Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo convoca o leit@r a considerar o próprio comportamento ora
adulto, ora infantil e a competição perante algumas situações na realidade. Costuma
haver expectativas em relação às atitudes que tomamos conforme nos tornamos
adultos. Algumas ações como por exemplo reclamar do que não pode ser alterado, é
capaz de ser um dos objetos de cobrança por parte das pessoas que convivem com
adultos e, em alguns ambientes próprio o indivíduo percebe que seria mais
interessante não apresentar tal atuação pois, é comum passarmos por eventos negativos
que não são de nosso desejo e não temos influencia para mudarmos a tal
situação.
A
atenção seletiva em reclamar é capaz de fazer com que o sujeito priorize apenas
o lastimar-se e o sentimento de vítima deixando de lado vantagens tanto em
crescer com a situação como em procurar outras formas de superar os obstáculos.
Os indivíduos podem considerar imaturidade pelo fato de ser característico de
crianças ou, ainda, não desenvolvimento da capacidade em olhar para o ocorrido
de forma mais ampla e encontrar respostas para seus infortúnios.
O
mecanismo defeso regressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior
ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a
ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos
anteriores, reduziram a ansiedade. Linus, nas estórias em quadrinhos de Charley
Brown, sempre volta a um espaço psicológico seguro quando está sob tensão. Ele
se sente seguro quando agarra seu cobertor, tal como faria ou fazia quando
bebê. A regressão é um modo de defesa bastante primitivo e, embora reduza a
tensão, frequentemente deixa sem solução a fonte de ansiedade original.
O
controle dos impulsos também é algo que pode ser desenvolvido com o
amadurecimento. Crianças costumam pedir doces na hora do almoço, recusam-se a
tomar banho pois não querem parar a brincadeira e outros. Um adulto costuma ser
visto como imaturo quando prioriza apenas o momento atual agradável, e tem
dificuldade em adiar o prazer para que possa conseguir um benefício maior a
longo prazo, não calcula o preço alto a ser pago, tanto em termos de saúde como
em outras esferas, quando não limita consumos e atitudes. Eu quero prospectos
particulares, e quero agora, não me importa o que isso vai causar a mim ou à
outros prospectos, por exemplo.
O
ingênuo é uma característica da personalidade que expressa a imaturidade de seu
desenvolvimento psicológico, preservando os traços inerentes aos estágios
iniciais da idade. A ignorância humana no sentido cotidiano é chamada de
infantilidade, que se manifesta na imaturidade do costume, na incapacidade de
tomar decisões informadas, na falta de vontade de assumir responsabilidades ou
deslumbrar outras direções.
A
vida de um sujeito moderno é bastante rápida, é um modo de vida que leva a
pessoa a tal conduta, impedindo o crescimento e o desenvolvimento da
personalidade, enquanto conserva uma criança pequena e não intencional dentro
de um adulto. A idolatria da eterna juventude, a presença dos mais diversos
entretenimentos da cultura moderna, é o que provoca o desenvolvimento da ingenuidade
em uma pessoa, empurrando para o fundo o desenvolvimento de uma personalidade
adulta e permitindo que você permaneça uma criança eterna.
Com
o tempo, o indivíduo se acostuma com esse estilo de vida. Ele pode não ser mais
jovem, porém na meia-idade, é levado por seu antigo proceder irresponsável,
frivolidade, de criança ou adolescente, e não quer se desvincular de tal condição.
Ele não percebe quantos problemas em torno dessa criancice é criado.
Os
sujeitos não entendem sua natureza acriançada, não percebem que na vida é
necessário mostrar constância e perseverança, e não continuar com seus desejos
situacionais. Parta um psicólogo o seu desejo situacional seria a prospecção de
clientes particulares para que o consultório tenha saúde econômica. Um dos
sinais do inocente é o medo da responsabilidade. Uma pessoa com pequenez evita
situações em que algo pode depender dele, ser empreendedor, ser autônomo, ser
profissional liberal, ser supervisor de casos clinico, por exemplo. Pessoas com
caráter meninil raramente se tornam líderes.
Eles
não são capazes de liderar pessoas, de serem líderes, de inspirar alguém com
vontade própria. O infante se manifesta na dependência de uma pessoa sobre as
opiniões de outras pessoas. Um indivíduo que tem que fazer algo que não quer,
só porque tem medo de críticas. Ele acredita em qualquer palavra, se é dito que
todo mundo faz isso e que a maioria aprova isso, então cumpre o que todos ditam.
Exemplo,
psicólogo de sucesso faz cursos de outros colegas, postam vídeos e anúncios e
estão sempre visíveis para os usuários das redes sociais. Imagine seguem os
colegas de modo inconsciente, alienado, autômato. Ou em outras palavras,
idolatram os colegas de sucesso e não prestam atenção seletiva as próprias
atitudes ignorantes, destituídas de informações realista. O que deu certo para
um, não necessariamente dará certo para você também.
Em
meio a pandemia surgiram muitos psicólogos travestidos de modo a aparentar a
imagem e semelhança de Freud, de Skinner, mas com posturas de vendedor de
telemarketing ofertando cursos milagrosos quanto a prospecção de clientes na
internet. Observamos o fenômeno dos psicólogos travestidos de autores de
abordagens da psicologia do passado aqui em pleno século XXI durante a
pandemia. Psicólogos que por alguma razão inconsciente desconhecidas a eles
regrediram a condutas de aprendizagem universitária, na qual se sentiam
protegidos, seguros e cuidados pelas figuras de autoridade os professores. [...]
Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que
começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
Ao
mesmo tempo, uma pessoa com um caráter pueril raramente tem diretrizes de vida
persistentes, influências momentâneas dominam em sua vida. O infantilismo de um
sujeito faz com que tenha medo da solidão, até mesmo o próprio fato de sua
probabilidade é assustador. Tal indivíduo precisa de alguém para estar perto,
ele é muito mais propenso a fazer parte de um determinado grupo. Anseia sempre
por pertencer a um grupo, equipe de trabalho ou instituição.
O
ingênuo gera reações emocionais espontâneas, muitas vezes inadequadas em
determinadas situações. Os indivíduos infantis não sabem controlar suas
emoções, por isso são muito diretas, e por isso não são sensatas. Exemplo, um
homem namorou uma mulher, por um período e ambos terminaram a relação, e não se
encontraram mais.
Entretanto
depois de 03 anos a mulher marca no Instagram um post do homem. E o homem
acessa clicando na foto da mulher o seu Instagram e constata que ela está
casada, pois enxerga as fotos que ela postou. A postura desta mulher foi de
ingênua, infantil e ansiava inconscientemente induzir no homem o ciúme da perda
da relação passada, tentando transmitir a mensagem, olha você não deu valor,
mas outro dá valor.
O
que de fato interessa ao homem tomar conhecimento de seu casamento, se ambos
estavam já desligados a muito tempo. Ao se deparar com o post do homem no
Instagram a mulher regrediu a uma conduta infantil e não soube defrontar com a perda
e optou pela escolha de marcar o post com a intenção inconsciente de engendrar
a curiosidade ingênua no homem por se sentir ofendida, magoada e com raiva na
tentativa de suscitar as mesmas reações no homem ao descortinar que havia se
casado. Este é um exemplo clássico tanto de comportamentos ingênuos usados por
adultos homens e mulheres nas redes sociais na intenção de semear
ressentimentos ao outro ocultamente.
O
psicólogo estudante singelo manifesta-se no fato de que seus interesses lúdicos,
digo, relativos a jogos ou divertimento prevalecem sobre os educacionais. Ou
por outra, benefício inconsciente competitivo nas provas das disciplinas nas
notas médias estabelecidas na universidade e em que os competidores alunos se
opõem, agindo como ignorantes ao perceber o outro como rival, pretendendo cada
um ganhar ou lograr melhor resultado que o outro nas provas. Este aluno de psicologia
por meio do mecanismo defesa regressão, regrediu a reação de um estudante do
ensino fundamental e médio tentando escapar da ansiedade.
Eles
não são capazes de perceber o processo educacional e todos os requisitos
disciplinares associados a ele, o que por sua vez leva à má adaptação dentro da
universidade e fora da universidade isso é expresso em vários problemas
sociais, o que afeta negativamente o estado mental. A regressão é um modo de
defesa contra o medo, embora reduza a tensão, frequentemente deixa sem solução
a fonte de ansiedade o aluno.
Um
psicólogo maduro sabe responder por suas próprias palavras e ações, enquanto
seu gênero não importa. As personalidades infantis não consideram importante
manter suas promessas, podem esquecer seus deveres e através do mecanismo
defesa fuga, fugir da responsabilidade em um momento conveniente. Os sinais de pueril
é capaz de ser especialmente observados quando duas pessoas do sexo oposto
querem se casar e uma delas se mostra despreparada.
Ou
quando o psicólogo deseja cliente e está desprovido de recursos econômicos para
investir em orçamento pagos. Um psicólogo ignorante, ou seja, destituído de
maturidade é capaz de nem sequer pensar na necessidade de empreender em
psicologia algum dia, porque está satisfeito com tal estado de coisas em que
não há necessidade de assumir mais responsabilidade do que em relações ilegais.
Tal homem não está absolutamente preparado para o estilo de vida de um homem empreendedor
e é difícil para ele entender o que sua psicologia exige dele.
É
possível não querer assumir a responsabilidade de empreendedor home Office, mas
sim ansiar por trabalhar em alguma corporação contratado no regime CLT, uma vez
que todo final de mês terá seu pagamento por ter executado uma tarefa, não
precisando perseguir clientes para o consultório particular, eximindo-se desta
responsabilidade porque detesta esta ação.
Jogos,
a pessoa imatura costuma estar presa em scripts sociais. Ela é a boazinha ou a
rebelde, a inteligente ou a ingênua, a coitada ou a esperta. Melhor dizendo,
sempre fixada por meio do mecanismo defesa fixação, num tipo de modo que varia
entre vítima, algoz e salvadora. O controle como tem poucos recursos
emocionais, a pessoa imatura tenta de todas as formas não deixar que nada saia
do seu controle.
O
tramite é não criar uma aflição nova e não ousar, arriscar, conhecer nada novo
ou permitir que emoções novas surjam. Isso resulta numa vida previsível e sem
novos sofrimentos, porém muito pobre e predisposta a um certo amargor, baixa
autoestima e inveja inconsciente de quem triunfa e arrisca.
A
teimosia, o psicólogo teimoso costuma se vangloriar de nunca desistir de nada como
prospecção de prospectos mesmo sem resultados em que acredita. Ou em outras
palavras sujeito que não muda facilmente de opinião ou de atitude apesar das
contrariedades e dificuldades. Embora na maior parte das vezes, o que o teimoso
está fazendo é agindo como uma criança que insiste em sua ideia, só porque foi
sua ou de outra pessoa/ colega de profissão e não, porque funciona.
Ela
já viu que o cliente não dá feedback; que o emprego é ruim; que o cliente não
comparece a sua presença ao aplicar o método de marketing que maneja; que o seu
jeito de ser não é o melhor, mas só porque acredita nisso nunca desiste. Não
percebe que não tem controle sobre prospectar clientes munidos de recursos econômicos.
Não
tem a ver com um projeto de prospecção de clientes que não vai dando resultados
parciais progressivos até estourar, mas sobre nunca ter nenhum resultado nem
mediano sobre o projeto. Insegurança sempre hesitando diante de cada nova
decisão, o psicólogo acriançado não desenvolveu um senso crítico que sabe
decidir e bancar suas ações e acaba sempre recorrendo aos outros colegas de
profissão para demover-se do cenário que causa angustia.
Ou
por outra, por meio do mecanismo defesa projeção, projeta sobre o colega de
profissão a falta de proteção, amparo e cuidados parentais, inveja criativa,
ciúmes, percebendo o outro até como um rival que furta todos os seus prospectos
nas redes sociais. E passa a agir como uma criança pensando que está competindo
com os outros colegas nas redes socias pescando o peixe [clientes] para prover
o seu sustento, mas manuseia a isca [curso produzido pelo colega] que foi
fornecida pelo outro colega e pelo ato falho esquece de observar o tanque [rede
social como Facebook, Instagram] que se encontra e se tem o tipo de peixe que
deseja pescar [baleia, cação, tilápia e outros].
Será
que está munido de todos os aparatos para executar a pesca/ e ou competição. Ou
melhor dizendo, dispões de saberes suficientes para auxiliar a qualquer cliente
que comparecer a sua presença? Ou se conserva com ações estudantil que ainda
está aprendendo a psicologia; aprendendo sobre o processo de marketing de
divulgação e posicionamento; está disputando ou rivalizando de modo
inconsciente com outros colegas quando se trata de prospecção de clientes
remunerados; que necessita de uma figura líder paterna/ e ou materna para
receber orientação e cuidados na trajetória da carreira de psicólogo.
Uma
criança que participou de um funeral de um ente querido e se posicionou ao lado
do caixão do ente querido e observou que a vida para aquele ente havia
terminado. Na idade adulto diante de alguma contrariedade que não enxergue
solução é capaz de regressar a reação desejando o falecimento com intenção de
desviar-se dos incômodos provocados pelo princípio de realidade, pois o caixão
é capaz de representar finitude, segurança que todas as dificuldades
extinguiram-se. E qualquer ser humano diante de algo não resolvido
inconscientemente é capaz de portar-se com reações almejando o falecimento de
si mesmo.
O
ser humano olha as vezes para um cenário dificultoso de maneira inconsciente, baseado
em três ópticas, digo pontos de vista ao se deparar com inconvenientes que
exigem muito tempo de espera. 1.A morte idealizada, como morrer dormindo
escapando de sentir dores físicas no organismo que põe fim as dificuldades. 2.Um
emprego a fim de demover-se das contrariedades originadas pela escassez. 3.
Esperar até que aconteça um dos pontos de vista.
O
mecanismo defeso ato falho é um equívoco na fala, na memória, em uma atuação
física, provocada hipoteticamente pelo inconsciente, isto é, através do ato
falho o desejo do inconsciente é realizado. Isto explica o fato de que nenhum
gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os atos falhos são
diferentes do erro comum, pois este é resultado da ignorância ou conveniência.
Ato
falho abrange também erros de leitura, audição, distração de palavras. São
circunstâncias acidentais que não têm valor e não possuem consequência prática.
Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como falta de atenção,
cansaço, eventualidade, competição. Tendo como guia tal questão, busca-se a
determinação de cada ato falho e pressupõe-se a existência de uma razão
inconsciente para o ocorrido.
Qual
a razão que leva o próprio profissional a não perceber o seu valor e precisa
competir? Quais os motivos para não observar o espaço de sua atuação? Até que
ponto esse profissional controla o curso de sua vida? Qual o motivo de estar em
competição? O profissional é capaz de agir inconscientemente competindo todas
as vezes que acessa o palco rede social, pois foi induzido na infância/adolescência
que para se lograr qualquer coisa, trabalho, esporte, namorada, cursos universitários,
residência é necessário disputar, contender e competir.
A
competição é estimulada na família, os relacionamentos sociais são permeados de
competição de modo inconsciente e consciente, no esporte, nas escolas por meio
de provas, nas universidades por entre as médias nas provas das disciplinas. Ao
competir o competidor tenta por meio do mecanismo defesa substitutivo,
substituir a ansiedade que gera o medo, pelo sentimento de coragem.
Diante
disto quando um adolescente participou de alguma modalidade de esporte, Karatê,
judô, box, futebol, ping-pong, sinuca no bar, bingo, vôlei e obteve benefícios como
medalhas e outros por exemplo. O esporte tem o intuito de influenciar o
esportista a lidar com suas inseguranças. Pessoas muito competitivas são
inseguras, sofrem de baixa autoestima e falta de autoconfiança. A maioria
desses indivíduos não compete para se superar e conquistar o seu lugar, mas
para se sentirem melhores que os outros. [...]Mecanismo defeso regressão
é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão
mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do
pensamento realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a
ansiedade.
Em
outros termos, a competição é a disputa por algo ambicionado em que o indivíduo
percebe o outro como adversário/rival a fim de ocupar o mesmo lugar na rede
social, assenhorear o cliente, gozar de resultado esquivando-se da
concorrência. Induzindo o profissional a regressão da postura que deu certo na
adolescência e achar que uma vez que logrou vantagem na competição esportiva,
também alçará gratificação na divulgação de marketing, na aplicação de cursos
aprendidos de colegas psicólogos mais experientes.
A
mesma postura vale se o adulto na adolescência disputava namoradas com os
amigos. O certame também é valido na caçada por emprego em processos seletivos.
Caso o adulto seja religioso e tenha sofrido diversos fracassos ao competir com
outros candidatos na disputa de vagas em variadas corporações,
inconscientemente o adulto na prospecção de clientes restituídos agirá na
regressão, segundo a postura de derrota no aqui-agora para afastar-se da
angustia produzida pela captação de clientes.
Isso
vai depender se o número de conquistas for maior que o número de fracassos. Se
maior o índice de sucesso, tendencia a regressar ao desempenho do sucesso,
entretanto se a taxa de fracasso for maior, a predisposição é regressão a
postura de fracasso. Atestando que algum responsável/ e ou ator redireciona os
passos deste profissional para o lugar, para o cliente que ele deseja e não o profissional/
e ou candidato.
Revelando
que o candidato se apegava a uma crença religiosa na fase jovem-adulto que o
movia por entre as organizações que lhe demonstrava o cuidado de um pai com um
filho. O psicólogo é capaz de regredir ao hábito da crença jovem-adulto e desejar
experimentar a mesma sensação e atitude no aqui-agora perante a dificuldade de
captação de clientes, esperando ser guiado e sugestionado pela figura Deus
através de pregações reproduzidas por pastores no púlpito em cultos online e
presencial ou ainda diretamente ao ler a Bíblia.
Quando
o profissional inconsciente se comporta como jogando/ e ou rivalizar, está indiretamente
operando de modo lúdico, pensando apenas em ganhar e não levando em
consideração as perdas advindas da realidade. Diz se que esquece de considerar
o que serve para instruir e ensinar, sendo simultaneamente divertido,
recreativo ou negativo.
Ou
melhor, desaprende a operar através do juízo de valor refutando as instruções
de que a vida não é forjada em competição e se ainda está apostando não
aprendeu nada de valor. E que os próprios colegas de profissão
inconscientemente reforçam a postura de competidor ao se exibirem no palco rede
social perante os telespectadores psicólogos.
O
trabalho torna-se alienado e, para a vida do trabalhador, apenas um meio de
subsistência. Assim o produto de sua atividade se transforma em algo exterior a
ele. Não lhe pertence mais, mas a um outro, que é o dono dos meios de produção.
A competição à qual os indivíduos estão submetidos não diz respeito à busca de
certa perfeição na execução de alguma habilidade humana, a um movimento de
reconhecimento dos próprios limites e desenvolvimento dos potenciais – uma ação
honrosa. Competir no atual contexto significa esvaziar-se, negar-se enquanto
indivíduo-sujeito; sujeitar-se às injunções perversas do capitalismo flexível,
que retira a possibilidade do desenvolvimento da solidariedade e acolhimento
entre os homens. O indivíduo nesse contexto procura manter grande distância dos
outros, pois todos podem lhe tomar o lugar. A competição é utilizada dentro do
mundo da produção como mola propulsora de um avanço material que gradativamente
minou as relações entre os trabalha dores, promovendo um distanciamento cada
vez maior entre eles e deles com a sua realidade interna.
A
competição leva o competidor a comparar-se com o rival e desejar o que rival
tem, pois o competidor se exibe faltante de autoconfiança, autoestima, recursos
econômicos e outros. Na vida pessoal ou profissional, perder tempo com
competições atrapalha a busca pelos verdadeiros objetivos. Quando nos
comparamos com os outros, deixamos de lado nossas individualidades,
características e qualidades e passamos apenas a enxergar os méritos dos nossos
concorrentes.
Competição,
no sentido positivo, é fácil, ela pode nos estimularmos a nos desenvolvermos;
ou mesmo uma competição consigo mesmo. A competição positiva estimula, por
exemplo, os esportes; as olimpíadas acadêmicas e diversos concursos. Um dos
problemas da competição, sobretudo hoje em dia que parece que ela é mais
acirrada; é que há muitíssimo mais perdedores do que ganhadores, e não haveria
de ser de outra forma, pois existem poucas vagas de empregos no mercado de
trabalho e um índice alto de candidatos.
A
competição é fruto de um sentimento de inferioridade, já parou pra refletir
sobre isso? Faz sentido para você! Competimos por coisas, por clientes que
pagam por psicoterapia, por posições e por outras pessoas. Competimos porque
acreditamos que aquilo que tanto queremos irá nos preencher, mas isso não é
real. É uma grande armadilha que vai distanciar da compreensão. A competição ou
comparação é uma distração gerada pelo sentimento de inferioridade, da crença
de que o outro é melhor do que eu. Ou para desfrutar do cliente preciso
competir com ele, digo, convence-lo por meio de argumentos que ele necessita de
psicoterapia e sou o único capaz de resolver suas queixas. Eu sou a resolução
que se apresenta no momento.
Pare
de olhar para o que o outro está fazendo nas redes socias. Ao invés disso, a
melhor opção é analisar o próprio desempenho e pensar como melhorar dentro das
suas condições individuais. A competição está próxima à uma droga, narcotizando
o conflito em relação à si próprio, projetando completamente a batalha ou
desafio no outro. É impressionante como o ser humano sempre necessitou fugir de
si mesmo a qualquer custo e se esquece de olhar para si mesmo.
O
esquecimento permite indicar de forma mais clara a operação de recalque por
meio da retirada de um dado conteúdo da consciência, o qual não se dá a ver nem
mesmo de forma disfarçada. Então inconsciente percebe o colega de profissão
como uma figura parental que está disposta a cuidar dele, segurando em sua mão
e o orientando pelos caminhos repletos de pedras e incômodos.
Melhor
dizendo, o psicólogo regride a ação inocente do passado, no qual se sentia
protegido, cuidado, onde os pais lhe proporcionavam tudo que precisava desde
alimento até dinheiro e não precisava assumir responsabilidades para sobreviver
na sociedade por conta própria.
E
com o hábito singelo procura extrair do colega de sucesso os métodos de
marketing por ele testado e validados que o encaminhem ao sucesso profissional.
A partir do momento que prontamente aplicou todos os artifícios para lograr
resultado esperado e não atingiu é capaz de regressar para a crença teológica indagando
apoio da figura paterna Deus.
Com
a intenção de descortinar na sua história da clínica particular, se existe
alguma crença, seja, maldição espiritual, pensamentos automáticos disfuncionais
ou agente impedindo-o de desfrutar de prospectos pagos, como alguma
transgressão, o homem, o diabo e até Deus.
O
homem tem a tendência de todas as vezes que algo dá errado, a buscar a solução
no outro homem como ponto de apoio por entre cursos produzidos por colegas,
aconselhamento, cursos online, pós graduação, marketing de posicionamento,
marketing de divulgação de prospecção e por meio do ato falho que é um
mecanismo defesa, se esquece de deslocar-se do estado de alienação e analisar
se suas ações não se tornaram infantis e deseja acessar a antiga zona de
conforto do cuidado a todo preço.
O
inconveniente é que aqueles que ajudam o inseguro, reforçam a sensação de
passividade e não o ajudam a agir por si mesmo. Há muitas coisas que fazem com
que os homens demorem tanto a amadurecer, a conquistar clientes, a ter sucesso.
As razões atribuídas a esse fato passam por diversos fatores, como a pressão
financeira que advém da insegurança e da instabilidade que se vive até que se
construa uma vida econômica estável e segura. Ou ainda a opressão em ter
prospectos pagos a qualquer custo ou sacrifício para apaziguar a instabilidade
monetária.
Além
disso, traumas de infância, baixa autoestima e distúrbios emocionais também
podem culminar na imaturidade masculina. Por exemplo, a dependência da figura
dos pais. Talvez uma dependência de gratificações orais infantis proporcionadas
pela figura materna. Muitas vezes, esse filho cria objeções, temendo que a
namorada não se revele uma boa mãe cuidadora como sua própria mãe. Ou a figura
de Deus/ e ou mercado de trabalho ou prospectos não se desvelem um ótimo
cuidador, pois tem inconsciente o pensamento distorcido que tanto a figura
paterna/materna não foram bons cuidadores.
Isso
é típico de homens que se encaminharam na proteção dos pais na prolongação da
adolescência, gerando a dependência das figuras parentais. Empenham-se em regressar
aos estudos universitários para fugir a responsabilidade de trabalhar colocando
uma especialização como desculpa, não anseiam por trabalhar, não desejam
demover-se dos lares de seus pais, não anseiam por trabalhos que pagam pouco,
não assumem trabalhos voluntários e o que você pensar enquanto lê o artigo.
Além
disso, outros fatores também são levados em consideração, como o medo da solidão
e o medo dos desafios inerentes ao mundo adulto. Assim, todos esses fatores
contribuem para o aumento da imaturidade masculina. Ademais, laços estes que
escondem insegurança, necessidade de auto afirmação, narcisismo entre outros.
E,
por falar em narcisismo, essa é uma característica predominante nesses casos,
haja visto o medo de não encontrar no mundo externo à família a valorização e o
investimento que os pais realizam. Pouca ou nenhuma responsabilidade, a
imaturidade tem níveis, como qualquer outro fato psicológico. [...] Esse
medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como
desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Estar
na realidade é ter consciência das próprias circunstâncias imediatas, o hoje e o
agora, que são inescapáveis e que ninguém pode menosprezar. Pouca ou nenhuma
percepção da realidade. A captação incorreta de si próprio e das circunstâncias
leva o sujeito a ter uma idiossincrasia inadequada nas suas relações
intrapessoais [desarmonia consigo próprio] e interpessoais [não sabe lidar com
os outros, não sabe guardar distâncias e proximidades].
Na
luta contra o infantilismo é necessário aplicar muita paciência, porque você
tem que passar por lágrimas, ressentimento e raiva. Então, como se livrar da meninice.
A maneira mais eficaz é a ocorrência de grandes mudanças na vida, durante as
quais a pessoa deve se encontrar em episódios e condições, onde ficará sem
apoio e terá que resolver rapidamente os problemas sozinha, e então será
responsável pelas decisões tomadas.
Como
exemplo, um psicólogo insuficiente de clientes pagos e com ausência de recursos
monetários para contratar um profissional para realizar psicoterapia e nem
mesmo consegue algum colega disposto a desobrigá-lo do pagamento, ausente de orçamentos de anúncios pagos, faltoso de lazer,
deficiente de especialização, vivendo em um espaço restrito chamado residência
que é seu meio ambiente construído, no qual experiencia a inexistência de apoio
de pessoas, a carência de trabalho terá que solucionar seus incômodos sozinho e
será responsável pelas escolhas infantis ou maduras que fizer.
Pois
diante de todas estas contrariedades a tendência desse profissional é acionar
inconscientemente o mecanismo defesa regressão, regressando ao estado de ignorância,
onde não existia nenhuma dessas perturbações quando era criança. Assim, muitos indivíduos
intentam se livrar da puerilidade, contudo de modo inconsciente. Para os
homens, tais condições podem ser o exército, as forças especiais, a prisão com
a intenção em se tornarem homens adultos.
Ou
outras colocações, privação econômica, desemprego, pandemia, mudança de países,
transição de carreira, escassez de clientes pagos, no qual não há amigos, nem
parentes e elas precisam sobreviver com ausência de dinheiro, trabalho,
clientes e construir um novo caminho, no qual esse contingente é capaz de
promover a maturidade.
O
que se agrega de valor desta situação? Eventos estressantes como estes
propiciam que o indivíduo se demova do estado de inocência para a condição de
adulto maduro, isto se chama desadormecer, que significa sair do sono da candura
e acordar para a realidade como se manifesta.
Depois
de experimentar situações estressantes severas, um indivíduo perde sua gurizada,
por exemplo, tendo perdido o bem-estar material, sobrevivendo à intempéries, demissão
ou morte de um ente muito próximo que serviu como apoio e amparo emocional e
econômico.
É
pouco provável que comedimentos muito radicais se ajustem a cada pessoa, e o
seguinte pode acontecer, devido a mudanças abruptas na vida, uma pessoa pode se
fechar ou, não cumprindo suas obrigações, começar a regredir ainda mais [a
regressão é um mecanismo defesa protetor da psique que devolve uma pessoa a
menor nível de desenvolvimento de seus sentimentos e procedimentos infantis].
Então
em alguns casos é melhor usar vantagens mais acessíveis, por exemplo, cozinhar o
jantar sozinho e depois lavar os pratos; executar uma limpeza não programada
nos cômodos da residência; ir às compras e comprar apenas o que for necessário;
pagar contas no banco ou pela internet; deslocar-se da casa de seus pais ou
parar de viver às custas deles; criar anúncios gratuitos ou pagos para a falta
de prospectos pagos e aprender a esperar;
procurar
por trabalho em outras áreas; participar em projetos de acolhimento voluntário;
transcrever os pensamentos no Word com intenção de produzir textos; observar a
sua realidade e compreender o que pode controlar e alterar e o que não é capaz
e por aí vai.
O
que você descobre estando num cenário desfavorável? Conhece suas práticas
comportamentais infantis e que se comporta como infantil perante os incômodos, fugindo
da realidade por entre o mecanismo defesa fuga. Não se posicionando como adulto
capaz de superar os obstáculos que o princípio de realidade impõe ao homem no
mundo exterior. Assim dizendo, adulto dotado de autoconfiança e autoconceito de
si mesmo.
Existem
muitas dessas circunstâncias na história de vida, elas às vezes parecem
insignificantes, entretanto quem sabe o que a ingenuidade do personagem entende
é como as personalidades infantis se comportam em tais casos, quão onerosas são
essas condições para elas. Existem instituições que solicitam no processo
seletivo que o candidato se identifique com algum personagem em quadrinho,
persona da vida real.
Por
exemplo, o candidato masculino menciona que se identifica com o Batman e a
mulher com a liga da justiça. O masculino regrediu a infância com o desejo em
ser milionário aos olhos de todas as pessoas durante o dia e defender os mais
fracos e vulneráveis, atuando independe, sendo o seu próprio líder, na
escuridão ao se esconder por trás de uma máscara social, pois não deseja ser
reconhecido pelos seus feitos a sociedade e não se submeter a nenhum tipo de
liderança.
E
de pronto a mulher forte desejo em trabalhar em equipe, estar vinculada, com
sentimento de pertença a uma equipe sendo liderada por um líder numa
instituição. É óbvio que a candidata foi elegida para trabalhar na instituição
por ter senso de equipe e anseio por ser conduzida, enquanto que o candidato
foi desclassificado por exibir o senso de independência, pois mostrou-se líder
nato. Ambos os candidatos regrediram aos hábitos dos personagens em quadrinhos
exibidos nas telas de cinema, no qual cada um em particular mostrou a atitude
inocente de modo inconsciente para o recrutador.
Mediante
este exemplo, podemos identificar através do mecanismo defesa identificação que
pessoas anseiam em ser lideres e outras esperam serem lideradas por alguém. Ser
líder é assumir responsabilidades pelas escolhas e atitudes, e ser liderada é
apenas executar o papel para qual foi elegida. Este perfil é observado pelos
recrutadores nos processos seletivos e dependendo da vaga a qual o candidato se
candidata é capaz de ser elegido ou não.
Um
psicólogo consciente com autoconhecimento de si, é capaz de mencionar ao
recrutador que não se identifica com nenhum personagem em quadrinho, pois
ajusta tanto os comportamentos e controla as emoções para qualquer ambiente
construído e exerce postura tanto para trabalhar independente, como trabalhar
em equipe e ser liderado. Esse psicólogo não precisa regressar a práticas
infantis para escapar da ansiedade, pois tem potencial para defrontar-se com o
princípio de realidade que origina no ambiente construído a angustia produzida
pelo outro.
Se
não captamos bem a nossa própria realidade e a do nosso entorno, caímos
facilmente numa falta de harmonia conosco e com os aqueles que nos cercam.
Devemos aprender a medir bem as distâncias e as proximidades, valorizando cada
ponto e cada situação, que é o que devemos e o que queremos fazer. A vida não
se improvisa. Por isso é preciso planejar um esquema de vida que nos ajude a
desenhar mentalmente nosso futuro. [...] Em sua obra “Além do Princípio
do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora
do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.
Alcançar
um equilíbrio entre o afeto, o trabalho e a cultura é a única garantia de
bem-estar. Entender o que é, em que consiste e como se estrutura a nossa vida
sentimental é a chave na formação de uma personalidade madura. A vida tem
sentido quando se ama, mas não existe ambição sem renúncias. Ao mesmo tempo,
ninguém pode ser absoluto para o outro, para o cliente, e pelo que se entende a
dependência emocional é o sentimento mais genuíno que temos e não podem
coexistir sem destruir-se.
É
possível que o sujeito tenha uma vontade inconsciente de ser cuidado por uma a figura
religiosa que lhe oferte todos os cuidados de um pai que lhe proporcione a
identificação ao qual possa exercer a sua crença nesta figura. Uma vez que de
pronto seguiu orientações de figuras humanas por entre as redes sociais e não
obteve o esperado. E mediante o panorama de pouquidade de recursos econômicos
por meio do mecanismo defeso regressão, totaliza a idiossincrasia que o fazia
sentir-se seguro, satisfeito em alguns momentos do passado, quando segue orientações
da figura divina.
Vender
externamente uma imagem confiante, de liderança e ousadia, e sofrer
internamente com medos e inseguranças são, infelizmente, as máscaras da atual
moda do empreendedor nas redes sociais, seja psicologia, coaching, nutrição,
marketing e o que você pensar neste ínterim.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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