Pular para o conteúdo principal

Eu Não Sei, Desvele As Respostas

Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a obter o esclarecimento do significado quando pronunciamos Não Sei ou Eu Não Sei ao darmos uma resposta diante de uma pergunta. E dificilmente paramos para reflexionar sobre a resposta dada ao outro como eu não sei ou não sei. Ao tentarmos desvelar os significados desta resposta eu não sei, é preciso mudar a atenção seletiva, digo, subtrair de cima do pensamento eu não sei em direção a aprofundarmos na compreensão de alguma resposta satisfatória.

Por trás do [eu não sei], existem alguns mecanismos defesa do ego, como mecanismo defesa raiva; mecanismo defesa medo; mecanismo defesa fuga; mecanismo defesa esquiva, mecanismo defesa projeção; mecanismo defesa regressão. Os mecanismos de defesa do ego são processos inconscientes desenvolvidos pela personalidade, aos quais possibilitam a mente desenvolver uma solução para conflitos ansiedade, hostilidades, impulsos agressivos, dúvidas, indecisão, desorientação, ressentimentos e frustrações não solucionados a nível da consciência.

Os mecanismos de defesa são mecanismos psíquicos inconscientes desenvolvidos para aliviar a tensão realizada por parte de Id e Superego sobre o Ego. Durante este processo realizado por Id e Superego, quando esta tensão é prolongada, surgem as neuroses. Para Freud, a defesa exclui da consciência sentimentos e desejos desagradáveis ao Ego, tornando o conteúdo inconsciente, recalcado; porém, evitando um dano maior ao aparelho psíquico, como um surto psicótico, por exemplo. Dispondo o sujeito a manter-se na compulsão a repetição dos mecanismo de defesa, seja ele qual for. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Descubra quando o [eu não sei], traduz na verdade algo. O que acontece, no entanto, quando essas perguntas são respondidas, eu não sei. Talvez o resultado mais frequente depois de um não sei na terapia toma uma direção ligeiramente diferente. Às vezes, isso pode ser uma forma de resistência na terapia, embora nem sempre é esse o caso. Também é possível que a pergunta seja reformulada de modo a provocar uma resposta diferente.

Outro resultado alternativo é explorar o; eu não sei. Que função ele serve nesse momento? Como o conhecimento dessas informações pode auxiliar no curso da terapia ou melhorar o relacionamento terapêutico? Enquanto apenas três palavras, eu não sei, comunicam poderosamente as informações necessárias sobre as experiências cognitivas, afetivas e interpessoais de um cliente.

Primeiro, quando [eu não sei], na verdade é eu realmente não sei. Vou precisar pensar um pouco. Neste caso, os clientes geralmente não pensaram conscientemente em sua resposta. Sua intenção é comunicar que eles vão pensar sobre o assunto e talvez voltar a ele em uma data posterior. Este é um tópico que eles pensaram antes? Eles julgam que é importante ou sem importância? Eles vão gastar algum tempo pensando?

Um psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e realmente não sabe mais o que fazer e precisa pensar um pouco mais sobre o assunto.

Segundo, em que hora [eu não sei], na realidade é eu não sei porque estou indeciso em dúvida. Estar indeciso tem várias implicações importantes na terapia. A indecisão é um padrão contínuo? O que está por trás da incerteza? Talvez o prospecto se beneficie da entrevista motivacional e da resolução da indecisão. Como não está tomando uma decisão que lhe sirva.

Um psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e realmente é capaz de estar em dúvida, que ainda não se resolveu ou que tem dificuldade em tomar uma decisão sobre permanecer insistindo na prospecção ou abdicar-se.

Terceiro, em que momento [eu não sei], na sinceridade é eu pensei nisso, mas ainda não percebi. Esse estilo de resposta pode indicar que a pessoa se beneficiaria de uma abordagem baseada na solução de contrariedades, na qual o empoderamento é fundamental. Quando, ser importante, é uma decisão necessária? O que eles acreditam que está ficando no caminho na tomada de decisão? Pode tomar certas medidas ou conversar com alguém em sua vida resolver essa situação? Como o psicólogo pode ajudá-los a chegar a passos de curto e longo prazo para descobrir?

Um psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e realmente é capaz de ter pensado que a prospecção não está dando o resultado esperado, porém ainda não percebeu por agir como alienado frente a prospecção.

Quarto, em que ocasião [eu não sei], na efetividade é eu não quero falar sobre isso agora.  A motivação por trás dessa declaração é estabelecer um limite para as discussões. Especialmente em tempos de construção de confiança, é importante respeitar que os pacientes não querem falar sobre determinados tópicos. Qual é o entendimento deles sobre por que eles não querem falar sobre isso? Isso é muito doloroso? Eles se sentem exaustos ou sobrecarregados? Qualquer resposta do paciente a essa pergunta fornece informações importantes sobre suas experiências e orientações para o restante da sessão. Há algo mais que eles prefeririam discutir? Eles acreditam que o psicólogo saiu do caminho?

Um psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e não anseia em reflexionar sobre o tema, sinalizando estar usitando o mecanismo defesa fuga em direção de escapar da situação desagradável, contudo dá como resposta desviando-se do tema eu não sei, a resposta vou mudar de cidade.

Quinto, em que data [eu não sei], na intenção é eu não quero te dizer. Semelhante ao eu não quero falar sobre isso agora, essa declaração implica um limite. Há algo específico sobre a pessoa do psicólogo ou a relação terapêutica com esse ponto que impede a revelação? O que está atrapalhando? É essa informação que eles conversaram com outras pessoas em sua vida? O que pode acontecer dentro da sessão de terapia para o paciente se sentir confortável e como promover a segurança necessária?

Um psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e não ambiciona compreender a resistência de medo, divulgando que a emoção de medo o impede de deslocar-se do limite imposto pelo medo em relação a tomar uma escolha, por isso não quer falar ao terapeuta o que pensa.

Sexto, toda vez que [eu não sei], na franqueza é estou envergonhada com medo de lhe dizer. Frequentemente, os psicólogos inadvertidamente, podem envergonhar os pacientes, estou envergonhando-os de modo inconsciente. Assim dizendo, se um cliente disser muitas vezes estou envergonhado, os psicólogos são levados a consolar a experiência de se sentir envergonhados. Quando isso ocorre a mensagem passada é, tudo bem em sentir vergonha e assim perpetuar a vergonha. O paciente está preocupado com o que você está pensando ou vai pensar dele? Como as pessoas responderam a elas no passado sobre nessa situação ou nesse tema?

Um psicólogo em sessão diz eu não sei, mais o que fazer para prospectar clientes para o consultório particular, por exemplo. A realidade que consiste na conformidade da afirmação feita através de um dado factual, mostra que ele usou de todos os métodos e recursos disponíveis que aprendeu e se sente envergonhado porque não alcançou o sucesso e está com medo de verbalizar isso ao terapeuta e ser julgado, se sentindo culpado por não atingir o sucesso, pensando que o terapeuta avista o psicólogo como fracassado. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

É eficaz que o cliente se faça uma pergunta sim ou não sobre o que ele teme, [por exemplo, que eu sou uma pessoa nojenta ou você vai pensar menos de mim]. O psicólogo pode então dar garantias e criar um espaço seguro para eles revelarem o que quer que tenham se sentido envergonhado em lhe contar [isto é, não, eu não pensarei menos de você, não, não pensarei nada sobre você, pois este espaço não existe julgamento. Dado como as pessoas responderam a você no passado sobre isso, eu entendo por que você pode temer que eu faça o mesmo, mas a resposta é não.]

Trabalhar com essa forma de [eu não sei], é capaz de ser extremamente útil para curar lesões psicológicas passadas em vários tópicos e promover uma forma de aceitação incondicional da experiência psicoterapia. Em suma, explorar o significado de [eu não sei] oferece excelentes oportunidades para o crescimento do paciente e o aprimoramento de relacionamentos. Comunica suavemente a segurança e os limites nas discussões que são conduzidas pelas experiências cognitivas, emocionais e interpessoais do paciente.

Como profissional de saúde mental, desafie-se pessoalmente para explorar suas próprias formas de [eu não sei] e em quais situações você emprega várias formas dele. Pergunte aos clientes sobre suas motivações e intenções em torno de [eu não sei] e novos caminhos terapêuticos serão abertos - aqueles que poderiam ter sido excluídos anteriormente com essas três pequenas palavras poderosas [Eu Não Sei].

Interpretando o [não sei] na perspectiva psicanalítica, interpõe uma distância inconsciente entre a pessoa e a possibilidade de saber/conhecer, isto é, entre o ego e a responsabilidade de refletir e construir um significado/solução. Mas insere também, uma barreira afetiva entre o ego e a possibilidade de sentir. De sentir algo, tantas vezes desprazeroso, em que se receia/recusa imergir no inconsciente.

Ao psicanalista cabe perceber se está perante uma resposta de ofensa, de medo, de vergonha, ou de admiração, face a uma questão que foi percebida como intrusiva, desagradável ou desafiante. Poderá ser uma resposta que exprime um conflito entre o anseio e o receio de saber ou expressar, ou mesmo de tornar consciente o que de certa forma já foi pressentido. Contudo, como sabemos, por vezes [não sei] é apenas [não sei].

Em vez de se olhar o [não sei] exclusivamente como algo que se fecha, podemos percebe-lo como algo que se abre. Primeiro teremos de bater à porta, entreabrindo-a, como que a pedir licença para entrar, sabendo que nos temos que mostrar dignos de confiança e validar esse depósito.

E finalmente utilizar essa vantagem como passagem comunicativa por ambos aceites. Afinal, [não saber] é a primeira condição para a investigação e a aprendizagem. Há que mobilizar o potencial do [não sei] para a vontade de saber. Oferecer hipotéticas interpretações é uma contingência, apesar disto deve ser feita com as devidas cautelas, sendo uma delas a clara admissão de que eu não sou tu. O psicanalista não pode aceder ao inconsciente do cliente se este não lhe facultar, nem se julgar sabedor do que não sabe.

O primeiro, Não Sei, [eu realmente não sei e preciso pensar de novo ou nem quero saber e não estou interessado no tema]. Ou o segundo Não Sei, [mas isso faz-me lembrar, sentir, pensar…]. E quem sabe o terceiro Não Sei, [que curioso nunca tinha pensado nisso, acha mesmo que eu poderei saber]. Talvez o quarto Não Sei quase inaudível [penso que sei, mas ir por aí causa-me dor…]. Possivelmente o quinto Não Sei, [talvez eu saiba, mas se eu ousasse dizer, o que você iria pensar de mim ou dos meus pensamentos, comportamentos....]. De outra maneira o sexto Não Sei, [sei, mas não confio o suficiente para dizer].

O primeiro [não sei] é um acesso que se desorganiza, com alguma raiva, ressentimento, magoa. É claramente uma defesa, motivada pelo mecanismo defesa medo e da raiva ou de negação da situação. Indica que é cedo para ir por este caminho, a questão é sentida como intrusiva. Opera neste momento o mecanismo de defesa projeção, onde projeta no psicanalista os sentimentos que não lograr defrontar-se como, medo de confrontar-se, insegurança, raiva, ansiedade, culpa e diante destas emoções aciona inconsciente o mecanismo de defesa da negação, no qual nega se entrar em contato consigo mesmo para descortinar a realidade

O segundo [não sei] está repleto de potencial, e é uma entrada entreaberta que suscita a curiosidade epistemológica e não a curiosidade ingênua, [embora possam não estar isentos de receio] o, [não sei], sendo mais introspetivo, convida a um silêncio do psicanalista, que ao criar espaço, permite a reflexão do paciente. O que leva a entrar em contato consigo mesmo e conhecer suas emoções.

O Terceiro [não sei] talvez necessite de um ligeiro encorajamento por parte do psicanalista, por exemplo, um sorriso de assentimento, permitindo depois que o silêncio se instale e possibilite a reflexão e elaboração do cliente. Permite o cliente compreender que não sabe de fato e pode perceber o ponto de vista do psicanalista e é possível saber agora.

O quarto [não sei], assimila extremamente vulnerável e necessita de validação empática pelo receio da dor que possa causar o que se venha a desvelar. O cliente por entre o mecanismo de defesa projeção, projeta a certeza, convicção que não sabe, mas aceitar o caminho disponibilizado pelo psicanalista lhe causará angustia, sinalizando estar manuseando inconscientemente o mecanismo defesa fuga, ou seja, tenta escapar de sentir angustia fugindo da realidade. Neste ponto, é fundamental que o psicanalista mostre reconhecer e valide as partes do Ego em conflito com o Id ou Superego e o princípio de realidade.

O quinto [não sei] recorda apontando um conflito entre a vontade de expor o tema e o receio de o fazer. Por meio do mecanismo defesa projeção, afasta-se da realidade projetando sentimentos que não sabe defrontar-se como incerteza, indecisão quanto ao saber, gerando preocupação com o que o psicanalista pensará a seu respeito. Sinalizando para o psicanalista de que a relação terapêutica ainda não é sentida como verdadeiramente segura pelo cliente. Apontando para a necessidade de trabalhar e aprofundar a aliança terapêutica antes de prosseguir.

O sexto [não sei] aparenta um conflito entre o desejo de abordar e o receio de o fazer. Pelo mecanismo defesa projeção, projeta a baixa autoconfiança em si mesmo por não defender aquilo que sabe na presença do psicanalista. Com isso aciona o mecanismo defesa medo para não lidar com a realidade atual. O que leva a reação aproximação-afastamento, no qual tem desejo de explanar o tema, mas o medo o contraria, afastando o de confiar no psicanalista. Um sinal de que a relação terapêutica ainda não é sentida como segura, ausente de preconceitos, julgamentos pelo paciente. Registra a carência de trabalhar e aprofundar a aliança terapêutica antes de prosseguir.

A confirmar este apalpar e sentir do psicanalista, e a importância da sua responsividade mediante o que avalia, temos o fato de a neurociência nos mostrar que a visão de soluções para as contrariedades ou incômodos coincide dar-se quando a parte direita do cérebro trabalha ativamente e o lado esquerdo fica mais em repouso, deixando de prestar demasiada atenção seletiva aos estímulos externos, sobretudo aos visuais.

Assim, quando presenciamos um [não sei], qualquer que ele seja, a nossa atenção seletiva deve evidenciar se na entoação e nas pistas não-verbais. Se o [não sei] é acompanhado de um olhar vago, que se afasta do nosso e paira no vazio, podemos ver aí uma oportunidade de não dizermos nada e de deixar que o cliente entre no seu mundo emocional.

Se esse encontro for produtivo, poderemos observar uma reação emocional, ou, pode acontecer que o hemisfério esquerdo se ative indo em socorro do direito, tentando dar sentido à recente sensação. Aqui, o contato visual e a comunicação verbal serão então restabelecidas e é provável que assistamos a um momento de descoberta, ou, pelo menos, ao abrir claro da admissão. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.

Ao escutarmos [não sei], teremos muitas vezes que tomar decisões rápidas sobre o que fazer [ou não fazer]. Se estiverem reunidas as condições para que a melhor ação seja o silêncio, o psicanalista deve respeitá-lo, permitindo ao cliente encontrar-se com ele próprio e descortinar-se sentindo-se acompanhado e seguro nessa jornada.

Exemplo, um cliente diz em sessão: [não sei], mais aonde procurar por emprego. Discorrendo e descortinado por entre os [eu não sei]. Construímos e interpretamos o pensamento e reflexionar sobre o assunto. O primeiro, Não Sei, [eu realmente não sei e preciso pensar de novo ou nem quero saber e não estou interessado no tema]. Ou o segundo Não Sei, [mas isso faz-me lembrar, sentir, pensar…]. E quem sabe o terceiro Não Sei, [que curioso nunca tinha pensado nisso, acha mesmo que eu poderei saber]. Talvez o quarto Não Sei quase inaudível [penso que sei, mas ir por aí causa-me dor…]. Possivelmente o quinto Não Sei, [talvez eu saiba, mas se eu ousasse dizer, o que você iria pensar de mim ou dos meus pensamentos, comportamentos....]. De outra maneira o sexto Não Sei, [sei, mas não confio o suficiente para dizer].

Respostas: O primeiro não sei, [se ele já fez de tudo, então não sabe realmente onde buscar por trabalho e também é capaz de não ansiar por pensar novamente no tema ou a partir deste momento não deseja saber porque não logra emprego e não está mais interessado em procurar emprego]. O segundo não sei [o fato de não saber, mais aonde procurar por emprego o faz recordar das outras épocas que ficou desempregado, sentiu raiva, decepções, frustrações, ansiedade, angustias e pensou mesmo por um tempo desempregado ainda assim logrou emprego com tantas dificuldades].

O terceiro não sei, [que curioso nunca havia pensado nisso, existe alguma possibilidade de eu saber como fazer para lograr um emprego]. O quarto não sei, [pensa que sabe que não consegue emprego, porque tem a idade de 60 anos, falta experiência para algumas vagas, contudo pensar nisto lhe causa angustia].

O quinto não sei, [estou com dúvida do porque não consigo arrumar emprego, entretanto se eu ousar dizer os motivos, o que você terapeuta via pensar sobre a minha pessoa]. O sexto não sei, [sei os motivos do porque não logro arrumar emprego, entretanto não confio o suficiente para relatar a você terapeuta].

 

 

 

 

 

Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

FINN, S. Understanding and working with shame in psychological assessment.

NEWMAN, C. F. Understanding client resistance: Methods for enhancing motivation to change.


Comentários

Postagens mais visitadas

A dor da espera, [Quando Você Não Sabe O Que Fazer]

Outubro/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                           A intenção deste artigo é, chamar a atenção do leitor(a) para olhar o fenômeno a dor da espera que potencializa a impaciência no indivíduo anônimo ao fazer uso das redes sociais como, Facebook, Instagram, Blogger, Twitter, Pinterest, WhatsApp e outras eventualidades. Para a sociedade atual, esperar é algo muito irrefletido, incompreendido. O ser humano não foi ensinado no quesito de esperar, por tanto não gostamos e agimos como imediatistas. É mais fácil encontrar citações na Internet sobre aproveitar o dia e fazer algo acontecer, do que simplesmente algo sobre [a esperar quando não saber mais o que fazer]. A conexão de internet caiu, pronto não sei o que fazer.          No ato de esperar exige do sujeito paciência, longanimidade, lidar com...

O Seu Supereu Cruel....

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo pragmático com prudência auxilia o leitor a entender com a inteligência que o superego cruel de uma pessoa é espelhado naquele de quem o criou ou internalizou inconsciente por meio do mecanismo defesa de identificação, atributos, características pessoais, crenças sendo possível ter se espelhado em alguma figura professor de seminário, escola, universidade ou até de ministério eclesiástico com preconceitos, estereótipos e discriminação contra a psicologia. A identificação é uma atividade afetiva e relacional indispensável ao desenvolvimento da personalidade no caso o ego cristão. Como todas as outras atividades psíquicas, a identificação pode, por certo, ser utilizada igualmente para fins defensivos. De acordo com Laplanche e Pontalis, um processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade ou um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, a partir do modelo ...

Professora Assassinada Em Escola E A Pulsão DE Morte Agindo Através De Um Menor

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O sujeito e a pulsão de morte são conceitos fundamentais da psicanálise, desenvolvidos por Sigmund Freud. A pulsão de morte, também conhecida como "pulsão destrutiva", é uma das duas pulsões básicas do ser humano, ao lado da pulsão de vida. De acordo com Freud, a pulsão de morte é uma força instintiva presente em todo ser humano, que se manifesta através de desejos destrutivos, agressivos e autodestrutivos. Esses desejos são parte do inconsciente humano e são direcionados tanto para o mundo externo quanto para o próprio indivíduo. A relação entre o sujeito e a pulsão de morte na sociedade é complexa e multifacetada. Por um lado, a pulsão de morte pode ser vista como uma força que impulsiona ações destrutivas em indivíduos e grupos, como a violência, a guerra e o terrorismo. Por outro lado, a pulsão de morte também pode ser vista como uma fonte de ...

Psicólogo Fracassa Carreira Busca Academia Psicologia Social

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo fracassa na carreira de psicologia, então se decidi ir para academia para alterar a imagem corporal. É possivel estar fazendo academia para compensar a perda da imagem idealizada de psicólogo. Me explique como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicologia Social. A psicologia social estuda como as pessoas pensam, sentem e se comportam em contextos sociais. Ela examina como as interações sociais e as normas culturais influenciam nossas percepções, atitudes e comportamentos. No caso específico de alguém que decide ir para a academia para alterar a imagem corporal após um fracasso na carreira de psicologia, podemos analisar isso sob a perspectiva da teoria da autopercepção e da teoria da compensação. A teoria da autopercepção sugere que as pessoas podem inferir seus próprios estados internos e traços de personalidade observando seu pró...

A Crença Do Não-Merecimento

Setembro/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo convida o leitor(a) a repensar sobre a crença do não merecimento na sua vida. Um adulto que foi submetido involuntariamente a uma infância com ausência de recursos onde a criança não teve as necessidades básicas plenamente satisfeitas, exemplo, alimentação, roupas, moradia digna, educação, lazer e etc. Pode ser também bastante prejudicial e de tanto ouvir, não pode isto; não temos; hoje não dá; não é pra você; não é para nós [e às vezes até, quem você pensa que é para querer isso ou aquilo, pensa que é melhor que os outros, pensa que é rico] a criança cresce e vai internalizando cada vez mais que ela não pode e não merece ter acesso a certas coisas, e na fase adulta irá reproduzir inconscientemente os pensamentos internalizados na infância.   Permita-se a avaliar a si próprio. Sente dificuldade em receber presentes? Pensa que não é digno de ter um bom trabalho? Ou se pergunta será que não mere...

Percepção, a impotência aprendida

Janeiro/2020. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                        A intenção deste artigo é trazer reflexão ao leitor(a) sobre a percepção visual e a compreensão diante das circunstâncias adversas e o sentimento de impotência/ e ou incapacidade. A sensação é a capacidade de codificar certos aspectos da energia física e química que nos circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos neurônios, ou seja, é a recepção de estímulos do meio externo captado por algum dos nossos cinco sentidos: visual, auditiva, tátil, olfativa e gustativa. A sensação permite a existência desses sentidos. Já a percepção é a capacidade de interpretar essa sensação, associando informações sensoriais a nossa memória e cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento. Por exemplo, um som é captado pela n...

Psicólogo Não É Super Herói

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Psicólogo não é Super-herói, na visão da psicologia. Claro! Vou explicar como a visão da psicologia geralmente difere da ideia de um psicólogo ser um super-herói. Embora os psicólogos possam desempenhar um papel importante no apoio e na melhoria do bem-estar das pessoas, é essencial entender que eles não têm superpoderes ou habilidades extraordinárias. Humanos com habilidades profissionais: Os psicólogos são profissionais treinados em psicologia, que estudam o comportamento humano, os processos mentais e as interações sociais. Eles adquirem conhecimento, teorias e técnicas para entender os desafios emocionais, cognitivos e comportamentais enfrentados pelas pessoas. Abordagem científica: A psicologia é uma ciência que utiliza métodos de pesquisa e evidências empíricas para entender o comportamento humano. Os psicólogos baseiam sua prática em teorias com ...

Pensar, ou Agir antes de Pensar

Julho/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 Agir é atuar, comportar-se de que modo na presença de uma situação que provoque raiva ou apenas uma situação que o leve a consequências catastróficas, estando Ego subjugado ao Id. Assistindo ao Filme no Netflix Vis a vis que narra o sistema prisional feminino e numa fala de um ator no papel de psiquiatra e médico da prisão, onde ele fala para a diretora que é necessário pensar antes de agir, devido as consequências. No sistema prisional a pulsão de morte impera drasticamente. O Id é o componente nato dos indivíduos, ou seja, as pessoas nascem com ele. Consiste nos desejos, vontades e pulsões primitivas, formado principalmente pelos instintos e desejos orgânicos pelo prazer. As mulheres e todo o sistema prisional são regidos pela pulsão de morte, ou seja, o Id atuando através do impulso de agressividade é manifestado, antes do raciocínio lógico, prevalecendo o impulso agressivo verbal, físico ou de silêncio sobre o ...

Falta de percepção de si mesmo ou perda de identidade

Junho/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo convida o leitor(a) a repensar sobre a crise de identidade ou medo de perder o autorretrato. As vezes o indivíduo sonha que está perdendo documento como RG no sonho e tenta recuperá-lo. Atinamos que o indivíduo permanece incessantemente entrando e saindo de espaços abertos ou fechados, todos ajustados em meio a diversas leis, regras, normas e sistemas. Se o sujeito não está dentro de um contexto universitário, familiar, está dentro de um ambiente organizacional ou de desemprego e até em alguma outra situação sócio cultural que o requisite num estado padronizado de manifestação que o influencie a interagir e modificar a sua biografia pessoal. É deste modo que podemos observar o movimento que gera o aprisionamento do nosso ser essencial em uma teia que, ao atar, cega. O mais triste deste estado é que o cegar vale tanto para uma visão/ e ou percepção mais acurada sobre a realidade externa, como também pa...

Motivações Inconscientes: Psicologia Da Saúde

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são consideradas determinantes do comportamento humano. Portanto, ao analisar as possíveis motivações inconscientes para um psicólogo escolher a psicologia da saúde para trabalhar em instituições, podemos explorar algumas teorias psicanalíticas que podem ser relevantes. Identificação com o sofrimento dos outros: O psicanalista pode ser motivado inconscientemente por uma identificação com o sofrimento alheio. Talvez ele próprio tenha experimentado dificuldades de saúde ou tenha tido experiências pessoais que o levaram a desenvolver empatia pelo sofrimento dos outros. Essa identificação pode ser um fator motivador para escolher trabalhar em instituições de saúde. Necessidade de cuidar dos outros: A necessidade de cuidar e proteger pode ser um impulso inconsciente para algumas pessoas. Na abordagem ps...