Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo
CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a obter o esclarecimento do significado
quando pronunciamos Não Sei ou Eu Não Sei ao darmos uma resposta diante de uma
pergunta. E dificilmente paramos para reflexionar sobre a resposta dada ao
outro como eu não sei ou não sei. Ao tentarmos desvelar os significados desta
resposta eu não sei, é preciso mudar a atenção seletiva, digo, subtrair de cima
do pensamento eu não sei em direção a aprofundarmos na compreensão de alguma
resposta satisfatória.
Por
trás do [eu não sei], existem alguns mecanismos defesa do ego, como mecanismo
defesa raiva; mecanismo defesa medo; mecanismo defesa fuga; mecanismo defesa
esquiva, mecanismo defesa projeção; mecanismo defesa regressão. Os mecanismos
de defesa do ego são processos inconscientes desenvolvidos pela personalidade,
aos quais possibilitam a mente desenvolver uma solução para conflitos ansiedade,
hostilidades, impulsos agressivos, dúvidas, indecisão, desorientação, ressentimentos
e frustrações não solucionados a nível da consciência.
Os
mecanismos de defesa são mecanismos psíquicos inconscientes desenvolvidos para
aliviar a tensão realizada por parte de Id e Superego sobre o Ego. Durante este
processo realizado por Id e Superego, quando esta tensão é prolongada, surgem
as neuroses. Para Freud, a defesa exclui da consciência sentimentos e desejos
desagradáveis ao Ego, tornando o conteúdo inconsciente, recalcado; porém,
evitando um dano maior ao aparelho psíquico, como um surto psicótico, por
exemplo. Dispondo o sujeito a manter-se na compulsão a repetição dos mecanismo
de defesa, seja ele qual for. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir
e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à
repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro
de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior
for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que
esse passado recalcado desperta em nós.
Descubra
quando o [eu não sei], traduz na verdade algo. O que acontece, no entanto,
quando essas perguntas são respondidas, eu não sei. Talvez o resultado mais
frequente depois de um não sei na terapia toma uma direção ligeiramente
diferente. Às vezes, isso pode ser uma forma de resistência na terapia, embora nem
sempre é esse o caso. Também é possível que a pergunta seja reformulada de modo
a provocar uma resposta diferente.
Outro
resultado alternativo é explorar o; eu não sei. Que função ele serve nesse
momento? Como o conhecimento dessas informações pode auxiliar no curso da
terapia ou melhorar o relacionamento terapêutico? Enquanto apenas três
palavras, eu não sei, comunicam poderosamente as informações necessárias sobre
as experiências cognitivas, afetivas e interpessoais de um cliente.
Primeiro,
quando [eu não sei], na verdade é eu realmente não sei. Vou precisar pensar um
pouco. Neste caso, os clientes geralmente não pensaram conscientemente em sua
resposta. Sua intenção é comunicar que eles vão pensar sobre o assunto e talvez
voltar a ele em uma data posterior. Este é um tópico que eles pensaram antes?
Eles julgam que é importante ou sem importância? Eles vão gastar algum tempo
pensando?
Um
psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes
para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na
conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou
de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e realmente não sabe
mais o que fazer e precisa pensar um pouco mais sobre o assunto.
Segundo,
em que hora [eu não sei], na realidade é eu não sei porque estou indeciso em
dúvida. Estar indeciso tem várias implicações importantes na terapia. A
indecisão é um padrão contínuo? O que está por trás da incerteza? Talvez o prospecto
se beneficie da entrevista motivacional e da resolução da indecisão. Como não
está tomando uma decisão que lhe sirva.
Um
psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes
para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na
conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou
de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e realmente é capaz de
estar em dúvida, que ainda não se resolveu ou que tem dificuldade em tomar uma
decisão sobre permanecer insistindo na prospecção ou abdicar-se.
Terceiro,
em que momento [eu não sei], na sinceridade é eu pensei nisso, mas ainda não
percebi. Esse estilo de resposta pode indicar que a pessoa se beneficiaria de
uma abordagem baseada na solução de contrariedades, na qual o empoderamento é
fundamental. Quando, ser importante, é uma decisão necessária? O que eles
acreditam que está ficando no caminho na tomada de decisão? Pode tomar certas
medidas ou conversar com alguém em sua vida resolver essa situação? Como o
psicólogo pode ajudá-los a chegar a passos de curto e longo prazo para
descobrir?
Um
psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes
para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na
conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou
de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e realmente é capaz de ter
pensado que a prospecção não está dando o resultado esperado, porém ainda não
percebeu por agir como alienado frente a prospecção.
Quarto,
em que ocasião [eu não sei], na efetividade é eu não quero falar sobre isso
agora. A motivação por trás dessa declaração
é estabelecer um limite para as discussões. Especialmente em tempos de
construção de confiança, é importante respeitar que os pacientes não querem
falar sobre determinados tópicos. Qual é o entendimento deles sobre por que
eles não querem falar sobre isso? Isso é muito doloroso? Eles se sentem
exaustos ou sobrecarregados? Qualquer resposta do paciente a essa pergunta
fornece informações importantes sobre suas experiências e orientações para o
restante da sessão. Há algo mais que eles prefeririam discutir? Eles acreditam
que o psicólogo saiu do caminho?
Um
psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes
para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na
conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou
de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e não anseia em
reflexionar sobre o tema, sinalizando estar usitando o mecanismo defesa fuga em
direção de escapar da situação desagradável, contudo dá como resposta desviando-se
do tema eu não sei, a resposta vou mudar de cidade.
Quinto,
em que data [eu não sei], na intenção é eu não quero te dizer. Semelhante ao eu
não quero falar sobre isso agora, essa declaração implica um limite. Há algo específico
sobre a pessoa do psicólogo ou a relação terapêutica com esse ponto que impede
a revelação? O que está atrapalhando? É essa informação que eles conversaram
com outras pessoas em sua vida? O que pode acontecer dentro da sessão de
terapia para o paciente se sentir confortável e como promover a segurança
necessária?
Um
psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes
para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na
conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou
de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e não ambiciona
compreender a resistência de medo, divulgando que a emoção de medo o impede de
deslocar-se do limite imposto pelo medo em relação a tomar uma escolha, por
isso não quer falar ao terapeuta o que pensa.
Sexto,
toda vez que [eu não sei], na franqueza é estou envergonhada com medo de lhe
dizer. Frequentemente, os psicólogos inadvertidamente, podem envergonhar os
pacientes, estou envergonhando-os de modo inconsciente. Assim dizendo, se um cliente
disser muitas vezes estou envergonhado, os psicólogos são levados a consolar a
experiência de se sentir envergonhados. Quando isso ocorre a mensagem passada
é, tudo bem em sentir vergonha e assim perpetuar a vergonha. O paciente está
preocupado com o que você está pensando ou vai pensar dele? Como as pessoas
responderam a elas no passado sobre nessa situação ou nesse tema?
Um
psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes
para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na
conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou
de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e se sente envergonhado
porque não alcançou o sucesso e está com medo de verbalizar isso ao terapeuta e
ser julgado, se sentindo culpado por não atingir o sucesso, pensando que o terapeuta
avista o psicólogo como fracassado. [...] Esse medo marcará nossa
memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto
uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de
desamparo” (Freud, 2006, p.162).
É
eficaz que o cliente se faça uma pergunta sim ou não sobre o que ele teme, [por
exemplo, que eu sou uma pessoa nojenta ou você vai pensar menos de mim]. O
psicólogo pode então dar garantias e criar um espaço seguro para eles revelarem
o que quer que tenham se sentido envergonhado em lhe contar [isto é, não, eu
não pensarei menos de você, não, não pensarei nada sobre você, pois este espaço
não existe julgamento. Dado como as pessoas responderam a você no passado sobre
isso, eu entendo por que você pode temer que eu faça o mesmo, mas a resposta é
não.]
Trabalhar
com essa forma de [eu não sei], é capaz de ser extremamente útil para curar
lesões psicológicas passadas em vários tópicos e promover uma forma de
aceitação incondicional da experiência psicoterapia. Em suma, explorar o
significado de [eu não sei] oferece excelentes oportunidades para o crescimento
do paciente e o aprimoramento de relacionamentos. Comunica suavemente a
segurança e os limites nas discussões que são conduzidas pelas experiências
cognitivas, emocionais e interpessoais do paciente.
Como
profissional de saúde mental, desafie-se pessoalmente para explorar suas
próprias formas de [eu não sei] e em quais situações você emprega várias formas
dele. Pergunte aos clientes sobre suas motivações e intenções em torno de [eu
não sei] e novos caminhos terapêuticos serão abertos - aqueles que poderiam ter
sido excluídos anteriormente com essas três pequenas palavras poderosas [Eu Não
Sei].
Interpretando
o [não sei] na perspectiva psicanalítica, interpõe uma distância inconsciente entre
a pessoa e a possibilidade de saber/conhecer, isto é, entre o ego e a
responsabilidade de refletir e construir um significado/solução. Mas insere
também, uma barreira afetiva entre o ego e a possibilidade de sentir. De sentir
algo, tantas vezes desprazeroso, em que se receia/recusa imergir no
inconsciente.
Ao
psicanalista cabe perceber se está perante uma resposta de ofensa, de medo, de
vergonha, ou de admiração, face a uma questão que foi percebida como intrusiva,
desagradável ou desafiante. Poderá ser uma resposta que exprime um conflito
entre o anseio e o receio de saber ou expressar, ou mesmo de tornar consciente
o que de certa forma já foi pressentido. Contudo, como sabemos, por vezes [não
sei] é apenas [não sei].
Em
vez de se olhar o [não sei] exclusivamente como algo que se fecha, podemos percebe-lo
como algo que se abre. Primeiro teremos de bater à porta, entreabrindo-a, como
que a pedir licença para entrar, sabendo que nos temos que mostrar dignos de
confiança e validar esse depósito.
E
finalmente utilizar essa vantagem como passagem comunicativa por ambos aceites.
Afinal, [não saber] é a primeira condição para a investigação e a aprendizagem.
Há que mobilizar o potencial do [não sei] para a vontade de saber. Oferecer hipotéticas
interpretações é uma contingência, apesar disto deve ser feita com as devidas
cautelas, sendo uma delas a clara admissão de que eu não sou tu. O psicanalista
não pode aceder ao inconsciente do cliente se este não lhe facultar, nem se
julgar sabedor do que não sabe.
O
primeiro, Não Sei, [eu realmente não sei e preciso pensar de novo ou nem
quero saber e não estou interessado no tema]. Ou o segundo Não Sei, [mas
isso faz-me lembrar, sentir, pensar…]. E quem sabe o terceiro Não Sei, [que
curioso nunca tinha pensado nisso, acha mesmo que eu poderei saber]. Talvez o
quarto Não Sei quase inaudível [penso que sei, mas ir por aí causa-me
dor…]. Possivelmente o quinto Não Sei, [talvez eu saiba, mas se eu
ousasse dizer, o que você iria pensar de mim ou dos meus pensamentos,
comportamentos....]. De outra maneira o sexto Não Sei, [sei, mas não
confio o suficiente para dizer].
O
primeiro [não sei] é um acesso que se desorganiza, com alguma raiva,
ressentimento, magoa. É claramente uma defesa, motivada pelo mecanismo defesa medo
e da raiva ou de negação da situação. Indica que é cedo para ir por este
caminho, a questão é sentida como intrusiva. Opera neste momento o mecanismo de
defesa projeção, onde projeta no psicanalista os sentimentos que não lograr
defrontar-se como, medo de confrontar-se, insegurança, raiva, ansiedade, culpa
e diante destas emoções aciona inconsciente o mecanismo de defesa da negação,
no qual nega se entrar em contato consigo mesmo para descortinar a realidade
O
segundo [não sei] está repleto de potencial, e é uma entrada entreaberta que suscita
a curiosidade epistemológica e não a curiosidade ingênua, [embora possam não
estar isentos de receio] o, [não sei], sendo mais introspetivo, convida a um silêncio
do psicanalista, que ao criar espaço, permite a reflexão do paciente. O que
leva a entrar em contato consigo mesmo e conhecer suas emoções.
O
Terceiro [não sei] talvez necessite de um ligeiro encorajamento por parte do psicanalista,
por exemplo, um sorriso de assentimento, permitindo depois que o silêncio se
instale e possibilite a reflexão e elaboração do cliente. Permite o cliente
compreender que não sabe de fato e pode perceber o ponto de vista do
psicanalista e é possível saber agora.
O
quarto [não sei], assimila extremamente vulnerável e necessita de validação
empática pelo receio da dor que possa causar o que se venha a desvelar. O
cliente por entre o mecanismo de defesa projeção, projeta a certeza, convicção
que não sabe, mas aceitar o caminho disponibilizado pelo psicanalista lhe
causará angustia, sinalizando estar manuseando inconscientemente o mecanismo
defesa fuga, ou seja, tenta escapar de sentir angustia fugindo da realidade. Neste
ponto, é fundamental que o psicanalista mostre reconhecer e valide as partes do
Ego em conflito com o Id ou Superego e o princípio de realidade.
O
quinto [não sei] recorda apontando um conflito entre a vontade de expor o tema
e o receio de o fazer. Por meio do mecanismo defesa projeção, afasta-se da
realidade projetando sentimentos que não sabe defrontar-se como incerteza,
indecisão quanto ao saber, gerando preocupação com o que o psicanalista pensará
a seu respeito. Sinalizando para o psicanalista de que a relação terapêutica
ainda não é sentida como verdadeiramente segura pelo cliente. Apontando para a
necessidade de trabalhar e aprofundar a aliança terapêutica antes de
prosseguir.
O
sexto [não sei] aparenta um conflito entre o desejo de abordar e o receio de o
fazer. Pelo mecanismo defesa projeção, projeta a baixa autoconfiança em si
mesmo por não defender aquilo que sabe na presença do psicanalista. Com isso aciona
o mecanismo defesa medo para não lidar com a realidade atual. O que leva a
reação aproximação-afastamento, no qual tem desejo de explanar o tema, mas o
medo o contraria, afastando o de confiar no psicanalista. Um sinal de que a
relação terapêutica ainda não é sentida como segura, ausente de preconceitos,
julgamentos pelo paciente. Registra a carência de trabalhar e aprofundar a
aliança terapêutica antes de prosseguir.
A
confirmar este apalpar e sentir do psicanalista, e a importância da sua
responsividade mediante o que avalia, temos o fato de a neurociência nos
mostrar que a visão de soluções para as contrariedades ou incômodos coincide dar-se
quando a parte direita do cérebro trabalha ativamente e o lado esquerdo fica
mais em repouso, deixando de prestar demasiada atenção seletiva aos estímulos
externos, sobretudo aos visuais.
Assim,
quando presenciamos um [não sei], qualquer que ele seja, a nossa atenção seletiva
deve evidenciar se na entoação e nas pistas não-verbais. Se o [não sei] é
acompanhado de um olhar vago, que se afasta do nosso e paira no vazio, podemos
ver aí uma oportunidade de não dizermos nada e de deixar que o cliente entre no
seu mundo emocional.
Se
esse encontro for produtivo, poderemos observar uma reação emocional, ou, pode
acontecer que o hemisfério esquerdo se ative indo em socorro do direito,
tentando dar sentido à recente sensação. Aqui, o contato visual e a comunicação
verbal serão então restabelecidas e é provável que assistamos a um momento de
descoberta, ou, pelo menos, ao abrir claro da admissão. [...] Em sua
obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a
repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade
alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.
Ao
escutarmos [não sei], teremos muitas vezes que tomar decisões rápidas sobre o
que fazer [ou não fazer]. Se estiverem reunidas as condições para que a melhor
ação seja o silêncio, o psicanalista deve respeitá-lo, permitindo ao cliente
encontrar-se com ele próprio e descortinar-se sentindo-se acompanhado e seguro
nessa jornada.
Exemplo,
um cliente diz em sessão: [não sei], mais aonde procurar por emprego.
Discorrendo e descortinado por entre os [eu não sei]. Construímos e
interpretamos o pensamento e reflexionar sobre o assunto. O primeiro, Não Sei,
[eu realmente não sei e preciso pensar de novo ou nem quero saber e não estou
interessado no tema]. Ou o segundo Não Sei, [mas isso faz-me lembrar, sentir,
pensar…]. E quem sabe o terceiro Não Sei, [que curioso nunca tinha pensado
nisso, acha mesmo que eu poderei saber]. Talvez o quarto Não Sei quase
inaudível [penso que sei, mas ir por aí causa-me dor…]. Possivelmente o quinto
Não Sei, [talvez eu saiba, mas se eu ousasse dizer, o que você iria pensar de
mim ou dos meus pensamentos, comportamentos....]. De outra maneira o sexto Não
Sei, [sei, mas não confio o suficiente para dizer].
Respostas:
O primeiro não sei, [se ele já fez de tudo, então não sabe realmente onde
buscar por trabalho e também é capaz de não ansiar por pensar novamente no tema
ou a partir deste momento não deseja saber porque não logra emprego e não está
mais interessado em procurar emprego]. O segundo não sei [o fato de não saber, mais
aonde procurar por emprego o faz recordar das outras épocas que ficou
desempregado, sentiu raiva, decepções, frustrações, ansiedade, angustias e
pensou mesmo por um tempo desempregado ainda assim logrou emprego com tantas
dificuldades].
O
terceiro não sei, [que curioso nunca havia pensado nisso, existe alguma
possibilidade de eu saber como fazer para lograr um emprego]. O quarto não sei,
[pensa que sabe que não consegue emprego, porque tem a idade de 60 anos, falta
experiência para algumas vagas, contudo pensar nisto lhe causa angustia].
O
quinto não sei, [estou com dúvida do porque não consigo arrumar emprego,
entretanto se eu ousar dizer os motivos, o que você terapeuta via pensar sobre
a minha pessoa]. O sexto não sei, [sei os motivos do porque não logro arrumar
emprego, entretanto não confio o suficiente para relatar a você terapeuta].
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FINN, S. Understanding and working with shame in
psychological assessment.
NEWMAN, C. F. Understanding client resistance: Methods
for enhancing motivation to change.
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