Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo desencadeia a atenção do leitor a fazer a própria observação, no
livro de Provérbios 14:23 - Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em
palavras leva à pobreza. A palavra proveito significa, o que se ganha como
lucro/recompensa ou ainda algum tipo de benefício em decorrência do trabalho a
ser executado.
Ou
ainda até em rejeitar recalcando inconscientemente um trabalho ao qual se
dedicou formação por sofrer insucessos e assumir um cargo inferior a fim de
escapar dos infortúnios gerado pela ausência do papel moeda. Onde, é possível
que o trabalho de psicólogo ao causar suplício, cumpra a sua função de
dignificar a si mesmo. E também o trabalho de operador de caixa propiciar
tormento encarregar-se de esclarecer o próprio fenômeno ao profissional.
Quando
um trabalho não exercido dentro da sua vocação original, o trabalho tende a se
tornar um fardo pesado para muitas pessoas. E por mais que tentem inverter o
raciocínio para se adaptar a uma profissão, a natureza humana reluta em aceitar
um papel diferente. Dessa forma, o conflito interior se instala.
Em
outras palavras, a pessoa está ali porque não dispõe de alternativa menos
dolorosa e acaba utilizando a experiência atual de trabalho como trampolim
enquanto uma nova oportunidade não chega.
Particularmente,
não vejo nenhum problema nisso, comum à maioria das pessoas. O problema está no
comportamento adotado no período de transição, enquanto você não encontra a
verdadeira vocação.
Caso
não acredite, olhe ao seu redor, em cada ambiente que conhece, em cada loja que
você compra, em cada restaurante que você come, em cada supermercado que você
compra ou em cada repartição pública que você recorre.
Muitos
profissionais estão ali somente para marcar presença, sem a mínima vontade de
ser agradar, ainda que por um instante, ao menos na presença dos clientes.
Estão ali por questão de sobrevivência e ausência de opção melhor.
A
máxima do trabalho continua viva, enquanto você não faz o que gosta, esforce-se
para gostar do que faz, caso contrário, a vida será um verdadeiro castigo,
talvez uma tortura, à sua escolha. Imagine-se no lugar do patrão ou do
empreendedor, no qual você quer tanto se transformar, tendo que administrar a
insatisfação alheia e a má vontade dos colaboradores.
Por
tanto trabalhar é condição essencial, não somente pela manutenção financeira,
mas pela dignificação da vida. Trabalhar se constitui numa parte importante da
vida. E vai além do ganha-pão. Tem a ver com realização pessoal, com sentir-se
útil e encontrar sentido para os dias. E quando se exerce uma ocupação da qual
não traz realização profissional perde-se o sentido da vida e o cargo passa a
ser visto como gerador de angustia que não promove a realização profissional no
momento.
A
importância do trabalho na vida do ser humano vai muito além do fato de que,
através dele, satisfazemos nossas necessidades básicas. O trabalho, por si só,
é revelador da nossa humanidade, uma vez que possibilita ação transformadora
sobre a natureza e si mesmo. A expressão, tão comumente usada, encontra
explicação na psicologia, pois o trabalho é sim condição preponderante para a
realização humana. De outro lado, o fato de não trabalhar pode ter
consequências negativas, que afetam diretamente a personalidade. Um sujeito sem
trabalho ou desempregado é impedido de se realizar como homem e cidadão, o que
afeta diretamente sua dignidade.
Tão
importante quando desempenhar o seu ofício é gostar do que se faz. Quem realiza
o seu trabalho sem estar contente com o que executa, certamente não terá empenho
e sua produção será menor, além da propensão ao desenvolvimento da depressão e
outras doenças psicossomáticas. Trabalhar sem sentir prazer é sinônimo de
sofrimento e de adoecimento. Um trabalho que não for considerado gerador de
bem-estar trará mais prejuízos do que benefícios.
Não
é possível que um trabalho, ao causar sofrimento, cumpra a sua função de
dignificar o homem. A gênese do sofrimento pelo trabalho está, por exemplo,
relacionada a fatores como conflitos constantes entre líderes e liderados,
ausência de espaço para discussão, expressão e resolução de problemas e/ou
fragmentação e inserção muito limitada das tarefas no processo produtivo,
ressalto.
A
função de operador de caixa é capaz de ocasionar desgosto/angustia no
profissional de psicologia, dignificando-o, mais do que o exercício de
psicólogo em alguma instituição, pois adequa-se como trampolim para ajustar
comportamentos e atitudes no ambiente organizacional. Somente se o cidadão não
conseguir se recolocar [de uma maneira nova] no exercício de psicólogo
permanecerá em sofrimento. Ou através do cargo de operador de caixa lhe é
possível a concessão autorização do cargo de psicólogo em alguma instituição. Então
operador é para satisfazer a exigência temporária ou até definitiva de
sobrevivência, se o psicólogo não se reconduzir pelo processo seletivo no
mercado de trabalho. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e
elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à
repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro
de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior
for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que
esse passado recalcado desperta em nós.
Em
outros termos, como pode a ação de colocar novamente um profissional da área de
psicologia desempregado na função de operador de caixa torna-lo mais digno do que
praticar e exercer a psicologia na sociedade? O trabalho é um meio inexorável
da existência humana e constituinte da identidade do sujeito. Isto significa
que cada um se torna o que é por meio do ofício que executa.
Através
do trabalho as pessoas podem imprimir sua marca, o seu registro. Isto tanto é
verdadeiro que quando não conhecemos uma pessoa e, então, perguntamos [quem é
fulano], a resposta sempre estará relacionada a função executada no mundo do
trabalho, ele é professor da escola x, ele é vendedor da empresa y, é médico, é
operador de caixa e não psicólogo e assim por diante.
Qual
é a identidade deste ser humano em sofrimento que se formou em psicólogo? É
operador de caixa e não psicólogo, porém tentando ajustar a reação de
aproximação-afastamento, onde deseja, exercer a psicologia em alguma
instituição, mas o medo o mante afastado, por pensar que não logrará tal
propósito.
E
o mercado de trabalho tem cada vez mais demandas e exigências. A quantidade de
candidatos preparados, o avanço da tecnologia, as urgências da sociedade
moderna e as exigências de consumidores requerem profissionais sempre
atualizados.
Por
outro lado, as possibilidades de crescimento também existem, sobretudo para quem
dedica e constrói o seu próprio caminho para chegar aonde quer. Não existe uma
fórmula mágica para o sucesso e não é uma questão de sorte. Ganha destaque
aquele que se cria condições para alçar voos mais altos.
No
mercado de hoje, quem permanece inerte, à espera de oportunidades que caiam
perde a chance de evoluir. Chega mais longe aquele que sai da zona de conforto
e a autoria de suas conquistas, a partir de uma postura proativa e realizadora.
Ao
buscar os caminhos certos você amplia conhecimentos, descobre novas habilidades
aprimora competências que já possui. Outro ponto importante, antes de iniciar
essa trajetória, é desmistificar as ideias do caso e até mesmo o autodidatismo.
Claro que existem casos de pessoas que alcançar sucesso sozinhas ou foram
contempladas com oportunidades raras.
Mas,
não esperar caminho para o desenvolvimento profissional será mais seguro se
depender mais das próprias ações do que de fatores externos. Ou ainda é
provável que o candidato não tenha encontrado quem lhe oportunize o
desenvolvimento na formação a qual se preparou ou a instituição está se
formando sendo construída no mercado de trabalho para a contratação do sujeito.
Vamos
entender a diferença entre os dois, o desenvolvimento profissional requer a
pratica de executar o trabalho com eficiência e se dedicar cada vez mais para
melhorar. Trata-se, ainda, de adquirir competências técnicas e comportamentais
para continuarem em evolução na carreira, em busca de um objetivo maior.
O
progresso na vida profissional pode ser conquistado a partir dos estudos, curso
especializações, aprendizados extracurriculares, por exemplo, da experiência e
da aquisição de habilidades. Nesse sentido, treinamentos teóricos e práticos
são fundamentais. Já o desenvolvimento pessoal envolve, primeiramente, o
autoconhecimento.
Conhecer
as virtudes, potencialidades e limitações é a chave para atingir o melhor de
si. A partir da autoanálise e reflexão, você consegue identificar os pontos que
podem ser melhora crescer em todos os aspectos, alcançando evolução no trabalho
e na vida particular.
Entenda
a importância do que você faz no seu trabalho. Compreenda e entenda que seu
trabalho é importante para a empresa. Esse é o primeiro ponto, se não fosse
importante, você leitor não teria sido contratado. Então de certo modo, esse
trabalho inferior ao qual você exerce é relevante para o empregador, mesmo que
você não o considere na atualidade. O importante é você saber que esse trabalho
tem seus benefícios pessoais e particulares que auxiliam na sua evolução como
profissional e pessoa e para o empregador você é apenas uma fonte que gera
lucro para ele.
Pois,
o exercício da sua função traz benefícios para o empregador, gerando renda para
o mesmo. Posicionando o empregador sempre em lugar de destaque na sociedade,
por contratar sujeitos com uma gama enorme de saberes que exercem funções
baixas e não ficam desempregadas.
Profissionais
são contratados para defender os interesses da empresa e ainda que odeiem o
trabalho, os clientes nada têm a ver com isso. Essa é uma razão simples pelas
quais as pessoas não se desenvolvem e as empresas não prosperam. Se não estiver
integrado ao trabalho, você sofre e faz os outros sofrerem.
Aprenda
a lidar com críticas e opiniões divergentes, porque quanto mais você expõe o
seu trabalho, maior é a chance de ele ser visto e também de ser criticado. A
crítica não necessariamente tem de ser algo ruim. Muitas vezes, inclusive, ela
ajuda a consertar erros e evoluir. Ou melhor dizendo, se não há como escapar e
se ela de fato pode ajudar o seu desenvolvimento, é importante que você aprenda
a lidar com ela, não levando nada para o lado pessoal.
Entenda
que, na empresa, todos devem estar voltados para o objetivo principal do
negócio. O que você considera importante em uma empresa? Responda com palavras
que estejam ligadas aos seus valores pessoais. Exemplos, organização,
seriedade, valores profissionais e sociais, conforto para trabalhar e um quadro
de funcionários estável, a cultura missão, visão e valor, remuneração, reconhecimento,
promoção de cargos, cesta básica, convenio médico/ odontológico, refeição no
local, ônibus fretado, participação de lucros, vale transporte, ambiente seguro
e respeitoso, ambiente isento de reforço punitivo e outros.
Trabalhar
é condição essencial, não somente pela manutenção financeira, mas pela significação
da vida. Trabalhar se constitui numa parte importante da vida. E vai além do
ganha-pão. Tem a ver com realização pessoal, com sentir-se útil e encontrar
sentido para os dias. Trabalhar em grupo está relacionado à interação, produtividade,
sinergia e integração em prol de um objetivo em comum, e isso pode ser uma
experiência ótima para todos.
O
trabalho em equipe funciona quando tem a junção dos mais diferentes talentos e
trabalham em harmonia mesmo com as diferenças. O trabalho exerce papel central
na vida humana, proporcionando a construção da identidade e dos vínculos sociais.
Na aposentadoria, essa condição deixa de existir e pode desencadear
manifestações de ordem orgânica, psicológica e social, com repercussões importantes
na estrutura psíquica dos indivíduos.
O
trabalho possibilita ao ser humano transformar a natureza para saciar as suas
necessidades. É o trabalho que faz com que o indivíduo demonstre ações,
iniciativas, desenvolva habilidades. É com o trabalho que ele também poderá
aperfeiçoá-las. O trabalho tem ajudado o homem a ampliar suas habilidades e melhorar
o bem estar de uma sociedade. O trabalho está na base da atividade econômica e
social de uma sociedade.
Na
sociedade capitalista atual, por exemplo, é com o trabalho que se criam as
mercadorias que constituem a riqueza de uma sociedade. Qual a diferença entre
trabalho e emprego? Um trabalho é um conjunto de atividades para, geralmente,
alcançar um objetivo e pode ser remunerado ou não.
Um
emprego é uma atividade que se realiza com o intuito de se obter renda. No caso
do operador de caixa o objetivo é apanhar a remuneração. Pois, a psicologia
seria o emprego que se realiza com o intuito de merecer dividendos.
O
trabalho é qualquer atividade física ou intelectual, realizada pelo ser humano,
cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo para realização pessoal e
desenvolvimento econômico. O operador de caixa não descortinado como psicólogo,
realiza uma atividade física e intelectual, enquanto representa o cargo atual,
praticando ocultamente a psicologia e suas extensões com o objetivo de consumar
seus saberes através da contextualização no ambiente e por meio da escrita, pois
produzir artigos se tornou um trabalho intelectual para o psicólogo.
O
trabalho é de vital importância para o ser humano, pois é através dele que o
homem consegue sustentar a si e à sua família, pagar o seu aluguel, comprar a
casa própria, o automóvel, as viagens ao exterior, fazer a pós graduação tão
desejada; comprar produtos comestíveis e se realizar fazendo o que gosta, o que
aprendeu a fazer ou mesmo aquilo que não gosta, mas precisa fazer para garantir
seu emprego e boas condições de vida.
Este
operador de caixa, apenas faz o que tem que ser feito para garantir o seu
sustento, pois tem consciência que não gosta do ofício. Embora consiga agregar
valor proveito deste esforço necessário para que a tarefa seja realizada manualmente
gerando produção de dividendos para o empregador.
O
trabalho ensina para a vida o relacionamento e o crescimento pessoal. Por isso
deve-se começar desde cedo, em funções que sejam compatíveis aos jovens. O
trabalho e o estudo são básicos para o seu sucesso e, consequentemente, o do
país. Neste sentido, podemos apontar como fatores importantes para quem busca
encontrar realização, propósito e ter uma carreira mais gratificante, identificar
quais são seus objetivos e quais valores, capacidades e conhecimentos que você
tem e quer imprimir no seu trabalho.
A
finalidade do trabalho é a melhoria das condições de saúde e as condições de
vida das pessoas. O que significa trabalho para você? Lembre-se que o trabalho
é o contexto mais apropriado para evoluirmos e crescermos como seres humanos,
pois através do trabalho é possível desenvolvermos nossas habilidades,
contribuirmos com o nosso progresso e de outros, aprimorar relacionamentos
interpessoais, conhecermos nossas limitações como já dito.
Obter
uma remuneração ou recompensa pela atividade exercida. Esta é uma pergunta
bastante recorrente nos ambientes de trabalho. Muitas vezes as pessoas
questionam se trabalhar é realmente importante, independente do cargo ou dos
rendimentos financeiros que tenha. O que motiva alguém a trabalhar? A primeira
motivação que se costuma ter na hora de procurar por um emprego é o sustento, seja
o de si mesmo, seja da própria família. Mas, esta não é a motivação que mantém
todos os profissionais do mundo exercendo suas funções.
Tampouco
é o que dá sentido para o trabalho. Dentre os fatores que motivam os
profissionais, estão, o desenvolvimento de habilidades, no qual a prática leva
a perfeição, certo? Por isso, muitas pessoas procuram experiências
profissionais para desenvolver habilidades que possam contribuir com a ascensão
profissional. Tais habilidades não serão desenvolvidas sem exercícios e
vivência. Daí vem a motivação para trabalhar. Talvez o operador de caixa tenha
uma habilidade que precisa ser aprimorada neste ambiente de hostilidade e que
ainda não está descortinado.
A
realização, onde perceber o resultado do trabalho feito é muito gratificante,
independente da área de atuação. Testemunhar a felicidade de um cliente ao
encontrar o produto que queria na loja, bater as metas de vendas ou trabalhar
na construção de um grande edifício, tudo pode ser motivo de orgulho por ter
contribuído para que aquilo se tornasse possível, presenciar o paciente
alcançar o autoconhecimento dentre outros.
A
realização também motiva o deslocar-se ao trabalho. O relacionamento
interpessoal, onde a grande maioria dos profissionais trabalha de forma
colaborativa com outros, o que permite que sejam criados laços de amizade e
cooperação. Fazer parte de uma equipe que trabalha em prol de um mesmo objetivo
é muito enriquecedor e motivador.
A
disciplina e responsabilidade em qualquer tipo de empresa, seja como
proprietário ou colaborador, é necessário cumprir regras em relação a prazos,
horários e metas. Esse aspecto faz com que os indivíduos desenvolvam a noção de
organização e disciplina que é muito importante para o seu desenvolvimento
profissional.
Como
você leitor desvela o seu trabalho? Desfrutar um propósito é o que diferencia
as pessoas de sucesso daquelas que trabalham apenas porque é sua única opção de
sobrevivência. Existe um conto muito antigo que ilustra muito bem essa
diferença. Exemplo, havia três pedreiros que estavam trabalhando em uma construção,
porém, quando alguém perguntou o que eles estavam fazendo, cada um demonstrou
ter uma visão diferente. O primeiro disse que estava assentando tijolos; o
segundo, preparando a massa; enquanto isso, o terceiro afirmou que estava
construindo uma bela catedral.
No
exemplo que segue, o operador de caixa descortina o trabalho, como sendo uma
atividade sem futuro, onde não há possibilidade de crescer através de outros
cargos na empresa, pois é dotado de movimentos repetitivos e autômatos, onde
não se exige conhecimento técnicos, nem saberes acadêmicos, porém apenas o
conhecimento do ensino médio fundamentado na matemática. É uma tarefa
estressante que promove o cansaço físico e mental devido as atribuições de
repetição.
Neste
tipo de trabalho é possível aprimorar as competências socioemocionais e
autorregulação das emoções no trato de atendimento ao cliente. É possível
desenvolver as soft Skills também, pois o ambiente oportuniza a contingência
necessária para isso. O trabalho para este operador de caixa também serve como
meio de sobrevivência, isto é, trabalha para escapar da linha de pobreza e
despejo.
Mas,
essa atividade grosseira serve para o profissional construir resiliência,
tolerância a frustração/ e ou assumir riscos. O operador de caixa não gosta da
profissão, porque é atribuído com outras formações técnicas e acadêmicas. O
operador de caixa tem a crença de que está em evolução no que se refere a
competências, habilidades e atitudes o que é chamado de [CHA] pela psicologia
organizacional.
E
também na crença da tríade cognitiva, onde se faz essencial ajustar o
pensamento, o sentimento e o comportamento para o exercício de qualquer função
profissional. Contudo é provável que o operador de caixa não desvelado como
psicólogo, possa estar aprimorando a autorregulação das emoções através da fase
oral. Pois, a angustia é capaz de ser descarregada na fase oral no alimentar-se.
O
psicólogo não desvelado se apercebe obrigado a defrontar-se com seus medos,
exemplo dar troco a mais ou menos para o cliente, sofrer quebra de caixa,
encarar o comportamento hostil do consumidor. E atuar como operador de caixa,
ocultando imagem de psicólogo formado. Esses são alguns dos agentes estressores
encontrados no ambiente organizacional que contribuem para causar conflitos
internos na fase oral. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma
desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de
perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud,
2006, p.162).
E
através do mecanismo defesa repressão, o psicólogo aciona o esquecimento ou a
negação inconsciente de detalhes significativos do comportamento psicólogo,
detalhe que são incompatíveis com o auto retrato que está tentando manter por
exemplo, de operador de caixa no ambiente supermercado. Na repressão há um
bloqueio na consciência dos conflitos geradores de ansiedade ou de distúrbios
na motivação. Eles são submersos no inconsciente.
E
através do mecanismo defesa recalque que é a medida defensiva fundamental do
ego. Freud considerou o recalque como a reação normal do ego infantil, cuja
capacidade integradora é muito limitada. O recalque consiste na exclusão dos
impulsos e suas representações ideacionais do consciente. Ocorre sempre que um
desejo [de trabalhar como psicólogo em alguma instituição], impulso, ou ideia,
ao se tornar consciente, provoca um conflito insuportável, resultando em
ansiedade. O recalque de um desejo [de trabalhar como psicólogo em alguma
organização], em contraste com sua rejeição consciente, é uma inibição num
nível mais profundo da personalidade.
O
fato de ser inconsciente poupa a personalidade consciente de um conflito
penoso. A totalidade do ato transcorre fora do consciente. A rejeição é
automática; se assim não fosse, o conteúdo mental inaceitável não poderia
permanecer inconsciente. É uma inibição reflexiva que segue os princípios dos
reflexos condicionados. É evidente que tais inibições inconscientes pressupõem
uma percepção inconsciente interna, que leva ao reflexo de inibição automático.
O
recalque é sempre exagerado e envolve tendências que o ego consciente não
rejeitaria, se elas se tornassem conscientes. Essa função inibitória,
automática e excessivamente severa é uma das causas mais gerais das
perturbações psiconeuróticas. Muitos sintomas psiconeuróticos são resultados de
tensões insuportáveis provocadas por um recalque exagerado.
O
estudo psicanalítico das neuroses e psicoses mostrou que as forças psicológicas
recalcadas não deixam de existir. O ego deve tomar medidas defensivas contra
elas, medidas que lhe esgotam os recursos dinâmicos e torna-o menos capaz de
exercer sua função adaptadora de perceber a realidade externa. Perde,
especialmente, a energia excedente que é a fonte das atividades criadoras,
tanto sexuais como sociais.
No recalque ocorre uma supressão de parte da
realidade, ou seja, o indivíduo [não vê ou não ouve] o que está acontecendo.
Exemplo, é muito comum quando um jovem executivo é contratado para uma
organização antiga e tradicional, e os colegas de trabalho reagem inicialmente
contra os impulsos do jovem funcionário, que sonha em fazer carreira na
organização e tenta criar projetos para a melhoria da organização e é criticado
pelos outros dizendo que já funciona tão bem assim e não precisa mudar.
Segundo
exemplo, é na hora em que o operador de caixa foi contratado pelo
estabelecimento de hierarquia paternalista e reage inicialmente com impulsos de
que não deseja fazer carreira no local e por tanto estimula o desejo de
trabalhar como psicólogo, mas se sente inseguro pensando que isso seja capaz de
não acontecer e por isso não consuma a crença. Mas, porque não diretamente
trabalhando como psicólogo em alguma instituição desde o início? Talvez este
ser humano tenha que construir seu caminho primeiro através de trabalhos
inferiores para depois atuar efetivamente como psicólogo capacitado e
experimentado na área. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer”
(1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado
experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo
há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram
reprimidos.
A
ansiedade é um sentimento caracterizado por causar um estado emocional
desagradável, um comportamento nervoso e pensamentos acelerados. Muitas vezes
essas emoções e sensações negativas desencadeadas pela ansiedade podem aumentar
os níveis de glicose no corpo, lhe deixando com fome. Essa relação pode ser
vista quando estamos tristes e comemos uma barra de chocolate ou um pote de
sorvete sozinhos. Esse é um episódio de alimentação emocional, quando você usa
a comida, especialmente a doce, como uma forma de consolo.
O
operador de caixa não descortinado como psicólogo aciona o mecanismo de defesa
substitutivo, acionando o chocolate como meio a fim de substituir a falta de
prazer na fase oral provocada pelo desprazer de atuar como operador de caixa.
Onde redireciona a insatisfação da profissão no chocolate Bis, Snicker e
outros. A fome emocional, como o próprio nome diz, acontece quando se come a
partir de emoções, desde alegria e tristeza a ansiedade, estresse e depressão.
Uma
espécie de alívio instantâneo, como uma tentativa de fugir dos sentimentos
negativos. Desconta-se na comida porque ela é um atalho fácil e prazeroso. Geralmente
a comida é usada para camuflar sentimentos negativos como tristeza, frustração,
angústia, tédio e ansiedade. Diversos fatores emocionais, momentâneos ou não,
podem ser um gatilho para que a pessoa coma mais, mesmo sem a necessidade
fisiológica de comer.
As
causas da fome emocional geralmente estão ligadas a fatores psicológicos e ao
estado emocional da pessoa, também podendo surgir devido a fatores relacionados
ao ambiente [situações difíceis em casa, com relacionamentos ou no trabalho,
por exemplo], à convivência e ao momento que a pessoa está vivendo.
O
comer se torna uma resposta para lidar com sentimentos e emoções como estresse,
tristeza, angústia, insatisfação e principalmente com a ansiedade. Uma rotina
desgastante no trabalho ou um relacionamento conturbado também podem
desencadear a fome emocional.
Inspirado
no conto, eu lhe pergunto, quem você quer ser? Um profissional que está apenas
exercendo a função que lhe foi passada ou aquele que deseja realmente fazer
parte de uma causa maior e contribuir para sua realização? Tenho a certeza de
que os indivíduos que se encaixam na segunda categoria terão grandes
oportunidades, tanto profissionais quanto de felicidade e satisfação.
Contudo
os indivíduos que se ancoram forçadamente para funcionar em um ofício do qual
não sentem prazer, praticando a ocupação que lhe foi atribuída, terão de lidar
com o estresse e compreender que a culpa não é sua por estar esgotado neste
ambiente ao qual foi lançado contra a vontade com a finalidade de ganhar renda
fixa para a sobrevivência na sociedade. Para isso experimente ter uma nova
visão sobre o trabalho que realiza.
Em
geral, coisas boas vêm para aqueles que continuam trabalhando com alegria e dedicação
enquanto perseguem uma situação mais justa e confortável, alinhada com o seu
propósito de vida. Tem que haver sentido no trabalho tanto em subemprego como o
de sua vocação.
Quando
você conhece a sua verdadeira natureza e compreende o seu verdadeiro eu, o
trabalho se torna um instrumento de paz e de crescimento interior, jamais um
castigo ou uma tortura. Procure depreender os motivos para estar trabalhando em
empregos inferiores e suas contribuições para seu aprendizado, desenvolvimento
e evolução profissional e pessoal.
Portanto,
antes de perguntar o que você vai ganhar com isso, pergunte sobre como você
pode ajudar. Garanto que as transformações serão inevitáveis e positivas.
Referência
Bibliográfica
BÍBLIA, A.
T. Provérbios. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo
Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC).
São Paulo.
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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