Pular para o conteúdo principal

Autoajuda, é bom ou ruim?


Julho/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208
A intenção para escrever o artigo é alertar o leitor(a) sobre livros de autoajuda. É aquele livro que certa vez até lhe ajudou a melhorar em algumas situações, embora às vezes dá até orgulho em admitir que leu e ainda gostou. Aquele(a) que gosta de ler autoajuda, carrega facilmente nas mochilas, no smartphone, nas bolsas, e mantem até no criado mudo. Vou mencionar sobre eles agora. E não só dos livros, todavia, também de outros aparatos nesse sentido que estão disponíveis para a massa, exemplo vídeos, e-books eletrônicos, podcasts, perfis de motivação nas redes sociais, o livro que seu pastor publicou e outros que você conseguir imaginar enquanto lê o artigo ou já leu livros de autoajuda.
Algumas pessoas sentem orgulho em consumir esse tipo de conteúdo, pois é barato e eximem-se de entrar em contato com suas aflições por meio de um profissional qualificado, mas em fim, pois em dado momento de suas vidas funcionou muito bem este conteúdo o que pode levar a prática da compulsão a repetição da autoajuda todas as vezes que se deparar com uma situação querendo de imediato a solução obtida anteriormente e isto pode não acontecer. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Parece que eles não são percebidos com bons olhos, especialmente por nós, profissionais que atuamos com as emoções, desenvolvimento psicológico e saúde mental. Por tanto será que ao escolher conteúdos de autoajuda sempre será a opção mais acertada? Repenso nem sempre! Não gosto de utilizar esse estereótipo, pois muitos indivíduos de fato fazem muito bom uso desse tipo de recurso e realmente se desenvolvem bastante quando conseguem colocar em prática o que aprendem com eles [ou às vezes, já vale só pelo fato de ouvir algumas palavras de encorajamento, pois tem pessoas que funcionam muito bem quando ganham uma sacudida].
Para isso é necessário ter bastante cuidado ao meu ver, pois não é possível apenas permanecer só na autoajuda. Ela pode mesmo dar aquele ímpeto, contudo se você não pegar esses estímulos de motivação e decidir fazer algumas análises mais profundas sobre sua vida e sobre você mesmo, a resistência pode ser muito pior. Conto que esse efeito acontece quando atingimos aquele auge de euforia para fazer acontecer, mas depois de algum tempo, parece que todo o entusiasmo vai passando e você acaba ficando novamente perdido com seus pensamentos e consigo mesmo, confuso sobre qual direção seguir e aí a desmotivação acaba voltando. Isso acontece, porque a mudança provavelmente, não foi efetiva e consciente, não foi profunda e não mexeu no inconsciente que precisava mexer. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Foi apenas superficial, essa é a diferença dos recursos de autoajuda isolados e usados de forma pontual e da terapia. Então, a autoajuda pode funcionar muito bem, embora possamos estar falando de sujeitos que estão emocionalmente saudáveis, que já conseguem compreender bem vários de seus processos psicológicos e sabem o que fazer com as técnicas que aprenderam. Há casos e casos. Muita atenção quando falamos de pessoas que estão propícias a desenvolver determinados transtornos de ansiedade, de humor ou outros e observar cada particularidade do ser humano.
Escrever sobre a literatura de autoajuda, enquanto psicólogo, não parece fácil. Pois este segmento está entre os mais vendidos, e faz parte do gosto médio da população. Se adotarmos uma postura crítica, que contraria o gosto do senso comum, há o risco de sermos percebido como arrogantes, preconceituosos, invejosos, estraga-prazeres. E em muitos casos pode até não ser mesmo uma boa ideia. Concepções contrárias à da maioria são geralmente vistas como uma agressão. Podem ser talvez, em alguns casos, a melhor maneira de se tornar impopular. Muitas pessoas, senão a maioria, compreendem que a verdade emana sempre das massas. Pensam mais ou menos assim, se todo mundo gosta, é bom é magnifico. Pois milhões de pessoas juntas dificilmente podem estar erradas. Esta é somente uma concepção de verdade deles [alienação].
A ideia de verdade consensual ou coletiva. É a verdade da massa. E a massa fornece isto, proteção, amparo, segurança. É muito mais simples e seguro acompanhar a massa do que opor-se a ela. O risco também é o de ser visto como preconceituoso. Entretanto deixo bem claro que minhas críticas a este tipo de literatura não servem para os pacientes que atendo. Exemplo, se um paciente chega até meu consultório dizendo que sua vida melhorou devido à leitura feita em um livro deste gênero, não avalio motivo algum para a crítica que seja.
Se, por exemplo, um livro de autoajuda contribuiu ou tem contribuído para a melhoria da vida do paciente, este progresso deve ser aproveitado, reforçado e não o contrário. Os livros de autoajuda, além de conter uma série de equívocos e distorções, claramente enganam ao prometer o que não é possível. As inverdades são sua maior moeda de troca. Geralmente, quanto mais o tema do livro promete ao leitor(a), mais valorado é o livro de autoajuda. Entendo que palestras e livros de autoajuda são como deleite para alguns indivíduos, pois produzem alívio imediato, mas logo, a angustia se manifesta novamente.
E você continua não conseguindo resolver nada. E, pior, por acreditar no palestrante [autor do livro], você agora pensa [se aliena aos pensamentos do autor] que as coisas são simples, que a vida é simples, que nossos problemas são simples. Pode até ser que a vida seja simples, mas o ser humano não é. O autor do livro de autoajuda, pensa e influencia o leitor a pensar reproduzindo o pensamento que pode fazer com sua vida o que se faz com o orçamento doméstico. Que tudo se resume a uma questão de débitos e créditos emocionais. Entradas, saídas, no caixa eletrônico do nosso viver. Depois, eles resumem tudo em algum símbolo, exemplo, uma cadeira, um copo d'água. [...] O mal de tudo isso é que buscam as agitações da vida como se a posse das coisas que buscam devesse torná-los verdadeiramente felizes. O problema é que não os tornam, nunca estão satisfeitos com nada. A grande consequência disso é que abandonam seu projeto essencial. As preocupações da vida constantemente os distraem e o perturbam. “O ser-humano, em sua vida cotidiana, seria promiscuamente público e reduziria sua vida a vida com os outros e para os outros, alienando-se totalmente da principal tarefa que seria o tornar-se si mesmo” (CHAUÍ, 1996 p.8).
Penso que todos os livros que lemos, “refiro-me a outros livros” que podem nos ajudar de algum modo a compreender as situações, as atitudes, os desafios, os relacionamentos e nossos medos. E com a leitura acabamos nos identificando com os personagens, com as situações, aprendemos novas formas de perceber o mundo e a nós mesmos. Aprendemos sobre matemática, engenharia, advocacia, geografia, geopolítica, história até teologia ou qualquer outro assunto que nos interesses. Ler é, compreender o conteúdo colocar as sugestões em prática e entender o quanto você se identifica com os problemas e as soluções propostas são passos muito importantes. Perceba se esse é o momento certo para as mudanças na sua vida ou se prefere suportar as dificuldades ou o medo das mudanças. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162)
A escolha é sua, o sucesso de um livro de autoajuda depende da reação e da resposta dos indivíduos ao seu conteúdo. Mesmo em um livro de autoajuda considerado ruim, uma pessoa pode encontrar a solução que lhe faltava para resolver seus problemas. Então depreendo de modo intelectual, que esses livros podem ajudar até aqueles que querem ser ajudados. Se pensarmos na própria palavra autoajuda veremos que a ideia é que o livro virá a fazer com que a pessoa mesma possa se ajudar, é claro, depois de comprar o livro e ler. Será que se a autoajuda fosse eficaz, não bastaria apenas um livro, pois ele já ajudaria tanto que não precisaria mais de outros. Porém, o mais comum é encontrarmos uma série de livros quando o primeiro faz sucesso. Exemplos, Pai Rico e Pai Pobre, pastor fulano de tal não desista de seus sonhos e a lista continua. [...] O homem é projeto. A necessidade de viver é uma necessidade de preencher esse vazio, de projetar-se no futuro. É o anseio de ser o que não somos, é o anseio de continuar sendo. O homem só pode transcender se for capaz de projetar-se. Assim, ele sempre busca um sentido para sua vida. “A angústia contém na sua unidade emocional, sentimental, essas duas notas ontológicas características; de um lado, a afirmação do anseio de ser, e de outro lado, a radical temeridade diante do nada. O nada amedronta ao homem; e então a angústia de poder não ser o atenaza, e sobre ela se levanta a preocupação, e sobre a preocupação a ação para ser, para continuar sendo, para existir (MORENTE, 1980, p.316)
A diferença entre Psicologia e Autoajuda. Como a autoajuda é uma área de difícil definição, indo de livros que falam sobre psicologia para leigos até livros místicos, esotéricos, com fórmulas mágicas é um pouco complicado demarcar um limite a separar uma área da outra. Pois, a autoajuda acaba incorporando conhecimentos e práticas da psicologia em seu texto para ficar mais científica. No Código de Ética da Psicologia, podemos ler que o psicólogo apenas usará técnicas e procedimentos que tenham comprovação científica. Tudo o que estiver de fora da ciência, não deve ser, portanto, utilizado. Chegamos então a uma primeira distinção. Por que será que as pessoas dizem que psicólogo é louco ou não são loucas para procurarem um psicólogo? Preconceito, estereótipo e discriminação.
Em outras palavras, vivemos no consultório em contato com pessoas extremamente diferentes umas das outras e aprendemos a demonstrar, enquanto psicólogos clínicos, a empatia. Não quer dizer que se atendermos um advogado teremos que estudar advocacia e ao atender um pastor teremos que estudar teologia. Embora, seja necessário ter uma observação detalhada do pensamento do paciente. E, na medida em que a autoajuda é um fenômeno de mercado e de público, observo ser interessante conhecer um pouco da área. Embora em geral a autoajuda não seja prejudicial, ela pode ser falsa. Prometer algo e não cumprir. Quantas pessoas não leem livros e livros de autoajuda sem que a mudança realmente ocorra? [...] “A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda” (CHAUÍ, 1996 p.8-9).
Contudo para realmente mudar, e principalmente em casos mais graves, a ajuda inicial do psicólogo é fundamental. Não só porque os conhecimentos e técnicas são fundamentadas, mas porque a pessoa no momento não consegue ela mesma fazer a própria mudança ou até enxergar aonde está o problema.
Apesar que o objetivo da clínica é fazer com a pessoa possa se auto ajudar, se autoconhecer sozinha, buscar a individuação. Por tanto autoajuda deturpam os conhecimentos das ciências humanas, difundem chavões da psicologia pop e são nocivos, porque induzem seus leitores a dramatizar problemas, não perceber a realidade como se apresenta, simplificam conflitos e soluções, criam dependência emocional e servem apenas para enriquecer seus autores, que se preocupam só com a autopromoção e os lucros. [...] O ser humano é esse nada, livre para ser alguma coisa. “Suspendendo-se dentro do nada o ser aí sempre está além do ente em sua totalidade. Este estar além do ente designamos a transcendência. Se o ser-aí, nas raízes de sua essência, não exercesse o ato de transcender, e isto expressamos agora dizendo: se o ser-aí não estivesse suspenso previamente dentro do nada, ele jamais poderia entrar em relação com o ente e, portanto, também não consigo mesmo. Sem a originária revelação do nada não há ser-si-mesmo, nem liberdade. (HEIDEGGER, 1996, p. 41).
A culpa é essencial para que verdadeiras mudanças aconteçam. Ela pode conduzir a uma consideração mais reflexiva sobre a vida, sobre como a levamos e como influenciamos a vida de outras pessoas. Reflita sobre a autoajuda na sua vida!



Referência Bibliográfica
CHAUÍ, MARILENA. HEIDEGGER, vida e obra. In: Prefácio. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
HEIDEGGER, M. Que é Metafísica? Os pensadores. São Paulo: Nova Cultura, 1996
MORENTE, MANUEL G. Fundamentos da filosofia: lições preliminares. 8 edição. São Paulo: Mestre Jou, 1980.

Comentários

Postagens mais visitadas

Turnover E Competências Socioemocional

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. O supermercado enfrenta uma elevada taxa de turnover entre os operadores de caixa. Observa-se que grande parte dos colaboradores recém-contratados não permanece até o final do período de experiência, e aqueles que o ultrapassam tendem a se desligar da função em um curto intervalo de tempo. Embora existam motivos pessoais envolvidos, é perceptível que muitos desses operadores demonstram carência de competências socioemocionais essenciais para o bom desempenho da função. Entre as habilidades deficitárias, destacam-se a baixa adaptabilidade, a limitada tolerância à frustração, dificuldades na regulação emocional e no gerenciamento do estresse. Essas competências são fundamentais para lidar com as pressões diárias do cargo, que exige atenção constante, contato direto com o público, capacidade de resolver conflitos e resiliência diante de situações ad...

Dinâmica De Poder Nas Instituições – Psicologia Organizacional

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. A dinâmica de poder em uma organização refere-se à distribuição e ao exercício do poder entre os membros e diferentes níveis hierárquicos dentro da empresa. O poder é uma influência que permite que um indivíduo ou grupo afete o comportamento ou as decisões dos outros. Existem diferentes teorias e abordagens para entender a dinâmica de poder em uma organização. Vou apresentar alguns dos principais através da psicologia organizacional. Teoria das bases de poder: Essa teoria, proposta por French e Raven, identifica cinco bases de poder que uma pessoa pode ter na organização. São elas: Poder coercitivo: baseia-se no medo de punição ou consequências negativas. Poder de recompensa: baseia-se na capacidade de recompensar ou oferecer incentivos. Poder legítimo: baseia-se na autoridade formal concedida pela posição hierárquica. Poder de especialista: bas...

Angústia Da Ausência De Clareza De Informações

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um sujeito que trabalha como fiscal de caixa em um supermercado e é psicólogo está angustiado porque não consegue perceber um caminho para ser contratado como psicólogo em alguma instituição e compreende que a ausência de Clareza gera angústia que está lhe fazendo mal. Na psicanálise, podemos entender essa situação analisando os três sistemas psíquicos: id, ego e superego, bem como os conceitos de angústia e desejo. O conflito interno: O id representa os desejos e impulsos mais profundos. Nesse caso, o desejo do sujeito é trabalhar como psicólogo, porque isso se alinha ao que ele valoriza e ao prazer de ajudar os outros. O superego é a parte crítica, que internaliza normas e regras sociais. Ele pode estar julgando o sujeito por não ter "chegado lá" ainda, criando sentimentos de culpa e cobrança. O ego, que é o mediador entre o id e o ...

Luto Pela Demissão

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Vamos pensar juntos de forma bem didática, passo a passo, usando a psicologia organizacional para entender esse processo de desligamento emocional e o luto pela demissão. 1. O que é desligamento emocional? Na psicologia organizacional, desligar-se emocionalmente da empresa significa aceitar que aquele ciclo profissional acabou e começar a reconstruir sua identidade fora daquela função. É como terminar um relacionamento: mesmo que o contato físico tenha acabado (foi demitida), a mente e o coração ainda estão presos lá. 2. O que é o luto pela demissão? O luto organizacional é o processo emocional que uma pessoa passa quando perde o trabalho. Não é só tristeza: envolve choque, negação, raiva, tristeza, até chegar à aceitação. Como no luto por alguém que morreu, o cérebro precisa de tempo para entender e reorganizar a vida sem aquela rotina, stat...

Psicólogo Trabalha Como Telemarketing

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são pensamentos, desejos, sentimentos ou impulsos que influenciam nosso comportamento, mas que não estamos cientes deles. Quando se trata de compreender por que um psicólogo poderia aceitar um trabalho como telemarketing em telecomunicações, algumas motivações inconscientes possíveis podem incluir: Desejo e medo de controlar o livre arbítrio do cliente: O livre-arbítrio refere-se à capacidade que uma pessoa tem de fazer escolhas e tomar decisões por si mesma, sem ser determinada por fatores externos ou por circunstâncias predefinidas. Como psicólogo, reconhecemos que cada indivíduo tem sua própria liberdade de escolha e que suas ações são influenciadas por uma combinação de fatores internos e externos. O psicólogo não busca controlar ou ditar as escolhas do cliente, mas sim ajudá-lo a explorar suas...

Compulsão A Repetição Renunciar O Falso Self E Voltar Ao Verdadeiro Self Na Instituição

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O sujeito sempre atuou em ambientes organizacionais onde seus conhecimentos eram valorizados e reconhecidos e respeitados pelas figuras da autoridade na organização. Foi submetido como figuras de autoridade, mas não foi censurado em seu comportamento. Agora se encontra num ambiente organizacional onde seus conhecimentos não são valorizados e não são respeitados, mas sim cobrados no seu comportamento onde desejam moldar o sujeito a posição organizacional autoritária, pois existem neste ambiente figuras de autoridade punitivas que apenas cobram que as normas sejam cumpridas. Perceba que este ambiente é apenas valorizado o status da carga organizacional para importar medo de cobranças e censuras. Parece que o sujeito inconsciente deseja pela compulsão a geração voltar ao ambiente onde seus saberes são valorizados e respeitados, onde possa agir com autonomia mo...

Desejo, Frustração e Narcisismos Nas Relações Virtuais

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um indivíduo está utilizando um aplicativo de relacionamento e se vê preso a uma dinâmica repetitiva: deseja mulheres que não o desejam e rejeita aquelas que demonstram interesse por ele. Essa experiência, embora comum, revela aspectos profundos da estrutura psíquica do sujeito, especialmente sob a ótica da psicanálise. O desejo do sujeito não está apenas direcionado às mulheres, mas àquilo que elas representam para ele. Ele projeta sobre as mulheres mais bonitas e jovens um ideal de beleza, juventude e valor social. Desejá-las é, para ele, uma forma de se aproximar do seu próprio ideal do eu — uma imagem idealizada de quem gostaria de ser. Assim, não se trata apenas de querer o outro, mas de desejar ser desejado por esse outro idealizado. Isso é o que Lacan chama de “desejo do desejo do Outro”. Ao desejar ser objeto do desejo dessas mulheres, o ...

Falha Comunicação Entre fiscal Caixa E Liderança

  Ano 202.5. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. comunicação falha entre a equipe de fiscal de caixa de supermercado e a liderança, contudo a liderança culpabiliza e responsabiliza o fiscal de caixa pela falha de comunicação. Me explica e interpreta como se eu fosse um iniciante pela abordagem pela psicologia organizacional   Vamos entender isso passo a passo, como se você estivesse começando agora na psicologia organizacional. 🧠 O que é Psicologia Organizacional? É uma área da psicologia que estuda o comportamento das pessoas dentro das empresas. Ela observa como as relações de trabalho, a comunicação, a liderança e a cultura organizacional afetam o bem-estar e a produtividade dos colaboradores. 💬 O que é uma falha de comunicação? Falha de comunicação é quando uma informação não é passada de forma clara, completa ou no tempo certo. Isso pode gerar mal-entendidos, erros e até conflitos...

A Revolução Da IA a Sociedade

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. A inteligência artificial (IA) tem sido um dos fenômenos mais disruptivos na sociedade atual. A tecnologia tem a capacidade de automatizar tarefas consideradas dolorosas para o homem, tarefas repetitivas que causam fadiga física e mental, otimizar processos, melhorar a eficiência e trazer inovação para diversos setores. A revolução da inteligência artificial tem impactado positivamente a vida das pessoas e das empresas em todo o mundo, mas também apresenta alguns desafios e preocupações, colocando o ser humano de modo inconsciente na compulsão a repetição do medo da IA. A IA tem sido amplamente utilizada em setores como saúde, finanças, transporte, manufatura, varejo e muitos outros. Gerando certo desconforto na sociedade. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experi...

Autenticidade Supera O Medo

  Ano 2025 Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Sonhei que estou no banco da frente com uma pessoa que está dirigindo um carro e nós estamos andando em muito rápido em alta velocidade ele está dirigindo de forma rápida demais e parece ser quem olha assim pensa que ele tá dirigindo de modo imprudente Mas é uma forma de de tirar a gente da da situação que a gente se encontra ali mas eu sou obrigado a e a gente retorna novamente para o asfalto então ele anda na na estrada de terra tem outros carros cortando o caminho da sensação dá uma sensação de medo de que vai bater mas ele confia nos outros motoristas também e e voltamos novamente para o asfalto . No outro sonho eu estava dentro de uma casa e eu ia ficar aí hospedado ali até sexta-feira para fazer uma prova e aí eu encontrava uma uma garota e eu começava a flertar com ela eu tava encostado no batente da porta e eu começava a passar a mão nas nádeg...