Pular para o conteúdo principal

Dor Física, O Desejo De Morrer E Medo De Viver

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a obter o esclarecimento sobre o medo de morrer e o medo de viver. A morte pode ser provocada por uma facada, um tiro de revolver, um infarto fulminante, um acidente, uma doença terminal, decapitação, crucificação dentre outros. O cérebro é ativado involuntariamente diante de estímulos estressantes, desencadeando condições fisiológicas como liberando substâncias que disparam o coração, tornam a respiração ofegante e contraem os músculos.

O ser humano tem medo de morrer, medo de viver e também em detrimento de algumas situações anseia morrer para escapar da angustia de viver oriundas das dificuldades, privações financeiras, não resultados satisfatórios. Por isso segundo Winnicott desejo e medo estão atrelados.

Essa é a conhecida reação de luta ou fuga, afinal, o medo está associado ao instinto de sobrevivência. O ser humano é essencialmente um ser para a morte, aprender a viver é aprender a morrer. Não é possível perceber a morte apenas como uma finitude fisiológica, como se a morte fosse a negação da vida ou o fim do sujeito que vive no tempo e espaço. As vezes o ser humano tem o desejo morrer em detrimento do medo de viver por causa da situação desfavorável que se situa no presente. Enxergando a morte como a solução para escapar da angustia cotidiana provocada por viver de modo desfavorável, perturbado, angustiado.

Exemplo, de um sonho, no qual Ciclano ia fazer uma prova na Unicamp e não sabia como chegar a cidade universitária, onde se localiza a Unicamp e acaba entrando num bairro, onde as casas estão destruídas o bairro está em ruinas e está repleto de homens armados com facas nas mãos que lhe dizem que vão mata-lo, então pergunta porque querem me matar, mas não respondem, então desloca-se correndo para escapar de ser morto e um deles corre atrás e de repente o fulano se depara com um carro de polícia e pede socorro.

Interpretação do sonho: O supereu a pulsão de morte quer prejudicar a saúde, causar dor física e morte ao ego, porque o ego escolheu a morte por estar sem direção por não saber como chegar a instituição renomada para ser admitido, mas o medo de ser esfaqueado o redireciona a conservar a vida, para encontrar proteção numa autoridade encarregada de garantir a segurança pública, os direitos do ego e o cumprimento das leis, reprimindo as infrações do supereu e permanecer vivo. Portanto ego tem desejo de morrer de dormindo, onde não existe dor física, nem angustia e medo de continuar vivo sem pertencer a instituição renomada.

Ego tem medo da dor física provocar a morte, portanto repele toda simbologia na mente quanto a qualquer convicção como tida tradicional referente a morte sem dor física. A dor de facada é uma dor física e emocional que representa a dor de sacrifício a angustia de privação, que leva ao abandono voluntário como o desejo de morrer. O ego tem ânsia por morrer, embora não tenha desejo de morrer por meio da angustia de privações, mas tem medo de viver privações a que se sujeita em benefício de outrem e desorientado, porque não sabe como chegar a instituição renomada conhecida a fim de ser admitido. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Ego escapa da morte acionando o mecanismo defesa fuga, que ocorre durante um período difícil, uma situação aversiva em que a pessoa sente uma necessidade muito grande de remover, sair do incômodo que causa a situação atual para não se defrontar com a dor emocional e dor física, desorientação.

Muito comum em situações ou fases difíceis, quando estamos insatisfeitos com a vida ou quando acessamos o vazio deixado pela auto alienação de nosso self [Eu verdadeiro]. Fazemos isso de diversas formas, dormindo excessivamente, ansiando morrer dormindo para não sentir dor física, sonhando acordado evitando ação e construção da realidade, drogas, álcool, jogos, internet, trabalhando comendo, comprando, praticando sexo e fazendo exercícios de uma forma exagerada, tudo isso para não entrarmos em contato conosco mesmos e nossos incômodos.

Se as pessoas não sentissem medo, não viveriam por muito tempo. Isso porque sem essa emoção nos colocaríamos com facilidade às exposições desnecessárias e perigosas. O medo, portanto, é uma trava que nos ajuda a pensar nos riscos e consequências antes de fazermos algo e também é uma resposta imediata nos momentos em que nos sentimos amedrontados e precisamos agir.

O medo tem vários conceitos, alarme, acovardamento, ansiedade, angústia, apavoramento, desassossego, enlouquecimento dentre outros, para Freud o termo utilizado é angústia, e além do sofrimento psíquico o indivíduo fóbico vivencia o sofrimento físico.

Os pacientes frequentemente trazem, para o consultório, seus medos suscitados por uma gama de objetos determinados, tais como medo de avião, de cachorro, de insetos e da escuridão. Ali também manifestam aqueles de origem mais abstrata que, entre outros, podem ser o medo da morte, medo de viver, do abandono, da dependência de outros, bem como medo de si mesmo.

O sentimento de medo configura-se atrelado à vivência de dor em ordem temporal cronológica posterior, entretanto, entre a sensação de dor e o medo ao longo do desenvolvimento emocional podem se interpor as posteriores capacidades mentais/intelectuais adquiridas de ter recordações e ideias, e fazer associações que passam a reproduzir o evento ao qual estão vinculadas.

A morte é um processo natural, universal e inevitável. Contudo nós humanos não estamos preparados para enfrentar a finitude da vida. Falar em morte ou saber que alguém de que gostamos morreu, é sempre difícil, por envolver uma série de emoções e sentimentos, independentemente da idade que se tenha. A dor e a tristeza são aspectos comuns neste processo, presente em qualquer etapa do ciclo vital nos indivíduos enlutados. Paradoxalmente, o medo de morrer não é vivenciado da mesma forma em todas as fases do desenvolvimento humano.

As representações da morte mudam de acordo com a idade, bem como dos fatores culturais de cada sociedade. É evidente que os avanços médicos também contribuem para que a compreensão da morte se modifique ao longo da história. Atualmente, a morte é um fenômeno pouco discutido, e adiado. No entanto, apesar de ser considerada um acontecimento natural, e aceitável somente na velhice. Por outro lado, se a morte ocorre antes dessa fase, ela é tida como fracasso que vem interromper projetos de vida. Exemplo, fulano morreu num acidente automobilístico era novo só tinha 50 anos, isto indica que tinha muito para viver e muito para fazer na vida.

Assim, frente às necessidades da modernidade tendemos a fugir do sofrimento causado pelo luto, e somos estimulados a seguir em frente, sem nos darmos conta de como estamos vivendo. Este comportamento de negligenciar nossas emoções pode desencadear posteriormente doenças psicossomáticas decorrentes do mal elaboração desse processo, como por exemplo a depressão. Destarte, a psicologia vem contribuir para refletir tais questões, atuando no sentido de compreender e acolher a dor dos familiares que buscam apoio para o enfrentamento dessas situações, além de auxiliá-los à ressignificar sua experiência de perda.

Por outro lado, ainda que se trate de um conceito universal [sendo certo que não há ser humano que não a tenha vivenciado, salvo raras exceções, e ainda assim sob o prisma físico, a dor é sempre um conceito subjetivo, pois cada indivíduo a percebe de forma diferente, dependendo do quanto sofreu e como estas experiências afetaram sua existência.

A dor emocional é tão real que pode ainda transmudar-se em sintomas e sofrimentos físicos efetivamente graves [dor de cabeça, dificuldades respiratórias, cegueira, taquicardia, urticárias, dores físicas semelhantes a facadas em determinadas partes do corpo e outros], conduzindo muitas das vezes a uma situação de depressão, em suas mais diversas gradações, a ponto de confundir o diagnóstico médico.

Nestas situações, o paciente pode realmente padecer por longo tempo [cronicidade] dado ao caráter inconsciente do sofrimento, até que uma análise multidisciplinar possa enfim trazer melhora no quadro geral. A dor física destaca-se como a espécie mais facilmente compreendida, uma vez que sua exteriorização se dá através de canais de comunicação de fácil percepção. Trata-se de uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos.

Exemplificando, a dor física, de um modo geral, poderá ser aplacada com medicações, cirurgias, procedimentos não invasivos; enfim, todo o arcabouço médico que já foi descoberto, e o que ainda com certeza está por vir. Por seu turno, a dor emocional, por mais abstrata que se caracterize, pode ser mitigada [e mesmo curada] através da interação social com a família, amigos, conhecidos; mediante ajuda profissional de psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras; ou ainda, para uma parcela considerável da população, através de práticas religiosas e crenças diversas.

Cada vez que respiramos, afastamos a morte que nos ameaça. Mas, no final, ela cumpriu o objetivo, pois desde o nascimento é o nosso destino e ela brinca um pouco com sua presa antes de extingui-la. Mas, continuamos vivendo com grande interesse e inquietação pelo maior tempo possível sem ao menos procurar pensar na morte

Traçando um paralelo entre a dor física [notadamente em sua modalidade aguda] e a dor emocional, podemos afirmar que, enquanto a primeira nos alerta para o mal no nosso corpo [carne], a segunda nos avisa que nossa vida não está evoluindo segundo a nossa vontade, ou que estamos insatisfeitos frente a algo ou a alguém. Algumas formas de desconforto físico se relacionam principalmente com nosso bem-estar e estado emocional. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Estudos recentes mostram que certos tipos de estresse psicológico podem desencadear um processo inflamatório temporário ou mais longo para regular a inflamação, o que acaba provocando a dor crônica. Usamos a dor física como distração da dor emocional, não vice-versa. Alguns adolescentes e adultos se automutilam, ou seja, ferem a si mesmos, por exemplo, cortando a pele com uma lâmina, porque a dor física que isso produz os distrai de sua dor emocional, oferecendo-lhes alívio.

E no caso do ciclano no sonho, este por meio do mecanismo defesa fuga, escapa de defrontar-se com a dor física e emocional reproduzida na desorientação por entre o mecanismo defesa negação, negando inconsciente que o estado de desorientação, confusão mental o impede de deslocar-se em direção ao local desejado.

Mas, o mesmo não funciona ao contrário, ou por outra, querer usar uma dor emocional para aliviar ou resolver uma dor física. Em geral a dor física atrai mais empatia dos outros do que a dor emocional. Quando vemos um estranho sendo atropelado por um carro, estremecemos, ofegamos ou até gritamos e corremos para ver se ele está bem. Mas, quando vemos um colaborador num supermercado recebendo uma bronca agressiva do seu chefe, coisa que produz dor emocional naquele funcionário, é improvável que façamos qualquer coisa.

Ou ainda, ao vermos post de marketing de nas redes sociais com intenção de prospecção de clientes, o não comparecimento do cliente a presença daquele psicólogo produz dor emocional e é duvidoso que percebamos e façamos alguma coisa para amenizar o sofrimento deste profissional, pois a dor emocional pode até se converter em somatização de uma dor física, através do mecanismo defesa somatização.

O sofrimento do passado, traumas, angústia, decepções podem ser manifestadas através de dores do corpo, como forma de livrar-se do que está guardado nas lembranças escondidas no inconsciente. Quando o sofrimento emocional se transforma em dor física, ele é denominado transtorno de conversão. Sim, a dor física é um pedido de socorro.

Há momentos que não damos o devido valor para nossas dificuldades a fim de compreender alguns momentos que passamos e que nos provoca angústia, tristeza, ansiedade. A dor da separação, o luto, o divórcio, desemprego, filhos que se casam e tornam-se independentes, a prospecção de cliente que não dá resultados, não conseguir em vaga de emprego, tudo isso pode afetar nosso estado emocional. Nossas dores invisíveis são inúmeras e quando não conseguimos trabalhá-las e entendê-las elas normalmente são manifestadas com sintomas físicos.

Existem dores no corpo nos impedem de realizar desde pequenas tarefas até compromissos importantes. Elas nos tiram o desejo de sonhar e realizar.  As dores podem, ainda, tomar conta do nosso dia e dos anos de vida que ainda nos restam. Quando sofremos com dores crônicas, como enxaquecas, dores na coluna, nas articulações, estas passam a tomar conta do funcionamento de nossa rotina.

Já parou para pensar em que momento estas dores chegaram na sua vida? O que elas impedem de você realizar? Sim, a função da dor pode ser a de paralisar a sua vida e impedir você de olhar para o interior. Só que a maioria das pessoas não sabem disso, seja porque falta o conhecimento sobre o assunto ou até mesmo porque não suportam encarar a sua dor invisível.

No entanto, algumas pessoas parecem conformar-se com a ideia de que é impossível obterem a resolução. Resignam-se perante escolhas mal sucedidas, cedem ao medo de arriscar, escondem-se na sua zona de conforto. Viverão? Ou sobreviverão? Repito muitas vezes, viver com medo de viver não é viver. É sobreviver. Viver implica correr riscos, sim. Implica a possibilidade de nos expormos à rejeição e à perda, ao fracasso, porém implica sobretudo a possibilidade de experienciarmos emoções positivas muito intensas e isso é o que dá autoconhecimento, independentemente do percurso que se faça.

Quanto mais intensas forem as emoções por que passarmos [positivas ou negativas] por causa das dificuldades, maior será a probabilidade de nos sentirmos desorientados ou até mesmo descontrolados. Quando queremos uma vida em paz e tentamos fugir da turbulência das emoções fortes corremos sobretudo o risco de limitar a nossa experiência de vida. Ou ainda escapar das privações, seja financeira, alimentar, de lazer, de clientes pagos, de moradia com espaço restrito e o que você pensar enquanto termina de ler o texto. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.

Você se sente um pouco perdido ultimamente? Sente que não está gostando da vida que está levando? É possível que, depois de um tempo deixando-se levar pelas obrigações, você tenha perdido o norte e você não saiba muito bem para onde vai. Estar em estado de alerta, e consciente, é o que faz com que a pessoa esteja apta a responder de forma apropriada ao ambiente ao seu redor, saiba quem ela é, aonde está, onde mora, em qual período do dia está, entre outras perguntas. Quando a consciência está alterada ou diminuída, a capacidade da pessoa permanecer acordada, alerta ou orientada em relação ao ambiente ao seu redor, é comprometida. Consciência alterada pode ser uma condição de emergência médica.

Desorientação, que é a incapacidade de entender como você se relaciona com as pessoas, lugares e objetos ao seu redor. Ela pode acarretar na perda de memória. Desatenção seletiva, bloqueio dos estímulos que geram ansiedade ou aflição. Ocasionando a falta de esclarecimento, atrapalhação e hesitação frente alguma coisa. Ou até perda do rumo ou caminho certo. No exemplo de Ciclano no sonho, que conhece a instituição renomada Unicamp, porém perdeu o caminho para chegar até o local certo e entrou num bairro totalmente em ruínas, que representa um aglomerado de pessoas com características destituídas de estrutura emocional.

Evitar situações que, aos nossos olhos, possam expor-nos à vulnerabilidade ou fracasso acaba por conduzir-nos precisamente à insegurança ou à incerteza. Quando uma pessoa proíbe a si mesma determinadas experiências porque tem medo de voltar a sofrer, espera que o seu medo possa diminuir com a passagem do tempo, contudo, na realidade, está evitação mantém o medo presente reprimindo no inconsciente. Qualquer que seja a falta por qual tenhamos passado antes, não há por que olhar para as novas experiências com medo.

Nem todas as novas situações nos conduzirão a níveis de stress e de ansiedade como aqueles por que passámos antes, entretanto a única forma de confirmar que o nosso medo é irracional e prejudicial é sair da zona de conforto e arriscar. Como perder o medo de viver. É possível e necessário se livrar dessa sensação. Para isso, é importante encontrar formas de perder o medo de viver. Se você sentir dificuldades de entender e/ou enfrentar o seu medo, dê uma chance a si mesmo, identifique seu medo, procure ter autoconfiança.

Quase sempre o medo é algo totalmente presente dentro do nosso inconsciente; por mais que você tente explicar ou coisificar o seu medo, ainda assim é difícil de traduzir o que se sente. Você já percebeu como o mundo está repleto de pessoas com medo? Medos e angústias estão mais presentes na vida das pessoas do que imaginamos. Muita gente vive em um estado de apreensão constante, como se viver fosse um peso a ser carregado dia após dia. Viver preocupado e inseguro não pode ser uma opção de vida. Se for seu caso, comece a combatê-lo a partir de agora.

Quando o medo está presente você fecha todas as portas, pois a insegurança faz com que a solidão seja mais suportável do que o enfrentamento da vida real. Você não pode ir para as situações achando que tudo já deu errado ou que tudo vai dar certo. Pode até ocorrer dar errado. Nem sempre tudo vai sair conforme queremos. O medo, aquela emoção natural de cuidado, de proteção, de atenção com o que pode apresentar riscos, atualmente está se transformando em uma paranoia sem limites. Já não se distingue a realidade da fantasia.

Encontramos adultos pedindo ajuda a psicólogos para adquirir coragem de ir à festa da empresa porque têm medo de que algo dê errado. Um chefe assustado pode interpretar o interesse do colaborador em participar de um congresso como um sinal de que ele está procurando outro emprego ou, até mesmo, de que queira tomar o seu lugar.

Constituindo a partir deste momento um paralelo teológico de viver e morte de Jesus Cristo, notamos o seguinte de acordo com os versículos Bíblicos. O medo faz com que a massa interprete fatos simples como se fossem inimigos reais. Viver inseguro tornou-se um estilo de vida em nossa sociedade. Viver com medo não é viver. É sobreviver. Pois, viver implica em correr riscos, assumir responsabilidades, cumprir tarefas dentre outras. Provocar a possibilidade de nos expormos à vulnerabilidade, fraquezas, imperfeições, inseguranças, incertezas, erros e fracassos. Importunar sobretudo a contingência de experimentar emoções intensas.

Lucas 22: 37, 38, 39, 40, 41-42 Então, Ele se afastou deles à distância de um tiro de pedra, ajoelhou-se e começou a orar: 42 Pai, se queres, afasta de mim este cálice; entretanto, não seja feita a minha vontade, mas o que Tu desejas.  43Foi então que lhe apareceu um anjo do céu que o encorajava. Cristo teve medo de morrer, porque disse a Deus, pai afasta de mim este cálice, mas se for da tua vontade de que se cumpra.

Entretanto um anjo surgiu na sua presença para lhe fortalecer o espirito, lhe dar coragem para defrontar-se com o medo da morte na cruz e trazer-lhe a recordação de que veio ao mundo para viver e morrer na cruz pelos pecadores para que todos que aceitarem no como seu único Senhor e Salvador tenham a vida eterna.

Em outras palavras, Cristo estava dizendo a Deus que não queria morrer, pois estava com medo da forma como iria morrer, porque naquela época a morte era apenas por crucificação e trazia consigo dor física e emocional. Mas, escolheu tomar coragem e enfrentar a dor emocional e física nas mãos e pés produzidos pelos pregos que se estenderia a todo corpo que seria provocada na crucificação. Junto com o ferimento de lança feito por um soldado que é semelhante ao ferimento de faca que produz a dor física e emocional. Lucas 23:46 - E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou. 

 


 

Referência Bibliográfica

BÍBLIA, N. T. Lucas. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC). São Paulo.

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

Comentários

Postagens mais visitadas

A dor da espera, [Quando Você Não Sabe O Que Fazer]

Outubro/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                           A intenção deste artigo é, chamar a atenção do leitor(a) para olhar o fenômeno a dor da espera que potencializa a impaciência no indivíduo anônimo ao fazer uso das redes sociais como, Facebook, Instagram, Blogger, Twitter, Pinterest, WhatsApp e outras eventualidades. Para a sociedade atual, esperar é algo muito irrefletido, incompreendido. O ser humano não foi ensinado no quesito de esperar, por tanto não gostamos e agimos como imediatistas. É mais fácil encontrar citações na Internet sobre aproveitar o dia e fazer algo acontecer, do que simplesmente algo sobre [a esperar quando não saber mais o que fazer]. A conexão de internet caiu, pronto não sei o que fazer.          No ato de esperar exige do sujeito paciência, longanimidade, lidar com...

O Seu Supereu Cruel....

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo pragmático com prudência auxilia o leitor a entender com a inteligência que o superego cruel de uma pessoa é espelhado naquele de quem o criou ou internalizou inconsciente por meio do mecanismo defesa de identificação, atributos, características pessoais, crenças sendo possível ter se espelhado em alguma figura professor de seminário, escola, universidade ou até de ministério eclesiástico com preconceitos, estereótipos e discriminação contra a psicologia. A identificação é uma atividade afetiva e relacional indispensável ao desenvolvimento da personalidade no caso o ego cristão. Como todas as outras atividades psíquicas, a identificação pode, por certo, ser utilizada igualmente para fins defensivos. De acordo com Laplanche e Pontalis, um processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade ou um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, a partir do modelo ...

Professora Assassinada Em Escola E A Pulsão DE Morte Agindo Através De Um Menor

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O sujeito e a pulsão de morte são conceitos fundamentais da psicanálise, desenvolvidos por Sigmund Freud. A pulsão de morte, também conhecida como "pulsão destrutiva", é uma das duas pulsões básicas do ser humano, ao lado da pulsão de vida. De acordo com Freud, a pulsão de morte é uma força instintiva presente em todo ser humano, que se manifesta através de desejos destrutivos, agressivos e autodestrutivos. Esses desejos são parte do inconsciente humano e são direcionados tanto para o mundo externo quanto para o próprio indivíduo. A relação entre o sujeito e a pulsão de morte na sociedade é complexa e multifacetada. Por um lado, a pulsão de morte pode ser vista como uma força que impulsiona ações destrutivas em indivíduos e grupos, como a violência, a guerra e o terrorismo. Por outro lado, a pulsão de morte também pode ser vista como uma fonte de ...

Psicólogo Fracassa Carreira Busca Academia Psicologia Social

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo fracassa na carreira de psicologia, então se decidi ir para academia para alterar a imagem corporal. É possivel estar fazendo academia para compensar a perda da imagem idealizada de psicólogo. Me explique como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicologia Social. A psicologia social estuda como as pessoas pensam, sentem e se comportam em contextos sociais. Ela examina como as interações sociais e as normas culturais influenciam nossas percepções, atitudes e comportamentos. No caso específico de alguém que decide ir para a academia para alterar a imagem corporal após um fracasso na carreira de psicologia, podemos analisar isso sob a perspectiva da teoria da autopercepção e da teoria da compensação. A teoria da autopercepção sugere que as pessoas podem inferir seus próprios estados internos e traços de personalidade observando seu pró...

A Crença Do Não-Merecimento

Setembro/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo convida o leitor(a) a repensar sobre a crença do não merecimento na sua vida. Um adulto que foi submetido involuntariamente a uma infância com ausência de recursos onde a criança não teve as necessidades básicas plenamente satisfeitas, exemplo, alimentação, roupas, moradia digna, educação, lazer e etc. Pode ser também bastante prejudicial e de tanto ouvir, não pode isto; não temos; hoje não dá; não é pra você; não é para nós [e às vezes até, quem você pensa que é para querer isso ou aquilo, pensa que é melhor que os outros, pensa que é rico] a criança cresce e vai internalizando cada vez mais que ela não pode e não merece ter acesso a certas coisas, e na fase adulta irá reproduzir inconscientemente os pensamentos internalizados na infância.   Permita-se a avaliar a si próprio. Sente dificuldade em receber presentes? Pensa que não é digno de ter um bom trabalho? Ou se pergunta será que não mere...

Percepção, a impotência aprendida

Janeiro/2020. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                        A intenção deste artigo é trazer reflexão ao leitor(a) sobre a percepção visual e a compreensão diante das circunstâncias adversas e o sentimento de impotência/ e ou incapacidade. A sensação é a capacidade de codificar certos aspectos da energia física e química que nos circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos neurônios, ou seja, é a recepção de estímulos do meio externo captado por algum dos nossos cinco sentidos: visual, auditiva, tátil, olfativa e gustativa. A sensação permite a existência desses sentidos. Já a percepção é a capacidade de interpretar essa sensação, associando informações sensoriais a nossa memória e cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento. Por exemplo, um som é captado pela n...

Psicólogo Não É Super Herói

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Psicólogo não é Super-herói, na visão da psicologia. Claro! Vou explicar como a visão da psicologia geralmente difere da ideia de um psicólogo ser um super-herói. Embora os psicólogos possam desempenhar um papel importante no apoio e na melhoria do bem-estar das pessoas, é essencial entender que eles não têm superpoderes ou habilidades extraordinárias. Humanos com habilidades profissionais: Os psicólogos são profissionais treinados em psicologia, que estudam o comportamento humano, os processos mentais e as interações sociais. Eles adquirem conhecimento, teorias e técnicas para entender os desafios emocionais, cognitivos e comportamentais enfrentados pelas pessoas. Abordagem científica: A psicologia é uma ciência que utiliza métodos de pesquisa e evidências empíricas para entender o comportamento humano. Os psicólogos baseiam sua prática em teorias com ...

Pensar, ou Agir antes de Pensar

Julho/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 Agir é atuar, comportar-se de que modo na presença de uma situação que provoque raiva ou apenas uma situação que o leve a consequências catastróficas, estando Ego subjugado ao Id. Assistindo ao Filme no Netflix Vis a vis que narra o sistema prisional feminino e numa fala de um ator no papel de psiquiatra e médico da prisão, onde ele fala para a diretora que é necessário pensar antes de agir, devido as consequências. No sistema prisional a pulsão de morte impera drasticamente. O Id é o componente nato dos indivíduos, ou seja, as pessoas nascem com ele. Consiste nos desejos, vontades e pulsões primitivas, formado principalmente pelos instintos e desejos orgânicos pelo prazer. As mulheres e todo o sistema prisional são regidos pela pulsão de morte, ou seja, o Id atuando através do impulso de agressividade é manifestado, antes do raciocínio lógico, prevalecendo o impulso agressivo verbal, físico ou de silêncio sobre o ...

Falta de percepção de si mesmo ou perda de identidade

Junho/2020.Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo convida o leitor(a) a repensar sobre a crise de identidade ou medo de perder o autorretrato. As vezes o indivíduo sonha que está perdendo documento como RG no sonho e tenta recuperá-lo. Atinamos que o indivíduo permanece incessantemente entrando e saindo de espaços abertos ou fechados, todos ajustados em meio a diversas leis, regras, normas e sistemas. Se o sujeito não está dentro de um contexto universitário, familiar, está dentro de um ambiente organizacional ou de desemprego e até em alguma outra situação sócio cultural que o requisite num estado padronizado de manifestação que o influencie a interagir e modificar a sua biografia pessoal. É deste modo que podemos observar o movimento que gera o aprisionamento do nosso ser essencial em uma teia que, ao atar, cega. O mais triste deste estado é que o cegar vale tanto para uma visão/ e ou percepção mais acurada sobre a realidade externa, como também pa...

Motivações Inconscientes: Psicologia Da Saúde

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são consideradas determinantes do comportamento humano. Portanto, ao analisar as possíveis motivações inconscientes para um psicólogo escolher a psicologia da saúde para trabalhar em instituições, podemos explorar algumas teorias psicanalíticas que podem ser relevantes. Identificação com o sofrimento dos outros: O psicanalista pode ser motivado inconscientemente por uma identificação com o sofrimento alheio. Talvez ele próprio tenha experimentado dificuldades de saúde ou tenha tido experiências pessoais que o levaram a desenvolver empatia pelo sofrimento dos outros. Essa identificação pode ser um fator motivador para escolher trabalhar em instituições de saúde. Necessidade de cuidar dos outros: A necessidade de cuidar e proteger pode ser um impulso inconsciente para algumas pessoas. Na abordagem ps...