Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender a construção de um novo
caminho ao se perceber que se locomove pelo descaminho, na desorientação que
faz o sujeito se sentir confuso, sem rumo e permanece no descaminho e afastado
do ponto de partida em função da pouquidade de percepção. A sensação de desesperança
de que não há nada para realizar ou buscar no âmbito profissional é bastante
frustrante e comum. Porém atrás da desorientação/ e ou atenção perceptiva
distorcida, existe oculto um novo caminho ainda não desvelado a ser construído
com o auxílio da psicologia.
É
provável construir novos caminhos, da necessidade de ampliação do olhar na
busca de experiência mal sucedida no contexto de clínica particular. A psicologia
é uma ciência e uma profissão com múltiplas possibilidades de atuação. Dentro
de sua diversidade, são diferentes os caminhos e os desafios da construção de
um projeto profissional que pode, inclusive, compor duas ou três áreas de
atuação ao mesmo tempo.
A
Psicologia tem uma característica que difere de outras profissões, que permite
uma pessoa ser CLT, concursada, trabalhadora autônoma ou ser um PJ; às vezes
mais de uma. E diante de tantas possibilidades, é comum as psicólogas(os) se
sentirem perdidas(os) e desorientados no momento de iniciar a construção ou de
mudar o itinerário que vinha construindo em seu projeto profissional.
Nesse
sentido, trocar experiências e pensar um projeto profissional é fundamental.
Entendo aqui essa ideia de repensar um projeto profissional como o pensar a
construção de uma vida, projetar um modo de vida e trabalho a se construir e
viver. Em uma sociedade capitalista com a vida adulta orientada e determinada
pelo trabalho, é indispensável que possamos parar, avaliar, organizar as ideias
e planejar um caminho.
Planejar
não é engessar, é criar um roteiro que orienta nossas escolhas, mas a vida é
movimento, encontros, desencontros, encantos e desencantos; talvez aos 55 você
esteja vivendo aquilo que sonhou aos 20; e talvez aos 44 você tenha mudado os
sonhos e queira mudar os planos novamente. Não há dilema nisso, mas
independente de qual seja seu momento e sua realidade, sempre cabe pensar, o
que estou construindo enquanto projeto profissional agora?
São
muitas as possibilidades e campos de atuação, e são muitas as opções de direções
profissionais dentro desses campos de atuação, além do fato de que existe a chance
de trabalhar exclusivamente em uma área ou compor e transitar entre duas ou
três. Compartilho minha trajetória até aqui para exemplificar essas múltiplas possibilidades,
desde o início de minha vida profissional atuo com clínica, uma área que me
acompanhou com menor intensidade, mas que sempre esteve presente nesses anos
como psicólogo. Nos anos iniciais, além da clínica particular, trabalhei com a
clínica gratuita que me reconduz com maior intensidade.
A
terapia é o recurso apropriado para atingir os objetivos desejados em situações
em que há existência e permanência de um sofrimento que leva à busca de ajuda
do terapeuta para auxiliar na dissolução de conflitos e ampliação de resolução
de aborrecimentos. Profissionais têm revelado o sentimento de impotência que os
acompanha no desempenho de suas funções, num contexto onde não vislumbram
possibilidades de mudanças positivas na prospecção de prospectos ou construção
de um roteiro profissional.
Não
há receitas para construção de um caminho, se faz necessário o indivíduo saber
em qual projeto ambiciona praticar os saberes acadêmicos e quais se colocam a
disposição no momento autorizando o acesso. Um psicólogo tem potencial para
construir um caminho enquanto expõe o altruísmo em benefício do outro em
instituições que disponibilizam a pratica do voluntariado empreendendo no
consultório particular gratuito ao prospecto.
Neste
interim a construção do seu caminho se dá no modo altruísta, no qual ele
renuncia a recompensa moeda ativa, que é substituída pelo prazer ao ter como
gratificação a experiência em casos clínicos. Esse sujeito aciona o mecanismo
defesa substitutivo, o qual substitui o prazer experiência pelo dinheiro ao
compreender que o outro se coloca na posição de cliente outorgando ao profissional
ser manuseado de modo que forneça a contingência certa para aplicação do saber
acadêmico e ganhe experiência com essa troca.
Outro
caminho lícito e legítimo surge por entre as redes sociais cobrando o valor
social pelos serviços prestados de psicologia junto aos clientes. A construção
neste caminho é um pouco difícil, ou dizendo em outras palavras, vai exigir um
pouco mais de esmero, persistência porque solicita do prospecto o pagamento em
dinheiro. A construção da trajetória consultório particular pago é desconforme,
assim dizendo, é não conforme e é desigual, pois se revela desproporcionado ao sentido
altruísta que não reclama do prospecto a moeda.
Talvez,
o psicólogo não esteja disposto a investir energia libidinal na organização
redes sociais que se faz necessário perseguir até encontrar o usuário com post,
vídeos, stories na intenção de prospectar o cliente para o consultório
particular pago. O psicólogo percebe o ambiente como não oferecedor da
contingência adequada a aplicação dos saberes acadêmicos. Ao passo que já
construiu seu caminho em duas instituições como colaborador voluntário, onde
percebe que não precisa perseguir ou ficar procurando clientes com anúncios de
marketing. Pois se posiciona de modo que os clientes procuram o psicólogo, o
que torna essa posição confortável, digo não ambiciona manter-se na compulsão a
repetição da perseguição de prospectos. [...] Freud no seu texto
“Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a
questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do
passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos
tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a
angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Mas,
aonde esse psicólogo ânsia chegar? Nota-se que seu roteiro se inicia no campo
da psicologia clínica transitando entre instituições CREAS e Projeto acolhimento
trabalhadores rede Mario Gati. Todas as intervenções realizadas pelo psicólogo com
os usuários do CREAS são respeitando crenças, cultura e realidade de cada
pessoa ou família, no sentido de auxiliar esta pessoa ou família da melhor
forma. Apoia e orienta o cidadão que já tem sua situação de risco comprovada. Melhor
dizendo, que já estão sendo vítimas de violência física, psíquica e sexual,
negligência, abandono, ameaça, maus tratos e qualquer tipo de discriminação. O
psicólogo move-se por entre a proteção social básica e a proteção especial
média e alta complexidade construindo seu itinerário e identidade na psicologia
social e clínica.
Proteção
Social Básica: - Objetiva prevenir as situações de risco através do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, destinado a população em
situação de vulnerabilidade social, em decorrência da pobreza, privação, acesso
precário ou nulo aos serviços públicos ou fragilização de vínculos afetivos
relacionais [discriminações etárias, étnicas, de gênero, ou por deficiências].
Proteção
Especial [Média e Alta Complexidade] Social - Destina-se a família e indivíduos
em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou
ameaçados. - Diferente da Proteção Social Básica que tem um caráter preventivo,
a PSE atua com natureza protetiva. - As atividades da Proteção Especial são
diferenciadas de acordo com níveis de complexidade (média ou alta) e conforme a
situação vivenciada pelo indivíduo ou família.
No
caso da instituição hospitalar, o psicólogo constrói a sua identidade e trajeto
alicerçando-se no consultório clínico, como psicólogo colaborador que participa
trabalhando com outros psicólogos para a realização do bem-estar emocional dos
trabalhadores da rede Mario Gati. Direcionado a um nicho específico hospitalar,
que vai desde médicos, enfermeiros, auxiliar administrativo dentre outros. O
psicólogo quer regressar da organização redes sociais, em outras palavras, vir
do ambiente redes sociais em direção a alguma instituição que lhe conceda a
melhor contingência de ações da psicologia na construção de sua identidade e
comunicação, tendo como gratificação a moeda ativa na prestação de serviços ao
público desta instituição.
A
construção do trajeto deste psicólogo se dará de modo semelhante a carreira do
técnico em mecânica retratado abaixo nos parágrafos. Pois, o ponto de partida
foi a clínica e o mesmo se apercebe também dizendo: eu não consigo ver uma luz
no fim do túnel. Embora o psicólogo tenha um propósito associado a alguma
instituição que até o presente não lhe foi desvelado, permanecendo oculta a sua
compreensão, interpretação e leitura mental concatenadas aos órgãos da visão.
As
exigências, outro ponto a que você precisa ter atenção é em relação às
exigências do mercado de trabalho em relação aos profissionais de psicologia.
Em muitos casos, só é permitido atuar em determinada área deforma plena com uma
especialização, como Psicanálise ou terapia cognitivo comportamental [TCC].
Sendo assim, quanto antes você avançar em sua formação, melhor. Ou você pode
transitar pela área da psicanálise e terapia comportamental cognitiva e ainda a
orientação de carreira a qual escolhi para atuar esmerando no desenvolvimento.
A
trajetória profissional de um ser humano é de natureza singular. Isso é
evidente não apenas pelo fato de cada ser humano ser único, mas também pela
singularidade de possibilidades e arranjos a que cada um submete suas escolhas,
inclusive as profissionais, amparados em suas competências teórico-conceituais,
vida pregressa, oportunidades e circunstâncias vivenciadas em determinado
momento histórico. A despeito do projeto de vida e do desenvolvimento da
carreira ser particular, os seres humanos agrupam-se em torno de profissões que
têm seus saberes específicos, ditos, ritos, mitos, enfim, configurações
sociais, em que aqueles que a abraçam, segredam e compartilham, numa construção
coletiva.
A
profissão é deflagrada, para cada um, com base na escolha profissional e toma
contornos concretos na experiência acadêmica universitária da formação. Os
caminhos percorridos pelas vivências objetivas e subjetivas da condição de
aluno, em situações de aprendizagem, mobilizam saberes e afetos na construção
de um projeto profissional.
Entre
muitas profissões que coexistem na atualidade, mesmo quando se consideram as
profissões tradicionais e aquelas que emergem das novas configurações da
sociedade contemporânea, a psicologia se sobressai por sua complexidade, visto
que abriga uma diversidade de concepções teórico metodológicas que revelam
distintas epistemologias e posicionamentos filosóficos e se oferece para ser
exercida em múltiplos espaços de inserção profissional com peculiaridades
específicas.
Não
existe uma proposta de convergência dessas posições; elas coexistem sendo
complementares, ambivalentes ou até contraditórias entre si, explicitando a
existência de múltiplas psicologias e não apenas de uma que unifique ou
sintetize seu vasto campo teórico e empírico. Compreender os caminhos que levam
à construção da profissão de psicólogo ou de psicóloga é uma curiosidade.
Entende-se
que reconhecer-se psicólogo ou psicóloga configura identidade. Só é possível
compreender a construção de identidades em psicologia quando se lança mão da
historicidade da ciência, da profissão e do contexto social, compreendendo que
estes se constituem como referenciais de ordem política, social e cultural que,
por meio dos discursos, promovem sentidos que os sujeitos vão interpretando e
significando.
É
no confronto dessas múltiplas configurações e possibilidades simbolicamente
construídas que a pessoa se posiciona e descobre sua singularidade na
historicidade social, cultural e profissional. Como os alunos de um curso de psicologia
singular constroem sua identidade profissional de psicólogo ou psicóloga no
processo curricular que vivenciam, tendo em vista que a psicologia é
considerada uma profissão feminina? Com base nesta pergunta, há a pretensão de
entender como os estudantes constroem identidades profissionais em psicologia
na vivência acadêmica cotidiana, mediante o processo curricular e as práticas
pedagógicas que o curso proporciona, sem a pretensão de buscar verdades que
confiram uma identidade definitiva.
A
concepção de identidade refere-se à identidade como processo, como um movimento
contínuo de diferentes e sucessivas identificações que se interpõe entre as
pessoas num jogo infinito de igualdade e diferença, aproximação e
distanciamento, permitindo, por meio do discurso, que as pessoas reconheçam os
iguais e os diferentes de si. Como ensina Stuart Hall (2000, p. 109).
Segundo
Jung, “Existe apenas um caminho e este é o seu caminho. Existe apenas uma lei,
e esta é a sua lei. Existe apenas uma verdade e esta é a sua verdade”. (Jung,
p. 231). O que isto quer dizer? Entendo que cada um deve encontrar seu próprio
caminho na vida. Os exemplos de outros colegas [com caminhos semelhantes] podem
ser inspiradores, incentivadores, animadores, mas cada um só pode seguir apenas
o seu próprio caminho.
Afinal,
vivemos em uma época única. Uma época capitalista, marcada pelo consumo. O que
está disponível para nós são imensas possibilidades, e como poderemos saber o
que queremos, o que queremos comprar, ter, viver, saber? Somente através da
auto descoberta. Nesse sentido, do caminho da autodescoberta cada um de nós
está sozinho ou sozinha. Cada um terá que seguir seu próprio caminho e não o
caminho dos demais.
Isto
está, é claro, relacionado com as escolhas profissionais [ou vocacionais], mas
não só, existem pessoas e mulheres que vieram ao mundo não para ter uma
carreira, mas para serem mães, avós, existem pessoas que vieram para ensinar,
outras para construir casas, pontes, prestar serviços de telecomunicação e o
que você conseguir pensar enquanto lê o artigo.
Ser
psicólogo é conviver com os dilemas, dores e sofrimentos alheios. É muitas
vezes se perguntar quanta dor cabe numa vida. Mas também é participar da
construção de vidas mais adaptadas, realizadas e felizes. É saber que as
mudanças são possíveis. É contribuir para que as transformações aconteçam tanto
de forma individual como coletiva. Não apontamos o caminho a ser seguido, mas
percorremos esse caminho junto com o paciente, com uma lanterna na mão.
Essa
lanterna é a luz do conhecimento científico e da experiência, acumulados com
muito estudo, dedicação e prática, que permite a nós e aos pacientes
enxergarmos aquilo que num primeiro momento, como sugere Aaron Beck, talvez
nossos olhos não pudessem alcançar. O saber do psicólogo será sempre a luz no
final do túnel. E reproduzo este saber ao recontar sobre a carreira do técnico
em mecânica.
Muitas
vezes somos tão apegados aos nossos problemas, às nossas próprias questões
internas, que nos esquecemos de como faz bem construir boas relações com o
outro. Compreender que as pessoas não pensam todas da mesma forma, não agem do
mesmo modo e não vivem de forma igual é o primeiro e mais importante passo para
cultivar boas relações. Depois de entender e aceitar as diferenças, vai ficar
muito mais fácil se abrir para o novo, para o que não se vê no espelho.
A
pessoa implementa o ato falho, melhor dizendo se esquece que toda e qualquer
vaga de emprego ao qual escolhe e se candidata tem que ser vista como, um
caminho, uma porta de entrada, um ponto de partida que é disponibilizada por
meio do mercado de trabalho lhe ofertando a construção de uma identidade e um
roteiro profissional. Mas de pronto o
indivíduo apreende a vaga elaborando uma leitura mental e interpretação
equivocada dotada de complexo de inferioridade comovendo inconsciente os
mecanismos de defesa recusa, esquiva e negação por exatamente não ser a vaga
esperada que lhe dará o benefício de praticar todo conhecimento adquirido na
universidade e mediante isto merecer a recompensa, seja em moeda, status
profissional e outros.
Necessita
olhar de modo consciente e não alienada, autômato que se candidata a vaga
apenas por se candidatar com a intenção de escapar das privações momentâneas de
dinheiro, restrição na autonomia e o que você pensar agora, de modo a não se
permitir ser envolvido e conseguir evitar situações desagradáveis ou perigosa, por
entre o mecanismo de defesa da esquiva
Mas,
quando o mercado de trabalho oferece vagas que não compatíveis com a trajetória
já iniciada pelo indivíduo durante a universidade acarreta em decepção, raiva,
desorientação, desesperança, pois desentoa da vaga idealizada. Criando a ilusão
que não consegue descortinar a distância entre o ponto que se situa e o ponto
que apetece provocada pela insegurança. [...] Esse medo marcará nossa
memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto
uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de
desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Semelhante
desenrola-se na psicologia cada que vez discursa: eu não consigo prospectar
prospectos nas redes sociais. O que de fato o psicólogo experimenta de estimulo
perceptivo? Ao observá-las valendo-se da psicologia do cotidiano, prova da
sensação de decepção, frustração, avarentas porque retem o dinheiro e não
cuidam da saúde emocional, as veem como preconceituosas e religiosas, rejeição
profissional, desamparo monetário, são vistas como amigos do passado, colegas
de profissão e conhecidas. Esta cognição se dá no modo das emoções e não por
meio da intelecção.
Naquele
momento o psicólogo experimenta reforços por meio dos comportamentos dos
prospectos que contribuíram com estímulos negativos envolvendo adição de
consequências ruins para o psicólogo, o qual reforçou a atitude do psicólogo na
reação afastamento-afastamento, influenciando a diminuição da serventia da sua
potência, ou seja, não promover o desenvolvimento ou a eficácia das suas ações
na prospecção e demissão das redes sociais.
Ou
por outra, quando temos duas alternativas desagradáveis, temos o conflito
afastamento-afastamento. Um exemplo poderia ser o do psicólogo manter-se na
rede social contra vontade na intenção de prospecção de clientes e não receber
nenhuma gratificação em troca e ainda ter um aumento na carga de horário nas
redes sociais.
Doravante
como observar o produto humano com otimismo realista, em outras palavras desejar
o produto e por entre a realidade observando os aspectos positivos/negativos
atrelado aos fatos e distanciando-se das emoções? O psicólogo se mante num
território que não lhe fornece a contingência adequada para aplicação dos saberes,
pois o público é conhecido do psicólogo e traz algumas características
incutidas no superego do psicólogo o que inviabiliza a prospecção dos
prospectos e o não desejo de acolher essas pessoas.
Ao
se deparar nas redes socias com o produto humano que fazem parte do seu meio
social é impraticável a psicologia neste campo. Por tanto isto não se constitui
em um roteiro a ser construído com a psicologia clínica ou uma porta de entrada.
A não ser que exista uma network sólido com os colegas de profissão que indicam
clientes ao psicólogo. Caso não haja a network firme a indicação se torna
inalcançável.
É
prudente desvencilhar-se da zona de territorialidade de amigos, isto significa
afastar-se do padrão de comportamento em que uma ou mais pessoas ocupam nas
redes sociais ou defendem reproduzindo seus comportamentos preconceituosos,
exibicionistas supérfluos e construir um script além deste espaço em direção a
pessoas desconhecidas, cuja identidade se desconhece.
Aparenta-se
hoje que só existe uma direção, após concluir um curso universitário que se
situa nas redes sociais. Algumas pessoas escolheram o itinerário das redes
sociais e se beneficiaram com essa escolha, por tanto ao orientar outros
indivíduos, acabam encaminhando segundo aquilo que deu certo para elas e por
meio do ato falho, esquecem que o que deu resultado para elas, pode muito bem
não ser o esperado pelo outro. E o sujeito recebe o ensinamento de maneira
inconsciente sem reflexionar suas ações e ambições.
E
se o sujeito fracassar, quer dizer, não obteve o prospecto que esperava nas
redes sociais é porque permanece operando de modo inadequado na prospecção de
prospectos, este é o argumento e visão daqueles que não assimilam que cada
sujeito tem sua própria vereda a trilhar. Nem sequer cogitam em si mesmo, que talvez,
este não seja o rumo pertinente a este psicólogo. O psicólogo tenta a todo
custo criar uma estrada, apesar de não acontecer o esperado, pois os agentes
externos o impedem, resta-lhe mobilizar a autocritica e distanciar-se
psicologicamente das redes sociais aplicando um olhar descoincidente para a
compreensão do trajeto que lhe ocasiona desorientação.
O
psicólogo se posiciona otimista realista não encara os obstáculos como algo
para lhe derrubar, mas sim para reforçar suas potencialidades. O otimista é
persistente, não desiste diante das contrariedades. Dessa forma, entendemos o
otimismo como um fator protetor da resiliência. O otimista realista, que
consegue enxergar com clareza a situação ao observar o aspecto positivo e
negativo e tomar decisões assertivas para o momento.
Nada
de fé cega, nada de pintar de cor de rosa contextos que necessitam de uma ação
estratégica para mudança. E é aí que entra a esperança. Esperança, diferente do
que muitas pessoas pensam, não tem nada a ver com esperar por dias melhores.
Isso é frase do senso comum do pensamento positivo, avaliado como tóxico pensar
deste modo. Esperança é vista na maioria das vezes como algo tão subjetivo e no
fundo é a emoção que nos leva efetivamente a ação.
Uma
pessoa esperançosa foca no objetivo que deseja realizar, pensa em quais caminhos
e ferramentas devem usar para conquistar seu projeto. Pessoas incitando suas reservas
de resiliência por meio do otimismo, apesar de , sobretudo, arregaçar as mangas
para agir em prol da sua transformação pessoal, profissional e social.
Minucio
um caso clinico na construção de carreira na área de técnico em mecânica, na
qual o sujeito construiu a identidade técnica na trajetória no campo de
manutenção em equipamentos pneumáticos, hidráulicos, vapor e mecânicos. Ele
transitou-se em vários formatos da área técnica em mecânica até chegar a
corporação que iria lhe outorgar o acesso para evoluir na identidade
profissional, construindo o caminho de técnico instrumentista pneumático.
O
técnico tinha a aspiração de trabalhar em alguma multinacional. Ele não sabia o
nome desta multinacional e nem o seguimento, mas tinha esta vontade. O caminho
iniciou-se trabalhando em empresas que lhe ofereceram a oportunidade de
desenvolver no campo de manutenção e operação de maquinas, entretanto este não
era o destino que o técnico almejava, embora era as vagas que o mercado de
trabalho disponibilizava ao técnico no momento. Ele não conseguia enxergar o itinerário
transparente, tudo lhe evidenciava estar no descaminho, até que foi contratado
por uma multinacional no seguimento de pneumáticos.
Em
outros termos, não lhe era permitido tomar conhecimento pela compreensão e nem
pela percepção o nome da multinacional e nem o seguimento, suscitando o
desprazer, porém o que lhe autorizou a chegar e a construir um novo trajeto com
nova identidade nesta multinacional foi o percurso construído no campo da
manutenção industrial ao longo dos anos trabalhando em empregos inferiores, embora
aplicasse sempre o saber técnico em mecânica. [...] Em sua obra “Além do
Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também
rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer
e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos
instintuais que foram reprimidos.
Esse
técnico dizia a si mesmo: eu não consigo enxergar o meu caminho. Mas, ele não
se dava conta que já estava em direção a multinacional, por vivenciar e
experimentar a crença disfuncional. Estava a todo tempo preso no imediatismo
rumo a multinacional. As oportunidades que se apresentavam a ele naquele exato
momento o deixavam desgostoso e sensibilizava o mecanismo defesa da recusa e
negação, negando a realidade que se exteriorizava naquele momento como
decepcionante que eram vistas nas vagas indesejáveis. Ou em outras palavras,
vagas não associadas a técnico em mecânica.
Por
tanto é simples dizer e não perscrutar interpretar, compreender o pensamento
automático disfuncional, eu não consigo enxergar uma luz no final do túnel. A
luz que o técnico pretende pressentir representa o objeto de interesse [a multinacional,
mas não é qualquer multinacional]. Sendo que na atualidade só lhe é apontado vagas
que o mercado dispõe naquele momento, então o técnico diz que não repara na luz
no final do túnel, porque está vendo apenas as vagas que lhe causam complexo de
inferioridade, desprazer ou obscuridade na visão.
O
técnico chegou a candidatar-se a vagas em algumas multinacionais, contudo não
lhe foi concedido acessar estas multinacionais e ali construir seu espaço. O
que indica que para este sujeito havia a maneira perceptível a fim de construir
a sua identidade dentro da área técnica e na multinacional do seguimento de
pneumáticos adequada, que lhe ofereceria a contingência com destino a aplicação
dos seus conhecimentos técnicos.
Embora
todas as investidas até chegar a rota esperada, se espelhava como se estivesse
trilhando no descaminho, isto significa afastamento do caminho correto, porque
as decepções, frustrações distorciam a visão dando-lhe a impressão e sensação
de transitar em tuneis [empregos e organizações] aos quais não existiam a luz
que representa o objeto final. Mediante isto o técnico apenas pressenti com a
emoção negativa/heurística afetiva negativa, levando a dissociar-se da
racionalidade, em ouros termos, não leva em conta nada do que se passa de modo
racional e objetivo, como a admissão a estipuladas empresas que oportunizaram a
construção da trajetória na manutenção industrial.
No
momento que o técnico pronuncia, eu não consigo enxergar uma luz no final do
túnel. O técnico anuncia a si mesmo que
se apercebe desprovido dos recursos da compreensão, interpretação e leitura
mental que assegura a elaboração eficiente dos mecanismos atencionais ou
faltante dos processos básicos psicológicos. A percepção assimila os dados
deduzidos como negativos.
Deste
ponto em diante é preciso construir e interpretar o que representa o caminho túnel
e a simbologia da luz. Túnel representa uma passagem subterrânea usada como via
de comunicação entre um ponto e outro ponto, com pouquidade de luz, digo
simboliza uma carreira sendo percorrida de maneira recalcada e reprimida no
inconsciente e se o técnico não estiver consciente/lucido da intenção
profissional e em qual lugar quer chegar, estará atravessando o percurso de
modo reprimido inconsciente, por que não traz visibilidade ao técnico para
chegar a um destino por falta de clareza do objetivo final que permanece
reprimido, por conta das intempéries que são a ocupações não ambicionadas e
olhadas com desprazeres.
A
luz no fim do túnel, significa o objetivo principal que o técnico por estar
desorientado não concebe mais com a compreensão, e não nota que vai alcançar a
multinacional almejada. E na maioria das vezes qualquer indivíduo que inicia um
caminho após a conclusão, seja qual for o curso, este direciona-se sempre ao
projeto, apesar de comportar-se inconsciente. Não lhe é desvelado como se dará
a construção da identidade e nem qual instituição lhe outorga o acesso para a
construção do roteiro que cobiça.
Entretanto
existe a probabilidade deste mesmo sujeito começar a observar em que campo se principiou
a sua desenvoltura e talvez depreenda de modo intelectual que achar-se a um local
[instituição adequada] que lhe fornecerá a contingencia exata para o
desenvolvimento das competências profissionais já iniciada na área da
manutenção industrial ao longo do itinerário desvelada no objetivo principal.
O
sujeito lucido anda por trajetos restritos até chegar ao ponto otimista realismo,
assim dizendo, percorre investindo potência no projeto, apesar de observar a
realidade composta de fatos positivos e negativos. Enquanto que o indivíduo que
permanece no inconsciente, ou seja, dormindo ou com pouquidade de clarificação
sobre a sua trajetória permanece dizendo a si mesmo e reproduzindo a crença: eu
não consigo ver uma luz no fim do túnel, por meio da ausência de compreensão e
percepção. Ou melhor dizendo, o indivíduo atravessa o descaminho do caminho.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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