exclusividade.

Cada usuário tem um acesso ilimitado e exclusivo ao campo da informação recebida sobre acolhimento psicológico. A informação é só minha e posso falar o que desejar sobre ela. As ofertas de cartaz estão à disposição do desejo do cliente; não são impostas como na mídia televisiva.

O indivíduo, com um simples clicar no mouse, pode abrir um horizonte de informações sobre psicoterapia com total autonomia e exclusividade, e muitas vezes tem o direito de criticar o site que disponibilizou a divulgação. E isso acontece com a publicação do psicólogo que é criticada pelo potencial usuário de modo não desvelado.

 Assim, a rede virtual interfere em nossas noções internas de tempo, espaço e liberdade, promovendo verdadeiras revoluções na lógica clássica dessas noções. O espaço é ilimitado, a limitação é da memória de seu computador. A liberdade alcançou níveis não pensados pelos revolucionários modernos.

A noção de tempo apresenta-se sob dupla forma, como a busca pelo imediato, pelo urgente, sem o tempo da espera, e como negação do fluir do tempo através da recusa de uma conexão histórica com o outro, pois a rede da virtual captura e aprisiona o cliente em sua solidão, mas essa solidão pode ser transmitida via satélite. E o psicólogo tenta demover o cliente desta solidão por entre a influição prospectiva.

 


Referência Bibliográfica

BELLONI, M. L. (2005). O que é Mídia-Educação? Campinas, SP: Autores Associados. 

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

FREUD, Sigmund. Totem e Tabu. In: Sigmund Freud: Obras Completas. (Vol. 11). Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 14-244. Trabalho original publicado em 1912.

MARTINS, J.C. (2008). Psicoterapia com líderes religiosos. In C. Bruscagin, A. Savio, F. Fontes, & D. M. Gomes, Religiosidade e psicoterapia (pp.141-155). São Paulo, SP: Roca.

MEGALE, F. C. S. & Teixeira, J. (1998). Notas Sobre a Subjetividade em Nossos Tempos. Psicologia: Ciência e Profissão, 18(3), p. 48-53.

GEVERTZ, S. (2002). Um olhar psicanalítico à sociedade contemporânea. Revista Brasileira de Psicanálise. 36(2), 263-276.

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Dinâmica Poder Instituições - Psicanálise

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para observar a dinâmica de poder na organização a qual trabalha. Claro! Vou explicar a dinâmica de poder em uma organização, utilizando conceitos da psicanálise, de forma que seja compreensível para o leitor. A dinâmica de poder em uma organização pode ser entendida como o modo como as relações de poder se estabelecem e são constituídas entre as pessoas que fazem parte dela. Na psicanálise, podemos analisar essa dinâmica a partir de dois conceitos importantes: o ego e o superego. O ego representa a parte da mente responsável pela tomada de decisões e pela interação com o mundo externo. Ele busca equilibrar as demandas do indivíduo e as exigências sociais. Nas organizações, o ego pode ser associado aos líderes, gerentes ou diretores, que exercem autoridade e têm poder de decisão sobre os demais membros da equipe. Já o superego está relacionado às normas, valores e regra...

Angústia Da Ausência De Clareza De Informações

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um sujeito que trabalha como fiscal de caixa em um supermercado e é psicólogo está angustiado porque não consegue perceber um caminho para ser contratado como psicólogo em alguma instituição e compreende que a ausência de Clareza gera angústia que está lhe fazendo mal. Na psicanálise, podemos entender essa situação analisando os três sistemas psíquicos: id, ego e superego, bem como os conceitos de angústia e desejo. O conflito interno: O id representa os desejos e impulsos mais profundos. Nesse caso, o desejo do sujeito é trabalhar como psicólogo, porque isso se alinha ao que ele valoriza e ao prazer de ajudar os outros. O superego é a parte crítica, que internaliza normas e regras sociais. Ele pode estar julgando o sujeito por não ter "chegado lá" ainda, criando sentimentos de culpa e cobrança. O ego, que é o mediador entre o id e o ...

Luto Pela Demissão

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Vamos pensar juntos de forma bem didática, passo a passo, usando a psicologia organizacional para entender esse processo de desligamento emocional e o luto pela demissão. 1. O que é desligamento emocional? Na psicologia organizacional, desligar-se emocionalmente da empresa significa aceitar que aquele ciclo profissional acabou e começar a reconstruir sua identidade fora daquela função. É como terminar um relacionamento: mesmo que o contato físico tenha acabado (foi demitida), a mente e o coração ainda estão presos lá. 2. O que é o luto pela demissão? O luto organizacional é o processo emocional que uma pessoa passa quando perde o trabalho. Não é só tristeza: envolve choque, negação, raiva, tristeza, até chegar à aceitação. Como no luto por alguém que morreu, o cérebro precisa de tempo para entender e reorganizar a vida sem aquela rotina, stat...

Psicólogo E O Menor Infrator

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Quais as incitações inconscientes para um psicólogo aceitar a trabalhar numa clínica de reabilitação de menor infrator numa função inferior como educador social de menores infratores. A tendência de um indivíduo de se colocar em posições e papéis que geram conflitos, discussões e brigas pode ser explicada através de conceitos como o princípio do prazer, o princípio da realidade e os mecanismos de defesa. De acordo com Sigmund Freud, fundador da psicanálise, o princípio do prazer refere-se ao desejo humano de buscar prazer e evitar o sofrimento. No entanto, o princípio da realidade impõe limites a esse princípio do prazer, considerando as demandas e restrições do mundo externo. Quando uma pessoa busca consistentemente situações que envolvem conflitos, discussões e brigas, isso pode estar relacionado a padrões de comportamento aprendidos ao longo da vida,...

Desejo, Frustração e Narcisismos Nas Relações Virtuais

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um indivíduo está utilizando um aplicativo de relacionamento e se vê preso a uma dinâmica repetitiva: deseja mulheres que não o desejam e rejeita aquelas que demonstram interesse por ele. Essa experiência, embora comum, revela aspectos profundos da estrutura psíquica do sujeito, especialmente sob a ótica da psicanálise. O desejo do sujeito não está apenas direcionado às mulheres, mas àquilo que elas representam para ele. Ele projeta sobre as mulheres mais bonitas e jovens um ideal de beleza, juventude e valor social. Desejá-las é, para ele, uma forma de se aproximar do seu próprio ideal do eu — uma imagem idealizada de quem gostaria de ser. Assim, não se trata apenas de querer o outro, mas de desejar ser desejado por esse outro idealizado. Isso é o que Lacan chama de “desejo do desejo do Outro”. Ao desejar ser objeto do desejo dessas mulheres, o ...