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Deus é Deus, e não Psicólogo


Janeiro/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208
                O presente texto convoca o leitor(a) a reflexionar sobre as ações consciente e inconsciente na representação, objetivação e ancoragem enquanto indivíduo na questão religiosa. As máscaras socias representativas que o homem usa na comunidade religiosa diante do Outro em situações adversas. Representamos em várias situações diversos papéis como pai, mãe, filho, esposo(a), estudante, profissional de alguma área de trabalho  e as vezes queremos desempenhar até outros papéis que fogem ao nosso saber como advogado, médico, até ser Deus e psicólogo ao mesmo tempo e outros que sua imaginação trouxer enquanto lê o texto. [...] As representações são uma estratégia desenvolvida por atores sociais para enfrentar a diversidade e a mobilidade de um mundo que, embora pertença a todos, transcende a cada um individualmente (JOVCHELOVITCH, 1995, p. 81).
         Os processos de formação das representações sociais segundo Moscovici propõe uma estrutura teórica para as representações sociais. Segundo ele, a representação social tem duas faces indissociáveis: a face figurativa ou imageante, que corresponde ao objeto, e a face simbólica, que corresponde ao sentido atribuído ao objeto pelo sujeito, ou seja, o entendimento é que não existe representação sem objeto.
Toda representação é construída na relação do sujeito com o objeto representado, não é mero reflexo do mundo externo na mente, ela vai além do trabalho individual do psiquismo, emerge como um fenômeno colado ao social. Jovchelovitch (1995, p. 78) diz que “é através da atividade do sujeito e de sua relação com outros que as representações têm origem, permitindo uma mediação entre o sujeito e o mundo que ele ao mesmo tempo descobre e constrói”.
Dessa configuração estrutural das representações sociais, Moscovici caracteriza os processos formadores das mesmas. São eles: a objetivação e a ancoragem.  A objetivação corresponde à função de duplicar um sentido por uma figura, dar materialidade a um objeto abstrato, naturalizá-lo, corporificar os pensamentos, tornar físico e visível o impalpável, o invisível transformar em objeto o que é. Um exemplo clássico de objetivação é quando comparamos Deus a um pai. Ao fazê-lo, materializamos o abstrato, passando a tratá-lo com naturalidade, familiaridade. Ancorar é duplicar uma figura por um sentido.
A ancoragem corresponde à classificação e denominação das coisas estranhas, ainda não classificadas nem denominadas. Consiste na integração cognitiva do objeto representado a um sistema de pensamento social preexistente. Ancorar é encontrar um lugar para encaixar o não-familiar, é pegar o concreto e lhe atribuir um sentido. [...] Jovchelovtch (1995, p. 81) diz que esses dois processos “são as formas específicas em que as representações sociais estabelecem mediações, trazendo para o nível quase material a produção simbólica de uma comunidade e dando conta da concentricidade das representações sociais na vida social”.
Observo que a comunidade cristã só aceita ser tratada por psicólogo que é evangélico, indicando preconceito, discriminação e estereótipo contra os profissionais que seguem outras religiões. Ou seja, desejam ancorar inconscientemente Deus na figura do profissional psicólogo de modo que naquele exato momento o profissional deixa de ser percebido como a figura  de psicólogo e passa a ser percebido como a figura de Deus que é Onipotente, Onisciente e Onipresente.
A psicologia é conhecida por ser uma área de conhecimento em que é possível se falar sobre o que normalmente não se fala, o que é tabu[religião]. Nos mais de cem anos que a Psicologia existe, autores se desbravaram em expor temas nem um pouco tradicionais e que eram alvos de controvérsias: sexo, sonhos, corpo, inconsciente, desejo, loucura e religião. Se desejamos produzir cada vez mais conhecimento sobre o que é importante para nossa população, devemos nos atentar para aquilo que vem sendo produzido e extrair para a prática profissional. Assim, convido a todos refletir sobre esse tema que fingimos não existir, mas que certamente está muito presente em nosso trabalho.
Acerca da religião, esse tema é deixado de lado como um tabu, e faz com que alguns psicólogos mal saibam sobre esse assunto. Se faz necessário compreender, discernir entre a nossa vida espiritual e nossa saúde mental. Exemplo, já ouvi comentário em que a pessoa dizia que o melhor e único psicólogo da sua vida é Cristo. E só aceita ser tratada com psicólogo cristão. Mas como, se Cristo é o psicólogo, para que então o psicólogo!
Os cristãos se utilizam do mecanismo de defesa da projeção e projeta sobre o psicólogo sentimentos que não conseguem lidar e enfatizam a fé em Deus [ou o fato de terem um relacionamento com Ele o suficiente] e cuidar desta fé [através de orações, jejum, leituras Bíblicas e práticas das doutrina de santidade] são suficientes para que não tenham dificuldades/ e ou problemas emocionais. Se assim fosse, nenhum cristão sofreria de depressão, esquizofrenia, síndrome de pânico, crise de epilepsia, crise de ansiedade, personalidade borderline, compulsão por compras, bulimia, automutilação, suicídio, aneroxia e outras doenças, e eles rapidamente se recuperariam quando se sentissem angustiados apenas orando a Deus e jejuando. [...] Porém, a projeção não é unicamente um meio de defesa. Podemos observá-la também em casos onde não existe conflito. A projeção para o exterior de percepções interiores é um mecanismo primitivo, ao qual nossas percepções sensoriais se acham também submetidas, e que desempenham um papel essencial em nossa representação do mundo exterior. (FREUD, 1913/1948, p.454).
Dizem a si mesmos através do mecanismo de defesa da recusa e negação, nós não precisaríamos de ajuda do profissional da psicologia. Ou seja, Deus é mais que suficiente para nós. Somos indivíduos autossuficientes, eternamente felizes, satisfeitos, conscientes de nossa autoestima. Contudo esse não é o caso. Essa crença da tríade cognitiva do pensar, sentir e agir deste modo faz com que os outros crentes pensem que as pessoas que fazem uso de ajuda psicológica estão com falta de fé ou são crentes equivocados, destituído de informação. É como se a sua fé determinasse sua saúde psicológica. [Efésios 4:22 22 - Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano]. Crentes que não se despojaram de preconceitos contra psicólogos que não são cristãos e contra a psicologia.
O engano aqui é não saber distinguir a interação de um relacionamento com Deus e com o cuidado da saúde mental. Dá mesma maneira que são capazes de se manter fisicamente limpos e vão a um médico quando o corpo está doente independente se este médico é cristão ou não, deve-se também poder [graças à ajuda de um psiquiatra, psicoterapeuta, conselheiro psicológico, plantonista psicológico, psicólogo] cuidar da sua saúde mental e das suas próprias emoções e psique.
De fato, como falar com Deus, quando não sabem qual parte de nossos pensamentos e impressões são de Deus? Que voz seguir, nossas emoções? Nossa razão? Como podemos saber o que fazer quando tudo está confuso, e tudo o que sabemos é que estamos nos sentindo perdidos e angustiados há muito tempo? Exemplos de falas com angustias: Eu não consigo parecer feliz, então Deus deve querer assim. [I Tessalonicenses 5:18 - Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.] O mecanismo do masoquismo voluntário está atuando na consciência impedindo-o de procurar por um profissional da psicologia, pois pensa que é a vontade Deus que permaneça angustiando, sofrendo e não busque meios para sair da dor emocional. Ou seja, confundem emocional com espiritual. Atribuem sentido aos sintomas emocionais como sendo de cunho espiritual, uma leitura mental e interpretação equivocada. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Estou triste, então deve ser um julgamento espiritual. Eu tenho medo, mas quando orar, Deus me libertará do medo. [Salmos 34:19 - Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas.] Eu me sinto como um ninguém; tenho que agradecer e adorar a Deus com mais frequência. [João 3:30 - É necessário que ele cresça e que eu diminua]. Avalio que, a longo prazo, este modo de pensar, não é acreditar em Deus, mas ignorar a si mesmo, anular-se como sujeito, se machucar e se desculpar usando Deus.
Não compreender que o fato de não buscar ajuda psicológica é prejudicial, o que, em vez de nos enviar para a eternidade, pode nos colocar em uma compulsão a repetição aprofundando os problemas mentais, onde algumas doenças psicossomáticas podem levar até ou não o indivíduo a afastar-se de Deus, enfraquecer a fé. [Romanos 8:35 35 - Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Isto é grifo meu a doença terminal câncer, a depressão, o transtorno de bulimia, a esquizofrenia, o suicídio?]. Este verso é uma pergunta que exige uma resposta sincera entre o sujeito e si mesmo.
Alguns podem responder com sinceridade que nada disto pode separa-los de Cristo nem uma doença terminal, já outros podem mentir dizendo a mesma coisa, embora no fundo já estão separados de Cristo, pois não tem coragem de confessar isto diante do seu pastor com medo em ser recriminado, julgado e acabam guardando para si como segredo, e  outros podem relatar ao psicólogo por existir a aliança terapêutica entre paciente-cliente.
Cristo andou na Terra e conversou com as pessoas, com os discípulos. Com alguns, ele se encontrava regularmente, mas mesmo assim não era psicoterapia, mas sim amizade e discipulado transmissão de orientação da doutrina cristã, regras e preceitos, ensinamentos como a fortalecer a fé, como lutar contra o diabo na região celestial e como como expulsar demônios e curar enfermos, ou seja, doenças que eram originadas pelo arquétipo diabo e não doenças psicossomáticas que são originadas pelas emoções na psiquê. [Mateus 13:34 34 - Tudo isto disse Jesus, por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas]. A psicoterapia consiste em encontros semanais regulares entre um paciente e um terapeuta, durante as quais um terapeuta qualificado, com amplo conhecimento da psique humana e das formas como funciona, tenta ajudar o paciente a compreender a si mesmo. Não é possível sem conhecimento, experiência, empatia e conversa direta e clara. Temos que ouvir algumas coisas claramente para começar a notá-las.
No livro de I Pedro 5:7 - Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. O personagem fala sobre a ansiedade. Orientando a lançar [que é fazer recair sobre Deus a ansiedade], mas o cristão nem sequer sabe nomear e reconhecer o que de fato é ansiedade, e o que a ansiedade produz em termos de doenças psicossomáticas, então como fazer recair sobre Deus se nem sequer sabe o que é o conceito de ansiedade e como lidar com ela. Aqui é necessário a ajuda profissional para que o indivíduo aprenda a nomear e reconhecer as emoções e lidar com elas no mundo mental e não no mundo espiritual, pois deste modo pode-se fazer uma leitura mental e interpretação equivocada de que a ansiedade vem do diabo e por tanto deve-se travar uma luta contra ansiedade no mundo espiritual. A ansiedade assim como todas as emoções são natas, nós nascemos com elas.
Deus não é um terapeuta, todavia Deus pode atuar através de um terapeuta sendo ele cristão, espirita, ateu independente de sua crença, pois nem todos os médicos são cristãos e são excelentes profissionais. É graças a Deus, que finalmente posso me compreender em um nível muito profundo devido ao curso de teologia e psicologia, contudo compreendendo e respeitando mutuamente as duas abordagens, que teologia não é psicologia e vise verso. Quando meu dente dói, vou ao dentista. Quando estou doente, vou ao médico. Quando estou deprimido, vou a um psicoterapeuta ou a um psiquiatra. Emoções são sinais que me dizem o que está acontecendo comigo e o que eu preciso fazer para aliviar esse mal-estar.
Se sinto medo, vazio e tristeza permanente, preciso de ajuda e apoio. Não só isso, eu mereço ser ajudado, amparado. Será necessário ficar ancorando forçadamente a figura de Deus em todos os profissionais como dentista, advogado, médico, professor, padeiro, vendedor e o que vier a sua imaginação neste momento enquanto lê este artigo. A isto chamo de preconceito, não que as pessoas não possam escolher o profissional, mas agora exigir ser tratada apenas por profissional cristão é menosprezar o outro, atribuindo ao outro a incapacidade de amparar. E as vezes pelo fato de não encontrarem rápido o profissional cristão se privam de serem aliviados dos estresses emocionais devido ao estereótipo e discriminação alienante.
O preconceito religioso se mistura ao preconceito cultural, já que as crenças delineiam fortemente os hábitos de um povo. Assim como as atitudes em geral, o preconceito tem três componentes: crenças; sentimentos e tendências comportamentais. Crenças preconceituosas são sempre estereótipos negativos. Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo – crenças e ideias, valores afetivos associados de sentimentos e emoções que, por sua vez, levam a uma série de tendências comportamentais: predisposições. [...] Segundo Allport (1954) o preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que, em determinadas circunstâncias, podem se transformar em raiva e hostilidade. As pessoas que se sentem exploradas e oprimidas frequentemente não podem manifestar sua raiva contra um alvo identificável ou adequado; assim, deslocam sua hostilidade para aqueles que estão ainda mais “baixo” na escala social. O resultado é o preconceito e a discriminação.
Qual será o motivo que cristãos oram e continuam ainda doentes? Não buscam fazer exercícios físicos, mudar hábitos alimentares para cuidarem do corpo diante da doença diabetes, por exemplo e buscar fazer psicoterapia para cuidar do emocional. Talvez não aceitem outras possibilidades advindas de outros profissionais e se prendem a alienação de que somente Cristo salva, cura e liberta. Sim, mas, se Cristo assim quiser. II Coríntios 12:7 -9 7 - E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. 8 - Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. 9 - E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. O apostolo Paulo pediu a Deus que o curasse, mas como resposta teve a minha graça te basta e Deus não o curou. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
A oração é um encontro com Deus; a psicoterapia é um encontro consigo mesmo com a ajuda de um terapeuta, onde o paciente aprenderá a nomear e reconhecer as emoções e se autoconhecer apercebendo-se por meio da autoestima e autoconceito, ou seja, é buscar a essência. Existem dois objetivos diferentes aqui, embora ambos basicamente levem à verdade e ao amor. Conhecer a Deus, buscar a verdade sobre Ele e descobrir Sua presença é diferente de conhecer a si mesmo. Preciso descobrir por que respondo de uma maneira e não de outra, em determinadas circunstâncias ou por que sou puxado em uma direção em vez de outra e ainda por que certas coisas são tão difíceis para mim.
O crente precisa se autoconhecer para entender o que quer e o que precisa. Se ele não se ajudar e não cuidar de suas próprias necessidades básicas, não será capaz de apreciar e aproveitar sua vida. A oração é importante na verdade é indispensável, embora não seja tudo. A psicologia é uma disciplina acadêmica moderna. Sendo um desdobramento das pesquisas realizadas com a perspectiva da ciência, já que possui em si uma grande separação de questões teológicas, ou seja, a respeito de Deus e da relação do homem com Deus.
O ponto que é importante notar aqui é que com relação às questões essenciais para a teologia, a psicologia se cala. A psicologia procura responder às perguntas específicas sobre os processos mentais, emocionais e afetivos, comportamentais. Em outras palavras, se você deseja saber sobre a origem do homem, do universo, se existe Deus qual é o caminho para a espiritualidade, você encontrará respostas não na psicologia, contudo sim na teologia.
Uma outra questão que me é feita é sobre se o profissional da psicologia, em seu consultório ou trabalho, pode ser religioso e ter uma religião. Do mesmo modo, se um paciente chega no consultório de um profissional da psicologia com um determinado problema específico, ele está buscando ajuda profissional. Pode até ajudar rezar, fazer meditação ou Yoga, todavia os procedimentos utilizados pelo psicólogo serão específicos da área de conhecimento e não terão nada a ver com conhecimentos teológicos ou religiosos. Deste modo é indiferente se o profissional da psicologia acredita ou não acredita em Deus. A psicologia não é teologia e, dizendo novamente, não faz as mesmas perguntas sobre o ser, sobre Deus e sobre o homem que é o teólogo, sacerdote, padre ou pastor.  
E se o profissional da psicologia encontrar um paciente que tenha uma crença diferente. Por exemplo, um profissional que é ateu e deve atender um paciente religioso [seja judeu, muçulmano, católico, protestante, budista, espirita e outros] Ou pode ocorrer o contrário: e se um profissional, mas em sua vida privada acredita em uma determinada crença e deve atender um paciente ateu ou que acredite em algo totalmente diferente? A psicologia possui um Código de Ética, um código de conduta muito bem estruturado.
Além do sigilo profissional, um valor fundamental para os atendimentos é o respeito pela singularidade, individualidade e liberdade do ser humano visando sempre o bem-estar de cada um e da sociedade em que estamos inseridos. Então, um profissional da psicologia pode acreditar em Deus? Sim, um profissional da psicologia pode acreditar em Deus, ter uma crença religiosa específica. Contudo tal crença é particular, faz parte de sua vida privada. Não vai ou deve afetar sua prática profissional.
Os conhecimentos reunidos pela psicologia até os dias atuais não são perguntas que buscam responder sobre a existência de Deus, para isso existe a teologia. Por tanto dentro do consultório se o paciente desejar tratar algum assunto de cunho religioso será orientado a buscar tal informação com seu pastor ou padre.



Referência Bibliográfica
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
JOVCHELOVITCH, S. Vivendo a vida com os outros: intersubjetividade, espaço público e representações sociais. In: GUARESCHI, P. e JOVCHELOVITCH (orgs.). Textos em Representações Sociais. Petrópolis: Vozes, 1995, p. 61-85.
MORRIS, CHARLES G. e Maisto, Albert A. Introdução à Psicologia. Ed. Pearson e Prentice Hall. SP. 2004.

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