Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo tem a intenção de descrever para o leitor a influição que é a
atuação ou influência de uma pessoa em Outra e os meios que o indivíduo
manipula para alcançar os objetivos. Uma minoria psicológica pode ser um
indivíduo encarregando-se de influenciar uma maioria de pessoas a sua volta
manejando os meios virtuais e recursos tecnológicos a seu favor nas redes
sociais.
O
indivíduo, traz a representatividade de um sujeito constituído por saberes acadêmicos,
conhecedor da psicologia de propaganda, que está bem organizado no seu lugar
próprio de psicólogo observador dos comportamentos de clientes frente as redes
sociais, praticando a influência social escrita e imposta por ordem da ciência
psicologia.
O
leitor sabe que uma das grandes conquistas das sociedades democráticas modernas
é a consagração da liberdade individual e do livre arbítrio enquanto princípios
inalienáveis de qualquer ser humano. Na ausência de opressão de regimes
ditatoriais agimos de acordo com um conjunto de princípios e valores cujos mais
elementares são, em geral, largamente difundidos e partilhados.
Mas,
está dizendo isto dizer que não somos influenciados nos nossos julgamentos,
atitudes e crenças? Lógico que não. O leitor entende que em algumas situações
poderá ser influenciado por outrem.
A
sua posição sobre um dado assunto é capaz de mudar um pouco em função da
opinião daqueles por quem nutre respeito intelectual; e quando indeciso poderá
ter tendência a ser influenciado pelos grupos de pessoas com quem se
identifica; e por vezes poderá até assumir atitudes que à partida nunca pensou
que aceitaria porque é influenciado por aqueles, que, de uma maneira ou de
outra, são importantes para si.
Assim
dizendo, haverá sempre conjunturas sociais que o levarão a mudar de opinião ou
até agir contra aquilo em que acredita só para se conformar com os outros, ou
para responder de acordo a alguém com maior estatuto social do que o próprio
leitor. Alguém é influenciado socialmente quando o seu comportamento se altera
na presença real ou imaginária de outrem.
O
psicólogo faz uso da propaganda e o consumo, como dito, toda propaganda visa
influenciar seu público. E no caso da propaganda comercial [a publicidade] o
objetivo é exatamente convencer seu público a comprar algo. Para tanto, a
publicidade estuda o comportamento de cada público específico a que será
direcionada e elabora estratégias para tentar convencê-lo, fazendo uso da
compulsão a repetição da edição. [...] Freud no seu texto “Recordar
repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da
compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado
esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto
mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou
o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Porém,
é bom lembrar que, em parte, a propaganda só reflete o comportamento de seu
próprio público e há ainda diversos outros influenciadores de consumo, como
algumas novelas, filmes e seriados, alguns canais de Youtube dedicados a
determinados assuntos, exemplo, Vlogs ou Blogs de moda que pregam a ostentação,
Blogs de leitura entre outros
A
influência social foi definida por Secord Backman (1964) como ocorrendo quando
“as ações de uma pessoa são condição para as ações de outra”. Ou seja, podemos
dizer que o comportamento de alguém foi influenciado socialmente quando ele se
modifica na presença de outrem.
É
preciso notar que, para que esta definição se adeque ao campo da psicologia
social onde se originou, é necessário acrescentar que está “presença de outrem”
não é necessariamente real. Esse outrem pode ser apenas imaginado, pressuposto
ou antecipado sem que os fenômenos provenientes dessa influência cessem de
ocorrer.
Podemos
através da história notar vários autores municiado de influição social, Sigmund
Freud, Skinner, Wundut, Kurt Lewin. Agora dentro do século XXI encontramos Elon
Musk, Bill Gates, o apresentador de Televisão Silvio Santos, Faustão, o Fausto
Silva Da Band, Willian Bonner Jornalista da Tv Globo, pastor Silas Malafai,
padre Marcelo Rossi dentre outros. Encontramos também os presidentes da Ucrania
e da Russia, países em guerra que estão influenciando todo o mundo por meio de
uma guerra bélica.
Podemos
achar os influencers nas redes sociais. Cada indivíduo influencia a psiquê das
pessoas de algum modo, seja para o bem ou mal. Indivíduos que influenciam até a
bolsa de valores fazendo uso da moeda bitcoin por serem guarnecidos de
dinheiro. Por eu ortografar este artigo é notório que fui influenciado por
algum autor da psicologia e neste caso foi o psicanalista Freud.
Mas,
vou grafar o texto de modo a manipular as teorias da psicologia. Neste momento
enquanto você leitor lê o tema, estará sendo influenciado pela linguagem
escrita carregada de emoções e argumentos. Este editorial tem a intenção de
influição, exercer a influência sobre você leitor através dos saberes do
psicólogo.
A
influência social é uma das bases que define nossos comportamentos
dialeticamente, ou seja, modelando nossos comportamentos e sendo modelada por
nossas respostas em retorno. Definindo, na maioria das vezes
subconscientemente, por exemplo, que roupa vamos utilizar, quais comportamentos
são adequados em determinado ambiente, o que devemos e não devemos fazer
durante uma fase de desenvolvimento e diretamente e indiretamente influenciando
as leis de uma nação.
Os
principais mecanismos dessa modelagem, segundo a psicologia comportamental ou
behaviorismo, estão no reforçamento e punição. Sendo mais eficazes de acordo
com a assertividade e a retórica do agente influenciador.
Assim
por exemplo um colega de trabalho pode mediar comportamentos em outro colega com
quem tenha empatia sorrindo e elogiando quando ele executar uma conduta que lhe
seja considerado como agradável e desejável e ficando com raiva e criticando a
postura que ele considere desagradável e indesejável. [...] Em sua obra
“Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a
repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade
alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.
Abordando
a influência social às claras, cito o exemplo, uma situação criada de um post
de acolhimento psicológico, vai ilustrar muito bem o que é influência social as
claras. O post circula pela rede social, e uma senhora acabou de olhar para o
anuncio com os dizeres, Acolhimento Psicológico Com Valores Sociais. Se não
agora, quando será? E uma figura de uma pessoa senta de frente para outra,
ilustrando uma sessão de psicoterapia. Ligue para o telefone XX YYY-6288 e peça
informações.
Este
folder tem a influência, principalmente a de persuasão para induzir a senhora a
adquirir o acolhimento psicológico e com uso de verbo no imperativo com a ideia
de ordem, onde as cores do folder são pretas e vinho claro, também influenciam
muito e a própria imagem de uma pessoa qualquer em sessão de psicoterapia para
compra.
Esta
senhora acabou de visualizar o folder e como resposta se imaginou sentada na
cadeira em sessão de psicoterapia e mediante isto temos, o folder foi feito
para estimular visualmente a aceitação e venda do acolhimento psicológico,
passando uma visão de aceitação benéfica da psicoterapia, e mesmo que a senhora
saiba que a psicoterapia é excelente para saúde mental e física a propaganda
estimula somente o prazer que a psicologia é capaz de beneficiar. A propaganda
influencia muito, pois, a senhora enxergando o folder fica cada vez com mais
vontade de consumir a psicologia para o seu bem estar.
Esta
senhora no momento que olhou para os dizeres, de pronto foram gravados na
memória e em seguida recalcados no inconsciente, encaminhando-a pensar se neste
momento por meio de uma incerteza, precisa cuidar de sua saúde mental ou não.
Vamos
entender que a propaganda despertou a curiosidade ingênua de apenas desejar
saber o preço social da psicoterapia, conduzindo a ação de ligar para o
telefone exposto no folder. Neste requisito a propaganda cumpriu o seu papel,
pois influenciou de modo positivo a cliente a buscar o preço do produto para
que possa consumi-lo em tempo apropriado.
Demonstra
como as propagandas podem nos fazer querer produtos mesmo que não precisamos
deles no momento. No fundo, trata-se de influência social às claras, que
provocou no cliente, curiosidade, saber o honorário para ter certeza se, se
encaixa no seu orçamento e a emoção de incerteza quanto ao seu estado mental.
Com
isto compreendemos que o psicólogo ao criar o seu post deverá ter em mente que
sua publicidade pode sugestionar ou não o usuário, dependendo dos processos
psicológicos básicos, exemplo percepção e sensações.
E
a influência social às escuras, para entender a influência social às escuras,
vamos tomar como ponto de partida um conceito central da psicologia, o de
quadro de referência. Este conceito refere-se à tendência generalizada que os
indivíduos apresentam para organizar as suas experiências, estabelecendo
relações, em cada momento, entre estímulos internos e externos, criando
unidades funcionais que fornecem limites e significado àquilo que é
experimentado. Podemos ancorar o folder de acolhimento psicológico no quadro de
referência para que o leitor trabalhe a imaginação nesta situação.
Agora
tomando ainda a ilustração acima, caso a senhora não manifeste nenhuma ação é
possível inferir que o folder não incitou sensações agradáveis suficiente afim
de ativar uma mudança de proceder como a curiosidade, denotando que talvez a
cliente não precise cuidar de sua saúde mental ou não tem interesse a assuntos
que se referem a psicologia.
Ou
ainda suas crenças a limitam a mover-se em direção a psicologia. É possível
também que o cartaz tenha produzido sensações desagradáveis na psiquê da
senhora por entre os dizeres, levando-a recusar e negar por meio do mecanismo
defesa recusa e negação.
Basicamente,
porque as sensações não dependem apenas das qualidades da estimulação, mas
também, em muito, da situação em cada sensação num dado quadro de referências subjetivo,
onde se relaciona com outras experiências relevantes e acessíveis do indivíduo.
Neste caso, a sensação estimulada pelo folder depende sempre de uma comparação
implícita com a experiência imediatamente anterior com a psicologia.
Este
fenômeno de organização da experiência à volta de um quadro de referência é tão
geral que possui influência em áreas tão diversas como a percepção, a
estimativa de grandezas físicas, a memória, o afeto ou a personalidade.
Segundo
Musafer Sherif, este processo de “influência às escuras”, é o fundamento
psicológico que se encontra na base da formação de normas culturais como
fenômeno generalizado. “A uniformidade de padrões dentro de uma mesma cultura,
que vai desde a maneira de usar talheres à mesa até às formas que o flerte é
assumido é sintoma de um fundamento psicológico comum”.
Daí a necessidade de estudar a formação de
quadros de referência, para aclarar o modo como as atitudes, poder aquisitivo, preconceitos
contra a psicologia, valores morais, religião e crenças [quadros de referência
individuais] se inter-relacionam, desde a sua gênese, com as normas grupais e
culturais [quadro de referência sociais].
A
esta altura, refere-se de influência social as escuras, porque não engendrou
reação explicita alguma na senhora, mas podemos presumir que houve reação
inconsciente de recusa e negação quanto ao chamamento para acolhimento
psicológico.
Portanto
um sujeito influenciável, em um conceito de fácil entendimento, é aquele que
possui certo grau de obediência perante regras estabelecidas por outro
indivíduo, assim como por uma religião, política ou até mesmo a sociedade. Isso
quer dizer que pessoas influenciáveis não possuem capacidade de manifestar suas
próprias vontades, pois estão focadas em satisfazer e seguir o comportamento de
outros.
Se
você acredita estar no grupo de pessoas que sofrem influência dos demais, saiba
que é importante descobrir o porquê. E mais importante, como deixar de ser um
sujeito influenciável e como ter suas opiniões e ideias sem interferência de
outras pessoas.
Alguns
aspectos que favorecem a influição é a relação íntima com certas pessoas, a
família, parentes e amigos mais próximos são aqueles que mais exercem
influência sobre você, suas escolhas e maneira de se comportar. Os exemplos são
diversos, na escolha da profissão, do time de futebol favorito ou preferência
religiosa, na escolha particular do médico listado no convenio e até na escolha
do psicólogo.
Na
relação com a sociedade, em um grupo maior de membros, há aquelas que inspiram valores
e comportamentos, como é o caso da influência política. Tem-se a mídia
atualmente como um dos maiores influenciadores em massa.
E
os fatores psicológicos, é aqui que a psicologia entra, pois nossa motivação,
personalidade, crenças, atitudes, percepções e aprendizagem são fortemente
influenciadas. É bom refletir sobre o que as influências fazem com sua vida esse
é o ponto inicial. Nem toda influência é ruim, pelo contrário, algumas nos
favorecem e nos fazem pessoas melhores. E você leitor se segue alguma religião se
permita ser influenciado pela psicologia e constará que é muito bom, pois lhe
possibilita cuidar da saúde mental de modo adequado e eficiente.
Contudo,
o jogo pode ser perigoso quando envolve valores e comportamentos questionáveis,
aqueles que não só podem prejudicar a vida do influenciável, mas também das
pessoas ao seu redor [família e relacionamentos, por exemplo]. O que mais pode
fazer diferença na vida de pessoas influenciáveis é o desenvolvimento da
autoconfiança. E a psicologia vem de encontro a aquele que está com baixa
autoconfiança a fim de fortalece-lo.
Esse
sentimento parte do princípio de que nós devemos criar nosso poder pessoal e
garantir a determinação em sempre realizar nossos propósitos. Ser autoconfiante
é firmar um compromisso com si mesmo, isto é, é mostrar que você é capaz, que
pode confiar em si e que não precisa de decisões de outras pessoas para
manter-se na rede social ou qualquer outro ambiente.
Outro
ponto é integrar a religiosidade e a espiritualidade dos clientes durante a
psicoterapia requer postura ética, conhecimento e habilidades para alinhar as
informações coletadas sobre as crenças e valores ao benefício do processo
terapêutico (Martins, 2008; Peres et al., 2007). A religião exerce influência nas
vidas dos indivíduos que se posicionam nas redes sociais, uma vez que a
religião é a própria pessoa.
Há
pessoas religiosas, em pleno século XXI, que ainda tem preconceitos contra a
psicologia, por tanto exercer influência sobre essas pessoas é um pouco difícil,
porque são resistentes e operam por meio do mecanismo defesa resistência.
E
caso a publicação do psicólogo se dê em meio a rede social ao qual é composta
por uma maioria psicológica de usuários evangélicos, ele se acha na posição de
minoria psicológica e haverá muita resistência para exercer a influição sobre
esses indivíduos por meio de sua editoração de acolhimento psicológico.
Rememorando a teoria de campo de Kurt Lewin, onde maioria e minoria pouco têm
ligação demográfica, isto é, uma maioria psicológica não é determinada pela
quantidade de pessoas.
A
maioria psicológica evangélica é formada por fanpages que são grupo de pessoas na
rede social que dispõe de estruturas para se autodeterminar, tem autonomia, ou
em outras palavras, escolhem livremente sobre o que apenas a si próprio diz
respeito sobrea ideologia espiritual ou direito de se governar por leis
próprias como a religião e não aceitam serem orientadas pela ciência psicologia
por que tem um administrador da fanpage que bloqueia o acesso da psicologia.
Então
as maiorias psicológicas tendem a ser manipuladas pelas próprias maiorias
psicológicas evangélicas. Neste caso um administrador da fanpage influencia a
maioria psicológica evangélica.
E a minoria psicológica é o psicólogo
individual que não tem autonomia para se afirmar e influir sobre a maioria
psicológica evangélica, pois depende e está à mercê da boa vontade dos evangélicos
na rede social para assalariar os seus serviços psicológicos. Seus direitos e
sua autonomia ficam comprometidos. Ou melhor, não tem direito de se governar
por leis próprias como a psicologia.
Digo,
o psicólogo é capaz de se sentir tutelado, sujeito a obediência imposta pelos
cristãos na rede social que causam dissentimento no que se refere a psicologia
por ter como opositor ao seu trabalho o administrador da fanpage.
O
psicólogo minoria psicológica precisaria bombardear com inúmeras publicações de
acolhimento essa maioria evangélica, repetidas vezes por meio de uma compulsão
a repetição na esperança de que o desfecho influição seja aceito. Imagine agora
leitor, a sua rede social, seja qual for. O número de amigos que contem na sua
rede é o número de pessoas sujeitas a influição de qualquer natureza.
Suponhamos
que você tem 350 amigos e 50% professam alguma religião, 30% são amigos antes
de você se tornar psicólogo e os 20% restante são conhecidos. E você examina
que os gostos de preferência das publicações são assuntos fúteis que não
agregam saber, conhecimento que encaminhe ao desenvolvimento e evolução do
indivíduo.
Confirmando
que estes indivíduos são influenciáveis por magazines, pratos de comida,
viagens, aniversários, notícias de guerras, artes e pinturas de quadros,
selfies e por aí vai. Ou ainda quando persuadidos com informações sobre saúde
mental, mal sabem se posicionar nas redes socias com a intenção de opinar ou
compartilham a informação sem antes fazer uma reflexão sobre o tema em vigor,
agindo como meninos. [...]Mecanismo defeso regressão é um retorno a um
nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou
mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento
realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade.
Exercer
a influência sobre essas pessoas, não é algo simples e fácil. Pois, a
resistência a aceitação da profissão de psicólogo no meio é alta. Entre amigos
e conhecidos você não pode exercer a profissão por questão ética. Já no meio
dos 50% que se situam os que professam alguma religião, estão alguns conhecidos
e amigos, por tanto se torna inviável acolhê-los.
O
que restar ainda será maioria psicológica e o psicólogo minoria psicológica.
Para que o psicólogo tenha resultado, ele deve investir em outras fanpages de
outros grupos, mas corre o risco de ser bloqueado pelos administradores das
fanpages e podendo até perder a página por estar descumprindo uma regra da rede
social.
Alargar
os horizontes para demover-se da sua zona territorial de conforto em direção a
aumentar a região demográfica virtual, por meio de impulsionamento pago, porque
neste local onde o psicólogo está inserido é nula a influição. O psicólogo alienado em momento algum se detém
na observação e analise se suas práticas estão adequadas para o meio ao qual
está inserido e a repetição de condutas que não geram resultados satisfatórios
contribuem para exagerar a raiva.
Incorrem,
isto é, caem na influência da frustração e por meio do mecanismo defesa
deslocamento, cumprem o cessar da raiva em pessoas próximas, exemplo, irmão,
amigos, figuras paternas, namorados, esposas e o que você pensar agora enquanto
lê o texto e são capazes até de punir-se desistindo da psicologia. [...]
Deslocamento, este mecanismo está relacionado à sublimação e consiste em
desviar o impulso de sua expressão direta. Nesse caso, o impulso não muda de
forma, mas é deslocado de seu alvo original para outro. Exemplo, ao ser
despedido de uma empresa, um funcionário leal sente raiva e hostilidade pela
forma como foi tratado, mas usualmente tem dificuldade de expressar seus
sentimentos de forma direta.
Para
melhor ilustrar maioria e minoria psicológica, exemplifico com o exemplo
seguinte, na cidade temos o prefeito e os vereadores considerados minoria
psicológica que tem o direito de legislar sobre os habitantes maioria
psicológica. No estado o trabalho do governador acontece em parceria com os
deputados estaduais e com os deputados federais, que formam a minoria
psicológica, que podem garantir melhorias para seu estado e com direito a
legislar sobre as cidades do estado que compreendem a maioria psicológica.
E
no governo é o presidente com o congresso de senadores e deputados que compõem
a minoria psicológica junto com outros órgãos que exercem o direito a
legislação sobre o país que abarcam a maioria psicológica de habitantes.
Desse
modo a promulgação do trabalho do psicólogo, é uma atividade de dispêndio de
energia libidinal, um investimento desnecessário sem retorno no feedback. E as
vezes o psicólogo recente não observa a rede social que está inserido e
permanece investindo energia em cartazes sem retorno, gerando decepção, uma
séria de questionamentos do porque não consegue clientes pagos ou gratuitos.
Em
se tratando do ambiente virtual que afeta o comportamento, assim como a postura
afeta o ambiente. Essa é uma das principais proposições da psicologia
ambiental, área que estuda a inter-relação entre a conduta humana e o ambiente
que o circunda, seja ele construído ou natural.
Se
o ambiente tem o poder de influenciar nossas escolhas e hábitos, então é
possível planejá-lo para que incentive escolhas mais sustentáveis. E as redes
sociais oferecem uma forma de fazer isso. Podemos considerar que a ação das
pessoas no espaço virtual em que vivem se dá por dois caminhos, o primeiro,
quando o indivíduo age sobre a realidade, e o segundo, quando é a realidade do
espaço virtual que determina as escolhas do indivíduo, por entre as
publicidades de marketing.
Um
exemplo que ilustra essa situação é o uso da psicoterapia online. Muitas
pessoas tendem a usar a terapia online apenas como opção de comodismo por
questões de atitude de privilegiar o próprio bem-estar. A escolha é feita porque, em geral, no espaço virtual
não precisariam demover-se no deslocamento casa-consultório presencial que as
vezes não oferecem aconchego necessário.
Temos,
nesse caso, uma situação em que as condições do ambiente virtual determinam os
hábitos dos clientes. O ambiente físico pode potencializar ou inibir diferentes
atividades. Está ligado ao conceito de territorialidade, que é a relação entre
o grupo social a que pertencemos e o ambiente onde esse grupo está.
Ao
fazer parte de um grupo rede social, moradores de um bairro ou de uma rua, por
exemplo, criam-se um território ao qual esse grupo pertence e passa a ter uma
perspectiva de gestão desse espaço virtual. Entender como o espaço virtual foi
planejado e construído e como é utilizado ajuda a evitar conflitos e a pensar consciente
sobre como está sendo influenciado positivamente ou negativamente.
Exercer
a influência, ou em outras palavras, ato ou efeito de influir, ação que uma
pessoa ou rede social exerce sobre outra, prestígio, crédito, ascendência,
predomínio, poder. Chamo a atenção, pois agir sobre uma pessoa, não quer dizer
necessariamente que você vai conseguir seus objetivos. Essa ação deve ser
planejada, adequada e nem sempre conquistada as vezes devido a preferência do
produto do freguês.
Antes
de tudo deve-se pensar que para influenciar é necessário haver credibilidade
junto à pessoa que se pretende influenciar. Ouço muito nas redes socias de
profissionais que vendem cursos para psicólogos recentes que é preciso se
posicionar, mostrar autoridade, entretanto em momento algum dizem que para
construir isto leva-se tempo e dedicação, credibilidade e ética. Assim sendo,
ninguém influencia ninguém da noite para o dia.
Credibilidade
não é algo fácil de conseguir. Por isso, faz-se urgente trabalhar nosso
comportamento para a conquista das habilidades indispensáveis. Esse aspecto nos
transporta ao pensamento de Elaina Zuker que define influência como um conjunto
de habilidades interpessoais que podem ser aprendidas, praticadas e dominadas.
Fazem
parte desse conjunto de habilidades o ganhar credibilidade, saber ouvir,
intuição, empatia, gentileza, flexibilidade e sintonia. E ainda, saber identificar
as estratégias que as pessoas utilizam para tomar decisões, comunicação e
argumentação eficazes, estruturar ideias e comportamentos flexíveis.
Desenvolver
o autoconhecimento, autoconfiança e um desejo de autoridade tudo isso de
maneira discreta. Importante, um excelente exercício para a reflexão sobre
influência é pensar sobre o que influencia você leitor. O psicólogo procura ter
o domínio do maior veículo de influência sobre a subjetividade, que talvez
sejam as propagandas, que criam hábitos e verdades. [...] Esse medo
marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como
desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
O
poder dos anúncios de produzir o consumo de produtos é massivo sobre os
indivíduos. As propagandas determinam a utilização de produtos e ideais de
vida. Todos conhecem as famílias perfeitas dos comerciais de cereais oferecidos
como refeições matinais.
O
profissional da saúde sabe que as propagandas capturam e alienam os sujeitos em
sua rede de persuasão. É importante ressalvar que a alienação é um elemento
inerente a toda forma de comunicação. Todavia, a alienação impressa no diálogo
do sujeito com rede social é maior, porque não existe um equilíbrio no jogo de
forças, rede tem mais poder. Podemos pensar em um diálogo quase unilateral.
A
palavra quase revela que existe uma dependência da rede social em relação ao
sujeito, porque se não sensibilizar, se não influenciar o cliente, o veículo se
torna ineficaz. Toda rede impressa e visual determina modos de existência, de
subjetividade e de relacionamento, mas a nova mídia, representada pela
internet, amplia o potencial de produção subjetiva.
Não
podemos negar que a mídia virtual favorece o desenvolvimento de capacidades
cognitivas e perceptivas (Belloni, 2005), mas, por outro lado, gera maior
dependência no sujeito e pode diminuir o campo das relações concretas,
modificando a "textura" das mesmas (Megale & Teixeira, 1998).
Inserido na cibercultura, o sujeito se depara com uma nova forma de se
relacionar com a realidade.
Através da realidade virtual, o cliente insere-se
num mundo que apresenta inúmeras possibilidades de realização de seu desejo, um
mundo que não possui barreiras. Apesar de existir uma diferença entre a imagem
virtual e a imagem de representação do real, o freguês, confundindo o que é da
ordem emocional com o que é virtual, lida com as imagens virtuais como
possibilidades de concretizarem o mundo ideal almejado.
No
ciberespaço, as imagens virtuais são uma simulação do real. Nele "a imagem
não mais representa o real, mas ela o simula" (Gevertz, 2002, p. 267).
Esta simulação não pretende representar este real, mas, de fato, sê-lo. Gevertz
(2002) diz que "a lógica da simulação não pretende mais representar o real
com uma imagem, mas, sim, sintetizá-lo, em toda sua complexidade.
"(Gevertz, 2002, p. 267).
A
nova rede social não tem espaço físico determinado, a não ser pelos milhares de
computadores pessoais interconectados, assim as limitações são menores. O
sujeito pode convidar vários outros para a conexão, para interação. Os limites
de tempo, espaço e da realidade são superados no espaço virtual.
As
publicações do psicólogo veiculadas na rede social, através da possibilidade de
simulação do real, ganham um potencial de realidade e de proximidade de cada
indivíduo que são verdadeiramente irresistíveis. O apelo da rede social virtual
é ainda maior porque produz uma ficção de liberdade e exclusividade.
Cada
usuário tem um acesso ilimitado e exclusivo ao campo da informação recebida
sobre acolhimento psicológico. A informação é só minha e posso falar o que
desejar sobre ela. As ofertas de cartaz estão à disposição do desejo do cliente;
não são impostas como na mídia televisiva.
O
indivíduo, com um simples clicar no mouse, pode abrir um horizonte de
informações sobre psicoterapia com total autonomia e exclusividade, e muitas
vezes tem o direito de criticar o site que disponibilizou a divulgação. E isso
acontece com a publicação do psicólogo que é criticada pelo potencial usuário
de modo não desvelado.
Assim, a rede virtual interfere em nossas
noções internas de tempo, espaço e liberdade, promovendo verdadeiras revoluções
na lógica clássica dessas noções. O espaço é ilimitado, a limitação é da
memória de seu computador. A liberdade alcançou níveis não pensados pelos
revolucionários modernos.
A
noção de tempo apresenta-se sob dupla forma, como a busca pelo imediato, pelo
urgente, sem o tempo da espera, e como negação do fluir do tempo através da
recusa de uma conexão histórica com o outro, pois a rede da virtual captura e
aprisiona o cliente em sua solidão, mas essa solidão pode ser transmitida via
satélite. E o psicólogo tenta demover o cliente desta solidão por entre a
influição prospectiva.
Referência
Bibliográfica
BELLONI,
M. L. (2005). O que é Mídia-Educação? Campinas, SP: Autores Associados.
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD,
Sigmund. Totem e Tabu. In: Sigmund Freud: Obras Completas. (Vol. 11). Tradução
de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 14-244.
Trabalho original publicado em 1912.
MARTINS,
J.C. (2008). Psicoterapia com líderes religiosos. In C. Bruscagin, A. Savio, F.
Fontes, & D. M. Gomes, Religiosidade e psicoterapia (pp.141-155). São
Paulo, SP: Roca.
MEGALE,
F. C. S. & Teixeira, J. (1998). Notas Sobre a Subjetividade em Nossos
Tempos. Psicologia: Ciência e Profissão, 18(3), p. 48-53.
GEVERTZ,
S. (2002). Um olhar psicanalítico à sociedade contemporânea. Revista Brasileira de Psicanálise. 36(2), 263-276.
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