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DESORIENTAÇÃO DOS MECANISMOS ATENCIONAIS

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender a desorientação que faz o sujeito se sentir confuso, sem rumo e permanece no descaminho e afastado do ponto de partida em função da pouquidade de percepção. A sensação de que não há nada para realizar ou buscar no âmbito profissional é bastante frustrante e comum. Se para você nada mais faz sentido, é válido conferir as dicas que cito abaixo nos parágrafos de como se reencontrar e reavivar-se e se sentir entusiasmado realizando as suas atividades ou, então, em direção por um novo caminho. Identifique que está em crise, por mais curioso que possa configurar, muitas pessoas não sabem que estão vivenciando uma crise profissional e podem achar que é apenas uma fase ruim que irá passar.

Porém, o inconveniente está no fato de que, em grande parte dos casos, essa fase não termina nunca e vai aumentando a sensação de vazio e intensa agonia. Sendo assim, se você tem sentido que não tem mais o que realizar em qual lugar está, comece a refletir sobre uma praticável mudança de emprego ou até de carreira. Não é fácil pensar em recomeçar do zero, mas ter potencial é a única maneira de dar fim a essa sensação de desorientação. Desprenda-se por alguns dias das tarefas repetitivas, esse é um excelente momento. Pense a respeito de quais eram as suas expectativas profissionais no começo de sua trajetória e de que maneira elas foram frustradas.

A recomendação é escapar desse sistema automático que faz com que a vida profissional perca a instigação. Observe quais são as atividades manuais que você precisa fazer todos os dias e como pode tornar a realização das mesmas mais atraente. Apenas mudar a ordem das tarefas já pode ser o suficiente em direção a se sentir mais contente. O segredo está em criar interesse pela realização das suas obrigações.

Depois de alguns incidentes na vida, a pessoa pode ficar fragmentada. É como se algumas partes dela ficasse no passado, junto com a profissão anterior é como se um pouco dela fosse deixado e perdido no tempo. Isso costuma levar a pessoa se sentir incompleta, como se algo faltasse em sua vida. Passa a sentir que não é dona do seu próprio destino ou experimenta o desprover de autonomia. Muitas vezes ela se enxerga de fora, como se assistisse sua vida passando, como se ela não tivesse controle sobre si mesma.

Apesar de apreender que ocorrências externas, como instituições que contribuem com vagas de emprego, recrutadores nos processos seletivos, pessoas comuns, operadores de telecomunicação, pouquidade de recursos monetários dentre outros governam orientando ou criando desorientação na consciência. Dentre de pouco tempo desponta a desorientação que é a perturbação da orientação referente ao tempo, percepção, a memória, local ou pessoas.

Manter-se em estado de alerta, e consciente, é o que faz com que a pessoa esteja apta a responder de forma apropriada ao ambiente ao seu redor, saiba quem ela é, aonde está, onde mora, em qual período do dia está, qual a sua profissão, quem é entre outras perguntas. Quando a consciência está alterada ou diminuída, a capacidade da pessoa permanecer acordada, alerta ou orientada em relação ao ambiente ao seu redor, é comprometida. A confusão, que é a pouquidade de pensamentos claros, escassez de informações claras e dificuldade para tomar decisões, sobre a carreira, sobre terminar uma relação e outros.  O indivíduo experimenta a desorientação que é o descaminho, no qual acaba perdendo a autonomia que é a responsabilidade não apenas pela direção, pelo rumo tomado, como pelo equilíbrio para que possa prosseguir em movimento até a sua meta.

A desorientação, surge na prerrogativa que é a incapacidade de entender como você se relaciona com as pessoas, lugares e objetos ao seu redor. Ela pode acarretar na perda de memória. O cérebro é o órgão que controla o estado de consciência da pessoa e com destino a funcionar corretamente ele necessita de quantidades adequadas de oxigênio e glicose. Logo, quando ele não consegue recebe-los em níveis satisfatórios por alguma razão, acontece a consciência alterada. O cérebro, inclusive, é afetado por estresse e por substâncias que consumimos todos os dias, que acabam por ajudar a manter ou diminuir os níveis de consciência da pessoa. Um exemplo claro deste fator é a cafeína [presente no café, chocolate, refrigerante, alguns chás e outros.] que é um estimulante e, portanto, incita a atividade cerebral. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Analgésicos e alimentos conhecidos por substâncias mais calmantes, como a erva cidreira e o maracujá, têm o efeito oposto, que é uma espécie de consciência alterada. A orientação da consciência e a capacidade do indivíduo- se situar a si mesmo e quanto ao ambiente e o processo básico da atividade mental normal do ser humano que apresenta funções normais cognitivas. Já as alterações da consciência e o estado de nível mais baixo da alteração da percepção do indivíduo, em estado de delírio.

Sabemos destacar a importância da orientação da pessoa em realizar tarefas diárias, atividades rotineiras, profissional e domesticas dentre outras, como por exemplo saber a diferença de direita e esquerda, saber que rumo ambiciona seguir na profissão e o seu estado psíquico difere a sua noção de orientação de si mesmo e o ambiente e essas funções são divididas em orientação espacial, exemplo onde a pessoa está em orientação temporal e a capacidade de percepção do ser humano perceber o tempo, horas, dia e outros.

A orientação requer, de forma consistente, a integração da capacidade de atenção, percepção e a memória.  Oposições patológicos também ocorre alterações da orientação também, como déficits de memória, demências e de qualquer outro transtorno mental patológicos identificado e sintomas apresentados no paciente. A capacidade de se orientar é classificada em orientação subdividida em Auto psíquica e a orientação do indivíduo de si mesmo, histórico de vida, estado civil, profissão. Orientação alo psíquica diz a respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo.

A alteração da consciência pode ocorrer da seguinte forma, causa de dano na estrutura encefálica ou danos celebrais, processos de infecção, drogas, estresse, sedativos depressores do sistema nervoso central e lesão axonal difusa no encéfalo, traumas como coma, estado estupor de paciente e só despertado apenas por estímulos físicos vigorosos.

Defina seus objetivos, esta é a primeira coisa que você tem de fazer para recuperar seu caminho e se reorientar. O que você quer da vida? Aonde quer chegar? Estas são perguntas básicas que você precisa começar a fazer para, assim, saber qual é o rumo que deve seguir. Muitas vezes nos perdemos da atenção seletiva porque vemos o futuro muito distante, ou porque nos focamos mais em viver o presente, no entanto, nunca devemos perder de vista qual é o nosso objetivo para, pouco a pouco, ir nos aproximando dele. Ou ainda pela ausência de informação e clarificação dos pensamentos que conduz a pouquidade de compreensão dos acontecidos.

Como se encontrar, além dos conselhos que demos anteriormente e que te ajudarão a sanar sua dúvida sobre como se encontrar, você precisa saber que existem outras técnicas que te ajudarão a fazer estas mudanças. Tenha em mente que isto não é algo que você pode mudar da noite para o dia e, por isso, você tem que trabalhar nisso a cada dia para encontrar seu caminho.

Com o objetivo de evitar o medo do descaminho, vivemos como estranhos de nós mesmos, desconectados de nossas percepções/ e ou dos mecanismos atencionais, sem nunca ter percebido que nos afastávamos aos poucos do ponto de partida. A fim de nos sentirmos seguros em nossa região de desorientação, procuramos distrações nas redes sociais, na TV, no álcool, no shopping, em relacionamentos superficiais, na busca incessante de vagas de emprego, nos rituais autômatos, comportamentos repetitivos e previsíveis do dia a dia. Prestes a fugir da angustia do presente ou adiar o enfrentamento de alguns incômodos nos refugiamos na desorientação.  [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Por medo de errar ou se indispor com os outros, evitamos o autoconhecimento e a investigação daquilo que realmente nos motiva [oportuniza a trabalhar, estudar, levantar da cama e outros], ficando assim vulneráveis a manipulação por parte de figuras de autoridade [familiares, chefes, líderes religiosos, mídia dentre outros] e à sugestão de metas para viver. A magnitude do autoconhecimento, é o ponto de partida para liberarmos todo nosso potencial e atingir os mais altos níveis de excelência na vida pessoal e profissional.

Somente quem se conhece sabe exatamente em qual lugar quer chegar, quais as limitações a serem superadas, quais suas ferramentas disponíveis para atingir a autonomia e liberdade e por aí vai. Quando percebemos nossa desorientação [que nem sempre é lógica/saudável] que nos afastou da atenção seletiva do caminho correto, confinamos nos desorientados por não saber a origem da opressão na percepção, e como consequência ficamos com raiva e o desejo de fazer algo a respeito destapando a intelecção.

Nesse sentido a raiva é positiva, já que é o primeiro passo para nos libertar do descaminho repetitivo e para entrar em contato com outros sentimentos mais profundos [inclusive amor, alegria e descortinar o ponto de partida] que foram regelados com o intento de nos distanciar da orientação original.

Então nos tornamos mais conscientes sobre nossos sistemas de crenças [premissas ou argumentos] que justificam essa desorientação, e a princípio evitamos contato com as injunções e atribuições parentais [proibições, sugestionamentos, imposições, obrigações, e frases ditas pelos pais em nossa infância que deram origem a esse sistema de crenças]. Após tomarmos consciência sobre a origem, geralmente iremos evitar a consciência sobre a possibilidade de mudança pois isso poderia nos fazer reviver a experiência catastrófica [castigo, por exemplo] e podemos sentir medo de revivê-la.

Quando estamos prontos no sentido de desviar [ou em alguns casos desobedecer às ordens parentais, fazer discordante], podemos evitar tomarmos ciência de nossa capacidade em direção a transpor, por medo também de encontrar um ambiente hostil. Quando começamos a interagir de forma consciente com outras pessoas, nos tornamos capazes de perceber não somente o que estamos sentindo, mas também o que os outros estão sentindo, ficando mais fácil prever como se dará a interação das emoções, ou como cada um irá reagir a determinada situação. Essa expansão da autoconsciência e da consciência do outro é que nos possibilita uma vida mais harmoniosa, relações de qualidade, melhores padrões de comunicação e tomadas de decisão mais lúcidas.

Cada pessoa percebe o mundo ao seu redor de maneira discordante. Isso se dá porque além dos neurônios serem ligeiramente dessemelhantes, nosso genoma é distinto e nós somos submetidos a irregulares experiências. A experiência prévia é importante para a acuidade de nossos sentidos. A mesma pessoa pode ter desconformes percepções de uma mesma coisa, dependendo de seu estado fisiológico [pessoas que fazem uso de álcool ou drogas] e psicológico [pessoas que estão em estado depressivo, estresse, maníaco, psicose entre outros].

A sensação é a capacidade de codificar certos aspectos da energia física e química que nos circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos neurônios, em outros termos, é a adopção de estímulos do meio externo captado por algum dos nossos cinco sentidos, visual, auditiva, tátil, olfativa e gustativa. A sensação permite a existência desses sentidos. De imediato a percepção é a capacidade de interpretar essa sensação, associando informações sensoriais a nossa memória e cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo, sobre o emprego e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento nos situarmos em relação a localidade. A datar da perca da atenção seletiva impressão perceptual na nossa memória e cognição, desapossamos-nos da construção da imagem sobre em que lugar se apresenta o trabalho, o qual desorienta o comportamento.

Por exemplo, um som é captado pela nossa sensação auditiva, mas identificar se esse som é uma voz humana, uma buzina ou um barulho de algo quebrando, fica a cargo da nossa percepção auditiva. Da mesma forma, quando eu vejo um objeto captado pela minha sensação visual, a percepção visual vai interpretar e associar aquela imagem a um conceito, onde eu posso estar vendo um sofá, um rádio ou mesmo um animal de estimação. Então, a percepção é diferente da sensação.

A percepção possui ainda uma característica chamada constância perceptual. Para os nossos sentidos, cada posição do objeto [perto, longe, claro, escuro] produz uma imagem visual diferente, ainda assim levando em conta a percepção trata-se do mesmo objeto. A percepção é apenas uma consequência da nossa sensação e nem sempre está inteiramente disponível a nossa consciência, pois é filtrada pelo mecanismo da atenção, sono e emoção.

A percepção propriocepção, esta é uma percepção específica dos seres humanos, em qual local nos permite reconhecer o ponto espacial do nosso corpo, sua posição e a orientação, sem utilizar a visão. Está ligada ao sistema vestibular do nosso ouvido interno, permitindo a manutenção do equilíbrio e a realização de diversas atividades práticas. Assim dizendo, se um indivíduo contrair alguma doença que possa conduzir a extração do sistema vestibular interno de um dos ouvidos, isto resultará na perca do equilíbrio do corpo humano, comprometendo a operação atribuições executáveis. A equoterapia, na qual faz uso do cavalo como Co terapeuta é excelente para que o sujeito restabeleça o equilíbrio do corpo humano ao estar sentado em cima do cavalo apreendendo a ser reequilibrar novamente.

Podemos correr e nos desviar de objetos pelo caminho sem perder o equilíbrio. Somos capazes por entre a atenção seletiva de saber se uma roupa vai nos vestir, só em olhar suas medidas. Sabemos que conseguimos transpor por um lugar apertado ou baixo sem ao menos estarmos perto, isso nos permite desviar, abaixar ou procurar outro caminho. O inconveniente é quando não percebemos em que lugar se situa o trabalho, quer dizer a atenção não localiza o objeto por entre a percepção visual. A percepção é apenas uma consequência da nossa sensação e nem sempre está inteiramente disponível a nossa consciência, pois é filtrada pelo mecanismo da atenção, sono e emoção.

A atenção é a habilidade para escolher e se concentrar em um estímulo relevante. A atenção é o processo cognitivo que permite escolhermos um estímulo relevante e, em consequência, dar-lhe uma resposta. Esta habilidade cognitiva é muito importante e uma função essencial em nossas vidas cotidianas. Por sorte, a atenção pode ser exercitada e melhorada com o treinamento cognitivo adequado.

 Tipos de atenção: Excitação: faz alusão ao nosso nível de ativação e nível de atenção, se estamos cansados ou com energia. Atenção focada: faz alusão à nossa habilidade para focar a atenção em um estímulo. Atenção constante: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade durante um período longo de tempo.

Atenção seletiva: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade na presença de outros estímulos que desviam a atenção.

Atenção alternada: a habilidade para alterar a atenção focada entre dois estímulos.  Atenção dividida: a habilidade para se centrar ou prestar atenção a diferentes estímulos ao mesmo tempo.

Sistema de Ativação Reticular (SRA) ou Sistema de Alerta: este sistema é responsável principalmente pela Excitação e a Atenção Constante. Está estreitamente relacionado com a formação reticular e algumas de suas conexões, como as áreas frontais, os sistemas límbicos, o tálamo e os gânglios basais.

O Sistema Atencional Posterior (SAP) ou Sistema de Orientação: este sistema é responsável da Atenção Focada e a Atenção Seletiva de um estímulo visual. As áreas do cérebro relacionadas com este sistema são o córtex parietal posterior, o núcleo pulvinar lateral do tálamo e o colículo superior. O Sistema Atencional Anterior (SAA) ou Sistema de Execução: este sistema é responsável da Atenção Seletiva, Atenção Constante e Atenção Dividida.

Está estreitamente vinculado com o córtex pré-frontal dorsolateral, o córtex orbito-frontal, o córtex cingulado anterior, a área motora suplementar e o neoestriado (núcleo estriado). A atenção também é essencial para qualquer tipo de trabalho, dos cargos de escritório que exigem um determinado volume de leitura ou redação, aos controladores de tráfego aéreo, atletas, caixas, motoristas, médicos e CEOs. Todas as profissões exigem todos os tipos de atenção. A atenção é necessária para o funcionamento adequado de outras habilidades cognitivas, e por isso uma alteração em quaisquer dos processos da atenção pode dificultar a realização de uma tarefa cotidiana.

Porém, é importante lembrar que é totalmente normal que os níveis da atenção variem durante o dia, e que ter dificuldade para prestar atenção no meio da tarde não significa necessariamente que existe uma alteração. Alguns fatores que podem afetar os níveis da atenção são o cansaço, a fadiga, altas temperaturas, consumir drogas ou outras substâncias, além de vários outros fatores. Os estados excessivos de atenção (típico de estados delirantes) são conhecidos como hiperprosexia. O contrário é conhecido como hipoprosexia ou desatenção.

Vários fatores podem influenciar a atenção, como o contexto no qual o indivíduo está inserido, as características dos estímulos, expectativa, motivação, relevância da tarefa desempenhada, estado emocional, experiências anteriores (Davidoff, 1983; Cortese, Mattos & Bueno, 1999).

A atenção pode ter como foco outras coisas, além dos estímulos sensoriais que chegam pelos sentidos. Ela pode dirigir-se para processos mentais, tais como as memórias, pensamentos, recordações, execução de cálculos mentais. Quando o foco é voltado para o ambiente externo também pode ser chamada de percepção seletiva e quando voltada ao ambiente interno pode ser chamada de cognição seletiva (Gazzaniga e colaboradores, 1998; Lent, 2002).

Prontidão ou excitação é o estado de atenção ativa ou estado de alerta que controla a energia mental para viver, estar acordado, operar os sentidos, perceber o entorno, estar consciente, sentir, pensar, regular atenção, processar informações, motivar comportamentos, agir, buscar nutrição, sexo, lutar ou fugir. O estado de prontidão ou atenção ativa afeta o desempenho cognitivo, nível de excitação, emoção, memorização, preferências e tomada de decisão.

Memória, a excitação está envolvida no registro, retenção e recuperação de informações na memória informações conectadas com emoções e significados resultam em códigos de memória mais duráveis. Tomada de Decisão, as pessoas tomam decisões com base em seus estados emocionais e escolhem opções específicas que levam a estados emocionais mais favoráveis pessoas excitadas acham uma gama mais ampla de eventos atraentes e vêm uma decisão de forma mais positiva do que em um estado de menor excitação. A parte do cérebro que controla nossa capacidade de manter a energia mental por um período de tempo suficiente são os lobos frontais a mesma parte que controla nossa capacidade de selecionar quais informações são mais importantes ou salientes.

Cada indivíduo percebe a sua porta de entrada/ e ou ponto de partida discoincidente de outro sujeito. Um psicólogo é capaz de enxergar seu ponto de partida para prospecção de clientes a rede social Instagram, outra enxerga como adequado a rede social o Facebook e por outro lado existe aquele que se descortina nas indicações de colegas, exemplo. Por tanto um ponto de partida não é necessariamente pariforme ou serve como referência para o outro em dado momento, influenciando o na compulsão a repetição. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

As vezes o indivíduo já fez diversas tentativas em direção a escancarar a força ou cavar um ponto de partida num deliberado espaço da rede social ou melhor dizendo na escolhida rede social Instagram e Facebook que logrou mau repercussão. Esse sujeito sofreu uma secessão de revesses na sua percepção que não chega a detectar em que lugar daí em diante existe a porta aberta, na qual perdeu a referência da profissão ambicionada.

A desesperança é um sentimento debilitante, sendo difícil melhorar o humor ou enxergar uma saída para um inconveniente quando não se compreende a solução para ele. No entanto, é necessário mudar a maneira de interpretar a vida, ainda que seja gradualmente, para que você possa combater os sentimentos de desesperança, quebrando a compulsão a repetição de pensamentos negativos e, consequentemente, melhorando o humor e a atenção. A desesperança é tipicamente caracterizada pela pouquidade de esperança, otimismo ou entusiasmo. Uma pessoa que esteja experimentando esse sentimento não tem expectativa de melhoras no futuro. A desesperança pode ser apenas resultado de sentir-se desvalorizado, insatisfeito e angustiado, um prosseguimento de maus respostas na perseguição de objetos. A desesperança é sustentada pela ideia de que nada nunca mudará. Desafiar essa crença o ajudará a se sentir melhor.

Talvez não possamos enxergar mais além do que temos agora. Quando estamos na escuridade, é difícil enxergar a luz no fim do túnel. No entanto, não podemos nos esquecer de que nós mesmos podemos conseguir ser um foco muito poderoso de luz se descobrirmos o segredo para nos acender. Por isso, a desesperança foge principalmente daquelas pessoas que empregam recursos para organizar seus esquemas de pensamento.

Um indivíduo que percorre um período de desemprego de longa duração é provável que perca a esperança de recuperar ou reencontrar um novo trabalho entre outros. A desesperança mostra uma visão negativa da realidade em função dos maus resultados apresentados ao indivíduo e isso varia de cada contexto. Essa percepção negativa pode trazer tristeza, que influencia de forma negativa a compreender, elaborar e interpretar as mais variadas situações, causa prejuízos a autoestima, traz solidão, esgotamento emocional, raiva por causa da pouquidade de confiança em se conseguir o que se deseja. A desesperança se mostra no pensamento negativo recorrente que por sua vez, traz sentimentos desagradáveis e desorientação na atenção perceptiva.

Quero encorajar todos momentos difíceis em nossas vidas, precisamos encontrar esperança nessa desesperança. Destaco neste momento três pontos essenciais: 1. Saber identificar o momento em que a sua contrariedade se manifesta na forma de sentimentos e pensamentos negativos e/ou desagradáveis. 2. Separar a dificuldade [angústia e desesperança] da própria pessoa. A pessoa não é o obstáculo. 3. Sempre que o revés se evidenciar, passar a orientar as suas decisões em consciência [estratégias, técnicas e conceitos aprendidos] e não de acordo com o incômodo. E, outras palavras, agir em consciência colocando em ação comportamentos e atividades promotoras de bem-estar.

O acúmulo de questões negativas com o País, a corrupção, o desemprego, a crise econômica. E, de outro lado, vem a perda da referência da carreira profissional, vida em família, o sentimento mais emotivo, de olhar no sentido de si. E a dificuldade em defrontar com as frustrações ganha dimensão que a pessoa não suporta. A vida é permeada de perdas, mas as pessoas costumam se situar apenas em relação à perda associada à morte. O ser humano perde a infância, perde a adolescência, perde os brinquedos, em determinada fase, perde seu quarto na casa de seus pais, perde a identidade profissional.

São perdas significativas, mas que passam pela vida das pessoas de forma diferente, e se posiciona. Com tudo ruim e sem emprego ou com o luto pela perda de um ente querido, e se sentindo em desesperança, ela inconsciente aciona a desorientação dos mecanismos atencionais essa pessoa tende a mobilizar compensações emocionais graves, como o suicídio, escrevendo artigos, as separações entre casais, a violência, o vício.

Desesperança é altamente limitante, pois não se baseia em realidade, mas sobre o que as pessoas pensam que é uma incapacidade de conseguir o que cobiçam. Poderia dizer que é um estado que estão enfraquecidos ou extinta o amor, confiança, alegria, entusiasmo e fé em si mesmo e até em Deus. É um estado de desamparo em que a pessoa é percebida preso, oprimido e indefeso. Nietzsche, um proeminente filósofo, considerou "uma doença da alma. Desesperança não é decepção ou desespero. Decepção é a percepção de uma expectativa decepcionado, o desespero é a perda de paciência e paz, um estado de ansiedade que leva a olhar o futuro como uma ameaça.

Desesperança é uma crença de que não há nada a fazer agora ou nunca, porque a atenção perceptual foi ofuscada. É o abandono de ambição e de risco. É precisamente este sentido absolutista, o que dá o caráter nefasto. A coisa mais importante aqui é entender que a grande maioria do tempo estamos atormentando nos, a causa não é tanto os eventos, mas os modos de interpretação que assumimos, ao manipularmos os mecanismos atencionais para lograrmos compreensão e visualização, seja do ponto de partida ou da circunstância.

 

 

Referência Bibliográfica

DAVIDOFF, L. (1983). A percepção. Em Davidoff, L. Introdução à Psicologia (pp. 210-216). São Paulo: MacGraw Hill. [ Links ]

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

GAZZANIGA, M. S.; Ivry, R. B. & Mangun, G. R. (1998). Attention and selective perception. Em Norton, W. W. e colaboradores. Cognitive Neuroscience. (pp. 207-245). New York: E.U.A. [ Links ]

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