Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a ordenar-se na busca por trabalho
reclama do candidato um certo grau de disciplina, estratégia, disposição física
e emocional associados a autoconfiança. Reivindica do candidato o entender a diferença
entre trabalho e emprego e como o entendimento equivocado é capaz de induzir a
ações disfuncionais. Apesar das duas palavras serem usadas para explicar o
[ofício], na prática trabalho e emprego são bem diferentes. Enquanto trabalho
está ligado a objetivos e realizações profissionais, emprego é simplesmente uma
forma de conseguir renda.
Em
parte, o emprego é uma atividade alienada em que o profissional atua por mera
necessidade financeira, distante de algum tipo de apreciação. Todos nós já
passamos por essa experiência, não é mesmo? Seja pelo fato de ser a primeira
colocação ou recolocação no mercado ou por não ter descoberto a própria paixão.
E isso é o que verdadeiramente está conectado com as suas motivações e as suas
convicções mais autênticas. Quando a sua busca é somente pela estabilidade
financeira, então você tem um emprego. A busca pode se transformar em
adoecimento para aquele que tenta reinserção no mercado de trabalho devido aos
agentes estressores.
Nesse
caso, a chance de acabar infeliz realizando tarefas que não trazem satisfação
pessoal e profissional é maior. Essa situação pode resultar em cenários ruins
como a estagnação na sua carreira e até mesmo na sua vida pessoal. Como
transformara a sua relação com o desemprego: O ato de preencher a mente e o
tempo procurando trabalho em sites de emprego, rede social Linkedin, centro de
apoio ao trabalhador e outros nos faz crescer pessoalmente, além de
proporcionar o reforço para continuarmos na busca.
É
por meio da procura cria os alicerces principais para encontra-lo. Para conquistá-lo,
você deve transformar a visão em relação ao ofício. Essa tarefa exige algumas
reflexões e avaliações sobre sua vida profissional, o que inclui mudanças de
atitudes e análises de melhores possibilidades. Se o Home Office estiver por um
período longo na procura de recolocação profissional é aconselhável analisar o
seu comportamento para evitar o adoecimento. Entre elas, três passos são
fundamentais para isso.
Humanização:
compreenda que você não é uma máquina, e sim um ser humano, e que precisa ter
suas necessidades básicas preenchidas. Além de desempenhar suas tarefas com
excelência, atingir metas e gerar resultados, você também precisa se sentir
parte importante de uma corporação, ser respeitado pelos colegas de trabalho e
ser reconhecido por seu líder. Essas são três questões fundamentais que te
auxiliam a identificar seu valor profissional e seu posicionamento na carreira.
Foco
no resultado e não tarefa: exercite sua visão sistêmica a respeito do mercado de
trabalho em que faz parte, seja mais ativo e participativo. Compreenda como o
sistema mercado funciona de maneira geral, como os diversos setores e
seguimentos integralizam em direção a um objetivo comum.
Não
engesse seu potencial: não se limite a fazer apenas o que lhe é delegado, por
si mesmo, procure ir além do horizonte, seja mais analítico, provoque seu senso
crítico e estimule sua criatividade. Essa é uma forma bastante efetiva para
desenvolver soluções que possam agregar com o crescimento, e consequentemente,
a evolução do seu trabalho no desemprego.
O
ambiente construído do candidato que procura por trabalho na posição de home
Office, a sua residência é a sua corporação. O psicólogo organizacional e do trabalho,
se ocupa das pessoas em seu trabalho, visando auxiliar as organizações a
obterem o melhor de seus recursos humanos, assim como a cuidar do bem-estar e
saúde mental destes. Compreende e intervém em relação a fenômenos e processos
relativos ao mundo do trabalho e das organizações.
O
Home Office, por meio do mecanismo defesa projeção, acaba inconsciente
projetando no seu espação residencial, sentimentos de raiva, desespero,
estresse, ansiedade provocados pelas limitações do espaço físico que o
contraria e não lhe permite se locomover a longas distâncias como nas
organizações, em direção a movimentar as pernas. E agora se enxerga limitada no
espaço que dificulta a suas caminhadas dentro da residência. Existe a falta de
outras pessoas presenciais para dialogar, trocar ideias, receber informações,
sendo que isto será feito por meio da tecnologia virtual.
A
residência com o advento da pandemia, tornou-se hoje no século XXI a
organização, onde o colaborador executa suas tarefas pertinente a sua
profissão. A psicologia organizacional preocupa-se com os aspectos relacionados
ao ambiente da empresa que neste caso se trata da residência do colaborador,
que deve apresentar as condições necessárias para realizar um bom trabalho, carga
horária adequada, iluminação, descanso semanal, horário de almoço, tecnologia
de telecomunicação, velocidade internet para trabalhar Home Office 200Mg,
computador com 8GB RAM cabeado, smartphone, headfone, mesa com cadeira voltado
a ergonometria. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920,
p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado
experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo
há longo tempo, trouxeram
A
pessoa que busca pelo emprego e trabalho não sabe, que não sabe apesar de estar
inconscientemente exercendo papéis de liderança, autocritico, liberal e
democrático, situacional, servidora, carismática, transacional e baseada em
valores, por exemplo na procura do tão sonhado trabalho.
O
que faz as pessoas tão diferentes umas das outras? O que faz algumas pessoas
serem mais calmas e outras mais agitadas, umas mais passivas e outras
agressivas? Por que, frente a uma determinada situação, as pessoas reagem de
forma, muitas vezes, completamente diferente umas das outras? É possível mudar
o comportamento de alguém? Valores são basicamente convicções das pessoas sobre
o que é certo ou errado.
“Percepção
é a capacidade de associar as informações captadas pelos órgãos dos sentidos à
memória e à cognição de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos
e orientar nosso comportamento”. (LENT, 2005, p. 556). Basicamente, o ser
humano experimenta o mundo através dos sentidos da visão, audição, tato, olfato
e paladar. Porém, nem sempre o que é percebido pelas pessoas não corresponde à
realidade objetiva. Percebemos apenas parte dos estímulos, por isso diz-se que
o que percebemos nem sempre corresponde à realidade objetiva, não abarca a
complexidade da situação ou do estímulo que se apresenta.
O
processo de percepção está relacionado com a história de cada pessoa, não está
isolado do contexto em que ocorre e nem do observador. Percepção Seletiva, em
um ambiente, as pessoas estão expostas a diversos estímulos, sejam eles
visuais, auditivos ou táteis. Nesse ambiente, apenas uma pequena parte dos
estímulos é percebida, ou seja, a atenção de cada pessoa é voltada para apenas
alguns estímulos em cada momento.
Adaptação
Sensitiva, Segundo Chiavenato (2005), a percepção ajusta-se a variações no
comportamento dos estímulos e, com o tempo, as variações deixam de ser
percebidas. Isso significa que quando uma pessoa é exposta a um estímulo com
certa frequência, aos poucos ela vai se adaptando a esse estímulo; e deixa de
percebê-lo.
A
percepção se refere ao processo de perceber a realidade dos fatos que se
apresentam no momento, organizando e interpretando de preferência com a visão
mais sensata possível. O que não é fácil, pois o ser humano sofre muitas
pressões e estímulos que acabam interferindo em suas impressões sensoriais,
dando significado ao contexto em que está inserido. Como é possível que várias
pessoas inseridas em um mesmo local, olhando para uma mesma coisa, percebam-na
de maneira diferente? Diferentes pessoas reagem de forma diferente ao mesmo
estímulo.
Uma
distorção do processo perceptivo acontece quando a informação ambiental é
captada ou interpretada de forma alterada. Exemplo, está chovendo na região e processa-se
que de modo equivocado que a conexão de internet manifesta instabilidade
alterando o humor do Home Office na captura de emprego. Chiavenato (2004, p.
367) define que a Qualidade de Vida no trabalho “representa o grau em que os
membros da organização são capazes de satisfazer as suas necessidades pessoais
com sua atividade na organização”.
No
caso do cliente em Home Office procurando por seu trabalho, se faz necessário
que o mesmo avalie se a sua residência é capaz de satisfazer as necessidades no
ambiente micro e macro a fim de promover o estimulo da recolocação
profissional.
O
desempregado defronta-se com certos conflitos que lhes são desconhecidos na
própria residência home Office. Exemplos, 1. Conflito latente: não é declarado,
e não há, mesmo por parte dos elementos envolvidos, uma clara consciência de
sua existência, exemplo, o pai se encontra com insatisfação do filho porque o
mesmo ouve música alta no ambiente e essa insatisfação se manifesta de modo
oculto e não externa.
2.
Conflito percebido: os elementos
envolvidos percebem racionalmente a existência do conflito, muito embora não
haja ainda manifestações abertas desse. Exemplo, O filho percebe a insatisfação
do pai com ele embora não haja discussões.
3.
Conflito sentido: aquele que já existe em ambas as partes, tem emoção e forma
consciente. Exemplo, pai e filho brigam abertamente de modo consciente.
4.
Conflito manifesto: aquele que já atingiu ambas as partes, já é percebido até por
terceiros e pode interferir na dinâmica da residência. Exemplo, a vizinhança
ouve as discussões entre pai e filho por causa da música alta.
E
mediante aos conflitos surge a reação de fuga ou evitação, onde através dessa
estratégia ou forma de enfrentamento o indivíduo tenta evitar a todo o custo
qualquer tipo de conflito. O trabalho, para muitas culturas, tem como
significado a fadiga, o esforço, o sofrimento, o cuidado, o encargo; em suma,
valores negativos. Sabe-se que o trabalho ocupa um lugar de destaque na vida
das pessoas. É fonte de subsistência e de reconhecimento. Mas, na condição de
desempregado procurando por trabalho não lhe confere subsistência e nem
reconhecimento.
As
preocupações advindas da falta de um trabalho remunerado estão associadas a uma
redução do bem-estar psicológico, falta de independência e de controle
emocional. Há uma diversidade enorme de fatores que nos impulsionam a
trabalhar, muitas necessidades afetivas do ser humano são satisfeitas pelo
trabalho. Cabe, então, questionar, por que o trabalho é apontado como agente
causador de sofrimento e adoecimento? E o desempregado em Home Office buscando
por trabalho, também mostra que o autor de seu sofrimento são os maus êxitos da
recolocação profissional até o presente momento com ritmos intensos e
monótonos, isolamento social na residência.
Outro
fator comumente associado a sofrimento e adoecimento no ambiente de trabalho
refere-se à invariabilidade das tarefas e impossibilidade de modificar e/ou
controlar o ambiente e as tarefas executadas. Ambientes que impossibilitam a
comunicação espontânea, a manifestação de insatisfações, as sugestões dos
trabalhadores em relação à organização ou ao trabalho desempenhado provocarão
tensão e, por conseguinte, sofrimento e distúrbios mentais.
Imagine
o Home Office ao procurar por trabalho, está trabalhando sozinho e para si
mesmo, por tanto irá expressar seu desprazer com o trabalho efetuado na busca
de recolocação profissional para quem. É lógico que deverá buscar ajuda de
psicólogo, se a queixa for angustia desemprego um psicanalista ou psicoterapeuta
em outras abordagens, mas se a queixa for recolocação profissional, o
profissional indicado é o orientador de profissão. [...] Freud no seu
texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a
questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do
passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos
tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a
angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Frequentemente,
o sofrimento e a insatisfação do trabalhador manifestam-se não apenas pela
doença, mas nos índices de absenteísmo, falta de comprometimento, conflito
interpessoais e trabalho extra. A relação do trabalhador com seu trabalho pode ser
positiva ou negativa!
Portanto,
cabe questionar: quando o trabalho poderia ser considerado negativo ou fonte de
promoção de doença, e não promotor de saúde física e/ou mental? O trabalho,
além de fonte de renda, pode ser considerado uma fonte de prazer e realização
para o ser humano.
“O estresse é uma condição dinâmica na qual um
indivíduo é confrontado por uma oportunidade, restrição ou exigência
relacionada ao que ele deseja e pela qual o resultado é percebido como sendo
tanto incerto quanto importante”. (ROBBINS, 1994, p.18). Podemos perceber, com
essas definições, que o estresse na verdade é uma tentativa de adaptação do
organismo humano a algo que ameace seu equilíbrio (homeostase).
Por
essa razão, também é conhecido como síndrome geral de adaptação. Contudo, afinal, o que são agentes
estressores? Podem ser definidos como qualquer circunstância que amedronte,
confunda ou excite uma pessoa. São as situações que desencadeiam no organismo
humano a reação de estresse ou que desequilibram o estado de homeostase e
exigem que o corpo se adapte a essa nova situação.
O
organismo sente uma situação como ameaçadora e tenta se adaptar à necessidade
que essa impõe. É uma tentativa do organismo de melhorar a situação, adequar-se
às exigências que o ambiente impõe naquele determinado momento. Diante de uma
situação considerada adversa, como um perigo, por exemplo, o organismo
prepara-se para a ação, que pode ser escapar ou lutar. Essa reação é denominada
luta x fuga. Durante a reação luta x fuga, o organismo humano sofre uma série
de alterações neuroquímicas. O sistema nervoso simpático é estimulado e provoca
uma série de reações físicas, como: a mudança do padrão da respiração, aumento
dos batimentos cardíacos, tensão muscular, entre outros.
O
estresse, é o estresse positivo. É aquele que põe em alerta as funções
corporais e prepara a pessoa para a ação. Segundo Lipp (1996, p. 23), “quando o
estressor tem uma duração curta, a adrenalina é eliminada e a restauração da
homeostase ocorre.” Portanto, a pessoa retoma seu estado de equilíbrio sem
complicações para seu bem-estar.
O
diestresse, é o estresse negativo. Se expostos com frequência e por períodos
prolongados aos agentes estressores, o estresse torna-se devastador para a
saúde e para a qualidade de vida. A produtividade melhora sob tensão constante,
mas até certo ponto. Quando o organismo atinge seu limite, as consequências são
quedas na produtividade, emoções negativas, podendo levar ao aparecimento de
doenças. Vamos pensar agora no Home Office na procura do seu trabalho por um
período de 04 anos de insucessos, como estará o seu diestresse?
Fase
de Alerta: inicia quando a pessoa se confronta com um estressor (perigo ou
mudança na rotina). Nessa fase, o organismo se prepara para um confronto, para
a preservação da própria vida. Isso é feito com descargas extras de hormônios
na corrente sanguínea.
Segundo
Lipp (1996), o organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia,
fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. Ela pode passar por
períodos em que dormir e descansar passa a não ter tanta importância. É a fase
da produtividade, como se a pessoa estivesse “de alerta”. Quando a pessoa
consegue lidar com o estressor, eliminando-o ou aprendendo a lidar com ele, o
organismo volta ao equilíbrio interno (homeostase). Entretanto, se o estímulo
persistir, ocorrerá uma evolução para as outras duas fases do processo de
estresse.
Fase
de resistência: persistem ativas no organismo as funções desencadeadas para a
manutenção do estado de alerta. O organismo continua tentando restabelecer sua
homeostase, sendo utilizada energia nesse processo de reequilíbrio. Surge uma
sensação de cansaço e desgaste. Se o estressor é eliminado ou a pessoa consegue
controlar esse processo (técnicas de controle de estresse), o organismo
recupera seu estado de equilíbrio e o processo termina. Caso contrário, evolui
para a fase de exaustão.
Fase
de quase exaustão: persiste a situação de estresse. A pessoa ultrapassa seus
limites e continua a sensação de cansaço. Nessa fase podem surgir doenças que a
pessoa tenha predisposição a desenvolvê-las, como hipertensão arterial,
gastrite, herpes simples e diabetes.
Fase
de exaustão: nessa fase, a pessoa esgota sua capacidade de adaptação. O
organismo encontra-se extenuado pelo excesso de atividades e pelo alto consumo
de energia. A energia mental fica reduzida e a produtividade e a capacidade de
trabalho ficam muito prejudicadas. Esgotam-se as estratégias para lidar com o
evento estressor e é possível surgir uma série de doenças crônicas. A qualidade
de vida sofre danos.
O
estresse pode ser causado por muitas situações diárias, reais ou imaginárias.
Sabemos que existem algumas situações que exigem grandes esforços adaptativos
por parte das pessoas, tais como, a morte de uma pessoa querida, dificuldades
financeiras, doenças graves, o desemprego, a recolocação profissional, viver
com parente que faz constante de substâncias psicoativas, isolamento social entre
outros. Outras situações que podem ser consideradas mais amenas, entretanto
acontecem com maior frequência, também exigem adaptação e, muitas vezes,
acarretam desgaste.
Qualquer
tipo de mudança na vida de uma pessoa pode causar estresse, assim como perdas,
violência, agressões, medos, traumas físicos e psíquicos, ambientes
inadequados, isolamento social e solidão, conflitos interpessoais, entre
outros. Os fatores externos são considerados aspectos do contexto ambiental no
qual a pessoa está inserida, ou agentes estressores tais como: novo emprego,
divórcio, casamento, relacionamentos, condições de trabalho, trânsito,
engarrafamentos, poluição, violência urbana, violência doméstica dentre outros.
[...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será
experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação
reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Há
também os agentes estressores no ambiente Home Office, mas oriundos tanto de
terceiros, como instabilidade de conexão de internet da operadora contratada e a
falta de atualização de eletrônicos, notebook com memória RAM inferior ao
solicitado pelo empregador, velocidade abaixo do exigido pelo empregador,
espaço restringido e inadequado para operar como Home Office o que leva a perda
do emprego.
O
desempregado acha-se na direção da velhice em idade, pouquidade do papel moeda
para investir em qualificação profissional e aumentar a velocidade de internet,
falta de experiência para competir em outras vagas, esses são alguns atores
estressantes que impossibilita a contratação do desempregado gerando estresse
no ambiente e nos integrantes que se relaciona, qualquer trabalho e emprego
para deslocar-se da privação de recursos monetários é válido, mas trará
consequências trágicas no decorrer do tempo.
O
Home Office anseia mover-se em direção ao ambiente contrário ao seu na
tentativa de encontrar o prazer. Mas, o indivíduo que acha-se inserido na
corporação ambiciona regressar ao seu ambiente residencial construído e
permanecer por maior tempo possível, na intenção de buscar o prazer que não
encontra no ambiente organizacional.
Perceba
que não são apenas situações tidas como ruins ou negativas que podem causar
estresse em uma pessoa. Mesmo eventos considerados positivos ou felizes podem
ser considerados agentes estressores. Queda na produtividade e na criatividade.
Energia apenas para atividades rotineiras básicas. O estresse ocasionado pelo
ambiente de trabalho é mais frequente nas pessoas que têm muitas
responsabilidades significativas, mas pouca capacidade de tomada de decisão e
de controle. (LIPP, 1996).
Os
ambientes de trabalho geralmente são locais em que impera um clima de
competição e pressão constante por qualificação, desempenho e produtividade.
Entretanto, também se pode observar a situação oposta. Por necessidade de
recursos financeiros, pessoas se submetem a cargos que pouco exigem, com
atividades repetitivas ou alienantes, que também acabam sendo fonte de
estresse. A busca por recolocação profissional depois de um tempo se torna
alienante e repetitiva, pois ocorre a desmotivação e o desempregado
inconsciente renuncia a motivação gradativamente por causa do estresse,
diminuindo a produtividade de visitas a buscadores de emprego.
A
produtividade melhora quando estamos sob tensão constante, mas só até certo
ponto. Atingimos o rendimento máximo quando estamos próximos do nosso limite
físico e psicológico. Depois que chegamos a esse limite, despencamos. A Síndrome de Burnout envolve três
componentes: exaustão emocional, despersonalização e falta de envolvimento
pessoal no trabalho. O desempregado pode
aos poucos sem perceber perder o envolvimento com o seu trabalho de recolocação
profissional.
O
Burnout não ocorre de repente; é um processo cumulativo, começando com pequenos
sinais de alerta, que, quando não são percebidos, podem levar o trabalhador a
uma sensação de quase terror diante da ideia de ter que ir ao seu ambiente de
trabalho ou não suportar mais ficar no seu ambiente Home Office.
A
ansiedade leva as pessoas a experimentarem medo e apreensão desagradável em
resposta aos estímulos externos imaginários ou reais que recebem. Quem nunca
sentiu ansiedade diante de uma situação considerada aflitiva ou até diante de
uma situação que não justificava essa reação? Todas as pessoas, em algum
momento, sentirão sintomas da ansiedade, que terão reflexos em seus
comportamentos. Em cada pessoa, a ansiedade é vivenciada de maneira
diferenciada.
Algumas
poderão apresentar sintomas cardiovasculares, tais como, palpitações, sudorese
ou opressão no peito, outras sentir náuseas, vômito, diarreia ou vazio no
estômago, alguns poderão se queixar de dificuldade para respirar ou de tensão
muscular exagerada. Quem sofre de ansiedade antecipa acontecimentos que poderão
vir a acontecer no futuro. Entretanto, a situação que tanto aflige e preocupa a
pessoa pode não acontecer.
Referência
Bibliográfica
CHIAVENATO,
I. Desempenho humano nas empresas. 6. ed. São Paulo: Manole, 2009.
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular,
1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
LENT, R.
Cem bilhões de neurônios. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2005
LIPP, M.
N. O que é estresse. Disponível em:
http://www.estresse.com.br/06-Para_Ler/06.01.10-percurso_do_stress.html>.
Acesso em: 20 maio 2010.
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