Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a destacar o momento dramático
geralmente provocado por acontecimentos com respostas inesperadas em que o
sujeito se encontra mergulhado e sitiado pela falta de dinheiro. O sujeito não encontra
a ocasião oportuna para a realização da interação com o dinheiro, porém as
respostas surgem como impensáveis e discordantes oriundas do ambiente externo a
realidade. Se faz necessário provocar o emergir inconsciente, em outras
palavras, deslocar-se de onde estava mergulhado [na falta de dinheiro
inconsciente] em direção a resolução das contrariedades, isto significa, ato ou
efeito de resolver.
Na
sociedade capitalista, o dinheiro é associado ao poder, talento e benção. A
falta dele é tida como fracasso, fardo e incompetência. O papel moeda afeta o
nosso sentido de identidade, digo, ir à falência ou ter sucesso financeiro tem
impacto significativo na autoimagem do indivíduo.
O
fato de não ter clientes pagos no consultório, sinaliza que não há interação
com a moeda. É um sujeito faltante de relacionamento com o capital. Quando o
profissional se relaciona com o cliente gratuito, digo, que não paga a
psicoterapia no consultório online, sua relação é desprovida de fortuna, o que
promove a sensação de altruísmo, que lhe confere como recompensa o prazer.
Assim dizendo, a riqueza não é percebida como obstáculo, ou difícil de
conseguir ou de perseguir, pois está ofertando sua mão de obra de modo gratuito
e tem como recompensa a experiência e não atribui culpa ao dinheiro ou se
responsabiliza se o cliente romper com a aliança terapêutica.
No
acolhimento gratuito o psicólogo não se apercebe faltante de patrimônio, mas
sim dotado de todas as importâncias boas que o papel moeda lhe configura,
principalmente amor, status, poder, onde o psicólogo logra manipular bem a
falta da moeda voltando o olhar para dentro de si. Esse profissional escolhe aceitar
apenas a realidade interna que lhe confere prazer, no entanto usa do mecanismo
defesa da fuga, fugindo defrontar-se com a realidade real a falta da grana no
mundo exterior que não lhe confere poder sentir e realizar outros prazeres
oriundo do importe.
Ao
fato de fazer análise sem cobrar, Freud em 1913 diz que se deve recusar tratar
alguém sem um pagamento, sem exceção alguma. Segundo ele o tratamento gratuito
além de ser um prejuízo financeiro para o analista, ainda aumenta
significativamente algumas resistências. Para o autor o não cobrar seria o
mesmo que ser o depositário de um segredo valioso sem poder fazê-lo circular.
Segue ele dizendo: “O sujeito vem prestar contas de seus crimes e para tal. ele
paga com dinheiro, maneira de colocar em movimento a dívida simbólica” (QUINET,
2009. p. 92).
E
com a falta da bufunfa, o psicólogo funciona como objeto de desejo inconsciente
em sentido a clientes iguais ao seu perfil desprovidos de bens, onde seu
reconhecimento, aceitação é maior por causa da carência afetiva sobre a riqueza.
Ou recebe encaminhamentos de indicação de pastores da igreja a qual congrega
para acolher membros em privação financeira no modo altruísta que lhe prestigia
com status na igreja diante dos pastores. Clientes faltos de autonomia, que é
comprovado pelo mecanismo defeso contratransferência que gera a falta de
autonomia, liberdade no analista que trata de clientes gratuitos.
Outro
mecanismo em ação que o psicólogo desfruta inconsciente é o mecanismo defesa
substitutivo, onde acaba substituindo o atendimento pago pelo gratuito na
intenção de obter prazer com experiência adquirida. E através do mecanismo
defesa compensação, acaba compensado a vulnerabilidade da ausência das
representações da moeda que expressa status, poder, reconhecimento com o saber
científico que promove essas sensações no psicólogo em acolhimento altruísta.
Está
claro o mecanismo defeso contratransferência ao acolher o cliente faltante do
recurso monetário gratuito, mostra que o psicólogo inconsciente se recusa a
encarar a falta de dinheiro na profissão e tomar providências para alterar o
estado de pobreza para bem sucedido. Ainda é capaz de surgir o pensamento
automático, será que consigo mover-me desta situação degradante por estar na
meia-idade. Esse profissional tem uma crença limitante, que restringe as suas
fronteiras na consciência, limitando até onde lhe é permitido alcançar a moeda
ativa.
Por
tanto o psicólogo não ambiciona qualquer local de trabalho [instituição ou
corporação] emprego, salário e muito menos qualquer cliente, mas sim aquele com
sintomas graves capazes de investir grande soma em dinheiro para curar-se. E
também não quer estar inserido em ambiente organizacional, onde tem que aplicar
conhecimentos da área técnica manuseando máquinas operatrizes/ e ou trabalhos
manuais de prestação de serviços no terceiro setor do mercado de trabalho.
Oferecer
a população serviços de psicológicos com o pagamento simbólico pode ser mais
nefasto que o gratuito, porque não tem valor de simbólico, não afeta e engana.
Digo mesmo, é da ordem do perverso. Um pagamento para ser, de fato, simbólico
tem que afetar. E mais, numa análise, seu manejo desloca o gozo e traz o real.
Você
não precisa estar em sofrimento para buscar os serviços de um psicólogo. Basta
um desejo genuíno de descobrir e/ou desenvolver o que há de melhor em si para
ter mais satisfação na sua vida conforme seus próprios critérios. E qual é o
tipo de relacionamento que você tem com o dinheiro? A bufunfa é fonte de
satisfação, mas também de ansiedade e preocupação. Compreender a sua relação
com ele pode significar fazer as pazes consigo mesmo, caminho para ter uma vida
mais próspera e feliz.
Uma
de nossas maiores preocupações é o dinheiro. Desejamos ter mais, procuramos
trabalhos mais bem pagos e diariamente tomamos decisões de economia doméstica.
A maneira de gerir nosso dinheiro fala muito sobre como somos. Se temos
tendência a esbanjar, se preferimos economizar e se optamos por investir. Ele
revela nosso mundo inconsciente.
As
experiências que tivemos em nossas primeiras décadas de vida e em momentos
difíceis, como o impacto da covid-19, impactam sobre nossos bolsos. As
percepções e os estados de ânimo influenciam e tomar consciência nos ajuda a
ganhar perspectiva e a aproveitar oportunidades. O medo de perder dinheiro em
muitas pessoas é mais poderoso que o de ganhar. Existem muitas outras frases
negativas sobre o dinheiro, com a ideia de que o dinheiro é sujo, de que para
alguém ganhar, alguém tem que perder, ou ainda segundo a religião que o
dinheiro é a raiz de todos os males. [...] Esse medo marcará nossa
memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto
uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de
desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Concepções
religiosas também interferem, como a crença de que ter fortuna não permite o
desenvolvimento da espiritualidade, ou que para ser religioso é necessário
abandonar tudo. Esta é uma prova de que a concepção religiosa pode influenciar
um grupo e até um país. Evidentemente que o indivíduo, mesmo tendo uma dada
religião, pode enriquecer e ser bem sucedido financeiramente. Mas, terá que
elaborar uma ética própria, um pouco à par da concepção do grupo em que foi
criado.
Pois,
quando dizemos psicologia do dinheiro, não estamos falando, portanto, dos
conhecimentos que alguém pode ter de juros, investimentos, bolsa de valores já
que um funileiro de carro pode ter muito menos patrimônio e ativos do que um
vendedor de balas no sinaleiro. Ao ampliar a consciência sobre o que faz com o
dinheiro e o que ele faz com você, poderá superar obstáculos financeiros e
finalmente trilhar o rumo certo.
Mas,
para ganhar muito por mês será necessário estudar muito, ter contatos
profissionais e encontrar clientes ou empresas que paguem o que é justo. Ao se
deparar com esse dado, boa parte das pessoas pensam que nunca vão conseguir ter
tanto dinheiro, já que não receberam herança. Uma quantidade menor de pessoas
pensa que metade dos bilionários brasileiros não precisaram de herança para
enriquecer. O ponto de vista que você tiver adotado, geralmente está muito
relacionado com as condições e o ambiente construído que você foi criado.
Isso
porque, na infância e adolescência, você pode ter sido estimulado a se encaixar
e procurar ter um bom salário para poder ter uma vida estável. Por outro lado,
quem já nasceu rico pode ter sido estimulado a agarrar oportunidades. É por
isso que mesmo que o rico não tenha uma grande herança, a liberdade com a qual
ele foi criado para experimentar, pode produzir frutos muito mais rápido.
Ao
analisarmos a biografia dos bilionários, temos a tendência de justificar suas
conquistas como genialidade. No entanto, existe uma relação intrínseca entre
sorte e dinheiro que contribuiu para que essas pessoas se tornassem tão ricas.
Ou seja, a sorte de se deparar com certas coisas, pode causar uma forte
influência na forma com que a pessoa irá direcionar sua carreira e ganhar
dinheiro. Enfim, a lição que fica é, se exponha às oportunidades para que a
sorte possa aparecer.
Primeiramente,
é preciso diferenciar ganância de ambição. Em síntese, a ambição é o anseio de
alcançar determinado objetivo, de crescer, ir além. Por outro lado, a ganância
é o desejo exacerbado de ter mais do que os outros. Compreender essa diferença
é fundamental, pois a ambição pode te ajudar a alcançar seus objetivos, ao
passo em que a ganância pode colocar tudo a perder.
Por
exemplo, movidas pelo desejo exacerbado de ganhar muito dinheiro, muitas
pessoas acabam arriscando [e perdendo] o patrimônio que elas já tinham
conquistado. É claro que você pode querer ganhar mais dinheiro. Contudo, é
preciso tomar cuidado com a ganância, já que ela pode te fazer perder muito
dinheiro e ficar frustrado consigo mesmo. Inclusive, movido pela ganância, você
pode cair em armadilhas, como, por exemplo, nas pirâmides financeiras. É muito
importante que você invista e abra mão de algumas coisas no presente, em prol
do futuro.
Entretanto,
é preciso ter equilíbrio, até mesmo para que você consiga de fato alcançar seus
objetivos e não se perder pelo caminho. Nos investimentos, a constância durante
os anos é o mais importante. Sim, muitos de nossos comportamentos são
reforçados e mantidos pelo dinheiro, bem como a relação que uma pessoa
desenvolve com o mesmo ou com a falta dele pode trazer sofrimentos, inclusive
emocionais.
Neste
sentido, a nossa relação com o gasto ou o não uso do dinheiro está diretamente
ligado a questões culturais e também da história de aprendizagem do próprio
sujeito. O valor da moeda é aprendido e a relação com o mesmo pode ser
conflituosa. É preciso dizer, que essa perigosa relação, sujeito e dinheiro,
pode acabar em maus lençóis (acabar mal), quando a quantia ganha ou gasta é
usada como base para mensuração de características da pessoa, ou seja, será que
pessoas com maiores salários são mais dignas?
Obviamente
não, mas há quem de margem para isto concretizar o preconceito. Não ter grandes
quantidades em dinheiro, como muitas sociedades modelam, geram em algumas
pessoas tristeza, sentimento de fracasso, de desvalor, dentre outros e estamos
novamente em maus lençóis. Algumas pessoas em ativação emocional respondem a
seus sentimentos indo as compras, por exemplo.
Essa
estratégia nos leva aos ditos maus lençóis, pois em geral, envolvem consumos
exacerbados e que fogem da necessidade e da possibilidade de gastos em compras.
Cada pessoa tem a sua remuneração, seus gastos, seus sonhos e suas metas
financeiras. Cada pessoa tem a sua remuneração, seus gastos, seus sonhos e suas
metas financeiras.
Se
posicionar inconscientemente como vitimado financeiro, pois do ponto de vista
financeiro, é o pior modelo mental. São pessoas inadimplentes [FIES] e com
grandes dívidas muitas vezes, até impagáveis. Acreditam que toda vida
financeira ruim é culpa de alguém. Embora certas vezes possa até ser, no caso
de serem lançados involuntariamente no desemprego. Não conseguem se
responsabilizar pelas decisões e não param de entrar em roubadas. Têm sempre
uma justificativa na ponta da língua para todos os reveses aos quais acreditam
estarem expostos.
Infelizmente,
a mudança, nesses casos, mesmo com tratamento psicológico, é rara. Para ter
controle do que você tem em conta é preciso calcular, ser rígido com os números
e saber somar e subtrair. Apesar de, o dinheiro vir carregado com outros
fatores além da matemática. Ele representa poder de compra, em qual nível
social cada um se encontra, assim como proporciona cultura e conhecimento, por
exemplo.
Assim,
a psicologia do dinheiro é o que define a sua capacidade de construir ou
destruir o seu patrimônio, onde mais a frente descrevo um caso verídico sobre o
que possibilitou a escassez financeira na história de vida de um sujeito em
divórcio. O ser humano sofre com o que lhe importa ou com quem lhes importa. E
quando fazemos o que sempre fazemos, nós permanecemos na mesma posição. As
vezes nos vemos perseguindo a grana, ou seja, correndo atrás dele. E quais os
meios que usamos para correr atras do dinheiro.
Desejamos
o cliente porque o cliente representa dinheiro, então fazemos post, vídeos para
chamar a atenção do dinheiro. Corremos atras de vagas de emprego porque representam
dinheiro. Nos esforçamos para passar nos processos seletivos porque vendemos
nossa mão de obra, nosso conhecimento com a intenção da recompensa dinheiro. De
algum modo estamos sempre correndo atras do dinheiro de modo inconsciente/ e ou
consciente.
O
ser humano representa dinheiro, as instituições, as empresas, os clientes em
fim qualquer pessoa simboliza a moeda ativa, até Deus tipifica o dinheiro,
porque ele fala ser o dono do oura e da prata. [...] Ageu 2:8 - Minha é
a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos. Se o crente ou qualquer
pessoa ancorar esta informação na consciência de modo equivocado, pensando que
por ser Deus o dono do ouro e da prata e pensar que somente Deus lhe permitirá
ter acesso ao dinheiro, está estritamente enganado no seu modo de pensar e agir
para conseguir o dinheiro.
Quando
o ser humano não tem boa relação com as pessoas que significa conexão, devido a
preconceito, inveja, medo e outros aspectos não se tem boa relação com o
dinheiro. Pois todos os conteúdos, seja positivo ou negativo relacionado as
pessoas é transferido e projetado para o papel moeda em consequência, ao não se
ter boa relação com as pessoas, não se tem boa relação com ao tesouro. Podemos
inferir que um psicólogo faltante de clientes é faltante da moeda ativa, em
consequência é faltante de afeto, pois lhe falta interagir de modo mais
profundo com o cliente-dinheiro.
Se
você se afasta de pessoas, afasta-se inconscientemente do dinheiro, porque
precisamos interagir com pessoas e com o dinheiro. A quem diga, que se o
crente se afastar de Deus, também se distancia do dinheiro. Se esse indivíduo
nunca mais trabalhar, seja em qual for a ocupação certamente está distante da
moeda ativa e não tem nada que possa atribuir a responsabilidade a Deus, isto
não passa de um pensamento disfuncional falso que encaminha o indivíduo a
crença do não merecimento. Pois, todo ser humano antes de se aproximar de Deus,
já está trabalhando em alguma função, ou seja, já tem em seu poder aquisito o
dinheiro como recompensa do seu trabalho.
Exemplo,
se a pessoa tem medo de relacionar com um mendigo porque ele é sujo, em algum
ponto inconsciente é capaz de enxergar a economia como sendo sujo e se mantem
distante dele. Isto também pode ser uma crença inconsciente falsa de
preconceito contra o mendigo.
São
pessoas quem nos dá oportunidade para conseguirmos as coisas porque elas são as
portas de entrada para trabalharmos nas empresas, nas instituições, e quando as
portas estão fechadas para nós, significa que essas pessoas nos veem como candidatos
que não são capazes de agregar valor, seja por meio de conhecimento cientifico,
trabalho manual, trabalho intelectual ao local que elas estão inseridas em
consequência a interação com o capital fica escassa.
A
emoção medo se faz presente inconscientemente no dinheiro e por meio do
mecanismo defesa projeção, o qual projetamos o medo de sermos pelos indivíduos
roubados, manipulados por pessoas, extorquidos, enganados. Enxergar o dinheiro
como algo sujo, difícil ou próprio de pessoas desonestas influenciará na reação
aproximação-afastamento, onde o sujeito que se aproximar da moeda que
representa as pessoas, mas se afasta por medo de não confiar nas pessoas.
Agora
se pensar que o dinheiro é capaz de lhe proporcionar prazeres, proporcionando
conforto para seus familiares e a você terá o caminho pra enriquecimento
bastante facilitado e acreditar que nem todas as pessoas são desonestas,
renunciando o mecanismo defesa da generalização, generalizando que todo ser
humano é desonesto menos a si próprio.
Crescer
num ambiente desprovido dos recursos da moeda ativa certamente contribuíra que
o adulto tenha sérias dificuldades como o manejo do dinheiro. Pois a família é
a influência para o adolescente na questão de profissão, pais bens sucedidos
financeiramente tem mais probabilidades de os filhos escolherem profissões
baseadas no poder aquisito por causa dos recursos financeiros dispostos para os
filhos no quesito educação com acesso as escolas particulares, universidades e
rede de contato Network que possibilitará grande indicação de empregos para
esses filhos.
Enquanto
que o adolescente que nasceu no lar desprovido de fortuna devido a empregos
inferiores dos pais, certamente o caminho rumo ao sucesso financeiro será
dificultoso, mas nada impede que esse adolescente consiga se sobressair como
bem sucedido financeiramente, mas seus recursos de educação foram de imediato restringidos
em todos os sentidos. Por tanto nem tudo se trata de crença disfuncional em
relação ao dinheiro, mas de perceber a realidade como se manifesta no fenômeno
em si. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914),
texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do
repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que
não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a
recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado
desperta em nós.
Ao
se buscar uma profissão baseada na bufunfa como recompensa, simplesmente está
definindo o que é mais importante neste momento. E coloca-se a riqueza no
primeiro plano como pedestal. É lógico que existem profissões no mercado de
trabalho que vão possibilitar que o profissional acumule muitos patrimônios.
Então a relação com a profissão também é um ponto importante, porque profissão
representa riqueza, seja acumulo de bens materiais ou acumulo de saberes.
O
que define um profissional bem sucedido financeiramente de outro, é apenas a
área de atuação, exemplo o primeiro atua na área de pesquisa cientifica numa
universidade e o segundo atua como psicólogo escolar. Depois de entender a
conexão entre suas crenças e seus comportamentos, é possível aumentar sua
consciência e substituir antigas crenças limitantes por novas crenças
benéficas. Isso leva algum tempo, mas vale a pena. Pense: 1. Que crença você
mantém que o está impedindo? 2. De onde você acha que veio isso? 3. Quais são
as situações em que isso é verdade?
Um
exemplo de caso verídico, onde um divórcio que envolva a divisão dos bens
constituídos pelo marido, indicando que a esposa não teve participação alguma
no processo de desenvolvimento financeiro do casal, no qual a esposa tem
condutas de roubar o marido, enquanto casados e conduz a brigas, conflitos
conjugais chegando ao divórcio, onde o esposo perde tudo que construiu
financeiramente como a carreira de técnico mecânica em uma multinacional com
recompensa salarial alta, perda de imóvel, carro, imóvel, empresa de
consultoria e ficou apenas com a roupa do corpo e foi amparado pela sogra
passando a viver de favor por não possuir mais uma residência fixa, tornando-se
errante, faltante de identidade residencial e profissional.
Depois
associa-se a religião e passa apensar de modo equivocado que o seu desejo de
trabalhar em uma multinacional que lhe proporcionou uma renda fixa alta com a
finalidade de ser bem sucedido, foi a raiz de todos os males na sua vida, pois
foi roubado por familiares da esposa e sócios.
Este indivíduo fez uma leitura mental e interpretação equivocada sobre o
dinheiro ao ouvir pregações de pastores no púlpito o que levou a ter uma
relação de ilusão com dinheiro visto como sendo mal, causador do seu divórcio,
mas isto é uma leitura enganosa, falsa, um erro de ilusão, isto é, erro de
percepção que consiste em fazer uma interpretação visual e compreensão do
dinheiro que não coincide com a realidade, negando pelo mecanismo defesa
negação que a esposa é de caráter sociopata, personalidade maligna. E assumiu
de modo equivocado a culpa por perseguir o sucesso como a destruição do
casamento.
Certamente
este sujeito é capaz de reprimir inconscientemente o desejo de ser bem sucedido
financeiramente novamente, por medo de ser roubado pela ex-esposa, familiares
da ex-mulher e sócios que agora representa as outras mulheres, parentela do
sujeito e medo de unir-se em sociedade com alguém e até consigo mesmo e não
assumir mais o compromisso de casar-se.
Parece
que o sujeito aplica o masoquismo monetário, digo, quer se autopunir ficando sem
poder realizar as coisas que a moeda é capaz de lhe beneficiar por medo, culpa,
remorso e até pelo mecanismo defesa expiação das transgressões. Será que é
capaz de libertar-se desta prisão da escassez? Será possível livrar-se desta
crença de que será roubado novamente se possuir dinheiro? Ou se empreender em
algum negócio prestando serviço a clientes será roubado?
Será
que sua vida financeira está amaldiçoada? E a questão que quase todos trazem
quando o assunto é vida financeira, é a dúvida se eles não estão sob o efeito
de alguma maldição, alguma praga; ou ainda questionam se não fizeram para eles
nenhum tipo de trabalho de Macumba ou feitiçaria. E aí é claro que as pessoas
vêm com alguns exemplos, coisas que acham, e vão tentando ancorar uma coisa perturbadora
à outra de modo equivocado
O
vintém é sentido como a alavanca de um sonho que gostaríamos de efetuar, assim
sendo, seu caráter é totalmente futurista, contribuindo para o incremento do
poder do tempo sobre o prazer do indivíduo, ressecando por completo a
vitalidade da pessoa, que sempre só pode existir no presente. Na hora de
percebermos que o pecúlio é o confidente mais preciso de nossa alma e espelha
todas as partes não resolvidas de nossa personalidade.
O
leitor já chegou à conclusão óbvia de que o dinheiro ou poder cobrem
ilusoriamente todas as carências pessoais, pois a pessoa que o detém será
objeto do comentário, cobiça e interesse dos demais. Qualquer um pode
contabilizar que possui dois empregos ao esmiuçar o raciocínio citado, sendo que
o tesouro não serve apenas no âmbito material, mas principalmente no fator
comparativo, que é a base para o indivíduo formar sua estima pessoal, e embora
isto traga danos irreversíveis a personalidade, o fato é que há muito as coisas
se orientam desta forma.
Melhor
dizendo o fato do psicólogo se mostrar faltante de riqueza lhe foi possível
deslocar-se da ilusão que a moeda ativa lhe permite transitar por entre status,
poder de compras e aquisição de saberes, porque tinha o erro de percepção que
consiste em fazer uma interpretação visual do vintém como sujo, não merecedor e
que não coincide com a realidade.
Ou
por outra, é errado pensar que ao ser apresentar como escasso de fortuna, não
se tem recursos internos para defrontar-se com a realidade e não possui meios
para suprir as carências pessoais e conquistar patrimônio e pode-se ser objeto
de comentário, cobiça e interesse dos demais por apresentar-se digno, honesto e
com saberes científicos e que sabe manipular bem a falta de dinheiro na vida e
se permite ser afetado o menos possível, pela falta porque tem o controlo das
emoções.
Assim
como uma pessoa que possui um carro da marca Honda Civic é objeto de cobiça,
uma pessoa que mostra saberes também é objeto de cobiça por causa dos seus
conhecimentos científicos, mesmo que não possua um Honda Civic. O que governa é
o psicólogo ser capaz de defrontar-se com as carências de inveja, complexo
inferioridade, se enxergar como não merecedor de obter tesouro, comparar-se com
os abastados que se manifestam a ele como fenômeno originadas pela falta do
dinheiro.
Compreender
o ambiente construído em que foi instruído na educação financeira, fazer o que
está ao seu alcance para angariar a moeda ativa e aceitar a realidade que não é
capaz de alterar, seja períodos de escassez, restrição financeira temporária
dentre outros.
Que
prova pessoal de honestidade daríamos se houvesse a admissão de que é muito
mais simples a preocupação com o dinheiro, poder, autoridade, política dentre
outras, do que lidar com o histórico emocional íntimo sempre em dívida. O
dinheiro é a fronteira final para a resposta do que verdadeiramente estamos
buscando, e como manejamos a busca do prazer pessoal, que está intrinsecamente
ligado à outra pessoa. Satisfação é acúmulo, apego, segurança ou a divisão de
algo de valor que possuímos com alguém sem que a esfera do medo esteja presente.
Ele
estabelece o dinheiro como aquilo que sempre falta ou que nunca se tem o
suficiente, mas também como algo da ordem da necessidade, o que lhe faz pensar
as cinco funções do dinheiro [necessidade, poder, demanda, desejo e gozo].
Assim,
segundo o autor ele [o dinheiro] se faz necessário para a sobrevivência; é
usado também como um sinal de poder, como uma marca fálica; como uma demanda de
amor, de dar o que não se tem [ou o que faz falta]; como significante na cadeia
associativa do sujeito e por fim como um fator sexual.
E
se o papel moeda não circula na vida do indivíduo, sinaliza que a energia
libido sexual está em catexia, presa em algum local do inconsciente. O
psicólogo é capaz de sentir insegurança inconsciente ao confiar no cliente que
se apresenta para pagar as sessões e depois por algum motivo a doença, a
dificuldade de realizar o pagamento ocasiona o rompimento da aliança
terapêutica, por exemplo. [...] Em sua obra “Além do Princípio do
Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do
passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos
instintuais que foram reprimidos.
No
entanto se o psicólogo, está recebendo dinheiro de parentes ou programa de
políticas públicas do governo que o sustenta, indica perda da capacidade de
mover-se em direção ao dinheiro. O sujeito está posicionado como incapaz de
produzir, contribuir para o desenvolvimento pessoal e da sociedade, se apercebe
em situação de vulnerabilidade, digo, desprovido de recursos materiais para
locomover-se como cidadão na sociedade.
E
é capaz de expressar por entre o mecanismo defesa deslocamento, a raiva que
sente sobre os lideres do governo, as organizações que lhe não autoriza
trabalhar, os processos seletivos exigentes, a falta de aquisições que lhe
falta para alcançar os objetivos reproduzindo inconsciente comportamento de
revoltado, pois tem raiva do dinheiro [e da falta dele] e não gosta de falar no
assunto. Em outras palavras, a raiva não é em si do dinheiro, mas das
representações do dinheiro no inconsciente do indivíduo mencionado no início do
parágrafo.
Pode
expressar imaturidade e dificuldade em lidar com limitações. Em alguns casos, a
revolta representa um desejo de autoafirmação; em outros, reflete um ambiente
cultural em que a bufunfa é considerada algo [sujo/perverso/raiz de todos os
males na vida do indivíduo]. Então, penso que a questão de base pode ser a
dificuldade do profissional em assumir-se como alguém que goza com aquilo que a
grana lhe proporciona, algo que, como sabemos, faz despertar aspectos invejosos
e superegóicos da própria mente e da mente dos outros.
Referência
Bibliográfica
BASTIDAS,
C. A Psicologia e o seu Dinheiro: Entenda os fatores psicológicos que afetam
sua relação com o dinheiro e tenha uma vida melhor. São Paulo: Novatec Editora,
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FREUD,
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"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
QUINET,
Antonio, As 4+1 condições da análise. Antonio Quinet. 12.ed. – 12.ed. – Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
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